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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Norma da Receita sobre PIS/Cofins traz bondades e maldades aos contribuintes

Thinkstock

Com mais de 800 artigos, a IN 2.121 consolida legislação que trata das duas contribuições e esclarece pontos nebulosos a respeito de insumos que geram créditos 

Perto do apagar das luzes de 2022, a Receita Federal publicou uma Instrução Normativa para consolidar as regras sobre apuração, cobrança e cálculo do PIS e da Cofins, duas contribuições sociais administradas pela União e que mais geram dúvidas entre os contribuintes e controvérsias judiciais.

Com mais de 800 artigos, a IN 2.121/22 definiu, por exemplo, de forma favorável aos contribuintes, que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deve ser incluído no cálculo dos créditos de PIS/Cofins.   

Na avaliação de Douglas Campanini, gerente de impostos indiretos da Athros Auditoria e Consultoria, esse entendimento expresso do fisco aumenta a segurança jurídica dos contribuintes. Mas a norma, na sua opinião, também traz algumas maldades.

A dúvida sobre a inclusão ou não do ICMS no cálculo dos créditos das duas contribuições surgiu após o julgamento da chamada “tese do século”, em que o STF decidiu que o ICMS destacado na nota fiscal não integra a base de cálculo do PIS e da Cofins.

“Numa interpretação arrojada, depois do julgamento, a Receita Federal passou a defender a tese de que o imposto estadual, então, deveria ser excluído também do cálculo dos créditos das duas contribuições, apesar do posicionamento contrário da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, explicou.


MAIS BONDADES

Outro ponto positivo da IN, e que vai beneficiar importadores, é a permissão para que as despesas das empresas com frete em território nacional sejam usadas para gerar créditos relativos ao PIS/Cofins.

“A Receita Federal sempre foi muito restritiva em relação aos créditos nas importações. Pela sua interpretação até então, como as despesas com frete ocorriam depois da importação, as empresas não poderiam se apropriar de créditos, contrariando inclusive o entendimento do Carf, com várias decisões favoráveis aos contribuintes”, lembra o especialista.

Ainda no pacote de bondades, a IN também deixa claro que as despesas com vale transporte pagas pela indústria e empresas de prestação de serviços poderão gerar créditos de PIS/Cofins.

A Receita já havia manifestado esse entendimento em Soluções de Consulta e, agora, com a publicação da norma, oficializa essa interpretação, diluindo eventuais dúvidas sobre o tema.

A IN também define que o ISS (Imposto sobre Serviços) pode ser excluído do valor correspondente à contratação de serviços no exterior. Com isso, sobre o valor da prestação de serviços pago no exterior, as empresas devem levar em conta no cálculo apenas o IR e o PIS/Cofins, sem o imposto municipal.

O tributarista Regis Trigo, do Hondatar, destaca a interpretação da Receita Federal contida no texto da IN 2.121 sobre o que pode ser considerado insumo para fins de creditamento de PIS e Cofins.  

“É sempre uma dúvida cruel que paira entre os contribuintes e que nunca terá uma resposta definitiva e sempre depende do caso concreto, do papel que determinado insumo representa no processo produtivo de cada contribuinte”, explica.

De acordo com o tributarista, a IN dá algumas diretrizes sobre o tema e traz itens novos que podem gerar créditos em relação à norma anterior, resultado de decisões do Carf e Soluções de Consulta emitidas pela Receita Federal diante de um caso concreto.

Os artigos 171 e 176, por exemplo, trazem incisos novos, com exemplos concretos do que pode gerar créditos para as empresas, como despesas com frete e seguro, materiais e serviços de limpeza, entre outras.


MALDADES

Segundo Douglas Campanini, uma das maldades embutidas no texto da IN afeta diretamente o comércio atacadista e varejista. Explica-se: a Receita Federal permitia aos revendedores, em suas compras, aproveitarem créditos de PIS/Cofins com o IPI destacado na nota fiscal do fornecedor. A IN excluiu essa possibilidade.

“Esse novo entendimento foi uma surpresa e certamente haverá questionamento. É muito provável que essa interpretação do fisco seja uma forma de minimizar as perdas de arrecadação decorrentes da ‘tese do século’”, analisa.

Outra maldade no texto diz respeito à limitação ao aproveitamento de créditos acumulados de PIS/Cofins. Pela IN, os contribuintes só poderão aproveitar os créditos gerados nos últimos cinco anos.

A fixação de prazo afeta particularmente as empresas que trabalham com exportações, atuam no ramo agropecuário e na agroindústria, que geram grandes volumes de créditos nas exportações.

A IN também excluiu da lista de gastos por imposições legais, que dão direito a créditos de PIS/Cofins por serem essenciais para o exercício da atividade, as despesas decorrentes de acordos ou convenções coletivas de trabalho, como os relacionados à assistência médica e vale alimentação.


 Silvia Pimentel

Diário do Comércio (dcomercio.com.br)

 

O que te impede de conquistar os seus objetivos em 2023?

Desenvolver a inteligência emocional ajuda a identificar limitadores e entender o que é relevante   


2023 vem chegando e é hora de avaliar tudo o que aconteceu durante o ano, pensar no que queremos para os próximos meses e, diferentemente do que muitos pensam, essa não é uma avaliação fácil, uma vez que traz à tona tudo aquilo que não conseguimos alcançar. Mas quais são as razões para não alcançarmos os nossos objetivos? A resposta está provavelmente em nós mesmos.

Para a coach, palestrante e diretora da Febracis Paraná, Daniella Kirsten, a reflexão deve partir de dentro de nós, uma vez que raramente o problema é externo. “Deixe o cenário externo de lado e reflita sobre os reais obstáculos que atrapalham a sua jornada até o destino desejado. Identifique o limitador predominante e comece a trabalhar em cima dele. Planeje como irá superá-lo e use a inteligência emocional a seu favor, evitando colocar as emoções em primeiro plano”, conta. 

