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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Governo de SP amplia atendimento em Libras para Centros de Integração da Cidadania

 Cidadão surdo é atendido por um intérprete de Libras no CIC
Casa da Cidadania, localizado na capital
Foto: Divulgação/Governo de SP
Programa São Paulo São Libras possibilita que equipes de serviços estaduais acionem intérpretes de Libras por videochamada para atendimento a pessoas com deficiência auditiva


No Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), celebrado nesta quarta-feira (24), a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) anuncia a ampliação do programa São Paulo São Libras para os 18 Centros de Integração da Cidadania (CIC), ligados à Secretaria da Justiça e Cidadania. O programa permite que intérpretes de Libras sejam acionados via videochamada por equipes de serviços estaduais, auxiliando a comunicação com pessoas com deficiência auditiva. 

Esses intérpretes estão alocados em uma Central de Interpretação de Libras na capital, que fornece serviços de tradução simultânea, facilitando a comunicação efetiva entre pessoas surdas e servidores estaduais. Na prática, o intérprete conversa em Libras com a pessoa surda que está sendo atendida no serviço e transmite, em português, as informações da conversa ao servidor. 

Inicialmente, a Central foi estabelecida em cerca de 1,3 mil delegacias em parceria com a Secretaria da Segurança Pública. Posteriormente, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o São Paulo São Libras ficou disponível em 20 Polos de Empregabilidade Inclusive (PEIs) e em 233 Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs). E agora, com auxílio da Secretaria da Justiça e Cidadania, foi expandido para os 18 CICs existentes no estado. 

“A implementação em todos os serviços estaduais está sendo feita gradualmente, de forma que todas as equipes conheçam o programa e sua funcionalidade. É um trabalho que conta com a participação de todas as pastas estaduais, com mapeamento de seus equipamentos e muito diálogo para a viabilização da plataforma seja feita de forma eficaz”, destaca o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa. 

"A prestação de serviços essenciais pelo Governo do Estado de São Paulo desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar, desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida dos cidadãos do estado", reforça o secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto. 

À medida que a implementação avança, é fornecido aos servidores um tutorial para uso do sistema e como requisitar a tradução de um intérprete. A Central opera ininterruptamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, com cerca de cem intérpretes de Libras qualificados e com experiência em interpretação simultânea, contratados através de uma parceria com a organização da sociedade civil AME-SP.

 

Centros de Integração da Cidadania (CIC)

O Centro de Integração da Cidadania é um programa do Governo do Estado de São Paulo, desenvolvido pela Coordenação de Integração da Cidadania, da Secretaria da Justiça e Cidadania, que integra diversos órgãos públicos e organizações não governamentais em um único espaço, tais como: Defensoria Pública, Polícia Civil, Fundação PROCON e Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

O programa tem como missão promover o exercício da cidadania por meio da participação popular e garantir formas alternativas de Justiça, tendo como objetivos o acesso à Justiça, a prestação de serviços gratuitos, a articulação e o fortalecimento de redes e ações comunitárias, e a educação para cidadania e direitos humanos.

O CIC possui 18 unidades na Capital, na Grande São Paulo, no litoral e no interior do estado.


Abril Azul: Linha 9-Esmeralda recebe ação de conscientização sobre autismo


Alunos de enfermagem estarão na Estação Grajaú nesta sexta-feira (26), das 10h às 15h, realizando aferição de pressão arterial e glicemia capilar, além de entregar folhetos explicativos a respeito do tema

 

Durante o mês de conscientização sobre autismo, Abril Azul, a Linha 9-Esmeralda vai receber uma ação de saúde voltada ao tema. Nesta sexta-feira (26), voluntários estarão na Estação Grajaú, das 10h às 15h, para levar informações aos passageiros e combater a discriminação sobre os mais de 2 milhões de brasileiros que possuem o transtorno.

 

A ação é fruto de uma parceria da ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo, com a Proz Educação. Na ocasião, alunos do curso de enfermagem vão realizar aferição de pressão arterial e glicemia capilar. Além disso, farão a entrega de folhetos explicativos sobre autismo.

 

Abril Azul

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

Do mesmo modo, o Abril Azul foi estabelecido pela ONU também como forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA.

 

O autismo pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação e/ou interação social. 


Algumas características como dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA. O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado é dado por um profissional da saúde.



Faria Lima se une pela doação de sangue

Ação promovida pela ONG Hemocione acontece de 24 a 26 de abril no icônico Prédio da Baleia; objetivo é arrecadar 200 bolsas

 

A ONG Hemocione promove nesta quarta, quinta e sexta-feira (24, 25 e 26 de abril) o evento “Faria Lima Sangue Bom”, que tem como objetivo incentivar a doação de sangue entre executivos e colaboradores que atuam na região da Avenida Faria Lima, na capital paulista. 

 

Cadeiras de coleta serão instaladas dentro do icônico Prédio da Baleia (Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3732, Itaim Bibi).

 

O evento, das 9h às 15h nos três dias, pretende arrecadar 200 bolsas de sangue ao longo dos 3 dias - impactando mais de 600 vidas.

 

O evento, que conta com o apoio da XP Investimentos, SPX, NG.Cash, Gama Capital, Faria Lima Elevator, Liquidz e Só Brownie, foi idealizado e realizado pela ONG pensando em atender o público da Faria Lima. A Hemocione busca promover doação de sangue ao mesmo tempo que incentiva os doadores a engajarem com a causa.

 

“A Faria Lima sempre foi conhecida por sua capacidade de aglomerar os melhores investidores das mais diversas bolsas de valores. Agora, queremos lançar mais uma bolsa para eles investirem: as bolsas de sangue”, afirma Vitor Pinheiro, fundador e presidente do Hemocione. 


