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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Especialista fala sobre as diferentes formas de violência contra a mulher

Médica legista e ginecologista ressalta que quanto mais cedo a violência doméstica for identificada, mais chances a mulher tem de seguir sua vida sem maiores complicações


A violência contra a mulher é aquela cuja motivação principal é o gênero, ou seja, é praticada contra mulheres pelo fato de serem mulheres. “Ela pode ser física, sexual, psicológica, moral e patrimonial, e todas elas são complexas, perversas e não ocorrem isoladas umas das outras”, afirmou Dra. Eveline Catão, ginecologista e médica legista e associada da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil).
 

Segundo a especialista, a violência contra a mulher tem graves consequências para aquelas que a sofrem, como por exemplo, a perda da autonomia, baixa autoestima, medo excessivo e traumas que podem resultar em doenças como ansiedade e depressão. “Muitas vezes, as vítimas vão aos poucos se isolando da família e dos amigos, o que dificulta a saída do ciclo abusivo”, disse Dra. Eveline. 

A médica relata que esse tipo de violência tem como origem a construção desigual do lugar das mulheres e dos homens na sociedade. Na sua opinião, a desigualdade de gênero é a base de onde se estruturam todas as formas de violência e privação contra mulheres. Para ela, é assim que a assimetria de poder se legitima e se perpetua. 

“Muitas pessoas associam a violência a episódios de espancamentos, porém ela não se resume a isso”, explicou Dra. Eveline. Ela exemplifica que a violência psicológica consiste em práticas como ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, perseguições, insultos e chantagens - o que pode ser tão danoso para a vítima quanto um espancamento. 

Já a violência moral consiste na exposição da vítima, na sua desvalorização, seja lá qual for o motivo, nas críticas mentirosas e em acusações sem fundamento, entre outras práticas. Paralelamente, a violência sexual não se limita apenas ao estupro, mas também a obrigar a mulher a fazer atos sexuais que ela não quer, impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar a mulher a abortar e limitar o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos, entre outras práticas. “Não é porque a mulher é casada que seu esposo pode obrigá-la a fazer coisas que ela não quer”, avisou a ginecologista. 

Por fim, a médica destaca um quinto tipo de violência muito comum, mas pouco conhecido pelo público leigo: a violência patrimonial. Conforme Dra. Eveline esclarece, ela consiste em controlar o dinheiro da mulher, destruir documentos pessoais, furtar, extorquir, praticar estelionato, privar de bens e recursos econômicos e até mesmo deixar de pagar pensão alimentícia. “Outra prática comum dentro da violência patrimonial é causar danos propositais aos objetos da mulher, como, por exemplo, quebrar seu celular”, salientou. 

Em todos os casos, Dra. Eveline recomenda procurar ajuda profissional, tanto de um advogado quanto de um psicoterapeuta. “Converse com seus familiares e divida suas aflições. Quanto mais cedo a violência doméstica for identificada, mais chances a mulher tem de seguir sua vida sem maiores complicações”, finaliza a médica.



AMCR -- Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil
amcrbrasil.org/#!/quem


Como a tecnologia tem mudado o processo de aprendizagem

O uso da inteligência artificial (IA) na educação já é uma realidade e passo a passo vem transformando tanto a gestão quanto a instrução de alunos em diversas partes do mundo. Dentre as ferramentas que possuímos hoje, não usar a IA no processo de ensino-aprendizagem dos jovens é no mínimo abrir mão de uma potencial reforma significativa nesse setor que ainda opera de maneira arcaica.

Antes de mais nada é importante entender que a IA não veio para a educação a fim de substituir professores e docentes, e sim auxiliá-los na formação pedagógica do estudante. Os seres humanos não conseguem analisar muitos dados simultaneamente como ocorre com as máquinas, por isso, o uso de Inteligência Artificial na educação permite reconhecer padrões de aprendizagem e recomendar melhorias para os alunos de forma individual, preenchendo lacunas daqueles que necessitam e potencializando talentos dos mais avançados.

Naturalmente cada pessoa possui defasagens e habilidades singulares no que diz respeito ao processo de aprendizagem. Para evoluir no aprendizado é fundamental que o ensino seja cada vez mais personalizado, e podemos dizer que temos basicamente dois caminhos para fazer isso. O primeiro é ter um professor para cada aluno (1 para 1), assim, o docente tem sua atenção 100% voltada para um estudante e pode entregar um alto nível de personalização. Aqui vale citar que uma pesquisa da consultoria McKinsey, junto a com 2000 professores dos Estados Unidos, Canadá, Cingapura e Reino Unido, apontou que eles gastam até 40% das horas de trabalho em atividades que poderiam ser automatizadas.

O segundo caminho para evoluir no ensino é através da IA, que identifica os padrões de cada estudante e se aperfeiçoa a cada interação com ele, acompanhando e ajustando o ensino conforme a evolução do aprendiz. 

Certamente o maior impacto da IA é promover um profundo nível de personalização em grande escala, preenchendo lacunas cognitivas que foram criadas ao longo do processo pedagógico do aluno. Desse modo, formamos estudantes com grande repertório de aprendizagem e isso impacta diretamente em suas habilidades futuras. 

Apesar desse lado positivo, o setor educacional é muito tradicional e era de se esperar uma adesão lenta e receosa da tecnologia. Porém, com o aumento no número de soluções disponíveis, deep learning criando experiências mais humanizadas e menos robotizadas, modelos preditivos cada vez mais precisos e estratégias de dados fornecendo insights mais poderosos para professores e gestores educacionais, seu uso é inevitável, ainda que a longo prazo.

