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A prevalência da adenomiose é de até
79% em pacientes com endometriose e 90% em mulheres inférteis, de acordo com a
SBE
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O
ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo
Albuquerque, diretor da Fertivitro, explica a importância
do diagnóstico precoce
do diagnóstico precoce
Pouco
conhecida, a adenomiose é uma doença caracterizada
pela presença de uma das camadas finas do útero, o endométrio, dentro da mais
grossa, o miométrio. Quando não há diagnóstico precoce e tratamento imediato, a
adenomiose pode causar infertilidade quando o embrião tem dificuldade de
se fixar no útero. Também há a possibilidade de
aumentar a incidência de gravidez ectópica (fora do útero – nas trompas),
aborto e parto prematuro.
De acordo com estudos
científicos realizados por G. Kunz, em 2005, divulgados
pela Associação Brasileira de Endometriose e
Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), a prevalência da adenomiose é de até 79% em pacientes com endometriose e 90% em
mulheres inférteis.
Os principais
sintomas da adenomiose são: cólicas fortes e
sangramento excessivo durante a menstruação, dor durante a relação
sexual, inchaço na barriga, prisão
de ventre e dor ao evacuar, sinais de
alertas para a paciente procurar um médico. O diagnóstico deve ser feito pelo
ginecologista ao observar sintomas como dor, sangramentos intensos ou queixas
de dificuldade para engravidar, complementado, principalmente, por exames de
ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética.
Se a doença for descoberta com rapidez, é possível
tratá-la com anti-inflamatórios para
aliviar a dor e inflamação, e remédios à base de hormônios, como a pílula
anticoncepcional com progesterona, adesivo anticoncepcional, anel vaginal ou
DIU, que impedem o fluxo menstrual. “Se a patologia for diagnosticada tarde, a
paciente corre o risco de precisar tirar o útero. A cirurgia só é indicada em
casos extremos de dores e sangramento intensos e quando a mulher não deseja
engravidar”, alerta o ginecologista especialista em Reprodução Humana,
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.
As causas da adenomiose são desconhecidas, mas já se sabe que a doença
tem como fatores de risco: aborto, endometriose e curetagem de aborto. “Outras
causas já confirmadas pela medicina podem ser traumas no útero, como cirurgias
ginecológicas, dismenorreia ou
hemorragia uterina anormal”, explica Dr. Luiz.
Diferenças entre a adenomiose e a endometriose
A adenomiose é considerada um tipo de
endometriose. A diferença é que na endometriose o tecido do endométrio cresce
fora do útero e pode se espalhar por outros órgãos, como
bexiga, trompas e ovários. Já na adenomiose, o
crescimento do endométrio é dentro do músculo do útero, podendo ocorrer em uma
determinada região ou se espalhar por toda a parede do útero, fazendo com o que
o órgão fique mais pesado e volumoso.
Tratamentos
Se mesmo com os anti-inflamatórios
e remédios à base de hormônios, a paciente não conseguir estabilizar a
adenomiose e engravidar, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque
indica recorrer aos tratamentos de reprodução humana. Existem três tipos de procedimentos: coito
programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação
Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e
colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os
espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a
fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é
ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela
Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e
Obstetrícia, e o Certificado de Atuação na Área de Reprodução Assistida pela
FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em
Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na
Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM),
nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and
Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do
Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São
Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo
clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
Fertivitro — Centro de Reprodução
Humana,
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