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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

ASSI Pesquisa mostra ligação entre pobreza na infância e desenvolvimento de transtornos mentais na fase adulta

Crianças e jovens com problemas externalizantes podem ter mais chance de impacto negativo no aprendizado, no desenvolvimento social, no mercado de trabalho (foto: Pixabay)

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Pesquisa publicada em dezembro na revista científica European Child & Adolescent Psychiatry mostra uma associação entre pobreza infantil e maior propensão para desenvolver transtornos externalizantes, como déficit de atenção e hiperatividade, na juventude, especialmente entre mulheres.

Os pesquisadores concluíram que a pobreza multidimensional e a exposição a situações estressantes, entre elas mortes e conflitos familiares, são fatores de risco evitáveis que precisam ser enfrentados na infância para reduzir o impacto de transtornos mentais na fase adulta. Foram levados em consideração o nível educacional dos pais, as condições de moradia e infraestrutura das famílias, acesso a serviços básicos, entre outros.

O trabalho acompanhou, durante cerca de sete anos, 1.590 alunos de escolas públicas de Porto Alegre (RS) e de São Paulo, que participaram de três etapas de avaliação, sendo a última delas entre 2018 e 2019. Esses estudantes fazem parte de uma grande pesquisa de base comunitária, que, desde 2010, segue 2.511 famílias com crianças e jovens, à época com idades entre 6 e 10 anos, dentro do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Transtornos Psiquiátricos na Infância (BHRC).

Também conhecido como Projeto Conexão - Mentes do Futuro, o BHRC é considerado um dos principais acompanhamentos sobre riscos de transtornos mentais em crianças e adolescentes já desenvolvidos na psiquiatria brasileira. É realizado pelo Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência (INPD), apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O instituto tem como coordenador-geral o professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Eurípedes Constantino Miguel Filho. Conta com mais de 80 professores e cientistas de 22 universidades brasileiras e internacionais.

“Parece senso comum dizer que a pobreza pode ter impacto futuro no desenvolvimento de problemas de saúde mental. Porém ainda não havia no Brasil uma pesquisa que permitisse analisar o desenvolvimento da criança até o começo da vida adulta baseado em avaliações psiquiátricas feitas em mais de um momento. Da forma como realizamos o trabalho, foi possível observar a tendência tanto na adolescência como no início da idade adulta”, explica a pesquisadora Carolina Ziebold, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e primeira autora do artigo.

Os diagnósticos psiquiátricos foram obtidos por meio da Avaliação de Desenvolvimento e Bem-estar (DAWBA, na sigla em inglês), aplicada na infância, depois na adolescência (quando os alunos tinham idade média de 13 anos e 5 meses) e na faixa etária dos 18 anos. O estudo levou em consideração distúrbios externalizantes e também os internalizantes, como depressão e ansiedade. No entanto, no caso desses últimos não houve registro significativo no resultado geral.

Para analisar as carências das famílias, os cientistas aplicaram questionários socioeconômicos. No total, 11,4% da amostra estava enquadrada em níveis de pobreza.

“Essa avaliação psiquiátrica em três momentos permitiu obter um resultado consistente. Isso porque houve variação ao longo do tempo. Crianças de famílias pobres chegaram a ter níveis de transtornos externalizantes menores do que as de não pobres no início do acompanhamento. Mas, depois de alguns anos, a curva se inverteu, com um crescimento constante dos distúrbios entre crianças de famílias pobres. A probabilidade de apresentar problemas entre elas foi de 63%, enquanto entre as de não pobres diminuiu no período”, afirma Ziebold.

Desigualdade de gênero

Os autores do artigo destacaram que, nas análises estratificadas por gênero, a pobreza infantil teve consequências prejudiciais especialmente para as mulheres.

“Esse resultado chamou muito a atenção e deve ser um dos mais relevantes. Geralmente os transtornos externalizantes são mais comuns em homens. Nossa hipótese é que as meninas pobres têm menos chance de diagnóstico precoce de problemas, seja na família ou na escola. Além disso, elas assumem mais tarefas desde cedo em casa, como cuidar de irmãos mais novos e de pessoas doentes. Essa sobrecarga expõe a mais eventos estressantes, que aumentam as chances de apresentar problemas mentais quando adultas”, diz a pesquisadora.