O “Faria Lima Sangue Bom” é aberto para o público geral e as inscrições ocorrem pelo site: eventos.hemocione.com.br a partir de segunda-feira, 22/4. Durante o horário de funcionamento, a ONG distribuirá kits com camiseta, ecobag e outros produtos para todos os doadores. “A ideia é que todos possam vestir essa causa conosco”, completa Vitor.



CFQ orienta sobre o uso eficaz do fumacê no combate ao Aedes aegypti


Profissionais da Química desempenham um papel essencial na prevenção das arboviroses



Com o considerável aumento dos casos de dengue em várias regiões do Brasil, o Ministério da Saúde tem recomendado enfaticamente o uso do fumacê como medida de controle do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Essa prática, popularmente conhecida como "carro do fumacê", tornou-se uma estratégia essencial para diminuir a quantidade de mosquitos em circulação e minimizar a transmissão das doenças: dengue, Zika e chikungunya.

De acordo com o Ministério da Saúde, já foram distribuídos 183,9 mil litros do inseticida aos governos estaduais para aplicação nos municípios em todo o país. O reforço do uso do inseticida é uma resposta direta ao desafio crescente das arboviroses, que representa uma grande ameaça à saúde pública não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Doenças virais, como a dengue, exigem uma abordagem abrangente para a prevenção, envolvendo intervenções biológicas, ambientais e sociais. Nesse contexto, os Profissionais da Química desempenham um papel crucial, desde a formulação de repelentes de mosquitos até o desenvolvimento de novos inseticidas e vacinas.



Fumacê 


O fumacê funciona por meio da aplicação de um inseticida que causa excitação no sistema nervoso do mosquito, levando à sua morte após o contato com o produto. No entanto, é importante ressaltar que a sua eficácia é limitada, atingindo apenas os insetos adultos em voo no momento da pulverização. Por conta disso, é importante deixar as janelas abertas quando o carro do fumacê estiver passando.
 
Além dos métodos tradicionais de controle de vetores, os Profissionais da Química também têm contribuído para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, incluindo armadilhas com atrativos químicos específicos para mosquitos e abordagens baseadas em nanotecnologia para repelentes e inseticidas incorporados em materiais diversos.
 
No entanto, é essencial contar com a colaboração da população, sendo indispensável eliminar os criadouros do mosquito por meio da vistoria regular de residências e áreas próximas.
 
Todos os inseticidas utilizados, incluindo aqueles empregados no fumacê, são indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguindo normas técnicas e operacionais rigorosas.



Fonte: Ministério da Saúde

 

Teste Genético da Bochechinha detecta citomegalovírus congênito em bebês; entenda a importância

Shutterstock
 O Sabin foi a primeira empresa a oferecer diagnóstico de agente infeccioso capaz de levar a comprometimento de recém-nascidos em exame já utilizado para doenças genéticas

 

Um exame inovador – que permite investigar uma condição silenciosa em bebês, que pode levar a comprometimento sensorial, como surdez, e neurológico – está disponível no Sabin Diagnóstico e Saúde. Desde o ano passado, a empresa realiza a pesquisa para o citomegalovírus (CMV) congênito nos primeiros 20 dias de vida da criança na mesma amostra de saliva coletada para o Teste Genético da Bochechinha.   

O farmacêutico e coordenador do setor de Genômica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gustavo Barra, explica que a amostra de saliva é mais adequada do que a de sangue, que antes era usada para a detecção do CMV. A equipe do Sabin desenvolveu a metodologia, que investiga de forma pioneira a infecção em 2021, para avaliar a presença do vírus por meio do Teste da Bochechinha, que detecta alterações em mais de 390 genes.  

“A investigação para citomegalovírus congênito não era realizada de praxe, já que a sensibilidade para detecção do vírus na amostra de sangue habitualmente coletada no Teste do Pezinho não é adequada. Com o uso de amostra de saliva, que já é coletada para o Teste Genético da Bochechinha, conseguimos acrescentar mais essa condição à lista das doenças investigadas”, destaca o especialista.   

A médica geneticista do Sabin, Rosenelle Araújo, reforça que essas doenças, se diagnosticadas precocemente, podem ser tratadas corretamente desde os primeiros dias de vida. “No caso do CMV congênito, a identificação da infecção vai permitir que o bebê seja adequadamente acompanhado por especialistas, a fim de identificar precocemente possíveis sequelas da infecção que podem surgir meses ou até anos após o nascimento. A novidade de fazer tudo na mesma amostra de saliva colhida por um cotonete na bochecha do bebê, além de rápido e indolor para a criança, auxilia o médico a determinar o tratamento com mais precisão e rapidez”, afirma. 

 

Citomegalovírus congênito  

Estima-se que 1 a cada 200 crianças nasça com a infecção pelo citomegalovírus. A forma congênita do CMV pode levar a diversas alterações clínicas nos bebês. Embora seja assintomático na maioria dos casos, pode levar a manifestações como icterícia, aumento do fígado e baço, pneumonias, anemias, microcefalia, perda de visão e audição, incapacidade motora, calcificações cerebrais, entre outras.  Mesmo pacientes sem sintomas ao nascimento e com a triagem auditiva normal podem evoluir com alterações auditivas tardias, sendo necessário o acompanhamento por especialista.  

O Teste Genético da Bochechinha, que até pouco tempo detectava apenas doenças genéticas, é um exame complementar ao Teste do Pezinho, que auxilia na identificação de doenças tratáveis, reduzindo ou evitando sequelas e morte precoce. O Teste da Bochechinha permite o diagnóstico mais preciso, rápido e abrangente, a partir da análise do DNA presente na saliva coletada na parte interna da bochecha do bebê.   