A inteligência emocional é um conceito derivado da psicologia que caracteriza pessoas capazes de identificar seus sentimentos, por meio do desenvolvimento de habilidades. Diferentemente do quociente de inteligência (QI), a inteligência emocional não tem relação com o intelecto diretamente, mas sim em saber reconhecer e lidar com sentimentos e emoções, com objetivo de racionalizá-los e usando-os à seu favor. “Entender o que é inteligência emocional e como esse conceito pode ajudar no desenvolvimento pessoal e profissional é fundamental, pois essa é uma habilidade que pode ajudar muito na identificação dos principais obstáculos que nos separam daquilo que somos e realmente queremos”, explica Daniella.


Quais são os limitadores que dificultam o rompimento de barreiras e o alcance de metas e objetivos?

Dados do estudo Statistic Brain Research Institute mostram que 50% das pessoas que fazem planos para o novo ano, desistem antes mesmo do Carnaval. Daniella conta que grande parte dessas desistências acontecem pela falta de objetivos reais e falta de planejamento. “O objetivo precisa estar de acordo com os valores, ser relevante e trazer benefícios reais. Por exemplo, uma pessoa que almeja um cargo mais alto na empresa, mas que sabe que isso irá impactar em mais estresse e na qualidade de tempo com a sua família. Com isso a pessoa acaba se sabotando, pois lá no fundo sabe que aquele não é realmente o seu desejo. O importante é buscar racionalizar os sentimentos para entender o que se quer e como fazer para alcançar o que deseja de forma consistente”, conta  a coach.

Daniella também explica que outro ponto importante é a responsabilização. “Ficar parado ou deixar de percorrer um caminho, não deve ser uma opção, assim como buscar desculpas e possíveis culpados para a sua situação. É importante entender que o único responsável pela sua trajetória é você mesmo. Todos os desafios ficam menores quando a decisão de seguir em frente vem de quem deve enfentá-los”, completa.

Para superar os limitadores e avançar em seus objetivos, Daniella dá algumas dicas:

  • Entenda qual é o seu propósito e se comprometa com as etapas para atingi-lo.  
  • Trace o seu objetivo com base naquilo que você está disposto a fazer ou no que te desafia a ser melhor. 
  • Se abra para buscar novas habilidades e ferramentas e não deixe que a falta de conhecimento seja um limitador. Se preciso busque cursos para melhorar as suas habilidades e informações de qualidade.
  • Coloque velocidade nas ações. Não ir para frente pode ser um sintoma de resistência. Reflita sobre as consequências de ficar estagnado muito tempo, sem desenvolver as ações propostas.
  • Faça a gestão de si próprio e se comprometa não apenas com o resultado, mas também com todo o processo até o seu objetivo. 
  • Monitore de forma periódica as pequenas vitórias, reposicionando os próximos passos conforme for avançando. Lembre-se: não há problema em mudar a direção da sua caminhada, desde que você continue avançando.
  • Tenha direcionamento e clareza e busque visualizar com o máximo de detalhes aonde quer chegar. Com isso fica mais fácil fazer o passo a passo e cumprir o que determinou como meta.
  • Faça ajustes constantes na rota e, se verificar que está desviando do trajeto, volte atrás e reveja o que for preciso para retomar ao caminho de origem.
  • Aprenda a superar os desafios e se organize para evitar cair em armadilhas como “estou sem tempo” ou “isso é impossível”. 
  • Procure ajuda ou suporte profissional para acelerar e facilitar todo o processo.
  • Invista em autoconhecimento e tenha disciplina.

 


Daniella Kirsten - diretora e sócia franqueada das unidades da Febracis Paraná, sediadas em Curitiba e Maringá, além de coaching e palestrante. Sua atuação no estado já impactou mais de 5 mil pessoas por meio do Coaching Integral Sistêmico.

Febracis

febraciscuritiba.com/metodo-cis-junho/ 


CEOs indicam livros para ler e entrar em 2023 com nova perspectiva

Pensando em um ano novo diferenciado e mais próspero, executivos de grandes empresas escolheram livros inspiradores que contribuíram para o seu crescimento no ambiente profissional e também na vida pessoal. Separamos algumas opções para começarmos 2023 com o pé direito! Segue abaixo a curadoria que preparamos:


INFOJOBS

Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, indica o livro “A coragem de ser imperfeito'', de Brené Brown. O livro mostra a importância de aceitar vulnerabilidades e reconhecer a necessidade de compartilhar os desafios. “Falando do ambiente profissional, e principalmente de liderança feminina, somos condicionadas a sempre buscar a perfeição, mesmo que ela não exista, a nos mostrar fortes a fim de nos impor e mostrar credibilidade. Reconhecer nossas vulnerabilidades nos ajuda a romper esse ciclo e acreditar no lado colaborativo do trabalho, onde um time de pessoas se complementa com as diferentes habilidades. Brené Brown traz a vulnerabilidade como definição de coragem e essa é uma mensagem que devemos carregar e passar para frente”, reflete a executiva.


MATERA

O CEO da Matera, Carlos Netto, indica o livro "Inside the Tornado: Strategies for Developing, Leveraging, and Surviving Hypergrowth Markets" - este livro é do autor "Geoffrey A. Moore' para os amantes de tecnologia, e proporciona pautas muito úteis para levar os produtos além dos primeiros consumidores e em direção a um mercado geral lucrativo. 


JUNTOS SOMOS MAIS

Juliana Carsoni, CEO da Juntos Somos Mais, joint venture da Tigre, Gerdau e Votorantim Cimentos, criadora do maior ecossistema de construção civil do país, indica dois livros. O primeiro, “Quatro Mil Semanas”, de Oliver Burkeman, fala sobre a nossa relação com o tempo. Uma pessoa vive, aproximadamente, 80 anos ou 4.000 semanas. Pensar sobre esse tempo que é finito é a chave para abrir mão de demandas não gerenciáveis, escolhas de certa forma infinitas. Vivemos em um tempo que valoriza a produtividade, a multitarefa. Estar ocupado é quase sinônimo de prestígio. Fazer escolhas ao invés de buscar uma eficiência quase utópica tem sido a minha escolha, pessoalmente e na forma de liderar os negócios. Juliana  também indica o livro, “O perigo de uma história única”, por Chimamanda Ngozi Adichie, baseado em uma das palestras mais vistas no TED Talk, fala sobre a criação de estereótipos a respeito de lugares, pessoas e culturas. Essencial para todos que querem entender a fonte do preconceito. A executiva ainda indica os outros livros da autora. 


