Linha de medicamentos extraídos da
planta de maconha segue estratégia do grupo de disponibilizar tecnologia de
ponta com preços acessíveis. Empresa já oferece testes farmacogenéticos
nacionalizados e com valores muito abaixo das versões importadas
O Grupo Life, do ex-presidente da Bristol Myers Squibb no Brasil,
Mário Grieco, vai investir inicialmente R$ 20 milhões em um projeto no interior
de São Paulo focado na produção de medicamentos à base de canabidiol,
substancia extraída da planta da maconha.
Parte dos recursos será empregada na obtenção de licença para
conseguir começar a linha de medicamentos. “O custo dos estudos clínicos para a
Anvisa são altos e estarão disponibilizamos em uma segunda etapa do projeto que
inclui a chegada da companhia norte-americana Knox Medical, detentora da
tecnologia”, afirma o executivo.
A primeira fase do projeto prevê aportes em segurança em torno da
fábrica e nas instalações, além de valores ligados à autorização de órgãos como
a Polícia Federal.
Os remédios à base de canabidiol são de tarja preta e indicados
para casos de epilepsia e para compensar os efeitos de tratamentos de doenças
como câncer e Aids, que afetam o apetite de pacientes, segundo Grieco.
Os medicamentos à base de maconha seguem a estratégia do Grupo
Life que é focada no acesso à tecnologias de ponta nacionalizadas e com baixo
custo. Um vidro do medicamento custará, em média, R$290,00.
Na área de diagnósticos, o Grupo Life opera com a bandeira Life
Diagnósticos. A empresa já vem produzindo e comercializando no Brasil testes
farmacogenéticos para avaliar a eficácia e segurança de vários medicamentos de
uso crônico. Os primeiros quatro testes disponibilizados são para drogas
cardiológicas (Clopidogrel), câncer de mama (Tamoxifeno), calvície
(Finasterida) e para evitar a rejeição de órgãos em transplantados
(Natalizumab).
A nacionalização destes testes, inédita no mercado brasileiro,
reduziu em 80% os custos do procedimento ao paciente”, informa Mário
Grieco. “Temos uma equipe formada por propagandistas com capacidade para
visitação médica em todo país. Como atuamos em nichos específicos de mercado, não
faz sentido investirmos em sedes próprias para o atendimento ao público. Nossa
comercialização se dará via prescrição e a compra poderá ser feita por telefone
ou e-commerce”, ressalta.
Com custo médio de R$ 500,00, os testes comercializados pela Life
Diagnóstico podem ser consumidos por 671,5 mil pacientes, de acordo com os
indicadores da Quintles IMS Healt, que audita o varejo farmacêutico. “Estamos
entrando na disputa por um mercado com potencial avaliado em R$ 335,5 milhões.
Conseguimos apurar nosso potencial de mercado por meio do monitoramento do
varejo”, explica Grieco.
Para viabilização do negócio, a Life
Dignóstico investiu R$ 30 milhões na construção de seu laboratório próprio e
estruturação da divisão comercial.
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