 

Lorenzo Tessari - Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino, startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos.


Quatro passos essenciais para garantir uma boa experiência durante o processo de recrutamento

De acordo com Alisson Souza, CEO da abler, empresas devem ter uma boa página de carreira, planejar, facilitar a candidatura e oferecer feedbacks


O processo de recrutamento e seleção é de extrema importância para a empresa, mas é necessário que os recrutadores se lembrem de que toda a experiência do candidato, durante esse procedimento, gera impactos na sua percepção da marca e até na retenção do talento após a contratação. 

De acordo com Alisson Souza, CEO da abler, startup que tem o propósito de trazer facilidade na gestão dos processos seletivos, existem algumas práticas que auxiliam na boa experiência de candidatos no processo de recrutamento. “O primeiro passo é que a empresa tenha uma boa página de carreira, porque ela é a porta de entrada do candidato para ter conhecimento sobre a companhia. É importante ser transparente, falar sobre a cultura da empresa e fazer com que o candidato se identifique com o fit cultural da companhia”, relata.

O segundo passo é ter um planejamento para o processo de recrutamento e seleção. “Justamente porque ao antecipar como o procedimento funciona, a chance de fechar uma boa contratação fica ainda maior. Além disso, é importante que os anúncios de vagas estejam bem escritos, com informações claras e transparentes sobre os comportamentos desejados, requisitos técnicos, falar sobre a cultura da empresa, informar os benefícios oferecidos e o salário. É necessário ter um anúncio que forneça o máximo de informações, facilitando para que o candidato se identifique com a oportunidade”, pontua o CEO.

Para Alisson, o terceiro ponto de atenção é a facilidade na hora de enviar a candidatura. “As pessoas estão cansadas de formulários longos e complexos para o preenchimento de um currículo que eles já escreveram, e isso aumenta o número de desistências. Devemos proporcionar uma dinâmica mais facilitada, formulários curtos e objetivos, apenas com as informações que são realmente necessárias”, alerta.

Oferecer feedbacks personalizados é o quarto item indispensável,para impactar positivamente as pessoas candidatas. “Se um indivíduo for desclassificado, é válido ser transparente e explicar os motivos. Por outro lado, se alguém passou para a próxima etapa ou foi escolhido para a vaga, também é necessário explicar o porquê dessa escolha”, revela. 

O setor de RH tem um papel fundamental para uma melhor experiência do candidato no processo seletivo, e isso começa desde a primeira abordagem. “Isso porque é esse departamento que vai planejar as vagas em conjunto com os gestores, se encarregando do papel de colocar o candidato no centro do processo, proporcionando uma boa experiência”, relata o CEO.

Quando um candidato passa por uma experiência ruim no processo de recrutamento e seleção, a empresa pode ser impactada de diversas maneiras. “O principal ponto notável é a desistência, especialmente em vagas em que os cargos são muito concorridos, como na área de tecnologia, sendo que a má experiência pode ser a grande vilã. Além disso, um procedimento de seleção ruim pode trazer impactos diretos para a marca da empresa, com os colaboradores vendo a companhia com negatividade”, pontua.

O sistema da abler oferece algumas vantagens para que os usuários contem com a melhor experiência possível ao buscar uma vaga de emprego. “Nós somos o único ATS que proporciona um suporte ao candidato. Então, sempre que houver alguma dúvida, ele poderá recorrer a esse serviço. Também contamos com inúmeras ferramentas de candidatura facilitada, oferecendo várias formas para que alguém se candidate dentro da abler. Prezamos que a ferramenta tenha um ambiente transparente sobre cada processo seletivo, garantindo que os talentos saibam exatamente para que tipo de trabalhos eles estão se candidatando, diminuindo as chances de uma experiência indesejada”, finaliza Alisson.




Alisson Souza - Trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, onde foi Gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. Pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University, é apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S. No final de 2017 cofundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas.


Abler
https://blog.abler.com.br/experiencia-do-candidato/?utm_source=blog&utm_medium=referral&utm_campaign=assessoria&utm_keyword=experiencia


Impostos pesam na renda de 44% dos campineiros

Nos três primeiros meses do ano, só IPTU e IPVA podem equivaler a um terço do rendimento das famílias de Campinas. Tributarista explica como se organizar para o pagamento destes tributos


Dois dos principais tributos cobrados no primeiro trimestre do ano, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), têm peso significativo no bolso do campineiro, chegando em muitos casos a comprometer quase um terço da renda familiar. Planejar as contas é o primeiro passo para honrar os compromissos e fugir do endividamento neste período do ano em que se somam outras despesas, como a fatura do cartão de crédito e material escolar.

Em Campinas, 44% dos trabalhadores com direito ao 13º salário recebem até R$ 1.595,00, segundo dados da RAIS, do Ministério do Trabalho e Previdência, analisados pelo Observatório da PUC-Campinas. Em uma família com dois assalariados, a renda atinge R$ 3.190,00, com soma de ganhos de R$ 9.570,00 nos três primeiros meses do ano.

Para Eliane Rosandiski, economista do Observatório PUC-Campinas, a população com faixa de renda de até R$ 1.595,00 é muito significativa em Campinas e “revela uma preocupação com o poder de compra e o grau de endividamento das pessoas, justamente pelo município ser uma metrópole com custos de vida muito elevados”.