Os transtornos externalizantes também foram particularmente prejudiciais para as mulheres nos resultados educacionais, principalmente em relação ao atraso escolar, como mostrou um outro trabalho do grupo, recém-publicado na revista Epidemiology and Psychiatric Sciences.

Essa pesquisa, realizada com a mesma base do BHRC, concluiu que pelo menos dez a cada cem meninas que estavam fora da série escolar adequada para sua idade poderiam ter acompanhado a turma se transtornos mentais, principalmente os externalizantes, fossem prevenidos ou tratados. No caso da repetência, cinco em cada cem alunas não teriam reprovado (leia mais em https://agencia.fapesp.br/37419/).

"Crianças e jovens com problemas externalizantes podem ter mais chance de impacto negativo no aprendizado, no desenvolvimento social, no mercado de trabalho, aumentando assim a possibilidade de se manterem na pobreza quando adultos”, completa Ziebold.

No Brasil, a chance de um filho repetir a baixa escolaridade dos pais é o dobro da probabilidade de que isso ocorra nos Estados Unidos, por exemplo, e bem acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de 38 países ricos e emergentes. Quase seis a cada dez brasileiros (58,3%) cujos pais não tinham o ensino médio completo também pararam de estudar antes de concluir essa etapa. Entre os americanos, o percentual cai para 29,2% e na OCDE fica em 33,4%, de acordo com estudo (https://imdsbrasil.org/indicadores) do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), que analisou as transformações educacionais entre gerações.

Por outro lado, no mercado de trabalho, as chances de os filhos alcançarem o estrato de ocupações mais sofisticadas e com melhores rendimentos aumentam à medida que os pais são mais escolarizados. Filhos cujos pais têm nível superior apresentam 3,3 vezes mais possibilidade de estar no estrato mais sofisticado do mercado se comparados à média da população e quase nove vezes mais chances do que os filhos de pais sem instrução (Mais informações em https://imdsbrasil.org/doc/Imds_Sinopse%20de%20Indicadores01_Ago2021.pdf).


Pandemia

Ziebold destaca que, como os transtornos externalizantes podem ter impactos de longo prazo na saúde e nos resultados sociais durante a vida adulta, as descobertas do estudo reforçam a importância das intervenções antipobreza logo no início da vida.

“Quando falamos que é preciso reduzir a pobreza para diminuir as chances de transtorno mental, estamos pensando na questão de uma forma multidimensional. Não é uma solução rápida. Ações imediatas, como conceder bolsa e auxílio para que as famílias tenham renda, são importantes, mas também é necessário pensar em medidas mais amplas, que envolvam a promoção de habilidades socioemocionais, a redução do estresse, o acesso a serviços de educação e saúde, incluindo a mental.”

A pesquisadora lembra que a pandemia de COVID-19 acabou aumentando o percentual de pessoas vivendo na pobreza a níveis alarmantes. Relatório divulgado pelo Unicef, órgão das Organizações Unidas (ONU) para questões da infância, estimou que 100 milhões de crianças a mais estejam vivendo em pobreza multidimensional no mundo, um aumento de 10% desde 2019.

Segundo o documento, em outubro de 2020, 93% dos países chegaram a interromper ou suspender serviços essenciais de atendimento a transtornos mentais, problemas que afetam mais de 13% das meninas e meninos de 10 a 19 anos em todo o mundo (Mais informações em https://www.unicef.org/media/112841/file/UNICEF%2075%20report.pdf). O relatório projetou que, mesmo com os melhores cenários, serão necessários de sete a oito anos para recuperar e retornar aos níveis da pobreza infantil de antes da pandemia.