O exame dura cerca de um minuto e quanto mais precoce a realização, maior a possibilidade de benefícios. A testagem para o citomegalovírus será realizada em amostras de bebês até 20 dias de vida, já que, após esse prazo, a detecção do vírus pode não estar associada à forma congênita da doença.   

O exame é realizado em Salvador, nas unidades de Alphaville, Matriz (Av. ACM) e Itaigara (Rua das Hortênsias), em Lauro de Freitas, na unidade de Vilas do Atlântico, em Camaçari, em Santo Antônio de Jesus, em Barreiras, na unidade Capitão Manoel Miranda, em Luís Eduardo Magalhães e também pelo atendimento móvel, através de agendamento pelo site http://www.sabin.com.br.

 

AME 

A inclusão do CMV no Teste da Bochechinha foi apresentada pelo Grupo Sabin, menos de um ano depois de outra inovação no mesmo exame realizada pela empresa. Em 2022, o Sabin incluiu o diagnóstico da Atrofia Muscular Espinhal (AME) no Teste da Bochechinha. O trabalho desenvolvido pela área de genômica do Núcleo Técnico Operacional da sede do Grupo, em Brasília, foi reconhecido como Melhor Trabalho pela divisão de Pediatria e Medicina Materno-Fetal, da American Association for Clinical Chemistry (AACC), no congresso mundial da instituição, realizado em julho, em Chicago (EUA).  

 


Grupo Sabin
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A massoterapia como aliada para alívio das crescentes dores crônicas da população brasileira

De acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, as dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos. Desses, 30% utilizam opioides para aliviar o problema. O levantamento revelou ainda que a dor crônica é mais frequente entre mulheres, pessoas de baixa renda e aqueles com diagnóstico para artrite, dor nas costas/coluna, sintomas depressivos e, também, com histórico de quedas e hospitalizações.

Nesse sentido, as dores crônicas nada mais são do que desconfortos que persistem por mais de três meses, ultrapassando o período usual de cicatrização. Elas podem se manifestar de diversas maneiras, desde dores nas costas, até enxaquecas, tornando-se um desafio recorrente na rotina de diversas pessoas. 

Tendo em vista esse cenário, a busca por soluções para aliviar essas dores crônicas tem crescido, emergindo a massoterapia como uma alternativa promissora, a qual consiste na aplicação de técnicas manuais sobre o corpo para promover relaxamento, alívio de tensões e, consequentemente, redução das dores.


Os benefícios da massoterapia na prática

Entre as vantagens da massoterapia destacam-se, especialmente, o alívio das dores por meio da liberação de endorfinas, substâncias naturais do corpo que funcionam como analgésicos. Além disso, melhora significativamente a circulação sanguínea, facilitando a oxigenação e a nutrição dos tecidos, o que pode contribuir para a redução dos processos inflamatórios associados às dores crônicas.

Para além desses benefícios, ao promover relaxamento muscular e mental, a massoterapia ajuda na redução dos níveis de estresse e ansiedade, fatores que podem intensificar a percepção da dor. É possível evoluir, ainda, a flexibilidade e a mobilidade das articulações por meio de técnicas específicas da massoterapia, diminuindo, assim, as limitações causadas pelas dores crônicas.


Tratamento Integrado   

Embora a massoterapia tenha benefícios que apoiam no alívio das dores crônicas, é importante ressaltar que a abordagem mais eficaz nesse tratamento é a que combina diferentes métodos terapêuticos. Isso inclui, além da massoterapia, a prática regular de atividades físicas, uma alimentação balanceada e, especialmente, intervenções médicas específicas.

Desta forma, o reconhecimento da massoterapia como uma aliada para o tratamento de dores crônicas é a chave para a promoção de uma maior qualidade de vida, a fim de beneficiar uma parcela significativa da população. À medida que a compreensão e o tratamento das dores crônicas avançam, a massoterapia se consolida como uma ferramenta valiosa, capaz de oferecer alívio e bem-estar a muitos brasileiros.

 

Hideo Muraoka - CEO da rede Muraoka Massoterapia, empresa com mais de 20 anos no mercado de saúde e bem-estar e uma das precursoras da famosa Quick Massage



Apraxia de Fala: Entenda distúrbio sofrido por filho de Wanessa Camargo

Transtorno neurológico afeta 2 em cada mil crianças no país

 

Enquanto estava confinada no BBB 24, a cantora Wanessa Camargo abriu o coração e revelou que o seu filho mais novo, João Francisco, de 10 anos, tem Apraxia de Fala na Infância (AFI). A condição do filho da artista com o empresário Marcus Buaiz se repete em vários lares brasileiros, pois a AFI é um transtorno neurológico, pouco conhecido até entre a classe médica no Brasil, que acomete a reprodução dos sons da fala e afeta 2 em cada mil crianças no país.

 

“O meu filho mais novo só falou após os três anos. Ele tem apraxia de fala”, disse a cantora, em conversa com os outros brothers na última edição do reality, que foi encerrada nesta semana.

 

A fonoaudióloga infantil Elisabete Giusti, conselheira técnica da Associação Brasileira de Apraxia da Infância (ABRAPRAXIA), explica que os pais devem ficar atentos no caso de a criança apresentar atraso e/ou dificuldades para desenvolver a fala.

 

“A apraxia atinge o planejamento e a programação das sequências de movimentos necessários para produzir a fala, pois o cérebro não envia os comandos adequados para os articuladores, dificultando a produção das palavras. É uma alteração funcional e que nem sempre é detectada em exames para o estudo do cérebro, como ressonância e tomografia", explica Elisabete.

 

O diagnóstico deve ser realizado por um fonoaudiólogo que possua experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala. O profissional será o responsável por avaliar, diagnosticar e determinar o melhor plano de tratamento. O transtorno pode acontecer em conjunto com outras comorbidades, por isso é fundamental que as crianças sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.