Diante destes indicativos, Nicholas Coppi, tributarista da Coppi Advogados Associados, explica qual é o impacto do pagamento de IPTU e IPVA no orçamento familiar.

Para calcular o peso dos tributos no bolso do campineiro nos primeiros meses do ano, Coppi considerou os seguintes valores: R$ 1.000,00 (IPTU), R$ 1.400,00 (IPVA de um carro popular no valor de R$ 35.000,00) e R$ 200,00 (IPVA de uma moto). “Em uma família que ganha R$ 9.570,00 no primeiro trimestre, os gastos com IPTU e IPVA atingem R$ 2.600,00”, diz.

Os pagamentos feitos apenas para estes dois impostos representam, segundo o tributarista, 27,17%. “É um peso significativo, considerando que no início do ano há outros gastos, como material escolar, por exemplo”, pondera.

Honrar os compromissos com os impostos, de acordo com o advogado, é fundamental. “A dívida aumenta muito quando o contribuinte deixa de pagá-la”, afirma. “Há casos em que o valor atinge 20% de multa, além dos juros e correção monetária.” O tributarista destaca ainda que quem paga os tributos em dia pode ter a oportunidade de aproveitar descontos e outros benefícios.

Para evitar o endividamento, o especialista recomenda que seja feito planejamento financeiro, identificando os períodos, como o primeiro trimestre do ano seguinte, em que há maior comprometimento da renda da família.

Como alternativa, Coppi sugere poupar o 13º salário para desafogar as contas. “Esta reserva permite que o contribuinte tenha fôlego para pagar as outras despesas do início do ano”, diz.

Tão importante quanto guardar o 13º para os gastos do trimestre, segundo o tributarista, é fazer, sempre que possível, uma reserva de dinheiro ao longo do ano. “Um planejamento a médio e longo prazos ajuda a família a se prevenir contra imprevistos e manter seus compromissos em dia”, conclui Nicolas Coppi.



Coppi Advogados Associados
www.coppilaw.com

Como os pneus podem influenciar na economia de combustível?

Divulgação
Kovi

 Características como tamanho, tipo de roda, pressão do ar e material podem ser importantes aliados na hora de economizar o combustível do seu carro



Com a alta dos combustíveis, a busca para querer economizar no dia a dia com o carro é maior. Para isso, é importante se atentar a diversos fatores e entre os equipamentos que se deve ficar de olho estão os pneus. Muita gente não sabe, mas, eles são fatores determinantes para poupar dinheiro na hora de abastecer.  Bruno Poljokan, CRO e Kovi, startup que está revolucionando o acesso ao carro no Brasil, separou algumas dicas que vão ajudar a escolher o melhor tipo de pneu para aumentar a performance do veículo e, consequentemente, economizar . Confira:


  1. Tamanho do pneu

A primeira característica a analisar em um pneu é o tamanho. Isto porque quanto maior o pneu, mais pesado ele será e com isso faz com que o motor do carro tenha que se esforçar mais para mover o veículo, resultando na maior queima de combustível. Portanto, se esteticamente eles possam parecer bonitos a preferência por pneus maiores podem causar um consumo mais acentuado.

“É muito importante que o consumidor esteja atento às recomendações dos fabricantes do carro na hora de realizar a troca de peças e personalizações. No manual do proprietário é possível encontrar as informações completas sobre modelo e tamanho dos pneus do veículo. Com essas informações, fica mais fácil entender o que pode ou não fazer com o seu veículo e ajudar a entender como conseguir conservá-lo por mais tempo”, pontua Poljokan


  1. Tipos de roda

A roda é o conjunto do aro com o pneu e um dos pontos de atenção para quem busca economia. Caso trabalhe, por exemplo, com o carro para o transporte de materiais pesados, deve-se prestar atenção para que a nova roda não exija pneus que tenham uma parede lateral mais curta, fator que diminuirá sua capacidade de carga. Por isso, invista em um pacote de rodas e pneus que permita um consumo menor para o veículo, sem comprometer sua performance e caso queira personalizar as rodas do carro, escolha uma de liga leve em vez de rodas de aço, pois as rodas de liga leve são menos pesadas e ajudam o motor a economizar esforço e, consequentemente, o combustível. 


  1. Resistência ao rolamento

Um dos mais importantes fatores sobre o pneu que ajuda nessa economia  é a resistência ao rolamento. Ela é a força que se opõe ao movimento do veículo, o que significa que quanto maior a resistência, mais força o motor terá que fazer para viabilizar o giro do pneu, por consequência, aumentando o seu consumo diário. Dessa forma, para conseguir encontrar carros econômicos, é preciso estar atento ao nível de resistência de rolamento do pneu, pois isso se diferencia muito de uma montadora para outra.


  1. Tipo de material

O tipo de material do pneu é outra característica que pode pesar no consumo de combustível, pelo impacto que ele também tem no motor. Alguns materiais oferecem uma resistência de rolamento menor que outros, o mais recomendado é investir em pneus que tenham maior resistência à geração de calor e à deflexão, que é o desvio da posição natural. Assim, o veículo poderá oferecer um desempenho melhor em termos de eficiência de combustível.


  1. Pressão do ar

Manter a calibragem adequada é outro ponto de atenção aqui. Caso o pneu esteja com uma pressão interna inferior ao valor ideal, o motor terá que se esforçar mais para conseguir funcionar, gerando uma maior queima de combustível. Por isso, é fundamental que a cada 15 dias seja feita a verificação da calibragem do pneu e a pressão. Siga sempre as recomendações do fabricante do seu automóvel, que costumam estar especificadas na porta do veículo ou no manual do proprietário.


