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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Férias: áreas naturais recebem turistas o ano todo

Reserva Natural Salto Morato (PR), é uma das reservas particulares que pertencem à Fundação Grupo Boticário. Foto: acervo Fundação Grupo Boticário.

Relatório publicado pela Fundação Grupo Boticário mostra que, nos últimos 13 anos, o turismo em áreas protegidas aumentou mais de 300%
 


Embora muitos turistas não saibam, alguns dos destinos mais desejados do Brasil estão em unidades de conservação, áreas naturais protegidas por lei. São destinos perfeitos para viajantes que buscam contato com a natureza. O Brasil conta hoje com cerca de 2 mil unidades de conservação (UCs). Considerando apenas as 334 unidades federais, menos de um terço está aberta ao público. 

Um relatório publicado recentemente pela Fundação Grupo Boticário indica que, nos últimos 13 anos, o turismo em áreas protegidas aumentou mais de 300%, chegando a 15 milhões de visitantes nas UCs em 2019, último ano antes da pandemia. Levantamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as UCs brasileiras receberam 8,4 milhões de visitas em 2020, mesmo com cerca de seis meses de severas restrições por causa da pandemia. 

"Visivelmente, existe um aumento do interesse das pessoas em conhecer a natureza brasileira, especialmente com a questão da preservação ambiental em foco em diversas discussões no mundo", diz Emerson Oliveira, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário. 

Para o professor do Instituto de Biociências da UniRio e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Carlos Augusto Figueiredo, a busca por contato com a natureza e a visitação de espaços naturais sempre foi de grande importância. “A indústria do turismo busca se apropriar do desejo humano de contato com paisagens extraordinárias e, em última análise, com a natureza, como motor econômico. A forma que essa exploração econômica se dá é determinante para a sustentabilidade das próprias paisagens e atributos naturais”, afirma. 

Entre os principais atrativos das unidades de conservação estão rios, cachoeiras, chapadas e serras. Oliveira ressalta que o turismo praticado nessas áreas não é o de massa, mas aquele voltado "à educação ambiental, à pesquisa científica e à consciência da importância da conservação da fauna e da flora. Esse é um turismo que precisa ser mais especializado. Deve ser feito com cuidado para que essas áreas sensíveis não sofram impacto ambiental e degradação", explica. 

Os brasileiros têm hoje diversas opções de parques e áreas naturais abertas para a visitação. Cada espaço possui regras de visitação específicas que precisam ser conhecidas antecipadamente pelo visitante. Conheça alguns desses locais que podem ser visitados:

 

Parque Nacional Chapada Diamantina (BA): o parque possui dezenas de trilhas, grutas e cachoeiras para a visitação. Um dos destaques é o Morro do Pai Inácio, monumento natural de onde os visitantes podem observar toda a região. Com 1.120 metros de altura, está numa área que conta com mais de 100 tipos de orquídeas, além de bromélias, cactos, begônias, trepadeiras e sempre-vivas. Entre os animais, destaque para o beija-flor-gravatinha-vermelha, que só pode ser encontrado na região.

 

Parque Nacional da Serra da Canastra (MG): o parque contribui com a proteção de um dos biomas mais ameaçados no país: o Cerrado. O local dá acesso à nascente do Rio São Francisco e é conhecido por ser o habitat natural de animais como tatu-canastra, lobo-guará e tamanduá-bandeira. Para conhecer a região com mais segurança, é recomendada a contratação de um guia local.

 

Reserva Natural Salto Morato (PR): localizada em Guaraqueçaba (PR), no coração da Grande Reserva da Mata Atlântica, a reserva possui rica biodiversidade que atrai pesquisadores, observadores de aves e turistas de diversos estados e países. Os principais atrativos turísticos são a queda d'água de cerca de 100 metros de altura, um aquário natural e uma figueira centenária que forma uma ponte-viva sobre o Rio do Engenho, além de diferentes experiências na natureza ao longo do ano.

 

Parque Nacional da Serra da Capivara (PI): criado em 1979 para preservar vestígios arqueológicos da presença humana na região, o parque possui cerca de 130 mil hectares que abrigam cerca de 400 sítios arqueológicos com pinturas e gravuras rupestres. O parque conta com serras, vales, planície e um circuito de trilhas para acessar locais de interesse e conhecer as belezas da Caatinga. É obrigatório o acompanhamento de guia credenciado para visitar o parque.

 

Chapada dos Veadeiros e Emas (GO): os parques nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas formam uma área que integra a lista de Patrimônios da Humanidade desde 2001. Juntos, protegem 381 mil hectares do Cerrado. “Durante milênios, esses locais serviram de refúgio para diversas espécies durante períodos de mudanças climáticas e serão vitais na manutenção da biodiversidade do Cerrado durante futuras flutuações climáticas”, alerta a Unesco. Além das trilhas e cachoeiras, a biodiversidade é a grande atração dos parques, onde é possível observar animais como tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato, ema, anta, onça-pintada, tatu-canastra e lobo-guará.