HABITISSIMO

"Cem dias entre céu e mar", de Amyr Klink, é a indicação de Nicolas Scridelli, CEO de habitissimo. "Este é um livro que sempre me faz viajar nos pensamentos quando estou na praia, imaginando como deve ter sido a jornada do autor descrita nas páginas. É uma leitura simples e que faz você literalmente embarcar na história com ele. Recomendo principalmente para aqueles que estarão pelo litoral neste recesso", acrescenta o executivo.


INTELLIGENZA IT

As indicações de Flávio Legieri, Co Fundador & CEO da Intelligenza IT, maior consultoria nacional de tecnologia SAP para RH, são três livros que incentivaram e inspiraram seu desenvolvimento profissional e pessoal. O primeiro, “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki & Sharon L. Lechter. “Li esse clássico no início dos anos 2000, com pouco mais de 18 anos de idade e com certeza fortaleceu meu interesse pelo empreendedorismo, me impulsionando a buscar cada vez mais conhecimento pelos temas”, diz o executivo. Já sua segunda indicação, “O Monge e o Executivo”, por James C. Hunter, o ajudou a enfrentar seus primeiros desafios atuando como líder de equipes, segundo o CEO, este livro o ajudou a compreender o quão importante era entender sobre as relações no ambiente de trabalho e que liderar é uma habilidade de influenciar e direcionar as pessoas para que trabalhem com entusiasmo visando o bem comum. Sua última indicação, o livro “Empresas feitas para vencer”, de Jim Collins, foi importante para o executivo e trouxe a ele uma perspectiva mais madura sobre temas fundamentais para garantir o sucesso de uma organização, tais como: metas, diferenciais competitivos, disciplina de execução e excelência organizacional, dentre outros que são abordados nessa obra que, para ele, foi essencial. 

 

O futuro das finanças corporativas é feminino

O especialista em finanças pessoais, João Victorino, destaca como as mulheres podem e, muito provavelmente, vão liderar o mercado financeiro no Brasil

 

Ao analisar o atual cenário econômico do Brasil, João Victorino, administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, percebeu que o futuro das finanças corporativas será ainda mais feminino do que hoje. “É nítido como a decisão de investir é feita mais racionalmente pelas mulheres do que pelos homens, isso se dá ao fato de não ter medo de consultar pessoas especializadas no que diz respeito ao mundo dos investimentos”, explica o especialista. 

Segundo dados da B3, o primeiro investimento da mulher é muito maior do que o dos homens. Ainda segundo a pesquisa, das mais de 350 mil mulheres que começaram a investir no ano de 2020, apenas 10% interromperam sua jornada após seis meses, e com os homens o índice de desistência chegou a 17% no mesmo período, ou seja, 70% maior. “Estes números mostram que as escolhas masculinas, muitas vezes, não foram as mais adequadas ao cenário econômico do momento, entendendo que os homens procuram menos apoio especializado do que as mulheres”, comenta João. 

“Estudando estes elementos, podemos inferir que as mulheres aportam uma quantia maior em seu primeiro investimento, comparado aos homens, por realizarem um processo de análise de maneira mais detalhada e serena, conseguindo se programar para cenários adversos que eventualmente surjam pelo caminho”, ressalta Victorino. 

A mudança no mundo dos investimentos acontecerá em um futuro próximo, e como o aumento do número de mulheres neste setor tende a crescer e a ter o maior acesso a informação confiável e de qualidade, proporcionando maior sensação de segurança e conforto às recém chegadas neste mundo. “Basta observar a evolução que o mercado de capitais apresentou nos últimos anos, deixando claro que a facilitação do acesso a este ambiente se mostra benéfica para toda a sociedade”.

No que tange a remuneração média das mulheres, de acordo com os dados do IBGE, o salário delas é 20% menor do que o dos homens no Brasil. Por isso, é fundamental lutar pela igualdade salarial, bem como pela inserção em cargos de lideranças nas empresas e no setor público. Assim, as mulheres poderiam igualar, com facilidade, suas chances de ultrapassar os homens no mundo dos investimentos.

Ainda no que se refere ao mercado de trabalho, “Uma maior oferta de mão-de-obra feminina acarreta, muitas vezes, pouca força de negociação para melhores salários, fazendo com que as mulheres tenham que aceitar condições piores que a dos homens para garantir uma vaga no mercado de trabalho” explica João. 

É certo que a conquista feminina por espaço em cargos relevantes tem mudado a forma como é visto o seu relacionamento com o dinheiro. Na medida em que elas chegam a posições de liderança, a administração de seus investimentos pessoais é enxergada com a mesma seriedade usualmente direcionada a suas atividades no trabalho.

Entender que a mulher vem conquistando amplo espaço nos mercados financeiro, de trabalho e de negócios é algo digno de respeitar todo seu esforço e crer que, dia após dia, a mulher pode liderar o futuro das finanças corporativas. 

 


João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir duas vezes e se endividar, a experiência lhe trouxe  aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje como uma carreira bem-sucedida, João busca ajudar as pessoas a melhorarem suas finanças e a prosperarem em seus projetos ou carreiras. Para isso, o especialista idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Ano Novo Chinês: feriado prolongado pode prejudicar o setor de comex?