  1. Alinhamento e equilíbrio

Garantir que as rodas de um veículo estejam adequadamente equilibradas e alinhadas também é fundamental na hora de buscar por carros econômicos. Com a manutenção das rodas na posição adequada é possível assegurar que os pneus vão conseguir rodar com mais liberdade, garantindo um consumo menor de combustível.


  1. Banda de rodagem

A banda de rodagem é o componente do pneu que fica diretamente em contato com o solo e  é responsável pela aderência e estabilidade da peça, garantindo segurança durante a condução.

Para dirigir em zonas urbanas e pavimentadas, o ideal é optar por pneus com sulcos -  aqueles “riscos” no pneu que apresentem uma profundidade menor. Dessa forma, a facilidade de rolagem aumenta, o que reduz a sobrecarga do motor. Já para quem transita pelas estradas rurais, a dica é escolher pneus que ofereçam uma aderência maior ao solo. 

“Os pneus são o elo entre o solo e automóvel e podem impactar negativamente na performance do carro, na segurança, no desempenho, como também no consumo do combustível se não tiver os cuidados necessários, assegurando também uma boa longevidade do automóvel”, conclui o CRO. 

 

Home office ou híbrido - de quem é culpa de acidente de trabalho?


Se teve um ponto que ganhou destaque no universo trabalhista nos últimos anos, com certeza esse é o home office e o trabalho híbrido. Contudo, fato que poucos estão se preocupando e que pode ocorrer mesmo com os colaboradores estando em casa são os casos de acidentes de trabalho.

São muitas as dúvidas relacionadas a esse tema, exemplo são: Quais os riscos para empresas em casos de doenças ou acidentes de trabalho? Quem é responsável por essa situação, o trabalhador ou a empresa? Como faz a empresa para ter controle? Dá para saber sei isso aconteceu com o funcionário trabalhando ou não?

A gerente de recursos humanos da Confirp Consultoria Contábil, Cristine Yara Guimarães, explica que esses modelos de trabalho ainda são recentes. O home office começou a surgir no Brasil, ainda de forma tímida, por volta do ano de 2010 e a partir de então a cada ano temos verificado um crescente número de empresas que têm autorizado tal modalidade de trabalho. A partir de novembro de 2017, com a denominada "reforma trabalhista" o legislador inseriu esta modalidade de trabalho na CLT, o chamado "teletrabalho", passando a tratar do tema de modo mais específico.


Já o trabalho híbrido é ainda mais recente, tendo início durante a pandemia de Covid-19 e tendo sua regulamentação apenas no último ano. No qual estabeleceu regras de como poderia ser esse modelo e quais os cuidados do empregador.

"Sem dúvida alguma, além da necessidade que passamos, ao alocar um colaborador fora do ambiente de trabalho da empresa, esta tem uma redução de custos com espaço, insumos, consumo de energia elétrica, água, dentre outras, o profissional, por sua vez, não se vê obrigado a gastar tempo com deslocamentos, transportes, etc., cria-se uma nova mentalidade", avalia Cristine Yara.

Mas, como diz o ditado popular: ‘nem tudo são flores’. Ao implementar esse sistema de trabalho as empresas devem se blindar também, pois ainda continuarão a ter responsabilidade diante a estrutura e a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Por isso é importante se proteger juridicamente.

Outro ponto previsto na lei é que o empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.

"Resumindo, ao contratar um profissional para prestação de serviços em tais modalidades (home office ou híbrido), o empregador deve elaborar um contrato individual de trabalho, explicitando ao máximo as condições e termos do mesmo", complementa a especialista da Confirp.


De quem é a responsabilidade?

A opinião é compartilhada por Tatiana Gonçalves, diretora da Moema Medicina do Trabalho ,ela explica que muito se engana quem pensa que no home office ou o híbrido não existem mais regras de medicina e segurança do trabalho. Elas não só existem, como são de responsabilidade do contratante.

Isso pelo fato de que o contrato de trabalho deverá indicar o responsável pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto e como será realizado o reembolso de despesas arcadas pelo empregado. Neste contrato será dito quem será o responsável pela compra do mobiliário, equipamentos e suportes ergonômicos.

"A norma legal define que o empregador deve instruir o trabalhador, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções contra doenças e acidentes de trabalho, e fornecer um termo de responsabilidade a ser assinado pelo empregado, comprometendo-se em seguir as instruções recebidas da empresa", complementa.

Mas acidentes acontecem e nesse caso começam dúvidas de quem é a responsabilidade. Fato é que um acidente pode acontecer em qualquer lugar, não sendo o domicílio do empregado um local livre de possíveis acidentes, e muitas vezes os motivos não se correlacionam com a prestação de serviços realizada.

"O trabalhador pode sofrer acidente em sua própria casa, promovendo um reparo hidráulico, cuidando do jardim ou numa atividade de lazer, ou, ainda, numa viagem recreativa, mas nesses casos não há implicação relacionada ao contrato de trabalho", explica Gonçalves.

Todavia, o empregado pode se lesionar em seu domicílio em decorrência da prestação de serviço, ao não se utilizar de equipamentos ergométricos necessários para postura correta nas horas em que passa à frente do notebook ou computador realizando as tarefas necessárias. Nesse caso a situação muda de figura e a responsabilidade pode ser da empresa.

