Dermatose foi discutida em Simpósio da
Sociedade Brasileira de Dermatologia no último
final de semana
O “2º Imunoderma”,
simpósio promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, contou com a
participação de aproximadamente 500 médicos dermatologistas de todo o Brasil,
que se reuniram em Campinas (SP), no último final de semana. Entre os assuntos
tratados estava o vitiligo, doença caracterizada pela perda da coloração da
pele, que tem como data de conscientização o dia 25 de junho.
“No evento foram
abordadas as doenças imunomediadas na prática médica, onde os especialistas
apresentaram diversos casos clínicos. Uma excelente oportunidade de troca de
conhecimento no diagnóstico e tratamento dessas patologias. Neste mês, também
marcado pelo Dia Mundial do Vitiligo, não podíamos, no nosso encontro, deixar
de falar desse tema, o qual afeta crianças e adultos”, diz o presidente da SBD,
Heitor de Sá Gonçalves.
O encontro teve
intensa programação e contou com aproximadamente 70 especialistas entre
palestrantes, moderadores e apresentadores. “Discutimos os avanços terapêuticos
em relação a diferentes doenças imunomediadas incluindo o vitiligo, psoríase,
dermatite atópica, alopecias, entre outras doenças. Os principais destaques
foram as apresentações dos casos clínicos com a utilização de novas drogas com
alto perfil de eficácia e segurança dos medicamentos. Muitas delas já
acessíveis para a população brasileira”, explica o médico dermatologista
Ricardo Romiti, coordenador do evento.
Os médicos
dermatologistas da SBD, Caio César Silva de Castro, do Paraná, e Ivonise
Follador, da Bahia, abordaram o módulo “Vitiligo na Infância”. “Trata-se de uma
doença genética autoimune, onde as células de defesa do indivíduo atacam seus
próprios melanócitos, responsáveis por produzir a melanina, que dá cor à pele.
O vitiligo tem componentes genéticos e inflamatórios”, explica Dr. Caio, coordenador do Departamento de Biologia Molecular
Genética e Imunologia da SBD.
Sintomas e
Diagnóstico
O vitiligo, na
maioria das vezes, não tem sintoma, porém alguns pacientes podem ter prurido,
ou seja, uma coceira leve quando as lesões estão começando. O diagnóstico é
feito pela observação clínica das manchas que podem ser evidenciadas no escuro
com a lâmpada de wood, que destaca bastante as manchas brancas do vitiligo.
Quando ainda há dúvidas se o paciente tem ou não a doença é feita uma biópsia.
Tratamento
O principal
tratamento é a fototerapia com radiação
ultravioleta B. “Elas emitem um comprimento de onda capaz de matar as células
que estão na pele, denominadas linfócitos T, que mataram os melanócitos. Dessa
forma, os melanócitos conseguem voltar para as lesões do vitiligo e repigmentar
a pele. Podemos também fazer tratamentos com medicações orais ou tópicas, além
de remédios inibidores”, explica o médico. O especialista também destacou que
ainda não foi possível impedir que o vitiligo não se instale em determinados
locais, mas em áreas pequenas, como nas mãos, já é possível evitar.
“Nesse caso, por
exemplo, é preciso tomar cuidado ao fazer a unha e retirar a cutícula, porque o
traumatismo pode ser um gatilho para novas lesões, então, é melhor empurrar a
cutícula, do que tirá-la. O paciente também não deve fazer depilação a laser,
pois a destruição dos pelos faz com que se perca a reserva de melanócito e
reduza o potencial de repigmentação. Também não é recomendada a utilização de
clareadores a base de hidroquinona ou peeling de fenol porque retira toda a
camada da pele, podendo desencadear o vitiligo”, conclui.
O dermatologista é
o médico especialista para a avaliação e conduta das queixas de pele, cabelos e
unhas, portanto, para o diagnóstico e tratamento do paciente com vitiligo é
indispensável uma análise dermatológica.
Acesse
@dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br e informe-se mais
sobre essa e outras doenças, além de cuidados com a saúde da pele, cabelos e
unhas.
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