 

Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (SP): também conhecido como PETAR, o parque fica no extremo sul do estado de São Paulo. Criado em 1958, o local possui mais de 35 mil hectares de Mata Atlântica. Além de inúmeras trilhas pela floresta, é possível explorar mais de 10 cavernas abertas para visitação, mergulhar em rios e cachoeiras e ainda conhecer uma comunidade quilombola.

 


Fundação Grupo Boticário

Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)

www.fundacaogrupoboticario.org.br


Oscilação de temperatura aumenta as dores, mas é possível fugir delas

Extremo calor e queda brusca de temperatura acompanhada de fortes chuvas. O que será que o corpo tem a ver com isso? Segundo Cadu Ramos, fisioterapeuta, tudo! A frente fria que avançou por todo o país aumentou as dores articulares e musculares e na coluna lombar. Mas, é possível minimiza-las com algumas dicas simples. 

“Quando a temperatura cai é inevitável sentir incômodo ou mal-estar que tende a enrijecer os músculos e ficar mais encolhido para tentar diminuir a sensação dos dias mais frios. Isso pode gerar tensão muscular, contraturas, má circulação ou mal-estar”, explica Cadu. 

“Quando acontece a postura de contração dos músculos dos braços, há um aumento da curvatura fisiológica da coluna dorsal (corcunda) e anteriorização da coluna, desta forma fica mais fácil manter o corpo aquecido", esclarece. Mas, essa contração muscular involuntária deixa as articulações e músculos mais rígidos, facilitando as inflamações de músculos e nervos. Além disso, a circulação sanguínea diminui nesses dias mais frios, para que o organismo consiga preservar a temperatura por volta de 36,5 graus centígrados. “Em consequência, há também uma diminuição na circulação dos músculos, piorando as dores de origem muscular, pois eles permanecem em estado contrátil por mais tempo", relata. 

A temperatura que oscila em um espaço muito curto de tempo também têm impacto sobre as articulações, já que o esfriamento do corpo torna o líquido sinuvial mais espesso, que pode prejudicar movimentos e gerar incômodos. 

E ainda temos um agravante: com a temperatura mais baixa, as pessoas tendem a ficar paradas e abandonar as atividades físicas, e se esquecem que esse é o principal ponto para não sentir dores nesta época do ano. Isso porque, os exercícios ajudam a diminuir a sensibilidade à dor. 

A seguir, o fisioterapeuta lista algumas dicas para encarar esse tempo maluco sem dor e com mais disposição:

 

  1. Agasalhe-se corretamente mesmo estando no Verão e não acreditando nos dias mais frios. Manter o corpo aquecido é fundamental. Para sentir-se aquecido, o ideal é cobrir as extremidades do corpo: pés, punhos, mãos, pescoço e cabeça;

 

  1. Espreguiçar-se quando acorda, é uma forma de despertar o corpo e alongar-se para evitar as dores e a contração dos músculos e para ajudar as articulações a se manterem lubrificadas não pule essa etapa do dia; 

 

  1. Quem tem fraturas antigas que voltam a doer com a temperatura mais baixa ou doenças ósseas degenerativas pode recorrer a sessões de fisioterapia como estratégia para aliviar os incômodos;

 

  1. Faça massagens, elas ajudam a estimular a circulação e a destravar a musculatura enrijecida, aliviando as dores;

 

  1. Bolsas de água quente podem trazer alívio imediato para dores musculares, sequelas de fraturas ou desconfortos provocados por artrose, artrite e fibromialgia. A aplicação local de calor estimula a circulação e relaxa os músculos. Nas dores crônicas e sem edema, use compressas quentes. Já nas dores agudas com edema se deve fazer uma compressa fria ou aliar a fria e quente. Faça isso entre 20 e 30 minutos.

 


Cadu Ramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030 - Especialista em Fisioterapia e Traumatologia -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório -- Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo. @fisiocaduramos


Saúde que vem da natureza

Os sete isoflavonoides do extrato de própolis vermelho

 

É sempre muito bom poder falar de saúde conquistada com produtos naturais. Muitas vezes é preciso buscá-la por meio de remédios, e paciência quando ter que ser assim, mas quando se tem algo que vem da natureza e que contribui muito com o fortalecimento do nosso organismo é muito prazeroso. Aqui quero explicar o porquê o Extrato da Própolis Vermelho ser tão bom para nosso organismo. 

Sem dúvidas a resposta está no fato dele ser o único com sete isoflavonóides: Daidzeina, Liquiritigenina, Pinobanksina, Isoliquiritigenina, Formononetina, Pinocembrina, Biochanina A. Esses isoflavonóides são compostos orgânicos naturais, de origem vegetal, empregados no tratamento e prevenção de diversas doenças e sintomas. O mecanismo de ação muda com as características químicas de cada isoflavonóide, que varia ao sabor de fatores ambientais, como a planta envolvida em sua produção, características de solo, clima e nutricionais ambientais. 

As Isoflavonóides têm ação imunológica, anti-inflamatória, antioxidante, antifúngica, interferindo desde a absorção de nutrientes ingeridos, passando por mecanismos de proteção orgânicos, se estendendo sua ação até os mecanismos de combate ao envelhecimento, doenças crônicas, agudas, e na saúde de uma forma geral. Discorrer sobre eles é tema complexo e amplo, mas vou resumir aqui as características de cada um:


Daidzeina: tem sido estudada no combate ao câncer de mama, próstata, menopausa e metabolismo ósseo, com ênfase em sua ação antioxidante e na proliferação celular.