O advogado trabalhista Mourival Boaventura Ribeiro explica que em acidentes que ocorrem durante o trabalho se tem atualmente a jurisprudência, entendendo esse como "acidente de trabalho". Ele cita decisão da Justiça do Trabalho, que reconheceu a queda em casa de uma funcionária em Belém do Pará como acidente de trabalho. Isso comprova a necessidade de preocupação das empresas em acidente ocorrido em home office, já que o mesmo pode ser equiparado ao acidente de trabalho.

"É fundamental que empresas portadoras de trabalhadores que atuem em casa determinem firmemente seu horário de expediente. Façam isso no sentido de terem mais controle sobre a jornada laboral dos seus trabalhadores, e assim, em caso de acidente terão menos dúvidas para determinar se foi acidente de trabalho ou não", alerta Tatiana.


Prevenção é o caminho

Para se blindar, a empresa deve atender as normas regulatórias do trabalho, mesmo em casos de home office, e treinar o trabalhador para ter certeza de que esse está em um ambiente seguro.

Um exemplo é a preocupação com a NR-17, que possui importantes previsões sobre ergonomia aos trabalhadores, com previsão de tamanho e altura das mesas, distância dos monitores, entre outras.

Nesse caso, segundo regras da Reforma Trabalhista, cabe ao empregador apenas instruir o empregado e sobretudo, de que eventuais custos decorrentes desta instrução serão regulamentados por contrato entre as partes, e não correr necessariamente pelo empregador, que comanda e controla o serviço.

"Lembremos ainda que, pela atual regulamentação, o empregador apenas orientará o empregado para tomar precauções a fim de se evitar o seu adoecimento no trabalho, do qual o empregado passará recibo por meio de termo de responsabilidade", finaliza Tatiana, reforçando que a prevenção, mais uma vez, é o melhor caminho nesses casos.

Mas como fazer isso? É um ponto complexo, mas além de ter ferramentas de acompanhamento do período de trabalho de quem está em home office, é preciso haver capacitação e constante treinamento. Outro ponto é que, mesmo estando distante, é preciso medir o índice de satisfação e dedicação dos trabalhadores. Lembrando que a tecnologia pode ser uma forte aliada. 


O que considerar antes de adotar o trabalho híbrido em 2023? Conheça 5 dicas da Woba

Startup apoia empresas em suas jornadas para implantação da rotina de trabalho híbrido com ações de fortalecimento da cultura, escolha correta e redução de custos com serviços de infraestrutura para escritórios, eventos, salas de reuniões e comerciais em uma rede de 1.600 espaços no Brasil, México e Portugal

 

Empresas brasileiras ainda têm dificuldade de se adaptar ou até de entenderem o que é o trabalho híbrido. Pesquisa Google Workspace, em parceria com a consultoria IDC Brasil, mostra que 56% das corporações nacionais adotaram o trabalho híbrido em 2022. Quase a metade ainda não, mas elas querem. A Woba, startup brasileira que auxilia as organizações nessa transição, se tornou referência na América Latina, recebeu investimentos de mais de 50 milhões ao longo desse ano e não para de crescer. Confira quais são as suas dicas para empresas que planejam flexibilizar o trabalho de seus colaboradores em 2023.


1. Entender quando ir para o formato híbrido

Cada empresa tem uma jornada única para implantação e adaptação ao modelo de trabalho híbrido. Saber a hora certa para retornar ao escritório, muitas vezes, é o maior desafio. Para isso, é necessário que as organizações comecem a mapear com os colaboradores, seja por meio de rodas de conversas virtuais ou pesquisas de clima, como eles estão se sentindo e qual é a melhor forma de trabalho para eles. A partir dos dados, será possível entender o momento atual e preferências deles.


2. Como escolher o escritório (ou  escritórios)

Após compreender o momento atual dos colaboradores, é necessário se preparar para escolher a estrutura que acolha a capilaridade de empresas. Ou seja, é necessário disponibilizar estrutura de qualidade para colaboradores, independente de sua localização. Assim, fica possível que estes trabalhem perto de casa ou de compromissos, por exemplo. Além de poderem encontrar, nestes espaços de trabalho, colegas da mesma cidade ou região, o que fortalece a cultura organizacional e evita a sensação de solidão, muito presente no trabalho remoto. Segundo dados do relatório “O novo futuro do trabalho", da Microsoft, de 2022, o trabalho remoto pode causar a sensação de isolamento e culpa. O estudo apontou também que 81% das pessoas com menos de 35 anos sentiram solidão no trabalho remoto de longo prazo. 


3. Entender o objetivo do modelo de trabalho

O modelo híbrido de trabalho oferece inúmeros benefícios como redução de gastos com infraestrutura, como contas, segurança, serviços gerais, entre outros; e o acesso a potenciais parceiros de negócios pelos coworkings. Mas, antes de mudar a forma de trabalho e envolver os colaboradores nessa mudança, é essencial saber qual o objetivo da empresa. Deseja reduzir os gastos? Segundo dados coletados pela Woba, com base em seus clientes, ao optar por coworkings são diminuídos até 45% a menos de custos com contratos flexíveis e estrutura completa sem investimento inicial. Quer atrair os melhores talentos, independentemente de sua localização geográfica? Então é necessário uma forma de contemplar todos com infraestrutura adequada. Ao entender o que a empresa busca, é possível potencializar os resultados. 