Com o intuito de alertar o poder público, profissionais de saúde e a sociedade sobre a existência desse transtorno, três mulheres fundaram, em 2016, a Associação Brasileira da Apraxia da Fala na Infância (ABRAPRAXIA), cuja missão é promover ações que possibilitem às crianças com este diagnóstico alcançar seu melhor potencial. A associação conta com mais de 70 mil seguidores no Instagram e já capacitou 23 mil pessoas, entre fonoaudiólogos, pais e familiares, além de oferecer cursos regulares sobre o transtorno.

 

Onde buscar informação:

Site: www.apraxiabrasil.org

Instagram:@apraxiakidsbrasil

Facebook: www.facebook.com/ApraxiaKidsBrasil

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/apraxia-brasil-abrapraxia/



O QUE PODE SER SUA DOR NO PÉ? FISIOTERAPEUTA REVELA OS PRINCIPAIS MITOS

Embora seja comum experimentar desconforto nessa região, fisioterapeuta ressalta a importância entender suas dores para poder tratar. 

 

Os pés, sendo a base fundamental de nosso corpo, frequentemente são negligenciados até que algo dê errado, quando a dor se instala. Neste contexto, a pesquisa "Os Pés Brasileiros" revela dados que corroboram com este prognóstico: 61% dos trabalhadores brasileiros relatam sentir dores no calcanhar, enquanto 85% da população do país admite sentir dores nos pés em algum momento, sendo que 30% enfrentam esse desconforto de forma persistente. 

Diante desse cenário, é importante reconhecer a diferença entre mitos e verdades quando se trata de dores nos pés. Muitas vezes, crenças equivocadas podem levar a escolhas inadequadas no tratamento. Para o fisioterapeuta e Diretor Clínico do Instituto RV, Caio Marengoni, que destaca também. “É comum e normal sentir dor, entretanto o que não é normal é a dor persistir, nem no pé e nem em nenhuma parte do corpo”, enfatiza Marengoni. 

Para entender mais sobre as dores nos pés, o fisioterapeuta destacou alguns mitos, veja: 

 

Mito: Dores nos pés são apenas um sinal de envelhecimento

Embora seja verdade que o envelhecimento pode aumentar a probabilidade de problemas nos pés, as dores não devem ser consideradas como parte inevitável do processo de envelhecimento. Lesões, condições médicas subjacentes e até mesmo escolhas de calçados inadequadas podem desencadear dores nos pés em qualquer idade.

 

Mito: usar saltos altos é a principal causa de dores nos pés para as mulheres

O uso frequente de saltos altos possa contribuir para dores nos pés, mas não é a única causa. Segundo o especialista, outros fatores, como excesso de peso, falta de suporte adequado nos calçados, mau alinhamento dos pés, postura e até mesmo certas condições médicas, como fascite plantar e joanetes, também podem desencadear desconforto nos pés.

 

Mito: Todas as dores nos pés são iguais

As dores nos pés podem variar significativamente em termos de causa, localização e gravidade. Desde dores agudas e localizadas até desconforto crônico e difuso, é importante identificar a fonte específica da dor para um tratamento eficaz. Consultar um médico ou fisioterapeuta é fundamental para um diagnóstico preciso.

 

Mito: nada pode ser feito sobre dores nos pés, apenas suportá-las

De acordo com Caio, esta é uma das maiores falácias. “Na verdade, há uma variedade de opções de tratamento disponíveis para aliviar dores nos pés e melhorar a qualidade de vida. Desde mudanças simples, como escolher calçados adequados e praticar exercícios de fortalecimento dos pés, até terapias mais avançadas, como fisioterapia, palmilhas personalizadas e em alguns casos a cirurgia, há uma gama de soluções adaptadas a cada indivíduo”, ressalta. 

Marengoni ainda explica que é fundamental que todos reconheçam a importância do cuidado dos pés e procure orientação profissional quando surgirem dores ou desconfortos. “Uma abordagem proativa para a saúde dos pés pode não apenas aliviar o desconforto existente, mas também prevenir problemas futuros, permitindo que todos permaneçam em movimento e desfrutem de uma vida ativa e saudável”, finaliza.
 

 Instituto RV


Saúde mental ruim no pós-parto pode interferir na produção de leite? Especialistas respondem

 Influências no emocional podem vir desde dores físicas que a mulher sente, até suas vivências na infância, a dificuldade com a novidade de ser mãe e outros fatores apontados por especialistas no assunto

 

A amamentação é um momento crucial e pode ser desafiador para a mulher e bebê, não apenas do ponto de vista nutricional, mas também emocional. Especialistas atestam que a saúde mental da mãe desempenha um papel fundamental nesse processo. Katherine Sorroche, psicóloga especializada em saúde mental da mulher e parentalidade, e Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação, enfatizam a necessidade de um preparo emocional adequado para uma amamentação bem-sucedida.

 

Preparo emocional, fundamento para a amamentação 

Katherine ressalta que muitas mulheres chegam ao momento pós-parto com uma preparação voltada apenas para os aspectos físicos da amamentação, negligenciando sua saúde mental. "A vida moderna tirou as mulheres do lugar de conexão com seus instintos, tornando essencial um preparo emocional para a amamentação e o puerpério psicológico", destaca a psicóloga. Ela enfatiza ainda a importância de considerar a história de amamentação da mãe, seus desejos pessoais e suas vivências na infância, pois tudo isso influencia a fluidez da amamentação.