Liquiritigenina: tem ações diversas, tanto ligadas ao metabolismo hormonal, como por ação colerético-colagoga, interferindo assim na solubilidade e digestão de colesterol e gorduras. Tem sido estudada em doenças do sistema nervoso central, tais como Parkinson, enquanto neuroprotetora, e no acompanhamento de pacientes com doenças com quadros de influenza e na detoxificação orgânica.

Pinobanksina: tem ação antioxidante, inibe a peroxidação da lipoproteína de baixa densidade e possui propriedades doadoras de elétrons, reduzindo os radicais alfa-tocoferol e interferindo no combate a radicais livres, através de ação antioxidante.

Isoliquiritigenina: tem sido estudada e empregada de forma bem semelhante a Liquiritigenina, merecendo ser mencionada sua ação moduladora do GABA.

Formononetina: tem ações estudadas na detoxificação de metais pesados.

Pinocembrina: é um antioxidante com ação que se assemelha a Panobanksina, pela sua semelhança química. Merece ser mencionada sua ação inibitória da histidina decarboxilase, exercendo efeitos antialérgicos, antioxidantes, antimicrobianos e anti-inflamatórios.

Biochanina-A: tem ação no metabolismo estrogênico, sendo analisada no combate a diversos tipos de câncer estrogênio-dependentes bem como em outras formas de câncer, e também em doenças circulatórias, sendo empregada em doenças cardíacas. Age assim como anti-inflamatório, neuroprotetor e em diversas desordens metabólicas.

 

Para finalizar esse artigo, destaco especificamente os benefícios da Extrato de Própolis Vermelho, - para a Imunidade e o intestino, temas que se inter-relacionam e se complementam. Levando em conta que nossa imunidade tem em sua gênese fatores nutricionais, entende-se a importância do intestino, da absorção adequada de nutrientes, nos processos de construção de saúde e imunidade. Como hábitos alimentares interferem no intestino, pelo desenvolvimento de disbiose, processos inflamatórios, alterações de permeabilidade e afins, este finda por afetar de forma geral nosso estado de saúde. 

Em contrapartida, o estado de saúde interfere na ação intestinal, posto que metabólitos diversos são lançados no intestino, sofrendo o intestino, a ação destes metabólitos, a que se soma o uso de medicamentos e corticoides, tão presente na sociedade atual, que interferem ainda mais nos mecanismos de desequilíbrio intestinal supracitados. Gera-se assim uma bola de neve em que o intestino interfere na imunidade e imunidade finda por interferir no intestino. É necessário intervir em ambos, o que se faz com resultados positivos com o uso de Própolis. 

O Extrato de Própolis Vermelho, merece atenção da comunidade científica pelas ações benéficas propiciadas pelos seus isoflavonóides. 

O esmero na produção, ambiental, ecológico e social do Extrato de Própolis Vermelho merece ser visto como exemplo e modelo. Enfatizo o uso de água desmineralizada em sua produção, bem como o acondicionamento em frasco de vidro âmbar escuro, envolto por caixa de material que impede a entrada da luz, esmero a meu ver relacionado com melhores efeitos do produto.
 

 

Dr. Abimar Buriti e o Centro Médico Buriti - Médico formado pela Universidade Federal de Campina Grande. Tem pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). É um admirador das práticas da medicina integrativa, longevidade saudável e ortomolecular, e baseia seu trabalho na busca por tratamentos feitos com itens naturais, tais como fitoterápicos, adaptógenos, nutracêuticos, vitaminas, minerais e mesmo terapias de reposição hormonal para quem delas de fato necessita, às custas de estruturas isomoleculares bioindêmicas. Exerce suas atividades no Centro Médico Buriti, empresa familiar com 23 anos de atuação no mercado paraibano.

Instagram: @centromedicoburititi, @studioburiti e @abimarburiti

Facebook: Centro Médico Buriti Canal no Youtube: Centro Médico Buriti

Agendamentos de consultas podem ser feitas online.

Contato: Lívia Buriti -WhatsApp (83) 9.9828-0193


Mulheres sofrem duas vezes mais com o risco de lesão do ligamento do joelho

Corrida, voleibol e academia estão em ordem crescente de riscos de lesões no sexo feminino, mas o problema tem tratamento e prevenção
 

Um estudo publicado pelo Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons, comprova: elas possuem uma incidência aumentada de distúrbios, fraturas por estresse e lesões do ligamento cruzado anterior (LCA). Para o médico ortopedista Dr. Pedro Baches Jorge, a explicação para isso se baseia em alguns importantes fatores:


Fatores anatômicos

As mulheres apresentam o espaço intercondilar, que é onde fica localizado o Ligamento Cruzado Anterior, mais estreito do que se comparado aos homens. Isso pode limitar a mobilidade do ligamento durante os movimentos de torção do joelho, e assim, favorecer o impacto entre o ligamento e a estrutura óssea ao seu redor.

No mais, as mulheres normalmente possuem o quadril mais largo e isso afeta o alinhamento e a musculatura dos joelhos.