4. Considerar o que os colaboradores querem

Segundo dados coletados pela Woba, com base em seus clientes, 70% dos colaboradores optam por um emprego com a flexibilidade do trabalho híbrido. As pessoas querem escolher uma jornada de trabalho flexível, realizada de qualquer lugar e que valorize a qualidade de vida. Considerar um modelo de trabalho híbrido adaptável aos colaboradores é essencial para engajar, desenvolver e reter talentos. Por exemplo, definir modelos de trabalho híbrido com 3 dias estabelecidos para o presencial e 2 para o remoto, não é uma modalidade híbrida, mas presencial.


5. Estruturar a empresa para ser "remote first"

É comum uma empresa querer ser híbrida, mas falhar em tornar seus processos, de fato, remotos. Para que ela possa ser híbrida, é importante que os processos, acesso à informação e tomada de decisão sejam remote first. Ou seja, é considerar que todo mundo está trabalhando remoto, mesmo que só haja apenas uma pessoa nessa modalidade de trabalho, por exemplo. Assim, os processos devem funcionar tanto para quem está presencial, quanto remoto, com a participação de todos e sem prejudicar quem não está no escritório.

A Woba tem a missão de ser uma companheira de pessoas e empresas na jornada da flexibilização do trabalho, acelerada pela pandemia. Este processo mudou a forma como as pessoas procuram emprego ou querem se manter nele, exigindo que empresas se adequem à nova realidade.

“Os colaboradores estão optando por instituições que ofereçam opções de trabalhos flexíveis, anywhere office (em qualquer lugar do mundo). Quando isso não é possível, há uma maior taxa de rotatividade e dificuldades no de atração, recrutamento e retenção de novos talentos, por exemplo. Sabemos que isso impacta as organizações, mas principalmente as pessoas, que querem ter mais qualidade de vida. A Woba traz um conceito de equilíbrio, de buscar o que se almeja para ter uma relação trabalho e vida que soma, e não que subtrai. É poder trabalhar perto da escola do seu filho e fazer com que seu trabalho se enquadre à sua rotina, e não o contrário”, afirma a CEO da Woba, Roberta Vasconcellos.

Na jornada em busca de um coworking ou outro espaço de trabalho, para o usuário final, a Woba funciona como um marketplace, onde é possível escolher trabalhar sozinho ou acompanhado em escritórios privados ou compartilhados. Locais para eventos e reuniões em grandes centros, com potenciais parceiros de negócios e conexões e só pagar pelo uso. Para a empresa, as soluções se integram ao oferecer a tecnologia para um ecossistema de escritórios asset light e 360º, com contratos flexíveis e inexistência de multa ou caução, por exemplo. Há diversas formas para criar um ecossistema de trabalho com inteligência e eficiência.

 

Woba
www.woba.com.br

Como proteger o pet dos fogos e ruídos nas festas de fim de ano

A PremieRpet® disponibiliza áudios gratuitos para reduzir o estresse de cães e gatos 


 

Credito: Shutterstock/Divulgação PremieRpet®)

 

Quando chegam as festas de fim de ano, uma das grandes preocupações dos tutores de cães e gatos é o barulho das queimas de fogos, rojões e outros efeitos sonoros que podem gerar uma série de transtornos para os pets. 

Sabe-se que os cães e gatos têm a capacidade de ouvir sons em uma faixa de frequência bem mais ampla do que os humanos. Ou seja, sons graves e agudos que sequer são percebidos pelas pessoas podem gerar alto nível de estresse, ansiedade e medo nos animais. 

E, ao contrário do que muitos pensam, não são apenas os fogos de artifício que têm esse efeito. Os animais sentem medo de diversos outros ruídos, como trovões, tempestades, gritos e até mesmo o barulho de carros, que deixam os bichinhos estressados. Os barulhos podem causar reações como tremores, taquicardia, salivação excessiva, fuga e outros comportamentos relacionados.

 

Áudios para reduzir o estresse de cães e gatos com o barulho

Com o objetivo de aliviar os efeitos nocivos dos ruídos aos pets, a PremieRpet® oferece gratuitamente no YouTube três áudios que mascaram e reduzem ruídos de alta, moderada e baixa intensidade. 

O áudio de baixa intensidade é indicado para reuniões de família ou encontros com poucas pessoas. O de média intensidade, para barulhos próximos ao local em que o pet está (como festas no vizinho, por exemplo) e tempestades. Já o de alta intensidade é recomendado para fogos de artifício a uma curta distância ou festas no mesmo local em que o pet está. 

Os áudios foram desenvolvidos utilizando a técnica do ruído branco (White Noise), unindo sons de diferentes frequências em uma só combinação. O chiado da TV, o rádio e o barulho do ventilador são alguns exemplos de ruídos brancos, pois são sons constantes e conseguem “mascarar” ruídos externos. Esses sons mais brandos e familiares se sobrepõem aos barulhos que causam ansiedade aos pets, minimizando a sensação de medo e desconforto.

 

Como utilizar os áudios

· Logo que o barulho dos fogos começar (e não antes), dar o play no áudio e colocar o cão ou gato a poucos metros da caixa de som.

· Não é aconselhável utilizar o áudio por mais de 30 minutos. Ou seja: nada de deixar o som em looping!

· Não deixar o animal sozinho e mantê-lo em ambiente protegido, se possível com janelas e portas fechadas.

· Agir normalmente para que o pet entenda que está em um ambiente seguro.


Se necessário, procure orientações do médico-veterinário. E boas festas para você e seu melhor amigo!



