A
Ford, em parceria com seus centros de pesquisa na Europa, desenvolveu e acaba
de mostrar, pela primeira vez no Brasil, vestimentas que simulam, em situação
próxima do real, os efeitos da gravidez, terceira idade, uso de drogas e
embriaguez ao dirigir um veículo. Usadas pelos seus especialistas para
pesquisar todos os aspectos e diferentes condições de uso ao volante, o
objetivo dos trajes é entender as dificuldades e limitações e também
conscientizar sobre o perigo mortal de dirigir sob efeito de álcool ou de
drogas.
Essa
técnica de simulação contou com a contribuição de cientistas que pesquisaram os
efeitos da redução de mobilidade para ajudar no desenvolvimento dos carros da
marca e proporcionar mais conforto e melhor dirigibilidade para os motoristas.
“Queremos que as pessoas possam se colocar no lugar de gestantes e idosos, por
exemplo, e entendam como é entrar e sair do carro, dirigir e até sentir a
posição do volante”, Matheus Demetrescu, gerente de Engenharia.
As
pesquisas são importantes ferramentas na busca de soluções em segurança. Um estudo com motoristas da França, Alemanha, Itália,
Espanha e Reino Unido, por exemplo, apontou que os homens jovens na Espanha
(74%) eram os mais propensos a dirigir depois de beber, ou ver amigos, beber e
dirigir. Eles ficaram à frente dos homens jovens da Alemanha (65%) e França
(64%). No geral, 26% dos que admitiram ter dirigido embriagados acreditam que
poderiam dirigir com segurança. Segundo levantamento de 2013, feito pela Ford, 88%
das mulheres americanas afirmam ter dirigido a gravidez inteira. Apenas 7%
pararam no último trimestre.
No
Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 24,3% das pessoas
conduzem um carro após o consumo de bebida alcoólica, independentemente da
quantidade de bebida consumida e da periodicidade desta prática. Vale ressaltar que o Departamento Estadual
de Trânsito (DETRAN) não estabelece uma regra sobre até quando mulheres
gestantes podem conduzir um automóvel. Ainda segundo o IBGE, 81% dos idosos consideram-se independentes para atividades
cotidianas como dirigir um carro.
Confira
detalhes de cada um dos Trajes de Empatia da Ford que foram mostrados no evento
Ford Design Feeling e nos links os vídeos.
GRAVIDEZ - https://youtu.be/x-hDnLkfvnI
Permite
que qualquer pessoa tenha as mesmas sensações de uma gestante ao volante. O traje
adiciona 13 kg ao usuário, reduz os movimentos e o conforto, simulando as
limitações físicas durante a gravidez.
Cinto de compressão: Aperta os
pulmões;
Bolsa de peso: Simula a cabeça
do feto;
Duas bolas de chumbo: Simulam
os membros do feto;
Bolsa d’água de 2 litros:
Simula a cabeça do feto sobre a bexiga.
TERCEIRA IDADE - https://www.youtube.com/watch?v=KNu6rQ31llc
Reduz significativamente a mobilidade do usuário e simula
problemas de saúde decorrentes do envelhecimento. Projetada especialmente para
dar aos engenheiros e designers uma experiência prática do que é ser uma pessoa
idosa, tem vários dispositivos que reduzem a capacidade de se movimentar e
comprometem os sentidos.
Cintas de cotovelo: Reduz a
articulação e impede os movimentos para pegar objetos;
Luvas sem dedos: Imitar a
ausência de controle e força que idosos têm em seus dedos;
Suspensórios: Endurece as
articulações do joelho limitando os movimentos das pernas, tornando difícil
ficar em pé, andar ou sair do seu veículo;
Pesos para os pés: Simula a
dificuldade no uso dos pedais;
Óculos redutor de visão:
Demonstra doenças oculares tais como glaucoma ou cataratas;
Abafadores acústicos: Filtrar
as altas frequências que não podem ser ouvidas muito bem pelos idosos;
Bandagem cervical: Limita os
movimentos do pescoço;
O Traje: Pesa cerca de 10 kg,
restringindo o movimento e flexibilidade;
Luvas de algodão: Limitar o
sentido do tato, que é frequentemente consequência de doenças como a diabetes.
BEBIDAS ALCOÓLICAS - https://www.youtube.com/watch?v=6mwJzAG8Hgo
Tapa Orelhas: Dificulta a
audição para retardar as reações;
Oculos redutor de visão:
Produz imagens fantasma e visão de túnel;
Bandagem de pescoço:
lImita os
movimentos da cabeça;
Bandagens de cotovelo:
retardam os movimentos dos braços;
Bandagens de joelhos:
Reetardam
os movimentos das pernas;
Peso de tornozelo: Também
afeta o equilíbrio, especialmente ao ser usado do lado oposto do peso do pulso.
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