Fatores hormonais

As ações hormonais, a gestação, a amamentação, o ciclo menstrual e cada idade da mulher é regulado por um conjunto de hormônios que afetam as diversas estruturas do corpo, inclusive os ligamentos. Por outro lado, o uso de anticoncepcionais hormonais, podem reduzir os riscos de lesões ligamentares do joelho.


Fatores biomecânicos e neuromusculares

As mulheres tendem a apresentar fraqueza relativa da musculatura de quadris, glúteos e coxa, e têm mais dificuldade em manter um bom alinhamento da perna em movimentos como saltos ou mudanças de direção. Com isso, colocam mais estresse sobre as estruturas ligamentares, o que aumenta o risco de lesões.

 

Mas, afinal o que é ligamento cruzado anterior?

No joelho existe o ligamento cruzado anterior e o posterior. O anterior é o principal estabilizador do joelho - que une os ossos da coxa aos da perna. Quando ocorre o rompimento, o paciente costuma relatar uma sensação de falseio no joelho conforme anda — é como se estivesse solto enquanto a pessoa caminha. Isso ocorre justamente porque a região ganha mais mobilidade.


Porque ele se rompe?

A principal situação em que ocorre o rompimento do ligamento cruzado anterior é durante as atividades esportivas como corrida, voleibol e exercícios feitos de maneira errônea na musculação.


Como tratar?

O tratamento é cirúrgico realizado em cirurgia aberta convencional ou por artroscopia. Ambas trabalham na reconstrução do ligamento cruzado anterior.

São diversas as técnicas de plastia utilizadas na reconstrução do LCA, mas todas passam pela colheita de um enxerto de tendão que vai ser colocado através de túneis ósseos que atravessam a tíbia e o fémur, de forma a substituir o ligamento cruzado primitivo que rompeu.


 

Dr. Pedro Baches Jorge - CRM 117.484 - Ortopedista Especialista em Joelho e Medicina Esportiva. Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especialista em Cirurgia do Joelho e Oncologia Ortopédica, Medicina Esportiva e Artroscopia. É responsável pelo Núcleo de Medicina do Joelho da Clínica SOU, Mestre e Doutorando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo e também membro de seu Grupo de Trauma Esportivo, é membro do corpo clínico e membro cofundador do Núcleo de Medicina Esportiva do Hospital Sírio Libanês, Diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE) e também membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.

@drpedrobaches

 

É hora de trocar as máscaras contra covid-19?

Alguns modelos se tornaram ainda mais indicados pelos índices de proteção mais altos
Créditos: envato

Modelos N95 e PFF2 são os mais indicados, especialmente em ambientes fechados; especialistas apontam que bom senso, distanciamento e álcool em gel continuam essenciais para evitar a doença

 

Variante com maior transmissibilidade, a ômicron já chegou na maior parte dos estados brasileiros e sua velocidade chama atenção dos pesquisadores. Mesmo com o menor número de pessoas com casos graves e mortes causadas pela covid-19, devido, em grande parte, à ampliação da cobertura vacinal, profissionais da saúde alertam que os cuidados para evitar a infecção pela doença devem permanecer.

A pneumologista dos Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), Rebecca Stival, indica que, além do distanciamento, é fundamental evitar aglomerações, preferir locais bem ventilados e higienizar constantemente as mãos, lavando com água e sabão e utilizando álcool em gel. “A covid-19 é transmitida por minúsculas partículas. Então, as medidas tão salientadas são fundamentais para minimizar os riscos de contágio. E em alguns locais, é preciso ainda mais atenção”, explica. 


Escolha e uso corretos da máscara

Em locais fechados como ônibus, aeroportos e aviões, a pneumologista recomenda as máscaras N95 e PFF2 por protegerem mais das pequenas partículas aerossóis. Com as altas taxas de transmissão da ômicron, esses modelos se tornaram ainda mais indicados pelos índices de proteção mais altos. Óculos de proteção também ajudam muito e são recomendados principalmente nos casos em que o distanciamento não é possível, como voos. Em ambientes mais abertos e com permanência curta, a máscara cirúrgica também minimiza os riscos de infecção, embora o índice de filtragem seja menor. 

"O bom senso é fundamental. Não basta usar a máscara, deve-se utilizá-la corretamente, com o ajuste correto ao rosto. Utilize sempre bem acoplada no rosto, tapando nariz e boca, sem aberturas para entrada de ar e não fique ajeitando com as mãos. Além disso, mantenha distância de 2 metros das pessoas, dê preferência a locais ventilados e limpe sempre as mãos, com uso de álcool em gel ou água e sabão”, ressalta a médica.


Como evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis?

Shutterstock
Com 917.473 mil casos registrados entre 2010 e 2021, Brasil enfrenta uma crescente e silenciosa epidemia de sífilis


Mesmo com a folia do Carnaval suspensa pela pandemia de Covid-19, a data está se aproximando e, com ela, a importância de destacar e prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

Conforme a enfermeira Ana Paula Bento Lima, líder do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, esta época do ano, historicamente, apresenta um aumento considerável das chamadas exposições de risco -- relações sexuais desprotegidas --, responsáveis pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

A terminologia substituiu recentemente a expressão “Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, porque uma pessoa pode estar aparentemente sadia, mas infectada. E transmitir da mesma forma, sem sinais ou sintomas de uma doença.  