 

O impacto prático da saúde mental na amamentação 

Cinthia, por sua vez, destaca que o estado emocional da mãe pode afetar diretamente o processo de amamentação. "Sentimentos como dor, cansaço extremo e insegurança podem inibir a ocitocina, hormônio responsável pela ejeção de leite, comprometendo a amamentação", explica a enfermeira obstetra. Problemas emocionais como ansiedade, depressão e falta de apoio podem também minar a confiança da mulher, interferindo na amamentação.

 

Sinais de alerta e busca por ajuda 

Ambas as especialistas concordam que sinais como tristeza intensa, falta de esperança e desânimo são indicativos de que a mãe não está emocionalmente bem no pós-parto. "Buscar apoio da rede de suporte e profissionais especializados é fundamental para ajudar a mulher a enfrentar esse momento delicado", recomenda Cinthia, enquanto Katherine enfatiza a importância de compreender as razões emocionais por trás das dificuldades na amamentação e oferecer suporte adequado.

 

Um olhar integral sobre a maternidade 

"É essencial reconhecer que a maternidade é uma jornada que envolve aspectos emocionais profundos, e oferecer suporte emocional adequado é fundamental para promover uma amamentação saudável e satisfatória", concluem as especialistas.

 

Katherine Sorroche - CRP: 06/76400. Formada em 2004 pela Faculdade de Psicologia da Universidade Mackenzie, especializada em Saúde Mental Feminina, Psicologia Perinatal, Psicologia do Puerpério e Parentalidade. Formação em Master Coach pela SLAC em 2020.

 

Os perigos da banalização do uso medicinal das drogas e o debate sobre a descriminalização da maconha

 A legalização da cannabis tem sido alvo de intensos debates em diversos países que liberaram o uso e daqueles que estão pensando em liberar, inclusive para os chamados "fins medicinais". Recentemente, o Senado Federal brasileiro deu um passo significativo nesse sentido ao aprovar, na última terça-feira, a PEC 45/2023 - PEC DAS DROGAS, proposta pelo senador Rodrigo Pacheco, que prevê criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ou entorpecente.

A votação no primeiro turno teve 53 votos a favor e 9 votos contra. No segundo turno, foram 52 votos favoráveis e 9 contrários. A PEC agora seguirá para a Câmara dos Deputados.

O termo “medicinal” é usado para diminuir o entendimento do risco e gravidade do uso dessas substâncias. Não existe cannabis medicinal. Existe canabidiol, que é útil para pouquíssimas doenças neurológicas. A indústria da cannabis utiliza o termo medicinal para abaixar a percepção de risco desta substância. Quanto maior for a percepção de risco, menor será o uso. Quanto menor a percepção
de risco, maior será o consumo. A indústria das drogas quer que as pessoas acreditem que o "uso medicinal" da cannabis não traz riscos à saúde pois é um produto "medicinal" porém, não existe quantidade segura para o uso de cannabis. A segurança é zero. O tratamento médico, como já enfatizado, segue padrões de diretrizes internacionais e deve ser fundamentado em evidências científicas sólidas. Qualquer mínima quantidade dessa droga terá alguma consequência para a saúde. A maconha é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas e um caminho preocupante para o vício e a dependência química.

Nos Estados Unidos há uma crescente variabilidade na forma, dose e potência da cannabis. Em alguns lugares como no Colorado, a potência do THC chega a 70%. Além disso, existem numerosos outros compostos em produtos comercializados como canabidiol ou cannabis com efeitos desconhecidos para a saúde. Como resultado do amplo acesso a essas substâncias, houve um aumento de 9% para 30% do consumo da droga entre os jovens.

Diversas instituições e profissionais especialistas no tema da dependência de drogas já mostraram com embasamento científico que o consumo de drogas como a cannabis e seus derivados é prejudicial à saúde. A Associação Americana de Psiquiatria (APA) se posicionou contrária ao uso de cannabis como medicamento, destacando a ausência de evidências científicas que comprovem sua eficácia
no tratamento médico. Pelo contrário, estudos atuais apontam uma forte associação entre o consumo de cannabis e o surgimento ou agravamento de doenças mentais, com os adolescentes sendo particularmente vulneráveis devido aos efeitos da substância no neurodesenvolvimento.

É importante que se faça uma reflexão sobre os potenciais impactos negativos e irreversíveis que a descriminalização das drogas pode gerar. Quais serão as consequências para o sistema público de saúde que já funciona de forma precária para tratar pessoas com transtornos mentais e outras doenças? Quais serão os impactos para a segurança pública?

No mês passado, a conceituada revista The Lancet, referência em divulgar produções científicas mundiais, publicou um artigo que analisou uma série de estudos sobre os efeitos e riscos que a disponibilidade de pontos de venda física de cannabis em quatro países onde a substância é legalizada para o consumo: Estados Unidos, Canadá, Holanda e Uruguai. O resultado revelou um aumento do uso de serviços de saúde, hospitalizações relacionadas à cannabis e uso frequente
da substância em adultos e jovens adultos. Dados também apontaram aumento do uso dessas substâncias em mulheres grávidas. Os riscos para o desenvolvimento do feto são irreparáveis.

Esses dados evidenciam que quanto maior a oferta de pontos de vendas de drogas, maior é o número de usuários e mais prejuízos são causados aos sistemas de saúde que não conseguem atender tamanha demanda.

Alguns estados nos EUA onde foi legalizado o uso das drogas no passado, estão revendo esta medida. O exemplo mais recente é do Estado de Oregon, que em 2020 descriminalizou o porte de pequenas quantidades de substâncias ilícitas ainda mais pesadas e hoje enfrenta as consequências. O estado americano viu após a aprovação da Medida 110, as overdoses de opioides dispararem. Em 2019,
280 pessoas morreram de overdose no Oregon. Em 2022, esse número subiu para 956 mortes, um aumento de 241%. Para especialistas em saúde, policiais e membros da sociedade civil ficou evidente que a eliminação das penas criminais para o consumo de drogas não foi eficaz e até mesmo aumentou os riscos à saúde e à segurança.

