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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A depilação e o ato de barbear podem ocasionar foliculite



Inflamação é comum e pode ser identificada por pequenas espinhas com a ponta branca 

Os homens sentem os transtornos na pele ao fazer sua barba frequentemente. Ao utilizar as lâminas, vem o surgimento do processo inflamatório e infeccioso (Staphylococcus aureus), atingindo os folículos pilosos. A infecção pode ser superficial, atingindo apenas a parte superior dos folículos pilosos, sendo esta a mais comum; ou profunda, podendo levar à formação de furúnculos. A foliculite normalmente se manifesta com a formação de pequenas pústulas,"bolinhas de pus”, centradas por pelo e com discreta vermelhidão ao redor.

O médico dermatologista, Luciano Morgado, explica que há algumas peculiaridades e em alguns casos não apresenta pus, aparecendo apenas vermelhidão e elevação nos orifícios foliculares. “Pode ocorrer também dor e coceira na região afetada. Há também um subtipo bastante peculiar, chamado de "pseudofoliculite de barba", no qual, por fatores genéticos individuais, o pelo nasce encurvado, penetrando na pele ao redor do folículo e desencadeando uma reação inflamatória”, ressalta o dermatologista. 

A foliculite pode ocorrer em qualquer tipo de pele. Nas mulheres, ocorre com maior frequência na depilação, principalmente nas axilas, coxas e pernas. Alguns fatores também podem aumentar a incidência, como o uso prolongado de corticóides ou outros imunossupressores. Pessoas portadoras de Leucemia, Linfoma, HIV e Diabetes Mellitus, também são mais afetadas. O barbear frequente no homem, a depilação com cera nas mulheres, o uso de roupas sintéticas e apertadas e óleos para massagem são também outros elementos predisponentes. Além disso, o uso prolongado de antibióticos favorece o surgimento de foliculites fúngicas e por bactérias gram negativas (mais raras). 

Para minimizar os impactos e tratar a foliculite é necessário eliminar os fatores causais quando possível. As lesões de causa bacteriana são tratadas com antibióticos tópicos e orais, quando preciso. No caso das foliculites fúngicas, são usadas medicações antifúngicas tópicas e orais. Em muitos casos o uso de corticóides tópicos e medicações anti-histamínicas podem ser úteis para aliviar a inflamação e a coceira. “Nos casos de foliculite desencadeada pela depilação frequente (barba, axilas e virilha, por exemplo), a realização da depilação a Laser é bastante efetiva no tratamento, pois a diminuição dos pelos no local e da frequência do ato depilatório levam a uma melhora significativa dos sintomas. Em alguns casos, o uso de um medicamento oral chamado isotretinóina  (bastante usado na acne), pode  levar a um excelente controle da foliculite, particularmente, da barba e do couro cabeludo”, orienta Luciano Morgado.

 Todos esses tratamentos são realizados na Clínica Monte Parnaso. A depilação a Laser é realizada em sessões, normalmente mensais, sendo importante não estar com a pele bronzeada (aumenta o risco de manchas) e não arrancar o pelo com a raiz próximo ao procedimento, pois é necessária a presença do bulbo capilar (raiz do pelo) para que o Laser possa destruí-lo.

O médico salienta algumas atitudes para prevenir casos de foliculite: 

- Evitar uso de roupas sintéticas e apertadas;

- Fazer a barba com lâminas novas e no sentido do crescimento do pelo;

- Usar um creme para barbear e um hidratante específico pós barba;

- O uso do barbeador elétrico também pode ser útil em muitos casos;

- Evitar depilações muito traumáticas, como a com cera e plástico adesivo 

- Não usar em excesso loções e sabonetes antissépticos, pois ressecam a pele e eliminam a flora normal protetora da pele, favorecendo a penetração de bactérias mais agressivas. 





Dra. Ana Regina Franchi Trávolo – Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); membro titular da SBD; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica – SBCD; membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia; membro da International Association of Aesthetic Medicine; graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP e fellow em Dermatologia e Laser pelo Hospital Ramon Cajal, na Espanha.

Dr. Luciano Ferreira Morgado – Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); membro titular da SBD; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica – SBCD; membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia; membro da International Association of Aesthetic Medicine; pós-graduado em Cirurgia Dermatológica, Laser e Dermatologia Estética pela FM-ABC São Paulo; graduado em Medicina pela UnB e mestre em Terapia Fotodinâmica com Nanotecnologia pela Universidade de Brasília.

Monte Parnaso – Cuidados à flor da pele
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Contato: (61) 3263-0833 / 3263-0834 - www.monteparnaso.com.br



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