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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Psiquiatra explica como o ciclo natural do organismo é sensibilizado com a troca da rotina no horário de verão



Os vencedores do prêmio Nobel de medicina deste ano foram premiados por conta de importantes descobertas que realizaram a respeito do nosso ciclo circadiano ou relógio biológico. Segundo a descoberta, existem genes chamados de "clock" que regulam todos os ritmos do nosso organismo, desde o dormir e acordar, a fome e saciedade, o crescimento, o humor, a energia física, a libido e a menstruação. Esse relógio biológico que coordena a produção de vários hormônios em nosso corpo é influenciado diretamente pela luz do sol que permite ao corpo se regular e saber se é dia ou noite e se é hora de comer, se exercitar ou descansar! 

A alteração do horário de verão provoca mudanças abruptas no ciclo circadiano, levando o corpo todo a precisar se reajustar para a nova rotina. “É por isso que muita gente apresenta dificuldades para dormir e não consegue despertar com facilidade se sentindo mais cansada e com o corpo pesado nos primeiros dias em um novo fuso. Mas não só isso, podem ocorrer por conta de toda esta mudança maior ganho de peso por aumento de apetite, dificuldade de fazer exercícios, dificuldade de se concentrar, mudanças de humor, desregulação de menstruação entre várias outras instabilidades no organismo ”, conta o psiquiatra Dr. Diego Tavares, de São Paulo (SP).

Dizer que sente no corpo e nas emoções a chegada do horário de verão não é exagero. “Transtornos de humor como depressão e bipolaridade são diretamente influenciados pelo relógio biológico porque humor, energia e vontade, que estão alterados nestes transtornos, são produzidos por áreas cerebrais que trabalham em conjunto e é muito comum em indivíduos deprimidos percebermos quebra nesta rotina e muitas vezes a pessoa co depressão não sabe que sair do ritmo que tinha antes de comer, dormir, se exercitar contribui ainda mais para a depressão se agravar. Então sempre orientamos a pessoa com depressão lutar para manter o ritmo de antes da depressão porque isso freia o avanço da doença, se ela se entregar e ficar na cama dormindo muito tarde e acordando mais tarde ainda fica bem difícil ressincronizar o cérebro e o humor melhorar.”, explica Dr Diego Tavares. 

A vantagem é que a maior parte das pessoas consegue se adaptar a mudanças no smbiente e, segundo o psiquiatra, em até três semanas o corpo se reorganiza para o novo horário. “Mas naquelas pessoas com transtornos cerebrais prévios esse tipo de mudança pode ser bem mais agressivo", diz Dr. Diego.



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