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domingo, 22 de outubro de 2017

Desafio 10%: metas tangíveis facilitam a perda de peso de forma saudável



 No mês de combate à obesidade, campanha chama atenção para estigmas e tabus em torno da doença, que atinge mais de 20% dos brasileiros adultos1

A obesidade é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Considerado fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, entre outras – responsáveis por mais de 74% das mortes no Brasil2 –, o excesso de peso impacta, também, na expectativa de vida.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre os impactos do excesso de peso na saúde, a Novo Nordisk em parceria com a ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, lançou o “Desafio 10% - troque 10% do seu peso por mais saúde na sua vida”, que incentiva as pessoas com obesidade a estabelecerem metas atingíveis e a perder peso de forma equilibrada e saudável. O desafio é uma das ações da campanha “Obesidade é o que você não vê”, lançada no ano passado, e reforça o fato de que a obesidade deve ser enxergada como doença e não como uma escolha individual.

Por se tratar de uma doença crônica e multifatorial, a obesidade é influenciada por questões fisiológicas, psicológicas, ambientais, socioeconômicas e genéticas. Por isso, nem sempre a mudança de hábitos, como dieta hipocalórica e a prática regular de atividades físicas, é suficiente para promover a perda de peso. “Mudanças comportamentais e no estilo de vida são a base do tratamento da obesidade. Porém, algumas pessoas têm mais dificuldade para perder peso do que outras e é possível que, mesmo com uma dieta bastante restritiva e exercícios intensos, um indivíduo não consiga emagrecer”, afirma Raquel Coelho, endocrinologista e Gerente Médica de Obesidade da Novo Nordisk. “Alguns conteúdos nas redes sociais passam uma falsa impressão de que é fácil ser saudável e ter uma vida equilibrada o tempo todo, mas eu diria que nem sempre a mudança de hábitos é efetiva para todos, e que muitas vezes outras intervenções são necessárias para tratar a obesidade. A vida real – e o que vejo no consultório – é bem diferente das redes sociais”, alerta a médica. 

Isso acontece porque os níveis dos hormônios de fome e saciedade costumam ser diferentes em pessoas com e sem obesidade, contribuindo para o aumento de apetite e dificultando a perda de peso. Além disso, o próprio organismo tenta recuperar os quilos perdidos após o emagrecimento. Esses e outros fatores fazem com que cada indivíduo necessite de um plano personalizado para a perda de peso. “O que funcionou muito bem para uma pessoa pode não funcionar para outra”, completa.

Infelizmente, é mais comum que o excesso de peso seja relacionado à estética do que à saúde. E o estigma em torno da obesidade, de acordo com os especialistas, contribui para que a doença ainda seja subtratada. “Ao dizer que ‘só está acima do peso quem quer’ ou que ‘para perder peso, basta comer menos e se exercitar mais’, todas as causas complexas da obesidade são minimizadas e o excesso de peso passa a ser visto como escolha, o que não é verdade”, comenta a médica.


“Pessoas com obesidade ainda se escondem”

Lidando com o sobrepeso desde a infância, o jornalista Jorge Bentes sempre se sentiu confiante e feliz com o próprio corpo. No entanto, aos 31 anos, Jorge chegou aos 150kgs – e foi então que uma luz de alerta se acendeu. Já enfrentando alguns problemas de saúde, como apneia do sono, cansaço excessivo e dores nas articulações, ele decidiu mudar radicalmente de hábitos, o que resultou em menos 80kgs em 12 meses – detalhes que ele conta no blog Cansei de Ser Gordo.
 
O processo, no entanto, não foi fácil. “Comecei pela reeducação alimentar, com o suporte de uma amiga nutricionista. Nas primeiras semanas, cheguei a sentir dor física de fome. Foi difícil, mas consegui seguir firme”. Jorge comenta que pequenas atividades representavam um grande desafio, como ir à academia. “Na primeira vez que entrei naquele ambiente, cheio de pessoas saradas, me senti um ET. Era impossível até encontrar roupas fitness do meu tamanho, mas minha vontade de mudar era bem maior que a vergonha de treinar no meio de tanta gente bem mais magra e sarada”, lembra.

Para ele, a falta de informação sobre obesidade reforça os estigmas e aumenta o preconceito. “Mesmo estando acima do peso, sempre tive uma vida social ativa. Mas quando ia a uma festa, por exemplo, percebia que eu era exceção. Pessoas com obesidade ainda se escondem, pois têm receio das cobranças e da pressão da sociedade – quando, na verdade, isso é o que menos deve importar”. Hoje, com o blog, Jorge não só tem um estilo de vida mais equilibrado, mas também incentiva pessoas que buscam motivação para mudar. “Durante 31 anos fui muito feliz sendo como eu era, até que decidi levar uma vida diferente. O mais importante é estar feliz consigo mesmo, colocando a saúde em primeiro lugar”. 

Raquel Coelho complementa que, nos casos onde as mudanças no estilo de vida não são suficientes para promover a perda de peso, o uso de um medicamento pode ser indicado. Ela lembra que nenhum medicamento é milagroso, mas que alguns pacientes podem se beneficiar do seu uso. “É importante destacar que a medicina evoluiu muito e, atualmente, existem medicações modernas, que oferecem mais benefícios para os pacientes, com mínimos efeitos colaterais. Há medicamentos que, associados à dieta e exercícios físicos, promovem perda de peso progressiva e sustentada, que é muito importante para a pessoa com obesidade. Estudos demonstram que, independentemente do peso inicial, uma perda de peso de 5-10% em pessoas com obesidade traz benefícios expressivos à saúde, incluindo melhoras dos níveis de glicemia sanguínea, da pressão arterial, dos níveis de colesterol e da apneia obstrutiva do sono, por exemplo”.

A especialista reforça que a conscientização é fundamental para acabar com os estigmas associados ao sobrepeso. A obesidade é uma das poucas doenças em que o paciente carrega toda a culpa e é frequentemente responsabilizado pela condição. É preciso deixar claro que não é uma questão de escolha nem de estética, mas sim de saúde. Enquanto a obesidade não for encarada dessa forma, a incidência de diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas continuará crescendo”, completa.

Para incentivar pessoas que, assim como ele, passaram ou estão passando pelo processo de perda de peso, Jorge Bentes se tornou embaixador do ‘Desafio 10%’. ”Uma perda de 10% do peso corporal já traz benefícios para a saúde. Tendo um objetivo palpável, é possível ver os primeiros resultados mais rapidamente e, assim, se manter motivado a seguir em frente”, afirma Jorge Bentes. Para saber mais sobre a campanha e o Desafio 10%, acesse www.saudenaosepesa.com.br






Novo Nordisk



Referências
1.   Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa nacional de saúde (PNS) : 2013 : ciclos de vida : Brasil e grandes regiões / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro; 2015.
2.   Pesquisa Vigitel Brasil 2016 – Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão. Disponível em http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/junho/07/vigitel_2016_jun17.pdf. Último acesso: 15.08.2017.





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