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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Virei vegetariana e engordei




Engordar após se tornar vegetariana é muito comum! Porque normalmente quem tira carne, peixe e frango, coloca mais carboidrato no prato. É bem comum ver um novato ovolactovegetariano se servir de arroz, feijão, bolinho (assado) de espinafre, uma fatia fina de quiche integral de brócolis, batata doce assada com alecrim  e uma salada de grão de bico com mandioquinha. Lindo menu, mas…calórico nas alturas e cheio de carboidrato.

E ai a saúde ao invés de melhorar vai ladeira abaixo porque comida boa e natural também engorda se comermos em exagero. Aliás, é super comum engordar de integral, orgânicos e naturebas. Vale lembrar que uma pizza de queijo com frango é menos calórica que uma pizza quatro queijos, mas uma pizza de rúcula ou escarola é menos calórica que as duas e se a massa for integral fica mais saudável ainda! Se a pizza for com tofu ao invés de queijo ou se for com queijo vegetal sem soja que já existe no mercado ela ficará ainda mais saudável. Pois estará livre de gorduras de origem animal.


E sobre hambúrguer e salsichas vegetarianos? Tanto os de carne quando os de soja possuem muito sódio, corantes e flavorizantes.  Mas se a vontade de comer esta guloseima for bastante, coma, mas com moderação no máximo duas vezes ao mês.


Comida japonesa. Esta é queridinha por 9 entrem 10 vegetarianos. A base é de arroz e os recheios podem ser com frutas e vegetais, é tudo muito leve e natural. Este é um doce e calórico engano!! Comida japonesa é uma bomba de carboidratos de alto índice glicêmico, vira energia rápida em nosso organismo e se não gasta-la imediatamente será estocada em forma de pneus e muita celulite.

Evitar gorduras, frituras, queijos gordurosos, doces, massas, molhos gordurosos, pão branco entre outros alimentos calóricos é meio passo para emagrecer. Um molho branco a base de manteiga e creme de leite tem muito mais calorias que um molho branco a base de trigo e margarina. São mudanças simples que fazem a diferença na balança.

Uma alimentação vegetariana, se for saudável, supre praticamente todas as necessidades nutricionais. As vantagens desse tipo de alimentação é o menor risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, câncer e complicações intestinais.

Veja os principais cuidados que se deve ter com a alimentação:

      Consumir em boa quantidade fruta, verdura, legumes, cereais integrais, leguminosas, grãos, castanhas e sementes.

      Explorar os alimentos ricos em proteína vegetal, como a soja (na forma de tofu, tempê ou missô), arroz + feijão (a combinação dos dois na mesma refeição disponibiliza uma proteína completa), quinua, amaranto, ovo, oleaginosas e sementes.

      Dar atenção aos alimentos ricos em ferro, como leguminosas (feijões, ervilha), flocos de cerais como a aveia, semente de abóbora, açaí e vegetais como brócolis, acelga e repolho. O ferro de origem vegetal é melhor absorvido se for consumido com alimentos fontes de vitamina C, como brócolis, couve, bertalha, folhas de inhame e mostarda, pimentão (principalmente amarelo) e frutas como caju, goiaba, manga, laranja, limão e mexerica.

      A vitamina B12 pode ser encontrada em raros alimentos de fonte vegetal, como algas e leveduras, porém não é seguro que supram as necessidades. Sendo assim, recomenda-se o uso de suplemento, de preferência prescrito e orientado por nutricionista ou médico.

      Deve-se dar atenção ao zinco, presente no ovo, soja, gergelim e cereais integrais como farinha integral, gérmen de trigo, aveia e centeio. Também ao cálcio, encontrado em couve, brócolis, semente de gergelim, tofu, milho, tremoço e melado de cana.

Existem fontes de proteínas bem saudáveis e menos engordativas que ovos e laticínios tais como: grão de bico, feijões, castanhas, nozes, amêndoas, ervilha fresca ou seca, lentilhas, fava... Uma boa opção legal para comer nos lanches é a pasta árabe de grão de bico conhecida como Homus. Além de saudável tem uma quantidade boa de proteína e mesmo sendo calórica a chance de engordar comendo este tipo de alimento é bem menor do que comer uma fatia generosa de queijo. Um fator importante é a necessidade diária de proteína por Kg corporal, uma pessoa não atleta com atividades diárias normais precisa de no máximo 0,8 gr por Kg corporal, sendo assim não é nada difícil conseguir esta quantidade nos grãos, pães e massas integrais. Se for uma pessoa que pratica atividade física moderada a intensa a ingestão deve ser entre 1,2 e 1,6 de proteína por Kg de peso corporal o dia.  Tendo em vista o consumo a partir de 1,8 a 2,0 de proteína é somente para atletas que treinam pesado mesmo, levantadores de peso, fisiculturistas, lutadores. Ou seja, quem pega pesado mesmo! Do contrário não há necessidade de se entupir de proteína, o resultado mais uma vez será o acumulo de gordura.





Cintia Pettinati, nutricionista e educadora física.
Orientação nutricional fundamentada em estratégias motivacionais e coaching para mudança efetiva do comportamento alimentar. Nutricionista e Educadora Física, apaixonada por esportes e vida saudável, durante dez anos atuou como Educadora Física e personal trainer em academias de São Paulo como Companhia Atlética, Fórmula e Triátlon. Apaixonada por esportes pratica corrida de rua e já participou de maratonas e meias maratonas, corridas de aventura ciclismo e triátlon. Hoje atua como Nutricionista Clínica Funcional Esportiva e Fitoterapia e Nutrição Vegetariana em consultório particular aliando seu conhecimento como Nutricionista e Educadora Física.




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