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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Glitter e purpurina trazem riscos à saúde da pele, alerta dermatologista




  Especialista recomenda cautela no uso de maquiagens para o carnaval


Durante o carnaval, os foliões abusam da base, rímel e blush para reforçar a fantasia. Numa das festas mais importantes da cultura brasileira, adereços como sprays coloridos, glitter e tinta, muitas vezes, não podem faltar. Mas tudo isso tem ser usado com cautela para não causar problemas na pele e nos olhos.

É preciso ter certeza se esses materiais passam por testes de controle de qualidade e são regulamentados pelo órgãos oficiais, pois há  risco do uso de substâncias inadequadas em sua composição provocarem alergias e contaminação.

“Uma maquiagem, seja ela qual for, só é indicada quando passa por inspeção da Anvisa e contém matérias-primas adequadas para a pele”, alerta Dra. Denise Steiner, dermatologista e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

De acordo com a dermatologista, os olhos são a parte mais sensível do rosto e é onde mais se  costuma usar maquiagens com glitter e adereços, como cílios postiços por exemplo, que podem gerar alergias, infecções, inflamações, vermelhidão da pele e inchaço. Por isso, é importante ficar atento quanto ao compartilhamento desses itens com outras pessoas.

“O correto é nunca dividir a maquiagem e apliques com outras pessoas. Seja um batom, uma sombra ou o rímel. O risco de contaminação é alto e pode levar a infecção grave, conjuntivite e herpes”, alerta Dra. Denise. 

Em caso de reação alérgica ou irritação com o uso da maquiagem, a orientação da médica é lavar o rosto imediatamente com água fria ou fazer compressa de água gelada. Não se deve usar hidratantes nesse caso, para que a pele não absorva outro tipo de produto. Os sabonetes devem ser neutros; usar soro não é contraindicado; mas deve-se evitar medicações sem a devida orientação. “Uma dica legal é testar a maquiagem uma semana antes. Coloque na parte interna do punho e deixe por algumas horas para ver como sua pele reage”, sugere a especialista.

Com as crianças, a dermatologista recomenda atenção redobrada. Com a carência de maquiagens próprias para elas no mercado, a orientação é usar produtos hipoalergênicos para proteger a pele dos pequenos. “Na hora da pintura, use eponjas e lápis macios que não machuquem a pele e evite áreas muito próximas aos olhos; e sempre observe a validade dos produtos”, aconselha a dermatologista.






Dra. Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”. www.denisesteiner.com.br

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