Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista
especialista em reprodução humana, explica os prós e contras de cada técnica
- Métodos comportamentais: calendário ou tabelinha, muco cervical ou método de Billings e temperatura basal;
- Métodos de barreira: mecânica (preservativos masculino e feminino, diafragma e capuz cervical), química (espermaticidas – substâncias tóxicas aos espermatozoides como o nonoxinol-9) ou associação destes dois (diafragma com espermaticida ou preservativo com espermaticida).
- Dispositivo intrauterino (DIU): é uma estrutura plástica (polietileno), geralmente em forma de alça ou T, inserido na cavidade uterina.
- Métodos hormonais: os anticoncepcionais hormonais ganharam importância a partir da década de 60 e atualmente são os métodos reversíveis mais prescritos e utilizados em todo o mundo. Apresentam também o maior número de efeitos colaterais e contraindicações.
A
tabela abaixo, mostra de forma simplificada, os métodos anticoncepcionais
indicados para cada tipo de paciente:
Situação Clínica
|
Método Anticoncepcional
|
Adolescência |
Preservativos isolados ou associados a outro método; Injetáveis combinados (mensais) ou somente de progestágenos (trimestrais); ACHO com menos de 20 microgramas de etinilestradiol |
DST |
Sempre recomendar preservativos (isolados ou associados a
outro método) |
Após parto Amamentando Não lactante |
DIU nas primeiras 48 horas ou após 4 semanas AC de progestágenos entre 6 semanas e 6 meses ACHO após 6 meses ACHO ou AC de progestágenos após 21 dias |
Após aborto não infectado Após aborto Infectado |
Qualquer método, imediatamente Não usar DIU |
Hipertensão
Arterial Sistêmica |
DIU Pílula de progestágeno |
Diabetes mellitus Não avançado Diabetes mellitus Avançado |
Qualquer método DIU Pílula de progestágeno |
Enxaqueca Sem aura e < 35 anos Enxaqueca Com aura ou >35 anos |
Qualquer método, com vigilância DIU Pílula de progestágeno |
Anemia |
ACHO ou AC de progestágenos |
Anticoncepção de Emergência |
Até 72 horas de relação desprotegida 1,5mg de levonorgestrel via oral em dose única ou Duas doses de 0,75mg de levonorgestrel via oral com intervalo de 12 horas entre elas |
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) através da revisão sistemática das
evidências mais atuais, elaborou os Critérios
Clínicos de Elegibilidade para o Uso de Anticoncepcionais, isto é,
critérios que norteiam o uso de cada método anticoncepcional em determinadas
situações clínicas. O manual agrupa as situações clínicas em 4 categorias:
- O método pode ser usado sem contraindicações.
- Os benefícios são maiores que os riscos. Não há contraindicação ao uso, porém a paciente deve ser seguida rigorosamente.
- Os riscos superam os benefícios. Não devem ser utilizados a não ser que não haja outra opção.
- Os riscos à saúde são inaceitáveis. Contraindicação absoluta.
“Hoje
em dia os anticoncepcionais constituem importante item no arsenal do
ginecologista, úteis em diversas situações não somente para evitar a gravidez.
Assim, por exemplo, pode-se utilizar um anticoncepcional hormonal para controle
de dismenorréia ou de cistos ovarianos.”, destaca o ginecologista especialista
em reprodução humana, Alfonso Massaguer.
Dr. Alfonso Araújo Massaguer -
CRM 97.335 - Médico
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e
Obstetra pelo Hospital das Clínicas e Especialista em Reprodução Humana pelo
Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da
MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução
assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU
e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e
Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica
Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução
humana em livros de medicina.
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