A celebração começa em 22/01 e tem o coelho como símbolo em 2023

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A celebração começa em 22/01 e tem o coelho como símbolo em 2023. É preciso estar atento à importação de insumos e matérias-primas do país nesse período


Em 2023, o Ano Novo Chinês começa no dia 22 de janeiro. A confraternização é uma das mais populares da cultura chinesa. Apesar do feriado oficial durar três dias, é comum os trabalhadores reservarem as férias para prolongar o período de celebração. Em razão desse e de outros fatores associados às festividades, parte das fábricas paralisa as atividades por mais tempo, o que pode impactar linhas de produção em outras partes do mundo, por conta da importação de insumos e matérias-primas do país.

Além de ser o maior parceiro comercial do Brasil, o país asiático possui enorme influência na economia global. É o maior exportador do mundo e o ritmo de crescimento das importações tem batido as maiores marcas da década, mesmo com o cenário afetado pela pandemia de Covid-19 e o período de fronteiras fechadas.

A logtech Nowports orienta seus clientes a planejarem  a importação dos itens da China. “A partir da gestão dos estoques é possível adiantar as entregas ou postergar para depois do término do feriado do Ano Novo Chinês. Programação é a chave do negócio. Adiantar-se em relação aos pedidos minimiza os riscos e eventuais atrasos na cadeia logística”, afirma a head of pricing da Nowports Brasil, Bruna Horstmann.


Como o Ano Novo Chinês impacta o comércio exterior e a logística internacional?

É impossível falar de comércio exterior sem mencionar a China. No terceiro trimestre de 2022, o Brasil importou US$ 17,5 bilhões, o que representou 23,1% do valor total no período. A China representou o maior aumento do valor das importações, 40,5%. Os produtos que contribuíram para esse resultado foram: processadores e controladores; herbicidas, conversores elétricos estáticos, entre outros. Os dados são do Boletim Trimestral da Balança Comercial Brasileira da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.  

“A China é uma superpotência econômica internacional e com uma atuação forte nos setores industriais e no comércio de tecnologias. Dada a importância do país para as balanças comerciais, quem negocia com fornecedores ou exporta para o país precisa fazer um planejamento minucioso para não perder as datas”, pontua Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.

Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, fintech de comércio exterior, concorda que o planejamento é crucial para evitar atrasos. “As transações financeiras devem ser pouco impactadas pelas festividades, já as operações comerciais podem sofrer não só com atrasos, mas também com eventuais custos adicionais. Por isso, é indispensável se organizar com antecedência”, reforça. 


Covid-19

Apesar do aumento dos casos de Covid e dos protestos por parte da população contra as restrições impostas pela política de Covid zero do governo chinês, a Nowports acredita que essa situação não prejudicará a importação dos itens e acordos firmados com os parceiros comerciais. “Situações parecidas como essa, no passado, não prejudicaram o comércio exterior”, acrescenta a head of pricing da logtech.

 

Nowports

Logcomex

Vixtra


Planejar 2023 exige refinamento de ações e olhar estratégico

Pesquisas indicam que o desafio de se planejar assertivamente está maior a cada ano, diante de uma instabilidade que o século XXI nos trouxe.


A estratégia requer o refinamento e ajustes finais necessários diante de tantas mudanças que passamos e outras que ainda virão.

Os desafios de planejar 2023 são muitos, principalmente frente ao mundo Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível que vivemos, conhecido como o mundo BANI. Por outro lado, é um mundo que proporciona um mar de oportunidades, que gera demandas diárias, com riqueza, prosperidade e com trabalho para quem enxerga propósito nele.

Frente às mudanças necessárias na forma de empreender, tantas possibilidades e novos negócios surgindo a cada momento, e por outro lado uma instabilidade angustiante muitas vezes, seria inevitável para qualquer um de nós, gestores e empreendedores, não nos depararmos com o desafio de planejar o futuro mantendo o equilíbrio do que está acontecendo no mundo externo com o que está acontecendo em nosso mundo interior.

O título de empreendedor não nos afasta da condição humana de sentirmos. Isso é um ponto importante a ser observado, pois culturalmente o empreendedor, por estar à frente de empresas e negócios, em uma posição de comando, é visto como o inabalável. Costumo dizer que ser forte é bem diferente de ser insensível.

Hoje, o empreendedor está imerso em muitas informações, bombardeado em vários contextos dentro do mundo dos negócios. Diferentemente de antes, que era mais pontual e gradual, em que a visibilidade não era perceptível em apenas um clique como vemos hoje acontecer.

Existe um sobrepeso mental por termos inúmeras informações ao mesmo tempo disponíveis, e, do outro lado da via, um mundo sem respostas e com a sensação de uma limitação de acessos.

Porém, o mindset empreendedor sempre encontra caminhos. É este viés que permeia empreendedores incríveis e que nascem outros grandes empreendedores com a sede de trazer respostas, resolver problemas, por meio de um proposito criar soluções para um futuro melhor, fincando estacas fortes no hoje, alicerces sólidos com pessoas de alianças dentro das empresas para suportarmos e superarmos o imprevisível.

Todas essas minhas inquietações acima são com o objetivo de trazer uma reflexão para traçarmos um 2023 ainda mais fluido e sem tantas cobranças dentro do mundo interno do empreendedor.

Geralmente, analisamos um ano de forma pragmática, racional e programamos o próximo ciclo. Não vejo nada de errado nisso, aliás, faço há anos e continuarei fazendo, mas neste artigo quero convidar você empreendedor a incluir às estas análises, algo que chamo de “contemplação”.

Esta contemplação é algo que tenho feito e tem me ajudado muito como pessoa e líder, dedicando um tempo longe das planilhas e dashboards para apenas observar um ano finalizado.

Observar é contemplar, é olhar para algo buscando respostas e não dar as respostas. Normalmente, nós empreendedores temos a “obrigação” de darmos às respostas a tudo e todos, montarmos os planos, definirmos os papéis, direcionarmos as estratégicas, e está tudo certo. Mas, o contemplar, o observar, o fitar os olhos é diferente.