“O Carnaval é uma época de grande extravasamento e alegria, especialmente após um período prolongado de restrição a eventos sociais. As pessoas costumam ir a baladas e festas e podem acabar abusando de bebidas alcoólicas e/ou drogas. Dessa forma, é muito importante chamar a atenção para o tema”, afirma Ana Paula. 

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e outros micro-organismos, e sua transmissão acontece, principalmente, por meio de contato sexual -- seja ele oral, vaginal ou anal -- com uma pessoa que esteja infectada, sem o uso de preservativos.  

Entre as infecções mais comuns estão herpes genital, HPV, gonorreia, HIV/Aids, hepatites virais dos tipos B e C, clamídia, tricomoníase e sífilis. Essa última é considerada uma epidemia silenciosa no Brasil, com um total 917.473 casos de sífilis adquirida notificados entre 2010 e junho de 2021, segundo o boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.  

“Hoje em dia há a falsa sensação de que, caso a pessoa se infecte, é só tratar, dispensando o uso do preservativo. Isso é uma falácia. Algumas ISTs acabam tornando-se doenças crônicas e podem gerar complicações futuras”, alerta a enfermeira.

 

Prevenção 

Todos que praticam relações sexuais desprotegidas estão expostos ao risco de contrair uma IST, independente de idade, estado civil, gênero, orientação sexual ou crença. A camisinha, seja ela masculina ou feminina, continua sendo o método comprovadamente mais eficaz para evitar as transmissões e até mesmo uma gestação não planejada. 

“Entretanto, vale ressaltar que apenas uma oferta exclusiva de preservativos não é suficiente para garantir os diversos aspectos da saúde sexual”, explica a enfermeira.  

Dessa forma, torna-se fundamental a ampliação dos conhecimentos para a aplicação da chamada “prevenção combinada”, que abrange o uso de preservativos, ações de cautela, diagnóstico e tratamento.  

No Brasil, tanto a prevenção, por meio do uso de preservativos e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) em um único comprimido, que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo, como o diagnóstico e o tratamento são fornecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

Um tratamento adequado é capaz de melhorar a qualidade de vida e interromper o ciclo de transmissão destas infecções.  

Segundo a especialista, as ISTs também podem ser transmitidas pelo contato sanguíneo; de uma mãe para o seu bebê, durante a gestação, parto ou amamentação ou por formas menos comuns, através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. “Por isso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas, barbeadores, alicates e escovas de dente, entre outros.”

 

Sintomas 

Normalmente, os sintomas das ISTs costumam aparecer principalmente nos órgãos genitais, mas não é uma regra. Alguns podem surgir na palma das mãos, olhos e outras partes do corpo. 

“Durante a higiene pessoal, observe seu corpo, isso pode ajudar a identificar uma infecção em estágio inicial. Caso perceba algum sinal ou sintoma, procure o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual”, explica a enfermeira. 

Ela destaca ainda que algumas destas infecções podem passar despercebidas por um longo período. “Esses casos são considerados assintomáticos. Se não forem diagnosticados e tratados, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer e até mesmo óbito.” 

 

Relação desprotegida 

Em caso de exposição sexual de risco, é possível recorrer à PEP (Profilaxia Pós-Exposição), uma medida preventiva de urgência à infecção pelo HIV, disponível em unidades de saúde de todo o país.  

“A PEP consiste no uso de medicamentos capazes de reduzir o risco de adquirir essas infecções. Seu uso deve ser feito em até 72 horas após a relação desprotegida, ao longo de 28 dias”, afirma a enfermeira. 

Mesmo com o uso da profilaxia, o preservativo ainda é a barreira de proteção mais eficiente, já que ele é capaz de prevenir outras infecções, como sífilis e gonorreia, não abrangidas pela PEP.  

“Quando for sair para a curtição, tenha sempre preservativos em mãos. Por meio deles, podemos prevenir as ISTs e gestações indesejadas. Além disso, é de extrema importância um acompanhamento regular”, finaliza.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Você sabe qual equipamento é mais adequado evitar acidentes com crianças: boia ou colete salva-vidas?

Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica, explica como escolher entre esses dois equipamentos e por que eles não substituem a vigilância de um adulto

 

Estamos no verão, e o que mais as crianças pedem?! Piscina! 

A ortopedista pediátrica Natasha Vogel conhece bem essa paixão infantil: “O meu filho ama nadar. Pode ser na piscina, no lago ou no mar, não tem quem o segure!”. 

Para atender a esse pedido, é necessário prezar pela segurança, e a prevenção é a melhor forma de evitar afogamentos. Daí a necessidade do uso de colete salva-vidas desde pequeno. E, aí vai a primeira dica: ensinar sobre a importância do uso do colete e colocá-lo nas crianças desde cedo. “É a melhor maneira de diminuir a resistência deles quanto ao uso desse equipamento de segurança”, ensina a médica. 