O artigo Childhood poverty and mental health disorders in early adulthood: evidence from a Brazilian cohort study, dos pesquisadores Carolina Ziebold, Sara Evans-Lacko, Mário César Rezende Andrade, Maurício Hoffmann, Laís Fonseca, Matheus Barbosa, Pedro Mario Pan, Euripedes Constantino Miguel Filho, Rodrigo Bressan, Luis Augusto Rohde, Giovanni Salum, Julia Schafer, Jair de Jesus Mari e Ary Gadelha, pode ser lido em https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00787-021-01923-2.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-mostra-ligacao-entre-pobreza-na-infancia-e-desenvolvimento-de-transtornos-mentais-na-fase-adulta/37588/

 

quinta-feira, 21 de maio de 2020

"Protocolo do Governo não obriga médico e nem paciente a usar cloroquina e hidroxicloroquina em caso de Covid-19", afirma professor


O Governo Federal divulgou protocolo nesta quarta (20) que aconselha o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para todos os pacientes com Covid-19, inclusive com sintomas leves. O documento do Ministério da Saúde recomenda o uso pela rede pública de saúde. Na opinião do advogado e professor do Curso de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde do Hospital Albert Einstein, Mario Barros Filho, sócio do escritório BFAP Advogados, a ação do governo não interfere na autonomia dos médicos de receitar ou não os medicamentos.

"O médico não é obrigado a prescrever. Existe um princípio de bioética muito importante que é a autonomia. Ele serve para nortear a relação médico-paciente, nas duas pontas. Nenhum médico pode ser obrigado a fazer o que não concorda, inclusive por força do Código de Ética Médica. E o paciente sempre pode se negar, como ocorre com todos os outros tratamentos. O que eu sempre venho a sugerir em situações complexas como essa é que o médico discuta a possibilidade com o paciente e emita sua recomendação baseada no caso concreto. Um protocolo serve para dar uma linha geral e não ser imposto de cima para baixo. Lógico que há também uma possibilidade de um paternalismo nos casos graves, mas isso não deverá ser a regra", afirma o especialista.

Mario Barros Filho também ressalta que o médico não deverá ser responsável pelo resultado do uso ou não dos medicamentos indicados no protocolo. "Acredito ser difícil traçar um nexo de causalidade tão direto e seguro a respeito do falecimento de um paciente e a negativa do médico em prescrever um tratamento autorizado por um protocolo. Isso porque se um paciente deseja ser cuidado de acordo com a orientação de um protocolo e o seu médico discorda dessa vontade, deveria o primeiro procurar um outro médico e o segundo alegar objeção de consciência para deixar de tratar desse paciente. Logicamente, isso só seria válido para situações em que o paciente não se encontra em estado grave de vida ou presente indícios de perigo imediato. Para apurarmos a responsabilidade, ademais, seria necessária a avaliação do caso concreto para a identificação de uma conduta culposa do médico (dolo, imperícia, imprudência ou negligência)", conclui o professor.



sexta-feira, 24 de junho de 2016

DICAS DE LEITURA BY ÁLIDA



 OPERAÇÃO CUPIDO: A BUSCA PELA PESSOA CERTA
David Leslie

O mundo está em constante e frenético compasso de procura: escolas que buscam professores, alunos que procuram instituições de ensino, livrarias atrás de apaixonados por leitura, empresas em busca de funcionários e pessoas diversas à procura da alma gêmea, parceiro provisório, par perfeito ou da pessoa certa.
Em Operação Cupido, obra publicada pela editora CBE, David Leslie faz um paralelo entre certos fluxos operacionais, característicos nas organizações contemporâneas, e linhas comportamentais típicas do cotidiano.
“Foi assim que num determinado momento, não sei exatamente quando, tive um curioso insight de que todo o processo de busca à pessoa ideal (para ocupar aquela vaga em nossa área afetiva) se assemelhava, cada vez mais, com aquele de uma empresa à procura de um candidato adequado para preencher uma determinada função em sua organização”
No livro, David Leslie revela que existe um cupido dentro de cada um de nós. Ocupado em tempo integral, este cupido tem total consciência do seu importante papel e de todas as responsabilidades que ele impõe a si mesmo. É ele também quem se preocupa em assessorar as pessoas em todas as fases que existem no complexo e intenso processo de busca àquele parceiro, idealizado por nós (para aquele momento específico) com o objetivo de tentar preencher a vaga existente na área afetiva.
Com uma redação nada sofisticada e uma linguagem bem ao dia a dia, o texto leva os leitores a um alegre passeio através de situações e considerações repletas de fantasias, vez ou outra bem próximas ou bem distantes de qualquer realidade afetiva.