PremieRpet®
www.premierpet.com.br
PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


Conversas eficazes melhoram o resultados

Uma prática comum nas organizações é avaliar como tem sido o desempenho dos colaboradores na execução de suas funções e, em muitos casos, reconhecê-los pelas boas entregas, com o foco nos pontos de evolução de cada um. Até bem pouco tempo, isso ocorria em ciclos anuais. Porém as organizações estão percebendo que é melhor encurtar o espaço entre uma avaliação e outra. Avaliação anual é como ler uma notícia de jornal de meses atrás, pois você está conversando em fevereiro de um ano sobre algo que ocorreu em abril do ano anterior.

As empresas devem promover e estimular que líderes e liderados conversem com bastante frequência sobre o desempenho com o intuito de aumentar o máximo a probabilidade de que as responsabilidades sejam cumpridas da melhor maneira possível, para ambos os lados. Isso quer dizer que o líder tem que entender se a pessoa a quem foi atribuída determinada responsabilidade tem conhecimento, capacidade, ferramentas, recursos para isso, ou, se ele precisa tomar algum tipo de atitude para o bem da organização e do próprio colaborador. 

Em algumas situações pode-se entender que o colaborador não é a pessoa mais adequada para assumir aquela tarefa, independente do talento que tenha. Neste caso, vejo dois caminhos principais, ou troca essa pessoa de função ou oferece a ela algum tipo de treinamento.

Estas necessidades podem envolver as chamadas soft skills, mais sujeitas a julgamentos subjetivos de ambas as partes, com alto risco de se cometer injustiças ou mesmo erros. Muitas vezes observamos o comportamento das pessoas, ou outros colaboradores observam e trazem algum tipo de relato sobre determinado funcionário. A questão é: o quanto essa análise está desvinculada de conceitos particulares do próprio líder ou do colaborador que tenha apontado erros no colega? O  quanto os gostos particulares de cada um influenciam os comentários? E o pior, o quanto isso pode contribuir para uma análise equivocada sobre a ação daquele que foi apontado?

O bom gestor precisa ter tudo isso em mente e, principalmente, mesmo quando identificar um erro, tem que apontar sem machucar, pensando no bem da pessoa. É o tipo de  conversa que precisa ocorrer baseada sobre fatos concretos e, importante também, deve ocorrer o mais perto possível do momento em que aconteceu. O objetivo é que o colaborador melhore, mude seu comportamento e quanto mais distante da ocasião do fato, menor será a capacidade de lembrar o que motivou a ação, os detalhes do episódio, os fatores externos que possam ter colaborado para aquela atitude. Distante de tudo isso, a conversa fica etérea.

É necessário adotar uma postura e ferramentas que permitam fazer a análise do desempenho de cada um dentro da organização da maneira mais objetiva e eficiente possível. Indico o uso dos OKRs - Objectives and Keys Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, pois são uma ferramenta de gestão, de execução da estratégia. 

Recomendo que se tenha presente nas conversas os resultados alcançados, que ficam evidentes com os OKRs, e que se discuta a contribuição da pessoa, mais do que qualquer outra coisa. Outra grande vantagem dessa ferramenta, é que além de apontar passo a passo o que se pede para que seja feito e o que efetivamente se fez, ela é ajustada trimestralmente. 

Agora é importante observar que, se rediscutimos os OKRs a cada trimestre, estas conversas entre líder e liderado têm que ocorrer num período de tempo menor,  suficiente para que os resultados sejam bem entregues e o colaborador não caia na mesma casca de banana que caiu antes. Falhas acontecem, que aprendamos rápido e nos comprometamos a não cair nas mesmas armadilhas. Os erros são melhor digeridos quando são erros novos, erros recorrentes estão mais ligados a displicência ou algo parecido. 



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.
http://www.gestaopragmatica.com.br/

Inadimplência tem cenário recorde atingindo 6,4 milhões de empresas no Brasil, revela Serasa Experian

Novembro marcou outros números históricos, como o valor acumulado das dívidas que chegou a R$ 108 bilhões


O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostrou que novembro deste ano teve o pior cenário de negativação desde 2016, início da série histórica do índice. Foram registrados 6.392.011 negócios no vermelho. Além disso, desde o início de 2022, o índice não marcou nenhuma queda e o cenário de inadimplentes apenas se agravou. Confira no gráfico abaixo os dados completos da evolução:



Ainda de acordo com o indicador, a quantidade de dívidas e o valor acumulado delas também registraram recordes históricos. Foram 45 milhões de débitos negativados no período, totalizando R$ 108 bilhões. Cada CPNJ no vermelho tinha cerca de 7 dívidas a pagar.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a melhora desse quadro de inadimplência das empresas depende de uma reação em cadeia. “Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente”.

A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de Serviços (53,5%). Em sequência está a parcela do Comércio (37,5%), Indústria (7,7%), setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%). 

Outro recorte mostrou em quais segmentos os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas. O destaque ficou para a categoria “Outros”, que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio. Os débitos também mostram alto nível de aquisição na área de Serviços e Bancos e Cartões. Veja no gráfico abaixo as informações na íntegra. 