Natasha alerta para as consequências de um afogamento: “Diferentemente das cenas de filmes, em que a pessoa cai na água, faz um barulhão, a pessoa se debate na água e grita por socorro, esse acidente costuma ser silencioso. E, após poucos minutos de submersão, as consequências podem ser definitivas ou até mortais”.

 

Colete salva-vidas

  • Um colete seguro é aquele certificado pela NORMAM (NORMA DE AUTORIDADE MARÍTIMA), que cuida de normatizar tudo relacionado às funções da Marinha do Brasil, e pela SOLAS, que é a convenção de normas Internacionais para Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
  • Ele deve ser do tamanho adequado para o peso e a altura da criança. Antes de comprar, vista o colete no pequeno e tente suspendê-lo pelas alças. Se o espaço entre o ombro e alças for maior que 4 dedos, o colete está grande.
  • O objetivo do colete salva-vidas é manter a criança flutuando com as vias aéreas para fora da água. Além disso, ele permite que os braços fiquem livres para se divertirem. E é bom deixar claro que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica o uso do colete para menores de 4 anos.

 

Boias 

  • São tantos os modelos de flutuadores infantis ou boias que fica até difícil escolher. Por causa disso, vamos seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Salvamento aquático (SOBRASA), que orienta o uso de boias dos braços isoladas da boia do tronco, pois permitem que a criança consiga rodar. Isso garante a flutuação e mantém a via aérea livre.
  • Boias de ar oferecem o risco de desinflarem. Se for somente a boia de braço, a criança pode retirá-la e esse modelo compromete a mobilidade da criança.
  • As boias “tipo pneu” podem escorregar do corpo da criança, assim, não garantem a flutuação. Portanto, seja muito criterioso na hora de escolher o flutuador para o seu filho.

 

O mais importante, segundo a médica e mãe, é o fato de que nenhum deles (boia ou colete) substitui a vigilância constante. Nessa hora, distrações como: celular, ler, jogar bola, cortar grama ou trabalhar não podem estar presentes! 

Como algumas vezes a piscina faz parte de um encontro da família, de um aniversário ou de um churrasco, o risco de afogamento acaba sendo maior. 

“Para evitar acidentes na piscina, uma excelente ideia é fazer um rodízio entre os pais presentes. Sabe como isso funciona? Um pai é eleito como responsável por ficar de olho na piscina, ele até usa uma braçadeira, depois de um certo tempo, ela é repassada para outro pai”, sugere Natasha.

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético; Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil, Especialização -- Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia Pediátrica;  Especialização -- Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Aumento dos casos de Covid impulsiona a busca por teleatendimento em saúde mental

             O aumento dos casos de Covid causado pela nova variante Ômicron está levando cada vez mais pessoas a utilizar o serviço de teleatendimento em saúde mental, que é a consulta online através da tela de um celular ou computador por um psiquiatra ou psicólogo. 

Apesar de ser um conceito relativamente novo, oito em cada dez pacientes tem optado por esse modelo de atendimento no formato digital. Sem a necessidade de realizar qualquer tipo de exame, aliada a segurança e comodidade que uma consulta por vídeo pode oferecer, vários pacientes migraram automaticamente do presencial para o online. 

De acordo com o Dr. Marcelo Amarante, médico psiquiatra que atende pacientes através da startup de saúde DOC24, existem causas específicas para este aumento da demanda que vão muito além da necessidade de distanciamento social para evitar a propagação da pandemia. 

“Podemos destacar também a ação direta do vírus da Covid no sistema nervoso central; as experiências traumáticas associadas à infecção ou à morte de pessoas próximas; o estresse induzido pela mudança na rotina pessoal; a angústia relacionada às mudanças na forma de trabalhar ou nas relações afetivas; e o convívio prolongado dentro de casa, que aumentou o risco de desajustes na dinâmica familiar”. 

Além disso, o especialista acredita também que o começo do ano é mais propício para o crescimento dessa demanda. “Um dos motivos é que esse período representa a renovação de esperanças e novos projetos na vida das pessoas, trazendo um sentimento de motivação para a maioria delas. Outro fator é que muitas pessoas passam pela melancolia de fim de ano. Dessa forma, janeiro é um momento em que muitos pacientes estão fragilizados e terminam por buscar ajuda profissional e cuidados com a saúde psíquica”, explica. 

Para o Dr. Marcelo Amarante, o que leva uma pessoa a buscar ajuda profissional é algo muito particular, já que cada um vive e interpreta experiências a seu próprio modo. “No entanto, o principal sinal de alerta é quando percebemos que, por algum motivo, não estamos nos sentindo bem ou não estamos sendo funcionais no trabalho, na vida acadêmica, no âmbito familiar ou no meio social. As vezes somos consumidos por estresse, tristeza, dificuldade nas relações interpessoais e desânimo”. 

Por fim, o psiquiatra destaca que a psicoterapia e a acompanhamento médico podem ajudar o indivíduo a se sentir melhor e a descobrir como lidar com suas dificuldades emocionais. “Procurar auxílio psiquiátrico ou psicológico é o primeiro passo a ser dado. Se a pessoa acredita que é importante procurar ajuda, é lícito dizer que o teleatendimento pode ser um importante aliado nesse sentido porque vêm democratizando o acesso à saúde mental”.

