No Brasil existe uma
legislação especial que define a balneabilidade da água
Com
as altas temperaturas e o Carnaval se aproximando, muitas pessoas vão
aproveitar o feriadão para se refrescar nas praias de todo o Brasil. Ao
chegarem às areias, os banhistas se depararam com bandeiras verdes e vermelhas
sinalizando locais próprios ou impróprios para o banho. Mas você sabe o que
quer dizer essas indicações?
As
bandeiras indicam se a água do mar está própria (bandeira verde) ou imprópria
(bandeira vermelha). A indicação da bandeira verde reúne três categorias
distintas: excelente, muito boa e satisfatória. Essa classificação é feita de
acordo com as densidades de bactérias fecais resultantes de análises feitas em
cinco semanas consecutivas. Na cidade de São Paulo, as análises são efetuadas,
semanalmente, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
Quando
a bandeira sinalizada for vermelha não se deve entrar em contato com a água
para evitar riscos à saúde, pois ela indica que há contaminação das águas por
esgoto e pode existir a presença de vários tipos de microrganismos causadores
de doenças transmitidas via contaminação hídrica. Se a bandeira estiver verde,
o contato com a água é seguro e a saúde do banhista não estará em risco de
contrair essas doenças.
Segundo
Regina de Oliveira Moraes Arruda, coordenadora do Mestrado em Análise
Geoambiental da Universidade UNG, no Brasil existe uma legislação especial que
define quando uma praia de água salgada ou praia de água doce (de rios e
represas) está apropriada ou não para o banho, que é a Resolução CONAMA
274/2000. "O principal indicador se uma praia está imprópria é quando há
um número muito alto de algumas bactérias na água. A bactéria que é avaliada
normalmente está presente em esgoto e é proveniente de fezes do homem e também
de animais. Outros problemas que levam a praia a estar imprópria, podem ser
derramamento de óleo e extravasamento de esgoto, presença de nata decorrente de
floração de algas ou outros organismos e a presença de moluscos",
explica.
A
especialista relata ainda, que em contato com a água contaminada o banhista
pode adquirir doenças como: amebíase, giardíase, gastroenterite, febre tifoide
e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera. "Essas patologias podem ser
causadas pelo contato ou ingestão da água contaminada. As doenças respiratórias
e de pele também são passiveis de acontecer", finaliza.
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