Sugestões da
Editora Salamandra trazem reflexões e falam sobre amor, saudade e respeito aos
mais velhos
Os avós ajudam na criação
dos netos, os enchem de mimos e amor, e por meio de suas experiências de vida
auxiliam com sabedoria em vários momentos da vida. O Dia dos Avós, comemorado
no Brasil em 26 de julho, é uma ótima oportunidade para lembrar com carinho de
todos os momentos passados com eles e retribuir a dedicação e o cuidado recebidos.
Para homenageá-los, a Editora Salamandra listou alguns livros que retratam o
forte elo entre netos e avós.
Em A ilha
do Vovô, de Benji Davies, o leitor viajará junto com Syd e seu
avô para um lugar mágico, que tem como entrada a porta de um velho porão. Após
navegarem tranquilamente pelo oceano, os personagens encontram uma ilha
tropical e uma cabana, fazem amizades com os animais e exploram cada pedacinho
da floresta. É um lugar tão especial que o avô de Syd decide ficar ali para
sempre. Mas será que o garoto voltará a ver o avô ou terá notícias dele?
O título recém-lançado traz
uma linda mensagem de cumplicidade entre avô e neto, ressaltando a importância
do respeito às pessoas mais velhas e à sabedoria que elas podem passar para as
novas gerações. A ilha do Vovô é uma obra premiada:
recebeu o AOI World Illustration Awards, na categoria infantil, e o Sainsbury’s
Children’s Book Awards, na categoria Livro Infantil do Ano, ambos
em 2015.
No livro Bisa Bia,
Bisa Bel, Ana Maria Machado fala sobre a relação de uma menina
chamada Isabel com sua bisavó Bia, abordando assim as mudanças no papel da
mulher na sociedade. Certo dia, em um dos raros momentos em que sua mãe resolve
arrumar a casa e remexer em cantos há muito esquecidos, Isabel descobre um
pequeno retrato de uma menina muito bem arrumada que se parece um pouco com
ela: é Bisa Bia, delicada como uma boneca, de vestido de renda.
A partir dessa descoberta,
Bel passa a levar o retrato consigo para todo o lugar, e inicia-se uma
convivência íntima e imaginária entre a menina e sua bisavó, que ela não chegou
a conhecer pessoalmente. Essa convivência, porém, será menos harmônica do que a
princípio se poderia supor: Bisa Bia não consegue aceitar que Bel use calças
compridas e brinque junto com os meninos. Outra voz dentro de Bel, porém, irá
fazer frente às posições de Bisa Bia: a de Beta, bisneta de Bel, que nascerá em
algum momento ainda distante do futuro. Caberá à menina do presente encontrar o
ponto de equilíbrio entre as duas vozes que brigam dentro dela e fazer suas
próprias escolhas.
Eu também não
existirei, de Carlos
Felipe Moisés, surgiu do encontro entre imagem e palavra, e do forte e delicado
laço que envolve o avô e a sua neta. Um dia, Giovanna surpreendeu Carlos com a
seguinte frase: “Vovô, se você não existiria, eu também não existirei”.
Qualquer pessoa diria que ela errou. Mas, ele logo percebeu que a neta falou
exatamente o que queria dizer, pois “existir” não tem a ver só com o mero
condicionamento biológico, e, sim, também com o sentido verdadeiro que cada um
atribui à existência, dependendo do afeto que nos une às pessoas ao redor.
O título foi feito a quatro
mãos: os desenhos são da menina quando ela tinha 6 anos, e os poemas, do avô.
Logo, o leitor terá vários questionamentos sobre o que veio primeiro: os versos
ou as ilustrações? Giovanna ou Carlos? E, dessa forma, será convidado para os
exercícios de liberdade criativa, sensibilidade aguçada, imaginação solta e
pensamento sem limite.
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