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quinta-feira, 14 de maio de 2020

4 perguntas e respostas sobre endometriose e coronavírus


Saiba como lidar com a doença em tempos de quarentena e se endometriose aumenta o risco de infecção por coronavírus


O mundo todo em alerta por causa de uma doença, o novo Coronavírus, provoca reflexões sobre novas formas de lidar com as questões inerentes ao cotidiano de cada um. Para as mulheres com endometriose não é diferente, a patologia afeta cerca de 10 a 15% delas em idade fértil, no mundo.

Além das preocupações sobre como realizar tratamentos de outras doenças em tempos de distanciamento social, uma dúvida crescente entre as mulheres com endometriose é sobre a relação entre a esta doença e o novo coronavírus. É o que revela o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista, especialista em endometriose e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE): “tenho percebido aumento dessa dúvida entre pacientes e leitoras que me acompanham”.

A endometriose faz com que partes do endométrio, que é a camada interna que reveste o útero e descama mensalmente, faça um movimento reverso ao natural: em vez de ser eliminado totalmente na menstruação, migra para outros órgãos da pelve e cavidade abdominal. A dor ao menstrual (dismenorréia) é um dos principais sintomas e sua intensidade pode variar de baixa à incapacitante, de forma que a mulher não consiga exercer as atividades normais do dia a dia.

Para esclarecer sobre a relação entre coronavírus e endometriose, o Dr. Marcos responde as principais perguntas que tem recebido: 


1) Endometriose aumenta as chances de infecção por coronavírus?

Até o momento, não há estudos que comprovem a relação direta entre as duas doenças, maior risco de infecção ou complicações. Mediante avanço nas pesquisas sobre o novo vírus e com a divulgação dos resultados, todas as áreas da medicina estarão mais seguras sobre essa questão.



2) Um dos fatores de risco para a endometriose é a baixa imunidade. Ela também pode favorecer o coronavírus?

Entre os inúmeros fatores de risco para o desenvolvimento da endometriose, como hereditariedade, menarca precoce, produção de hormônios e estresse, está também a baixa imunidade local. Ela é uma condição de enfraquecimento das defesas do corpo contra doenças, portanto um paciente com baixa imunidade pode estar mais vulnerável ao coronavírus, como também para qualquer outra doença. Por isso que a indicação chave do tratamento clínico para a doença é a adoção de hábitos saudáveis.  


3) Como uma paciente com endometriose pode se proteger do coronavírus?

Os cuidados são os mesmos recomendados pelas autoridades de saúde, como usar máscaras, higienizar frequentemente as mãos e manter o distanciamento social recomendado, de cerca de 2 metros por pessoa.


4) Como realizar tratamento de endometriose em tempos de coronavírus?

A melhor conduta deve ser indicada pelo médico que acompanha. Para tratamento em casa, existem terapias medicamentosas e até indicações de alternativas para dor, como fisioterapia pélvica, atividade física e alimentação saudável. Se a condição da paciente for muito grave, é recomendado entrar em contato com o médico, sendo que o tratamento cirúrgico, neste período de pandemia, não está contraindicado. Mas, a conduta em geral é manter o tratamento que já havia sido iniciado antes da quarentena.

Para saber mais sobre a endometriose, acesse este vídeo que o Dr. Marcos criou: https://www.instagram.com/tv/Bzf9hFiHzn4/






Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Médico Responsável pelo Setor de Vídeoendoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. Diretor da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).  Instagram: @dr.marcostcher    

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