 
PRINCESA: MAIS LÁGRIMAS PARA CHORAR
(Princess, more tears to cry)
Jean Sasson



“A assustadora verdade por trás das vidas veladas das mulheres da Arábia Saudita... revelações sinceras e vívidas.” Daily Express

“Inesquecível… Fascinante… Um livro para levá-lo às lágrimas”Fay Weldon

   Sultana Al Sa’ud é uma princesa de alta posição: neta do primeiro rei da Arábia Saudita, e mulher de um dos príncipes reais da dinastia Al Sa’ud. Ela, no entanto, vive uma realidade desoladora e desprovida de liberdades individuais – assim como toda a população saudita feminina, independente de classe social. Apesar disso, a Princesa estava determinada a levar mudanças às mulheres de seu país e disposta a arriscar tudo para que Jean Sasson, uma escritora que conheceu e de quem se tornou amiga, escrevesse sua história e contasse ao mundo a verdade sobre o sofrimento das mulheres da Arábia Saudita.
   Mais de vinte anos depois do primeiro livro da saga da princesa, Jean Sasson retoma a escrita sobre a luta pela emancipação feminina no país através das histórias da nobre saudita que se esconde sob o pseudônimo de Sultana. Em Princesa: mais lágrimas para chorar, Sultana mostra que embora as mulheres da Arábia Saudita ainda precisem enfrentar muitos desafios para combater a discriminação, a mudança está gradualmente chegando ao povo saudita.
   Neste livro, a princesa expõe os padrões sociais dentro de um dos reinos mais ricos e conservadores do mundo. A Arábia Saudita é um lugar onde os homens determinam todos os aspectos da vida da mulher – desde o casamento às decisões profissionais – e muitas que tentaram ir contra essa opressão acabaram espancadas, humilhadas e até assassinadas. Entretanto, Sultana também apresenta ao leitor uma visão muito humana de seu próprio mundo: sua relação com a família, as brigas entre suas duas filhas já adultas devido às discordâncias entre opiniões, além de sua constante busca pela justiça. Mais do que uma biografia, Princesa: mais lágrimas para chorar é um ato a favor da emancipação feminina.
   O livro chega às livrarias brasileiras neste mês de maio pela Editora BestSeller.
TRECHO:
“Começava a me sentir muito sozinha na luta contra a crueldade e a discriminação para com as mulheres. A batalha era longa e árdua, uma vez que eu era uma das primeiras mulheres na família real a fazer pressão contra esses crimes. Enquanto algumas do meu gênero eram a favor dos meus protestos, poucas intervinham para proteger a nós mesmas. Agora, os homens estavam tomando decisões negligentes e insensíveis com relação a duas crianças pequenas, afastando-as da mãe. Precisávamos, urgentemente, que os homens da Arábia Saudita confrontassem os homens responsáveis e se opusessem em nosso nome. Até agora, isso fora apenas um sonho. Embora muitos homens sauditas discordassem das sentenças cruéis dos clérigos contra as mulheres e fossem contra as tradições culturais que mantinham as mulheres em escravidão, esses dissidentes permaneciam em silêncio diante dos mais cruéis castigos impostos a meninas e mulheres. Muitas vezes, desejei saber a razão por que os homens sauditas deixam de ajudar suas mulheres. Fossem meninas que estavam sendo mortas por ofensas menores ou se casando ainda crianças, nunca soube de nenhum homem que corresse para proteger uma menina ou mulher inocente.
Consigo apenas supor que nossos homens estejam muito amedrontados para confrontar as instituições e os clérigos ou, ainda mais vergonhoso, que permanecem em silêncio porque obtêm grande prazer das vantagens de seu status dominante. Porém eu sabia que o momento havia chegado para insistir que nossos homens se juntassem a nós nessa batalha.”