  • Observe as suas narrativas usadas, o quanto foram assertivas e o quanto geraram apenas estresse e barulho interno;
  • Com humildade, comtemple as perdas e anote todas as lições que ela te trouxe, nomeie as suas responsabilidades;
  • Acolha-se e permita-se sentir o que precisar sentir, por padrão o papel de empreender nos direciona a reprimirmos muitos sentimentos;
  • Observe o quanto você se alegrou, confraternizou e sorriu e o quanto ficou fechado em uma sala, olhando para o computador, fazendo reuniões uma atrás da outra, resolvendo problemas e na pressão dos resultados.

Contemplar traz uma percepção que não temos como colocar em uma planilha do Excel, pois é algo interno e subjetivo.
Este exercício de incluir um espaço para você, empreendedor, no planejamento 2023, saindo do escopo do que você apenas pode ‘fazer’ e sim como você pode ’ser’, é fundamental.

O mundo mais do que nunca precisará de você empreendedor e líder, precisará das suas habilidades e da visão de negócio.

Portanto, a dica é observe-se ainda mais!


Shirley Fernandes - sócia-diretora da N1 IT, empresa do Grupo Stefanini. A autora recebeu os prêmios ‘Líder que sabe lidar’ e ‘Leader Woman Cloud of the Year’, em 2021 e 2022, respectivamente.


Economia circular é uma dos grandes desafios globais

As cidades consomem mais de 75% de todo recurso natural explorado no planeta.
Divulgação 


Geração de resíduos no mundo vai aumentar pelo menos 70% até 2050

 

O mundo vai gerar 3,4 bilhões de toneladas de resíduos por ano até 2050, aumento de 70, segundo estudo da organização sem fins lucrativos International Solid Waste Association (ISWA). Em 2016, foram produzidas cerca de 2 bilhões de toneladas. O destino e reaproveitamento desses resíduos, dentro da proposta de economia circular, é um dos grandes desafios globais.  

A entidade Circle Economy propõe dobrar a circularidade da economia global até 2032, ampliando dos atuais 8,6% para 17% a reutilização dos resíduos no mundo, o que resultaria em redução de 39% das emissões de gases de efeito estufa. O coordenador do Movimento Circular, professor doutor Edson Grandisoli, aponta que o grande desafio mundial atual está ligado às mudanças do clima e as cidades têm papel fundamental no enfrentamento desse cenário, uma vez que emitem cerca de 75% dos gases de efeito estufa relacionados à energia.  

“Considerar essa questão como central deve levar população, empresas e governos a atuarem de forma conjunta sobre temas como planejamento urbano, mobilidade, gestão da água e resíduos, obtenção de energia e inclusão”, afirma Grandisoli. A maior parte da população mundial vive nas cidades. Ele estima que, no Brasil, mais de 90% da população seja urbana.  

As cidades consomem mais de 75% de todo recurso natural explorado no planeta.  “O metabolismo urbano está intimamente ligado a diferentes tipos de impactos ambientais, sociais e econômicos. Dentro desse cenário, planejar e criar cidades sustentáveis e resilientes é fundamental se desejamos garantir uma melhor qualidade de vida para todos”, afirma Grandisoli.  

A Economia Circular colabora com o presente e o futuro porque pretende reduzir a retirada de matéria-prima do ambiente e, no final da cadeia produtiva, reduzir também consumo e descarte, diminuindo a quantidade de resíduos gerados todos os dias. As propostas de desenvolvimento sustentável devem considerar diferentes aspectos.  

Desenvolver economia circular e sustentabilidade exige adotar pensamento sistêmico e integrado. “É preciso entender da melhor forma a cadeia de produção, consumo e descarte e como cada um dos diferentes atores sociais participa dessa cadeia. Pensar em circularidade é obrigatoriamente pensar em conexões. Um diagnóstico integrado e multisetorial pode revelar pontos importantes de ação”, comenta Grandisoli.

 

Público, privado e cidadão 

O professor explica que a criação de políticas públicas é fundamental para o avanço na economia circular, assim como investimentos, coparticipação e corresponsabilização, por meio de parceria com as indústrias, empresas e cidadãos. Além disso, se destacam três aspectos: a necessidade de infraestrutura, investimentos e mudança de mentalidade.  

Cidadãs e cidadãos contribuem na construção desse projeto cobrando transparência de informações das empresas e governos para fazer as melhores escolhas no dia a dia, avaliando constantemente suas prioridades e reais necessidades de consumo. “Refletir e recusar são dois dos mais importantes Rs para o consumidor”, aponta Grandisoli.  

De acordo com o professor, a circularidade é colaborativa e participativa. “Em muitos casos, o que é lixo para um, é insumo para outro”, defende. Para isso, é fundamental a criação de espaços de diálogo e colaboração. O coordenador do Movimento Circular aponta que criar cidades sustentáveis e resilientes é um processo que tem data para começar, mas não para acabar. 

“Diagnósticos podem apontar diferentes demandas, necessidades, carências e oportunidades. Alguns países da Europa, como a Alemanha, possuem altas taxas de reciclagem, cerca de 70%, mas ainda incineram parte de seus resíduos, o que colabora para as mudanças climáticas globais. Sempre há o que melhorar”, afirma.

 

Planares 

Na economia circular, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) também tem importante função. Ele apresenta estratégias de curto, médio e longo prazos para colocar em prática o que foi definido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mas já está atrasado, segundo Grandisoli. “O Planares levou mais de 10 anos para ser disponibilizado. Temos um déficit sério com relação à gestão de resíduos na maior parte dos municípios brasileiros”, afirma.  

As diretrizes do Planares e da PNRS valorizam a circularidade na economia, em especial na ponta final da cadeia de consumo, com estímulo à reciclagem e logística reversa. “Apesar disso, ainda falta um longo caminho nessa direção. Financiamentos, novas políticas públicas e parcerias são fundamentais para avançarmos”, diz o professor. 