 

DOC24

http://www.doc24.com.br


Câncer: crenças, mitos e verdades científicas

No Dia Mundial do Câncer, oncologistas do Hospital Santa Catarina - Paulista esclarecem dúvidas sobre a doença

 

Em meio à pandemia do novo coronavírus e das síndromes gripais, que têm tomado conta da mídia nos últimos anos, profissionais da saúde destacam a importância da conscientização da população em relação ao Dia Mundial do Câncer, que acontece anualmente no dia 4 de fevereiro. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os casos da doença tendem a aumentar na próxima década: até o ano de 2030, pelo menos 27 milhões de pessoas em todo o planeta devem desenvolver algum tipo de câncer. 

Com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a patologia em questão e, consequentemente, evitar preocupações desnecessárias e a propagação de informações errôneas sobre a doença, os Doutores Antonio Cavaleiro e Aumilto Júnior, oncologistas do Hospital Santa Catarina -- Paulista, esclarecem algumas crenças populares:

 

Atitude e pensamento positivos diminuem o risco de câncer e aumentam as chances de recuperação. 

Apesar da perspectiva e da atitude do paciente estimularem os laços afetivos e, consequentemente, o suporte emocional recebido durante o tratamento do câncer, não há evidência científica que relacione atitudes e pensamentos positivos com risco de desenvolvimento da doença ou com seu prognóstico. É normal, inclusive, sentir-se triste, desmotivado ou até zangado nos diferentes processos de evolução e tratamento do câncer.


 

A rádio e a quimioterapia trazem mais efeitos negativos do que positivos 

Não são poucos os pacientes que iniciam os tratamentos oncológicos cheios de receios e dúvidas, pois ele é cercado de crenças; porém, quando bem indicadas, a quimioterapia e a radioterapia podem, sim, ter papel curativo no tratamento do câncer. No caso de dúvidas, o ideal é que o paciente converse abertamente com seu médico.

 

Há uma cura única e milagrosa para o câncer. 

Ao contrário das curas "milagrosas" propostas pela medicina alternativa, a medicina tradicional é rigorosamente regulada. Assim, ao chegar como opção para o paciente, os diferentes tratamentos são avaliados em diversas pesquisas que comprovam sua eficácia através de resultados aplicáveis à realidade. Quando oferecem soluções fáceis para questões complexas, é melhor questionar.

 

Fizemos poucos avanços no tratamento do câncer. 

A ciência avançou muito em relação às pesquisas sobre o câncer e respectivas formas de tratamento nos últimos anos. Terapia-alvo, imunoterapia e terapia celular são alguns exemplos de tratamentos que proporcionam menos efeitos colaterais do que aqueles mais tradicionais, e foram aprimorados graças a pesquisas e testes mais recentes.

 

Superalimentos podem prevenir ou mesmo curar o câncer. 

Manter uma alimentação equilibrada pode auxiliar no controle dos efeitos colaterais do tratamento do câncer, dar mais energia ao paciente e fortalecer seu sistema imunológico. Não existem evidências científicas que a ingestão de determinados alimentos específicos auxilia ou prejudica o controle, ou o tratamento do câncer.


Hospital Santa Catarina 


Dia Nacional da Mamografia (05/02)

Buscas por exames de mamografia caem 35% na saúde pública 

Dia Nacional da Mamografia relembra que exame é o principal aliado no diagnóstico precoce do câncer de mama

 

Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de diagnóstico por imagem em na rede pública -- aponta que, de 2019 para 2020, o número de mamografias realizadas na rede pública onde FIDI atua caiu 42% (foram cerca de 209 mil exames em 2019 e apenas 120 mil em 2020). Em 2021, o número cresceu um pouco, porém, segue preocupante: foram cerca de 135 mil mamografias realizadas, um número 35% menor do que a quantidade realizada em 2019. O cenário incerto da Covid-19 parece ser a causa principal da diminuição de agendamentos do exame. 

“Houve uma diferença expressiva no número de pacientes que deram continuidade nos exames de rastreamento ou que iniciaram seus tratamentos oncológicos neste momento de pandemia”, observa Vivian Milani, médica radiologista da FIDI. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. Por esse motivo, especialistas aconselham a realização do exame de mamografia para detectar o tumor na mama em fases iniciais. Quando diagnosticado precocemente, aumenta as chances de tratamentos menos agressivos e com mais chances de cura. 

No último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em junho de 2021, o câncer de mama, tumor com maior incidência e mortalidade entre as mulheres, é a neoplasia maligna mais incidente entre mulheres do Brasil inteiro, totalizando 29,7% de casos em 2020, com aproximadamente 66 mil novas ocorrências. 

Para reduzir os fatores de risco, é importante adotar hábitos saudáveis como: praticar atividades física regularmente; alimentar-se de forma balanceada; evitar o consumo excessivo de álcool e fazer a mamografia com regularidade anual, mesmo em momento de pandemia. “Além disso, para mulheres com fatores que contribuem para a indicação do exame, como o histórico da doença na família, ou entre 40 a 70 anos, o cuidado é redobrado, pois as chances de a doença aparecer aumentam. A realização do exame pode diminuir significativamente as chances de morte pela doença”, confirma Vivian Milani, médica radiologista da FIDI.