A Dimensão Estética do Brinquedo
Alexandre Silva dos Santos Filho
O autor aborda as diversas maneiras da utilização de brinquedos instituídos pela cultura do mundo adulto e suas interações no universo infantil
A Marsupial Editora traz para as livrarias a obra “A Dimensão Estética do Brinquedo”, de Alexandre Silva dos Santos Filho. O livro tem 112 páginas e traz uma reflexão crítica sobre a dimensão estética do brinquedo, mediante as qualidades fundamentais que o artefato lúdico assume sob o domínio da forma estética.
Indispensáveis e participando da vida das crianças cotidianamente há muito tempo, os brinquedos se distinguem por suas propriedades em poder indicar habilidades, destrezas físicas e motoras,  ilustram histórias, desenvolvem o comportamento social e, para grande parte da população, ajuda a estabelecer diferenciação sexual entre gêneros mediante as qualidades fundamentais que o artefato lúdico assume sob o domínio da forma estética. O livro é um estudo teórico que tem fundamentos  losó  cós em Kant e na Teoria Crítica, e traz uma reflexão crítica sobre a dimensão estética do brinquedo, mediante as qualidades fundamentais que o artefato lúdico assume sob o domínio da forma estética.
“Pensa-se que o brinquedo é uma experiência radical com a forma estética no mundo da criança. Tal experiência é mediada pelas contradições da sociedade, convertendo a relação da criança com a forma estética em uma aproximação entre arte, estética e artefatos lúdicos, promovendo a autonomia de criação infantil em meio às condições heterônomas dadas pela capacidade de esquematização da própria criança. A pesquisa mostra que existe um modo de as crianças usarem o brinquedo instituído pela cultura do mundo adulto, subvertendo o esquematismo, ampliando a dimensão estética no brinquedo o que proporcionará um caráter emancipatório no ato com o/e no brinquedo” comenta o autor.
O livro é  indicado para professores, educadores, pais, psicólogos, recreadores e atua como um elemento coadjuvante para reflexão e discussões sobre o assunto. Pode ser encontrado nas livrarias  Amazon, Cultura e Travessa ou pela loja On-Line da Editora http://www.lojamarsupial.com.br/



Amor de Cordel
Andrea Marques
O divórcio é o fim? Ou apenas o começo?
O livro Amor de Cordel, da autora paulista Andrea Marques, narra a história de uma terapeuta que passa pela separação do casamento de longa data, e recomeça a vida apaixonando-se por um paciente
Com uma narrativa envolvente, a autora paulista Andrea Marques lança o primeiro livro da trilogia, Amor de Cordel. Conversando com o leitor sobre temas polêmicos, como o amor entre um jovem homem e uma mulher mais velha, a impossibilidade de ter filhos e a traição, a leitura é um romance que se apresenta cheio de impossibilidades e reviravoltas.
O enredo roda em torno de Carolina, uma terapeuta ocupacional que acaba de passar por uma separação abrupta do casamento de mais de 14 anos. Separada, ela precisa recomeçar a vida, mesmo já sendo independente financeiramente. Com 38 anos, tímida e sem muitos amigos, as chances de encontrar um novo amor são pequenas.
“As palavras dele ficaram se repetindo na minha mente e mesmo assim eu não conseguia entender o que ele estava dizendo. Depois de catorze anos juntos ele estava falando que não me amava mais? Que estava apaixonado por outra mulher? Não consegui dizer nada, estava atônita.”
Entretanto, o jovem arquiteto Alexandre entra na vida da terapeuta e a vira de cabeça para baixo. Jovem, bonito e muito comunicativo, Alexandre é o total oposto de Carolina. Apesar de tudo, ela se apaixona perdidamente por ele, trazendo à tona sentimentos conflituosos sobre valores, como mulher e como terapeuta.
“Mordi os lábios quando terminei a frase, e sem querer admitir para mim mesma, pedi secretamente aos céus que Alexandre realmente fosse apenas mais um paciente para mim.”
Agora, com um novo amor, resta a ela enfrentar as dificuldades que a vida lhe impor no caminho. Permeado por traições e intrigas, Amor de Cordel é um romance contemporâneo que desperta a paixão até mesmo nas leitoras mais modernas e independentes