Mesmo com todas essas ferramentas, ainda não é possível prever quanto tempo as cidades brasileiras vão levar para adotar a economia circular de forma mais ampla. “É preciso começar e avançar, considerando-se as severas consequências das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis. Isso tem tudo a ver como construímos, vivemos e consumimos nos centros urbanos”, alega. 

 

Edson Grandisoli - Coordenador pedagógico do Movimento Circular, é Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela ONU (UNSSC).



Movimento Circular
https://movimentocircular.io/


7 dicas para cuidar do seu carro durante o Verão

Especialista da Kovi lista alguns pontos que os motoristas precisam ficar atentos para evitar danos com a pintura e lataria que podem prejudicar a segurança e a saúde do condutor

Com as festas de fim de ano, as férias e as viagens chegando, é dado o início também ao Verão. A estação mais quente do ano aumenta a preocupação e os  cuidados com o carro. 

“Assim como nas temperaturas mais baixas, a temperatura elevada também pode prejudicar a performance do veículo e causar danos. Nesta época do ano, o interior do automóvel pode chegar a ficar 10ºC mais quente que a temperatura externa e, com isso, prejudicar ambas as partes do carro” comenta Rodrigo Giraldi, Gerente de Operações da Kovi, startup que está revolucionando o acesso ao carro na América Latina.

Para ajudar a manter o carro em boas condições neste período, o especialista listou algumas dicas indispensáveis para cuidar do veículo, evitar dores de cabeça e despesas futuras. Confira!


1. Evite estacionar no sol

O especialista pontua que a carroceria é considerada a proteção externa do carro, e, quando muito exposta aos raios solares, pode superaquecer e causar queimaduras na pintura da sua lataria. Desta forma, o ideal é evitar estacionar em locais abertos para não causar danos. 

“Nem sempre é possível encontrar vagas cobertas ou com sombras, principalmente em cidades grandes. Uma alternativa para proteger o automóvel contra os raios ultravioletas é utilizar capa de proteção. Ou, então, incluir aos cuidados diários o serviço de encerar o carro a cada seis meses ou investir na cristalização, que é a aplicação de uma resina protetora sobre o veículo. Essa aplicação ajuda a aumentar a vida útil da pintura, evita manchas e mantém o brilho da lataria”, explica Giraldi.


2. Lave o carro na sombra

Ainda em relação à proteção da pintura e da lataria, lavar o veículo em um local com sombra é outro ponto de atenção no Verão, segundo o Gerente de Operações. “Fazer a limpeza do automóvel sob o sol acaba esquentando excessivamente a lataria, pois faz com que a água evapore rapidamente, o que pode acabar gerando manchas na pintura”, esclarece.


3. Cuidado com os pneus

Outro fator que pode fugir do conhecimento de muitos, é que, em dias mais quentes, o atrito dos pneus contra a superfície é mais intenso. O especialista explica que, com esse aquecimento, a borracha acaba amolecendo, o que prejudica sua aderência ao solo. Por isso, é importante ficar atento com a calibragem dos pneus e também do estepe. Caso aconteça algo, ele deve estar em boas condições para ser utilizado.


4. Manutenção do ar-condicionado

O ar-condicionado é muito usado como alternativa para se refrescar nesta época do ano e sua manutenção precisa estar em dia, mas,caso ele fique desligado a maior parte do ano, pode acabar acumulando fungos e sujeiras no duto, podendo comprometer a saúde dos condutores do veículo. “Além disso, quando a manutenção não é realizada da forma correta, pode exigir mais energia da bateria do automóvel, causando prejuízos ainda maiores. Por isso, é importante investir  um tempo na revisão do carro”, completa.


5. Cuide dos filtros do motor

Devido ao excesso de calor, o sistema de refrigeração pode ser comprometido. Por este motivo, é essencial ficar de olho na temperatura da peça, especialmente em carros que são refrigerados à água. Atualmente, a maioria dos veículos conta com um sistema de alerta no próprio painel que mostra se o motor está muito quente. Se isso acontecer, é necessário parar e desligar o carro imediatamente, para evitar danos às juntas do cabeçote. 

Segundo o especialista da Kovi, uma ótima forma de evitar esse superaquecimento é verificar o nível do líquido do radiador regularmente e limpar o compartimento do motor, para garantir que não tenha resíduos de óleo no filtro do motor. “As juntas do cabeçote são responsáveis por manter o motor saudável, assegurando que a água e o óleo não vazem da peça e continuem lubrificando corretamente. Caso ela esteja queimada ou com mau funcionamento, o ideal é levar ao mecânico o quanto antes, pois elas podem gerar danos irreversíveis ao carro e impactar diretamente na segurança dos passageiros”, pontua. 

O manual do carro conta com informações e  indicações de aditivos que podem ajudar a manter a temperatura nas condições adequadas, por isso também é importante ter sempre em mãos caso necessário. 


6. Atenção ao sistema de arrefecimento

Responsável por controlar a temperatura do veículo para que não haja uma explosão durante a queima de combustível, o sistema de arrefecimento é também um componente que merece atenção durante o Verão. “Busque analisar as condições do reservatório e das mangueiras, verifique sempre o nível para caso esteja abaixo do mínimo poder utilizar líquido de arrefecimento original para completá-lo. Caso seja necessário completar o líquido com uma maior frequência, é importante levar o automóvel em uma oficina mecânica confiável para realizar uma inspeção do sistema”, aconselha Giraldi. 


7. Garanta que o interior da cabine esteja confortável

Por último, o executivo indica o investimento em painéis refletores, que irão garantir que o interior do carro não fique tão quente, além de evitar que o calor intenso acabe danificando itens do painel feitos de plástico e os tecidos do revestimento interno. “Caso o automóvel fique exposto ao sol por um longo período, antes de entrar, procure abrir as portas e janelas para diminuir o calor e aumentar a passagem de ar”, alerta. 

Vale lembrar que, com a temperatura alta, o volante e o câmbio superaquecem e podem causar queimaduras em quem tocar.. Além disso, como o próprio veículo se aquece, objetos sensíveis como óculos e vidros transparentes também podem ser impactados. “Evite deixá-los no interior do carro sobre os bancos, pois, expostos aos raios solares, eles podem acender a fagulha que, em casos mais graves, pode dar origem a um incêndio”, finaliza.