 

Como é o exame 

No dia do exame, não é recomendado o uso de produtos como desodorante ou talco na região das mamas e nem nas axilas. Na ocasião, a paciente é posicionada em pé, de forma que o seio fique entre as duas placas do mamógrafo, que fará a compressão da mama para a captura das imagens. 

A mamografia pode ser indicada para pacientes que não tenham a idade mínima de 40 anos, mas que tenham risco aumentado para o desenvolvimento de tumores mamários, como aquelas com história familiar de câncer de mama. Já em mulheres grávidas, o exame não costuma ser recomendado porque reduz a precisão. Entretanto, quando se palpa nódulo altamente suspeito na gestante, a mamografia pode ser realizada, pois não interfere no desenvolvimento fetal. Neste caso, a radiação pode ser minimizada com uso do avental de chumbo sobre o abdômen da paciente sentada normalmente, para melhor conforto. Nos primeiros três meses da gestação, quando a mamografia não é indicada, o ultrassom é a melhor opção para avaliação das mamas neste grupo específico.

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Saúde mental: cuidados essenciais o ano inteiro


Com a virada do ano temos a sensação de recomeçar, muitos planos. Esse clima foi a base para que as pessoas começassem o ano pensando também em sua saúde mental. A cor branca simboliza uma página em branco onde teremos a oportunidade de escrever em 365 dias uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam. E fazer um novo começo. 

Saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o conceito como "um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, lida melhor com os estresses cotidianos, poder trabalhar produtivamente e ser capaz de contribuir para sua comunidade". 

Falar de saúde mental abrange a promoção e prevenção de saúde e ter um espaço para falarmos das nossas emoções e sentimentos. É avaliar nosso propósito de vida, conseguir observar e lidar com o desenvolvimento das diversas áreas da nossa vida, o que inclui não apenas saúde física, mas também relacionamentos interpessoais, espiritualidade, hobbies, profissão, desenvolvimento intelectual, entre outras.

Assim, a saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e saber que o ser humano tem limites, que tem emoções e como se lida com os seus próprios desejos, capacidades e ambições. 

Para que uma pessoa possa diferenciar um momento de tristeza de um transtorno depressivo - ou de ansiedade para um transtorno ansioso - é necessário avaliar a duração e a carga de sofrimento dos sintomas, o quanto isso tem comprometido aspectos da vida como rendimento acadêmico, profissional, relações interpessoais, concentração, sono, apetite, entre outros. 

Se uma pessoa tem um sentimento que leva a um sofrimento significativo, com uma duração maior que o esperado, passa a comprometer várias áreas da vida. Então, é importante buscar um profissional de saúde mental para uma avaliação criteriosa. Esse profissional está habilitado para diagnosticar a presença de um transtorno mental. 

Estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 delas tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. A depressão, a ansiedade são os mais comuns. É considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “Mal do Século”. Trata-se de um distúrbio afetivo que afeta a vida emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, desânimo e perda de interesse generalizado. Há presença também de pessimismo, baixa autoestima e falta de vontade de viver que leva a pensamentos e tentativas de suicídio. Assim, é imprescindível o acompanhamento médico e psicológico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. 

O Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, segundo dados da OMS. Esse transtorno é marcado por sintomas como dificuldade para dormir, concentração, irritabilidade, preocupação excessiva com acontecimentos que ainda estão por vir. Ao perceber que precisa de ajuda ou caso identifique que alguém próximo precisa de ajuda, procure um profissional de saúde mental, para uma avaliação. 

É importante não se calar e procurar ajuda. Expresse e diga o que está sentindo, seja com o profissional da saúde básica, profissional da emergência ou em um serviço especializado em Saúde Mental. O autocuidado também é muito importante para cuidar da saúde mental, devemos priorizar um sono de qualidade, buscar alimentação saudável, realizar atividades que são prazerosas, praticar atividades físicas, empenhar-se em atividades relaxantes e parar por alguns minutos e prestar atenção aos seus sentimentos, tirando um momento para se perceber, se ouvir, acolhendo suas emoções. 

Outro cuidado que você pode desenvolver é fazer psicoterapia individual ou em grupo, pois a psicoterapia é uma aliada importante para aprender a lidar com os desafios e mudanças no nosso dia a dia de forma equilibrada.

Quando o paciente está num estágio grave, seja de depressão com sintomas psicóticos, esquizofrenia, bipolaridade, abuso de álcool ou substâncias químicas, se faz necessário a internação em uma ala de saúde mental, para cuidados diários juntamente com uma equipe multidisciplinar para um cuidado integral do paciente.

No Hospital Santa Luzia, em Ponte Serrada, no oeste catarinense, a saúde mental é tratada com consultas com médico psiquiatra e clínico geral, atendimento individual e/ou em grupo com psicólogo e terapeuta ocupacional, Educador físico, Assistente Social e cuidados da enfermagem. 

Cuidar da mente não é só em janeiro e sim o ano inteiro. Quem cuida da mente, cuida da vida!


Alessandra Fisher - psicóloga do hospital Santa Luzia(Ponte Serrada) e voluntária da Ong Hacking Health


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