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terça-feira, 18 de junho de 2024

Queimadas, poluição e tempo seco: como fica a saúde respiratória e ocular?

Cerca de 25% apresentam a síndrome do olho seco nesta época do ano



Nesta época do ano, a incidência das queimadas, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, afeta milhares de pessoas, que ficam expostas a um clima mais seco, quente e muito poluído.

As partículas de poluição contêm monóxido de carbono que podem causar e agravar problemas respiratórios nos pacientes com doenças crônicas como a asma e a rinite. Isso porque ocorre simultaneamente a diminuição da umidade do ar, contribuindo para que essas partículas penetrem no organismo e gerem ou agravem o processo inflamatório já existente.

“Precisamos ficar mais atentos entre os meses de junho a novembro, principalmente em agosto e setembro, quando temos um alto índice de pacientes com crise de rinite e asma alérgica. Entre 20% e 25% das pessoas apresentam a síndrome do olho seco e 12% podem ter a conjuntivite alérgica”, alerta Dr. Raphael Coelho Figueredo, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Nesta época do ano, o especialista explica que é fundamental reforçar os cuidados, umidificando o ambiente, hidratar-se muito ao longo do dia e usar, com orientação médica, lubrificantes oculares.

Estudo – Um levantamento realizado em 2018, do município de Imperatriz, no Maranhão, mostrou a prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico: 26,4% (299), 32,6% (369) e 12,7% (144), respectivamente. O pico, conforme gráfico abaixo, coincide com a época mais seca e de queimadas. Os adolescentes apresentaram uma das mais elevadas taxas de prevalência e gravidade de asma e rinite para todo o Brasil, além de altos índices de subdiagnóstico.

“Além do trabalho de conscientização que os gestores públicos precisam fazer em relação às queimadas e à poluição, é preciso que o paciente siga o tratamento de asma e rinite passado pelo especialista, além da necessidade em adotar práticas de hidratação. Desta forma, o paciente previne a exacerbação das doenças e consegue superar esse período mais seco e mais poluído sem tanto desconforto e idas à emergência”, explica Dr. Raphael Coelho.


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