 

Kovi

 

LGPD pode diminuir vazamento de dados em redes sociais

Especialista em consultoria empresarial explica como as redes sociais podem reduzir as invasões às suas bases de dados

 

Em novembro deste ano, o Twitter passou por um vazamento de dados de usuários com 17 milhões de entradas publicadas ilegalmente na divulgação mais recente. Segundo a rede social, esse evento ocorreu em decorrência de uma brecha no sistema que foi corrigida no começo deste ano. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) pode ser uma alternativa para diminuir casos de vazamento de dados.

De acordo com o Relatório de Visão Geral Global Digital 2022 da We Are Social e Hootsuite, as dez redes sociais mais usadas no país são: WhatsApp, YouTube, Instagram, Facebook, TikTok, Facebook Messenger, Linkedin, Pinterest, Twitter e Snapchat. Além disso, 165 milhões de brasileiros usam o WhatsApp.

Com o objetivo de regular os usuários das redes sociais quanto à segurança, controle e rastreabilidade de suas bases de dados pessoais, diversos países têm criado leis para o uso correto de dados, que em conjunto, formam verdadeiras fontes de informações. No Brasil, a solução trazida foi a Lei Geral de Proteção de Dados de Pessoais.

“A LGPD é clara quanto à responsabilidade dos gestores de dados e de informações de Pessoas Naturais, em quesitos como segurança, controles e rastreabilidade de acesso aos dados de usuários. Inclusive com penalizações graves em caso de descumprimento, o que é fiscalizado no Brasil pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)“, explica Ivo Cairrão, sócio-fundador e conselheiro no Grupo IAUDIT.

Um eventual vazamento de dados pode acontecer se a segurança e controles forem falhos – permitindo acesso não autorizado na base de dados e se o gestor da base de dados “vazada” não tiver como rastrear os responsáveis pelo vazamento, os custos podem ir além da LGPD, por exemplo “perdas reais” e “perdas e danos morais”, a partir dos usuários que tiveram seus dados vazados.

O uso de uma rede social tem diversas finalidades, como comercial, profissional, pessoal, divertimento e lazer. De toda forma, os usuários sempre acabam disponibilizando dados e informações pessoais, por exemplo, nome, locais que frequenta, características pessoais, gostos, parentes, até mesmo dados mais sensíveis como saúde, religião, crenças diversas, preferências políticas e gênero.

“A lei afeta os gestores das grandes corporações,que são detentoras de bases de dados de redes sociais e também os gestores de bases menores, como síndicos de prédios residenciais, comerciais e mistos, e grupos de relacionamento da escola, dos amigos, etc.”, destaca Cairrão.


Como diminuir vazamentos de dados?

Para implementar medidas que reduzam os casos de vazamentos de dados em redes sociais, como o Twitter, é necessário realizar testes técnicos rotineiros de acesso aos dados – de acordo com  relevância das informações, dados, complexidade e tamanho das empresas –, também conhecidos como “pen test” ou testes de penetração no sistema.

“Outra medida necessária é o conceito de segurança, controle e rastreabilidade. Imagine que todos os bens de sua empresa estejam em um cofre com as portas abertas em uma avenida movimentada: o que deve ser feito de imediato? implantar segurança, ou seja, fechar a porta do cofre”, comenta.

Além disso, se for preciso usar os dados, que estão dentro do cofre para movimentações normais, usará o controle para dar acesso a pessoas específicas Por fim, é imprescindível ter ciência de quem acessou as informações, quando e por qual motivo, logo, a rastreabilidade se mostra como a alternativa para isso.

Cairrão também aponta três formas de diminuir as chances de ter os dados pessoais vazados.

  1. Não poste dados, sejam em imagens ou textos, que, de alguma forma, possam ser usados contra você. 
  2. Não permita que pessoas não autorizadas acessem seus dados postados, por meio de senhas e processos de autorização, que a maioria dos sistemas globais possuem. 
  3. Redobre os cuidados quando estiver em redes menores, como grupos de WhatsApp de um condomínio, clube, escola, amigos, etc.
  4. Use senhas com caracteres diversos: números, letras maiúsculas e minúsculas e algum símbolo. Procure não usar a mesma senha para diversos acessos, ou faça uma senha mista com uma parte fixa (fácil de lembrar) e outra variável.
  5. Ative, na medida do possível, a autenticação de dois fatores, especialmente para os acessos que envolvam movimentação financeira.
  6. Não aceite solicitações de amizade se você efetivamente não conhecer a pessoa, alguém que é amigo de um amigo, pode não ser seu amigo. Lembre-se, uma conta de um amigo pode estar compartilhada com pessoas que tenham interesses diversos, inclusive maldosos.

Além disso, o especialista aponta que a LGPD pode abranger mais o âmbito das redes sociais. “Uma legislação complexa, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, sempre terá espaço para melhorias. A eficiência e eficácia desta lei estão diretamente relacionadas à cultura de seus usuários, neste caso, a população brasileira, a qual traz um grande processo “top-down”, indo dos Presidentes de Entidades até o nível hierárquico mais baixo e, ao mesmo tempo, vinculando com fornecedores, clientes e parceiros”, finaliza ele.



Grupo IAUDIT

Seguro-viagem: Qual melhor apólice para cada um?

Contratação de seguros-viagem cresce 230% no primeiro semestre de 2022; entenda como escolher a melhor opção para o seu perfil

 

As férias de fim de ano já chegaram e, durante este período, pode surgir o questionamento: qual é o melhor seguro viagem para o meu perfil? Certamente, o momento dessa escolha deve ser primordial no planejamento, pois imprevistos podem acontecer e ter conhecimento sobre quais são eles, ajudará o turista a fazer a apólice ideal. 

