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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Mudança de comportamento traz riscos de propagação da AIDS



Infectologista reforça o papel da prevenção para evitar a contaminação do vírus HIV



As mudanças nas relações interpessoais e a maior disponibilidade de tratamentos e taxas de sobrevida para pacientes diagnosticados com a AIDS são, para o infectologista Frank James Ferraz da Silva, os principais fatores que contribuem para a propagação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. No ano passado, o Rio Grande do Sul ficou em primeiro lugar do ranking de taxa de mortalidade pela doença no Brasil, com 9,6 óbitos por 100 mil habitantes.

- No primeiro momento, tivemos aquele “boom” da descoberta e do medo de uma patologia que matava a pessoa de repente. Neste período, ficou muito mais direcionado à homossexualidade e não à atividade sexual ou outros meios de contágio. Posteriormente, mudaram os comportamentos dos jovens, que começaram a “ficar” com outras pessoas e, percebendo que a doença já não era mais uma sentença de morte, aquele medo reduziu – explica o médico, que também é sócio da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

Embora a AIDS, hoje, seja considerada uma doença tratável, o infectologista afirma que a prevenção ainda exerce um papel fundamental para garantir uma vida mais saudável.

- Não é porque o prognóstico melhorou e o acesso aos medicamentos está mais fácil que se deve ignorar a existência da doença. É preciso ter consciência que a AIDS ainda mata e faz sofrer, criando, no mínimo, uma nova rotina e restrições às condutas diárias. Acredito que um caminho possível é falar a linguagem do jovem de hoje – sugere o especialista.

A AIDS é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que pode ser transmitido na relação sexual, no compartilhamento de seringas e objetos que furam ou cortam ou durante a gestação e amamentação. Desta forma, o uso de preservativo e cuidados básicos de higiene são as principais atitudes para evitar a doença ou outras infecções que afetam o sistema imunológico.

Embora o Rio Grande do Sul esteja na liderança das estatísticas, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado no início de dezembro, afirma que a taxa de detecção está caindo gradativamente nos dez últimos anos, no Brasil. Na Região Sul, houve uma queda de 19,3% nos casos.

Dezembro é lembrado como o mês da Luta Contra a AIDS. O objetivo é promover troca de informações e experiências sobre o tema. O assunto faz parte da campanha institucional da AMRIGS, “Saúde preventiva: Pratique esta ideia!”.




Francine Malessa





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