Te Amo até a Lua
Ana Davini
 Novo livro indica o que fazer para ter filhos quando a gestação natural não acontece
“Te Amo até a Lua” aborda temas como adoção, técnicas de reprodução humana e até barriga de aluguel. O lançamento será em 14 de junho.

Em 10 de setembro de 2013, a jornalista Ana Davini e seu marido  Daniel Youssef tornaram-se pais de uma menininha linda, saudável e inteligente, então com 1 ano e 1 mês de vida. Mas até este dia foram aproximadamente oito anos de tentativas, esperanças e frustrações, o que os tornou quase experts no assunto “paternidade alternativa”.

A trajetória do casal até a chegada da filha pode ser vista no livro “Te Amo até a Lua”, que será lançado no próximo dia 14 de junho na Livraria da Vila do Shopping Higienópolis, em São Paulo, e que pretende ser um guia para quem ainda não conseguiu ter um filho naturalmente. Mostra passo-a-passo procedimentos de reprodução humana e adoção, sugere exames e detalha problemas como a endometriose e o crack. Também aborda assuntos delicados como adoção ilegal, barriga de aluguel, tráfico de bebês e falta de profissionalismo em clínicas de fertilização. Para completar, inova ao fazer uma investigação sobre a adoção internacional de crianças estrangeiras por pretendentes brasileiros. Tudo o que se sabia até então era sobre o contrário, a adoção de crianças brasileiras por pretendentes estrangeiros.

O conteúdo mescla regulamentações, convenções e leis sobre cada tópico com informações sobre práticas proibidas, porém acessíveis a qualquer um que se mostre disposto. Não cita, porém, histórias reais de pessoas que enfrentam ou enfrentaram dificuldades para ter filhos – a não ser a do casal, claro. O objetivo é respeitar a privacidade dos envolvidos.

Estas pessoas não são exceções. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem 60 milhões de casais inférteis no mundo, enquanto no Brasil o percentual é de 1 em cada 10. E é a partir da constatação deste problema – cada vez mais tarde, já que as mulheres têm adiado a maternidade pela carreira ou outras razões – que se inicia uma verdadeira saga por um filho. Saga que muitas vezes envolve enorme desgaste emocional, físico e financeiro.



Caminhos do açúcar
Raul Lody
Depois do coco e do dendê, o antropólogo e museólogo Raul Lody se debruça mais uma vez sobre o açúcar. Ele lança, no Recife, nesta terça-feira (20), o livro “Caminhos do açúcar”, que aborda gastronomia, arquitetura, estética, ecologia e religiosidade no Nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco, usando a experiência de Gilberto Freyre. Lody é pesquisador e escritor, sempre envolvido com projetos na área de gastronomia, cultura, pesquisa e documentação.
“O livro é voltado para um público bem geral, é bem mais abrangente do que só a área de gastronomia. O açúcar é o tema condutor e a base é a obra de Gilberto. Tudo se relaciona ao açúcar”, explica o autor. Lody explica que o açúcar chega no mar Mediterrâneo com os mercadores árabes e se espalha pela Europa mediterrânea, passando pela região do Norte da África conhecida como Magreb – que inclui o Marrocos, a Argélia e a Tunísia – além de ilhas oceânicas. 

“Tem essa perspectiva de formação da sociedade, toda uma questão de comportamento feminino. Fiz um capítulo chamado ‘Por debaixo dos panos’ para mostrar a questão da mulher muçulmana na rota que o açúcar traçou. A mulher na casa, na cozinha, fazendo doce”, antecipa o antropólogo.