Diante dessas evidências e experiências, é fundamental um debate amplo e embasado sobre os caminhos a serem seguidos em relação à cannabis e a outras drogas. A saúde e o bem-estar de todos os indivíduos devem ser priorizados, buscando abordagens que considerem os riscos associados ao consumo dessas substâncias.

Por muito anos no Brasil, travamos uma luta contra o uso de cigarros e fomos bem-sucedidos nessa questão. Baixamos de 48,5% da população fumante para 10%, dificultando o acesso e lugares onde usar o cigarro. É um dos maiores cases de sucesso no mundo em relação a diminuição do uso de cigarro. Não podemos facilitar o acesso às drogas. Quanto maior a disponibilidade, maior o número de usuários. Se prezamos pela saúde da nossa população, não podemos disponibilizar mais pontos de vendas de drogas. É preciso dificultar que as pessoas consigam comprar drogas.

Deixamos claro que somos favoráveis a políticas públicas para o tratamento das doenças ligadas ao uso de álcool e outras drogas. Sabemos que a dependência só existe porque o acesso a essas drogas é permitido. Uma vez permitido o acesso, as pessoas se tornaram dependentes e precisam de políticas públicas. O tratamento adequado para essas pessoas é que deveria estar sendo discutido pelo Estado. Há uma sobrecarga cada vez maior no SUS quando se glamouriza o uso de drogas.


Ao mesmo tempo em que não há nenhuma medida para melhorar a assistência psiquiátrica no sistema público do país.

Neste momento, devemos aproveitar para cobrar políticas públicas de cuidado com usuários de drogas, sobretudo em situação de vulnerabilidade social que estão desprovidos de cuidados dignos de saúde pelo SUS. Precisamos separar os nossos doentes, aqueles que adoeceram pelo uso de drogas, aqueles que estão dependentes das drogas, pois somos psiquiatras, nosso dever é cuidar. 

 

Antônio Geraldo da Silva - Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP - CRM 5875-DF - Psiquiatra com RQE no: 2275. Psiquiatra Forense com RQE no: 13979

Abril Marrom: a neurite óptica é mais comum dos 20 aos 40 anos e pode provocar cegueira

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Um dos sintomas é a diminuição visual, acompanhada ou não de dor, e o tratamento varia de acordo com a causa da doença

 

Realizada este mês, a Campanha Abril Marrom chama a atenção para a prevenção e o tratamento das doenças oculares que podem causar cegueira. Uma delas é a neurite óptica, uma inflamação do nervo que conecta o cérebro aos nossos olhos. Rara e pouco conhecida, a doença pode resultar em sérias complicações visuais e até mesmo provocar cegueira total, por isso é importante buscar a ajuda de um oftalmologista ao perceber qualquer alteração na visão. 

A neurite óptica pode se manifestar de forma leve ou mais complexa e é essencial prestar atenção aos sinais. “Os sintomas primários incluem baixa visão, normalmente acompanhada de dor ocular, especialmente ao movimentar os olhos. Mas, embora a dor nem sempre esteja presente, a diminuição visual é um sinal característico que surge alguns dias após o início dos sintomas”, explica o Dr. Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, neuro-oftalmologista do H.Olhos - Hospital de Olhos de São Paulo, da Vision One, rede nacional de hospitais oftalmológicos. 

Entender os sinais e buscar a ajuda de um especialista é fundamental para identificar e tratar a doença. De acordo com o médico, “o diagnóstico da neurite óptica requer um exame oftalmológico minucioso, incluindo avaliação da visão, percepção de cores, estado da pupila, nervo óptico e retina. Além disso, exames complementares, como ressonância magnética da cabeça e do nervo óptico, são essenciais para identificar possíveis inflamações”. 

A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum dos 20 aos 40 anos e pode ser desencadeada por diversos fatores, como infecções virais ou bacterianas e doenças autoimunes. Um caso que chamou a atenção foi o do ator global Felipe Simas, que no início de 2024, prestes a completar 31 anos de idade, sentiu dificuldade momentânea para enxergar e percebeu uma tonalidade diferente no olho direito. Ao consultar um especialista, foi diagnosticado com neurite óptica e, sem o tratamento correto, poderia ter perdido a visão.

 

Como tratar

O tratamento varia de acordo com a causa da neurite óptica. Enquanto alguns casos podem exigir apenas monitoramento, outros demandam o uso de corticoides em altas doses para controlar a resposta imunológica e evitar danos maiores. Em situações de origem bacteriana ou viral, antivirais e antibióticos podem ser prescritos. O Dr. Matheus destaca a importância de investigar a origem da doença a fim de definir o tratamento que trará os melhores resultados ao paciente. 

Portanto, fica o alerta: cuidar da saúde ocular é fundamental e qualquer alteração na visão deve ser prontamente avaliada por um especialista. A neurite óptica pode ser uma condição séria, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível preservar a visão e garantir uma melhor qualidade de vida.


Semana da Tontura: 70% das quedas de idosos ainda ocorrem dentro de casa

A  Academia Brasileira de Otoneurologia, com apoio do Vera Cruz Hospital, divulga ações para eliminar riscos e reduzir índices de quedas dentro de casa

Use at your Ease por Pixabay
Começou, na segunda-feira, dia 22, e segue até domingo (28), a “Semana da Tontura – tontura é coisa séria: equilíbrio na terceira idade”, realizado pela Academia Brasileira de Otoneurologia. Com a distribuição de material informativo e painéis em diversos estados e municípios, a ação tem como foco conscientizar para a prevenção de quedas em decorrência da tontura, principalmente entre o público acima de 60 anos. Dados do Ministério da Saúde indicam que 70% das quedas de idosos com mais de 65 anos ocorrem dentro de casa. Entre pessoas acima de 80, a prevalência é ainda mais alta e a mortalidade relacionada a tombos chega a ser seis vezes maior. 