O seguro viagem tem como principal objetivo proteger uma viagem quando há custos reais, seja para um destino nacional ou internacional. Após a liberação das fronteiras decorrente da pandemia do Coronavírus e pela certeza de fazer uma viagem segura, a contratação de seguro viagem no primeiro semestre de 2022 teve um crescimento superior a 230%, segundo dados apresentados pela Confederação Nacional das Seguradoras Gerais (CNSeg). 

De acordo com Alberto Vargas, especialista em administração de empresas pela Universidade de Warwick, na Inglaterra, o seguro para viajantes possui a capacidade de reduzir significativamente a exposição ao risco durante a viagem. “Os turistas devem certificar-se de que o destino final está dentro de sua cobertura, se o serviço começa antes da viagem, e confirmar a cobertura total que será realizada”, esclarece. 

Apesar de ser um serviço necessário, os seguradores necessitam aprimorar a comunicação com seus consumidores para articular melhor os benefícios e as coberturas de seus produtos e, assim, conquistar a confiança dos viajantes.

 

Tipos de apólices: como escolher?

Não é possível dizer em específico qual seguro é melhor que o outro, cada seguradora irá calcular os fatores: duração da viagem, origem, destino e idade. Mas é possível encontrar no mercado, apólices de seguros que cobrem uma quantidade específica de viagens durante um ano com um valor mais acessível.  

Apesar de ser comum os seguros de viagem cobrirem perdas inesperadas ou indesejadas que possam ocorrer durante o percurso, as apólices de seguro mais abrangentes também podem cobrir cancelamento de viagem, perda de bagagem, responsabilidade civil, voos atrasados e outros custos inesperados durante o trajeto, além de qualquer emergência médica durante a viagem. Os serviços devem entrar em vigor desde o dia da partida até a volta do segurado para casa.

Atualmente, muitas seguradoras também oferecem serviços de emergência 24 horas por dia, incluindo a substituição de transferências de dinheiro, passaportes perdidos e ajuda com remarcação de voos atrasados. 

Seguindo as necessidades dos segurados e sua região geográfica, também é possível encontrar ofertas com a possibilidades de personalização. A nova alternativa é tendência no mercado em geral.

Apesar de muito a oferecer, para Alberto Vargas, a linguagem do seguro pode ser confusa, em um mercado global de seguros de viagem. “Procure um consultor de seguro de viagem qualificado. E se um especialista não conseguir descobrir qual o melhor serviço para você, talvez você esteja procurando a apólice errada”, explica.

Em todos os casos, o viajante deve conferir se as condições descritas na apólice se aplicam para as suas necessidades e se o serviço descrito cobrirá todos os custos que podem surgir. 

 


Jorge Alberto Vargas - formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra. Possui experiência em gerência de finanças, planejamento, contabilidade, compliance e no desenvolvimento de equipes de alta performance.  Já ajudou diversas  empresas de diferentes tamanhos a atingir objetivos de inovação, custos e crescimento. Antes de morar no Brasil, trabalhou em mercados do México, Colômbia, Venezuela e Peru, sempre buscando entender a necessidade das empresas e a realidade econômica de cada país.

 

Cédula de Produto Rural: confira os valores que em 2023 são obrigatórios para registro

A partir do dia 1º de janeiro passa a valer a obrigatoriedade de registro das Cédulas de Produto Rural com valores acima de R$ 50 mil



A partir do dia 1º de janeiro de 2023, passará a vigorar a nova regra do Banco Central que obriga o registro de Cédulas de Produto Rural (CPR) a partir de R$50 mil. A medida está em linha com o movimento de digitalização e obrigatoriedade de registro de CPR, que, a partir de janeiro de 2024, se estenderá para todos os valores.

 

Em 2020, a Lei nº 13.986/2020, conhecida como Lei do Agro permitiu o registro da Cédula de Produto Rural (CPR) em formato digital em um movimento conjunto com a publicação das Resoluções 4.870 (novembro de 2020) e 4.927 (junho de 2021) do Conselho Monetário Nacional (CMN).  

 

“A nova medida do Banco Central é de extrema importância para o mercado de CPRs no Brasil. Ao reduzir o valor mínimo de registro para R$50 mil, as novas regras trazem mais segurança, transparência e ampliam as possibilidades por maior oferta de crédito para produtores rurais. Desse modo, os financiadores contam com uma garantia segura no lastro da CPR e quem está registrando pode ter acesso a melhores condições de financiamento no agro”, diz Fernando Fontes, CEO da CERC.

 

A CPR é um título de crédito que constitui um dos principais instrumentos de financiamento privado do agronegócio. Responsável por auxiliar produtores e cooperativas a comercializar a produção agropecuária brasileira, a solução representa uma promessa de entrega futura de um produto agropecuário, facilitando a produção e comercialização rural.

 

Para Fontes, as novas resoluções no âmbito regulatório são positivas para todos os players do mercado. "Os avanços regulatórios favorecem a exploração de mercados de uma maneira que permite valorizar ativos e trazer novas formas de utilização. O trabalho da CERC é seguir abrindo espaço para que essas iniciativas possam se consolidar levando a segurança que o registro em uma infraestrutura de mercado financeiro pode oferecer", diz o executivo.  

 

Ampliação de crédito no mercado 

Fontes explica que a obrigatoriedade do registro de CPR aumenta a oferta de crédito no mercado e ajuda a solucionar um problema antigo no setor. “No agronegócio, a alta de juros é apontada como um dos principais itens de preocupação no setor junto às dificuldades para acesso ao crédito rural. Com o registro, o financiador tem melhor visibilidade se, por exemplo, o emissor da CPR tem condições de honrar com os débitos. Por sua vez, o Emissor da CPR passa ao mercado mais confiabilidade sobre o seu negócio e amplia as chances de obter acesso de créditos nas instituições financeiras. Na CERC atuamos para que esses registros sejam feitos de forma segura e transparente, fomentando mais negócios e gerando benefícios para financiadores e produtores”, finaliza o CEO da CERC.


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