O autor aborda as festividades como Natal, carnaval, Semana Santa e São João para tratar sobre a culinária e religiosidade na região Nordeste. Entram aí símbolos sagrados, rituais profanos, folguedos, procissões, santos e orixás, além da maneira de se vestir e dançar. A ligação com o continente africano fica evidente, especialmente o legado das culturas do Magreb.
Raul Lody é um intérprete consagrado da obra de Gilberto Freyre. No livro, Lody relata encontros que teve com o sociólogo e escritor pernambucano no sobrado de Apipucos e em festas públicas. “Caminhos do açúcar” parte do legado de Freyre, mas promete ir além, mostrando uma visão mais ampla dos objetos tratados e traçando um perfil social, cultural e histórico da mulher do Nordeste. A orelha é assinada pelo professor Edson Nery da Fonseca e o prefácio fica por conta do historiador Clênio Sierra.

Alma Selvagem
Laís Duarte
Mario Haberfeld
O livro narra a peregrinação de Mario Haberfeld por mais de 50 países para mergulhar na cultura local e fotografar sua diversidade. Revela a procura dos chineses pelos ursos pandas e suas tradições, os canadenses cercados pelo gelo e por ursos polares, a relação íntima e ancestral dos sul-africanos com leões, guepardos, hipopótamos; os australianos e suas riquezas marinhas, entre outros povos, até desembarcar e revelar um Brasil ainda escondido e preservado entre árvores e pântanos, novo, de uma riqueza natural e cultural exuberante porém desconhecido dos próprios brasileiros.




PARE. Leia este livro e pare de fumar
Charles F. Wetherall
 Seis milhões de pessoas morrem ao ano devido a doenças ligadas ao tabaco 
Mais de 20 anos se passaram desde que o livro PARE. Leia este livro e pare de fumar, de Charles F. Wetherall, publicado pela Bazar Editorial, foi escrito. Recebendo sempre atualizações, esta obra é atemporal por trazer informações úteis e funcionais.
A cada 6 segundos uma pessoa morre por doenças ligadas ao cigarro, aponta a OMS (Organização Mundial da Saúde). Isto significa seis milhões de óbitos por ano, 14 mil mortes por dia. Dia sim, dia não, os fumantes ouvem relatos de como o fumo é perigoso a saúde, porém, os ignoram. E é por esta razão que PARE foi feito no formato e semelhança de um maço de cigarros, intencionalmente para que, o pequeno e bastante poderoso, curso intensivo que contém no livro, ajude pessoas a parar de fumar e fazer uma positiva substituição em seu bolso ou bolsa.
Os gastos anuais no mundo com os problemas de saúde causados pelo tabagismo ultrapassam os 200 bilhões de dólares. Pessoas que fumam consomem em média 40% mais recursos dos sistemas de saúde do que os não fumantes. Enquanto isso, nas pequenas páginas de PARE, é possível encontrar um plano eficiente e de tamanha simplicidade que ajudará a abandonar o hábito de fumar em apenas algumas semanas. Portanto, além de cuidar da saúde e evitar gastos, é necessário que o leitor esteja realmente disposto a fazer com que as dicas obtidas através do livro funcionem.
A obra traz dicas preciosas e tabelas para auxiliar o fumante nesta árdua luta contra o cigarro. Trata-se de um guia simples e eficiente, para servir de apoio e consulta a qualquer momento em que bater aquela vontade de fumar. Contudo, a notícia mais importante que o exemplar carrega é a seguinte: desde que a pequena obra foi publicada pela primeira vez, cerca de 50 milhões de homens e mulheres já deixaram de fumar nos Estados Unidos. Ou seja, os métodos apresentados são realmente eficazes.
Mesmo com tantos dados que demonstram e relatam um aumento de mortes por conta da nicotina, há uma grande parcela que ainda procura recursos para se libertar do vício. Esta obra é de grande ajuda para esta fração, justamente por trazer um método que realmente funciona. Além de ser ideal para quem tem o desejo de se livrar do hábito, mas precisa de um incentivo.



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