Embora o ambiente domiciliar pareça seguro e adequado para o conforto e segurança, nem sempre reflete os casos atendidos nas unidades de saúde. Um tapete sem antiderrapante, uma escada sem corrimão, um degrau no meio do caminho e muitas outras situações que, em geral, passam despercebidas, podem causar sérios riscos a idosos, culminando em uma passagem pelo médico, lesões, internações ou, em casos mais críticos, até mesmo óbito. 

Segundo Guilherme Mangabeira, otorrinolaringologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), “as quedas domésticas são uma das mais frequentes entre pessoas acima dos 60 anos. A maioria poderia ser evitada com alguns cuidados”, destaca. Por isso, durante essa edição da “Semana da Tontura”, o foco será no reconhecimento de situações rotineiras que possam representar riscos e que, readequadas, garantem um ambiente mais seguro. O material com informações está disponível no site aborlccf܂org܂br/semanadatontura.

 

Cuidados gerais

Mangabeira ainda elenca algumas orientações gerais: 

- Não pule as refeições e alimente-se corretamente;

- Se você utiliza óculos, tenha-o sempre por perto. Se os óculos são somente para leitura, remova-os para caminhar;

- Ao ouvir o toque da campainha ou celular, não corra para atender: vá no seu ritmo;

- Se o piso da casa estiver desnivelado ou com alguma tábua solta, conserte, pois pode ser perigoso;

- Mantenha os números de emergência (bombeiros, SAMU, hospitais, familiares etc.) sempre por perto, ao lado do telefone;

- Não use roupas muito compridas, pois podem atrapalhar sua locomoção.

 

Escadas

- Providencie iluminação suficiente para enxergar todos os degraus;

- Instale corrimão em ambos os lados e segure neles;

- Evite piso escorregadio ou coloque carpete preso nos degraus.

 

Banheiro

- Utilize um distribuidor de sabão líquido em vez de sabonete solto, em barra;

- Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro;

- Coloque adesivos antiderrapantes na banheira;

- Não tranque a porta do banheiro.

 

Cozinha

- Evite guardar alimentos e utensílios em locais altos;

- Evite subir em cadeiras ou bancos;

- Limpe imediatamente o chão ao derramar algo;

- Evite usar cera no chão;

- Retire tapetes.

 

Calçados

- Evite usar saltos;

- Utilize calçado firme no pé, evite chinelo;

- Utilize calçadeira para auxiliar a colocar sapato. 

“Cuidados simples como esses são cruciais para evitar acidentes, garantindo um ambiente seguro, sem obstáculos, bem iluminados e propiciando uma rotina livre de acidentes”, conclui o especialista.

 

 Vera Cruz Hospital


Refluxo, tabagismo, obesidade e etilismo são as principais causas de câncer de esôfago

Além de evitar esses fatores de risco, também é indicado não beber líquidos muito quentes e adotar dieta que inclua frutas e vegetais. No Brasil, câncer esofágico é três vezes mais comum nos homens. Com base em dado global, Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) alerta que os casos anuais podem aumentar em 80% até 2050 

 

Em 2024, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 10.990 brasileiros vão receber o diagnóstico de câncer de esôfago. Destes, 8.200 em homens e 2.790 em mulheres, três vezes mais comum, portanto, na população masculina. Em âmbito mundial, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS) há pouco mais do dobro de número de casos entre os homens: 366 mil entre eles e 145 mil novos casos anuais entre as mulheres.

Assim como ocorre com os demais cânceres, os tumores malignos de esôfago ocorrem pela transformação descontrolada das células. No caso específico do câncer de esôfago, as evidências associam o surgimento da doença à irritação crônica deste órgão, a partir de causas como tabagismo, obesidade, etilismo, hábito de consumir bebidas líquidas em altas temperaturas e baixo consumo de frutas e vegetais. Outros fatores de risco são doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e histórico de alterações pré-cancerosas nas células do esôfago (esôfago de Barrett). Deve haver atenção especial também por parte das pessoas submetidas a tratamento de radiação no tórax ou na parte superior do abdômen.

Caso medidas efetivas de prevenção não sejam adotadas, a projeção do IARC/OMS para o ano de 2050 é que o número de casos anuais de câncer de esôfago salte dos atuais 511 mil para 922 mil em 2050, um aumento de 80%. “Na maioria dos casos, o câncer de esôfago é uma doença evitável. Cabe a todos os setores da sociedade ampliar o conhecimento da população, por meio de campanhas de conscientização eficazes, sobre as medidas que contribuem para a prevenção da doença”, ressalta o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e titular do Hospital de Base, de Brasília.

Para prevenir a doença é recomendado não fumar (lembrando que toda forma de consumo de tabaco e seus derivados é nociva, incluindo charuto, narguilé, cigarro eletrônico, entre outros); adicionar uma variedade de frutas e vegetais coloridos à dieta; manter o peso saudável e tratar o refluxo quando houver sintomas. “Além disso, o consumo de bebida alcoólica deve ser evitado. Há estudos que apontam que, para adultos saudáveis, pode ser seguro o consumo no limite de até um drinque por dia para mulheres e até dois drinques por dia para homens”, explica Nascimento.

Diferentes tipos de câncer de esôfago - O câncer de esôfago é classificado de acordo com o tipo de células envolvidas. Os carcinomas de células escamosas ocorrem mais frequentemente nas porções superior e média do esôfago.  Já o adenocarcinoma, que começa nas células das glândulas secretoras de muco no esôfago, ocorre frequentemente na porção inferior do esôfago.