A avaliação por Unidade Federativa (UF) revelou que São Paulo tinha mais de 2 milhões de negócios com o nome no vermelho. Na comparação ano a ano (nov/21 x nov/22), o estado teve um aumento de mais de 185 mil empresas. Veja os dados completos por UF no gráfico a seguir: 


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador,
clique aqui

 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br

 

Cooperativismo de crédito: preservando princípios e construindo sonhos

São 4.880 cooperativas, cerca de 19 milhões de associados e mais de 493 mil empregos diretos. Exatamente 120 anos separam a realidade dos números compilada no AnuárioCoop 2022 e a fundação da primeira cooperativa de crédito do Brasil por Theodor Amstad. Em 1902, inspirado por Friedrich Wilhelm Raiffeisen e pelo modelo alemão que oferecia a agricultores e artesãos crédito a juros mais baixos, o padre jesuíta instituiu no Rio Grande do Sul um sistema cooperativo voltado principalmente às pequenas comunidades rurais e pequenas vilas. Era a primeira cooperativa de crédito da América Latina, hoje denominada Sicredi Pioneira, e ainda em atividade. 

Entre o pioneirismo do padre Amstad e as estatísticas recentes, o cooperativismo de crédito preserva princípios. Na geração de resultados positivos, a apuração das chamadas “sobras” retorna ao associado, agregando renda também por meio de tarifas e taxas mais justas. Com a possibilidade de reinvestimento de recursos na própria cooperativa e na comunidade onde atua, o sistema tem se firmado como um contributo importante no desenvolvimento regional.

As cooperativas de crédito, na contramão dos bancos e de outras instituições, não visam lucro. Desta forma, conseguem oferecer condições mais favoráveis. O grande diferencial, no entanto, está na proximidade do relacionamento e no tratamento individualizado ao associado. Enquanto nos bancos o cliente compõe uma grande carteira, no Sicredi, os associados, independentemente do capital investido, têm o direito de participar de assembleias e votar em estratégias que definem o futuro da cooperativa.

No vaivém da história, o modelo cooperativista trazido para o Brasil pelo  padre Amstad evoluiu e ganhou novos desdobramentos como a nova Lei 196/22, que moderniza o cooperativismo de crédito no Brasil. Mais um avanço para o modelo de negócio, permitindo a melhora no ambiente de negócios por meio de instrumentos inovadores aliados ao aprimoramento da gestão e governança de cooperativas.

O crescimento do cooperativismo de crédito é exponencial em todo o País. O movimento não é diferente no interior paulista. Desde 2015, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a Sicredi Iguaçu PR/SC/SP inaugurou nove agências e tem uma sede administrativa em Campinas para apoiar as unidades do Estado. Entre 2020 e 2022, a cooperativa teve um aumento de 75% na quantidade de associados, um número três vezes maior que em 2019. Sem dúvida, este é o presente com um futuro promissor para ficar na história.

 

Eleutério Benin - diretor-executivo da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, cooperativa que atua na região de Campinas (SP), no interior do Paraná e de Santa Catarina.

 

Estresse ocupacional: médico explica a importância de ter o colaborador como centro da empresa

Como seres holísticos, nem sempre é possível separar vida pessoal da profissional, e companhias precisam aprender a lidar com seus trabalhadores de forma humanizada


Competitividade, cobrança de resultados, forte concorrência, jornada estendida de trabalho, baixa remuneração e/ou valorização… esses são alguns dos fatores que podem resultar no tão famoso estresse ocupacional, que nada mais é do que uma resposta do organismo da pessoa a determinado estímulo ou situação vivenciada na empresa, e que ao atingir a vida desse profissional, a qualidade do serviço é, diretamente, impactada, o que acaba sendo prejudicial para a própria companhia também.

Entretanto, nem sempre a situação se inicia, necessariamente, no ambiente corporativo. O colaborador pode estar passando por problemas pessoais e o desgaste do trabalho acaba sendo o estopim. De acordo com o Dr. Marcus Todesco, médico e responsável pelo serviço de gestão de saúde da Magicel — consultoria de riscos empresariais, — é preciso enxergar o cenário como um todo.

“Um erro comum que cometemos é enxergar as pessoas como dissociáveis, quando, na verdade, é o oposto. Isto é, não temos como encaixar a vida em blocos, como se a vida pessoal não se ligasse à vida profissional, por exemplo. Tudo está interligado. Hoje o Brasil figura um dos primeiros lugares de incidência de doenças ocupacionais, então precisamos entender causas e diagnósticos”, explica o especialista.

E continua: “a hiperconectividade mesmo é um dos grandes malefícios que podem ocasionar em episódios de exaustão mental. Isso porque as pessoas precisam estar sempre conectadas e não se permitem mais nem o tempo do almoço, por exemplo. Assim, é importante que as pessoas se lembrem sempre da necessidade do momento de lazer, de prazer, e que não abram mão disso”, destaca.

Para aqueles que são atingidos pelo estresse ocupacional os efeitos podem ser diversos, variando de pessoa para pessoa a partir da sua capacidade de controlar a situação. Mas, no geral, mau humor, agressividade e episódios de choro são algumas das reações mais comuns. Se não tratado, a frequência de estresse acaba gerando desgaste físico e emocional, deixando o indivíduo mais suscetível a outras doenças. 

Em vista disso está a importância da instituição compreender e eliminar, se possível, os agentes estressores. Todesco diz que é preciso que o profissional esteja no centro da empresa. “As companhias devem ter a noção de seus ambientes de trabalho, entender como está a tratativa deste espaço, se é gostoso para o colaborador estar inserido ali e, acima de tudo, estar aberta a uma escuta ativa. Isso não quer dizer que a gestão não deva cobrar responsabilidade ou que tenha que sair aumentando salários. É sobre ter um olhar humanizado para a equipe, empático, visualizando seres múltiplos ali. Garanto que os benefícios para ambos são os melhores”, finaliza.


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