Cirurgias em casos de câncer de esôfago - O tratamento cirúrgico para pacientes com câncer de esôfago consiste na realização de esofagectomia, que é a remoção total ou parcial do tumor e da margem de segurança (área adjacente com tecido normal). Em alguns casos, antes de realizá-lo, pode ser preciso fazer algumas sessões de radioterapia ou quimioterapia (terapias neoadjuvantes).

A esofagectomia pode ser transhiatal, na qual o esôfago é removido por meio de incisões no abdômen e no pescoço, sendo bastante empregada no tratamento de adenocarcinomas. Há também a esofagectomia transtorácica, na qual o órgão é retirado através de incisões no tórax e no abdômen, sendo mais utilizada no tratamento de carcinomas de células escamosas.

“As duas formas de cirurgia podem ser realizadas tanto por via aberta/convencional ou de maneira minimamente invasiva. Porém, quando se emprega a minimamente invasiva – por endoscopia ou laparoscopia, as incisões são bem menores, resultando em menor risco de sangramento, menos dor e mais rápida recuperação”, destaca Pinheiro.

Qual é o caminho do alimento após a retirada do esôfago? – Uma importante indagação dos pacientes é como ficará o trânsito do alimento após a esofagectomia. Isso porque é o esôfago que faz a ligação entre a garganta e o estômago, sendo, portanto, fundamental no processo digestivo. Rodrigo Pinheiro explica que, para reconstruir o canal e viabilizar o trânsito alimentar, é elevado o estômago até a porção remanescente do tubo esofágico, conectando-os na região torácica ou cervical.

“Outra possibilidade é confeccionar um novo tubo gástrico com tecidos extraídos de outros órgãos do sistema digestivo, como estômago, intestino delgado ou intestino grosso”, acrescenta. Ainda segundo o presidente da SBCO, é importante que a estrutura tenha curvatura adequada e calibre similar ao do esôfago original, sendo suturada manualmente ou com o uso de grampeadores automáticos.


Cirurgia, fase de diagnóstico e sobrevida em cinco anos

A escolha da terapêutica mais adequada para tratar o câncer de esôfago se baseia no estadiamento (fase em que a doença é diagnosticada, que via de 0 a IV) e nas condições de saúde geral do paciente. A cirurgia costuma ser indicada para portadores de tumores em estágios iniciais e tem objetivo curativo. Para tumores em estágio 0 ou I (iniciais) pode-se recomendar a remoção do tumor por esofagectomia ou via ressecção (retirada) endoscópica da mucosa.

Dependendo das características, pode-se indicar, ainda, quimioterapia e radioterapia (prévias ou posteriores ao procedimento). Para tumores em estágios II e III, quando houve disseminação para linfonodos e para órgãos próximos, geralmente, indica-se a quimioirradiação (quimioterapia e radioterapia) seguida de cirurgia. Mas, em caso de tumores pequenos, pode-se realizar o tratamento cirúrgico isolado.

Já para tumores em estágio IV, com metástases à distância, busca-se aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença com tratamentos não cirúrgicos. Em estágios muito avançados é possível indicar um procedimento cirúrgico com intuito paliativo, visando melhorar a qualidade de vida do paciente. É o caso, por exemplo, da cirurgia para colocação de sonda de alimentação.

Dados do levantamento SEER do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NCI) apontam que quase metade (48,1%) dos pacientes com câncer de esôfago descoberto em fase inicial chegam aos cinco anos de sobrevida após o tratamento. “Aumentar as taxas de diagnóstico precoce é a principal medida para redução de mortalidade por câncer de esôfago”, afirma o presidente da SBCO. Um alerta importante é que, ainda segundo o NCI, quatro entre dez casos de câncer de esôfago são diagnosticados já com a ocorrência de metástase.


Sintomas que alertam para câncer de esôfago e busca por diagnóstico

 A SBCO alerta que o câncer de esôfago em fase inicial geralmente não causa sinais ou sintomas. Porém, nas ocorrências destes sinais, é recomendado consultar um médico.

- Dificuldade em engolir (disfagia)
- Perda de peso sem causa definida
- Dor no peito ou queimação
- Piora da digestão ou azia
- Tosse ou rouquidão

 Vale ressaltar que a pessoa com histórico de esôfago de Barrett, uma condição pré-cancerosa causada por refluxo ácido crônico, tem um risco maior de desenvolver câncer de esôfago e pode haver a recomendação de rastreamento. Para tanto, é importante discutir os prós e os contras dos exames com um especialista. Os testes e procedimentos usados para diagnosticar o câncer de esôfago incluem:

- Estudos Radiológicos: durante estes estudos, o paciente pode engolir um líquido que inclui contraste e depois faz exames de imagem. O contraste reveste o interior do esôfago, que pode mostrar alterações no tecido.

- Endoscopia: o médico passa um tubo flexível equipado com uma lente de vídeo (videoendoscópio) pela garganta até o esôfago. Usando o endoscópio, o médico examina o esôfago em busca de câncer ou áreas de irritação.

- Coleta de uma amostra de tecido para teste (biópsia). Por endoscopia, é retirada uma amostra de tecido que, por sua vez, é enviada a um laboratório para procurar células cancerígenas. O objetivo é determinando a extensão do câncer.

Assim que o diagnóstico de câncer de esôfago é confirmado, o médico poderá recomendar exames adicionais para determinar se o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos ou para outras áreas do corpo. Os exames podem incluir:

- Broncoscopia
- Ultrassom endoscópico (EUS)
- Tomografia computadorizada (TC)
- Tomografia por emissão de pósitrons (PET)

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO


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