Punção e
cirurgia são algumas das opções de investigação e tratamento
Apesar de muito comuns, principalmente em mulheres, os nódulos na
tireoide merecem uma atenção especial. Segundo dados da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM), este problema afetará cerca de 60% da
população brasileira durante algum momento da vida, porém, em aproximadamente
90% dos casos os nódulos são benignos.
O cirurgião de cabeça e pescoço do Centro de Nódulos de Tireoide
do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Antonio A. T. Bertelli, explica que
“quanto mais avançada for a medicina, será cada vez mais comum diagnosticar os
nódulos”.
Hoje em dia, o câncer de tireoide já está entre as dez mais
neoplasias malignas mais frequentes em mulheres brasileiras. O Instituto
Nacional do Câncer (INCA) estima que, só em 2016, 5.870 casos serão
diagnosticados em mulheres, ou seja, 84% do total. “A incidência do câncer de
tireoide tem progredido, em parte, devido ao aumento do diagnóstico. Hoje em
dia, fazemos mais exames, cada vez mais precisos, e detectamos nódulos menores.
Mas é preciso saber o que fazer com eles, já que apenas uma minoria precisa de
cirurgia”, afirma o especialista.
O problema é que muitas mulheres não possuem o hábito de realizar
exames de rotina durante grande parte das suas vidas e, com o aumento da idade,
os nódulos tornam-se cada vez mais frequentes.
Mas apesar de precisar de acompanhamento, o nódulo de tireoide não
é uma doença que requer cirurgia sempre e não necessariamente está relacionado
ao câncer. “O câncer pode se manifestar, inicialmente como um nódulo, mas, nem
todo nódulo é câncer”, esclarece Dr. Bertelli.
Como diagnosticar?
O nódulo, muitas vezes, é assintomático (sem dor, desconforto,
mudanças físicas visíveis ou qualquer outro sintoma). Nestes casos, eles
costumam ter até três centímetros. A melhor forma para avaliar a glândula em
relação à presença de nódulos é por meio de ultrassonografia, um exame simples,
rápido e que não exige preparo.
Em casos mais complexos, um outro exame é utilizado na
investigação de nódulos tireoideanos. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
é indicada para diferenciar o nódulo benigno do maligno. Este procedimento só é
realizado quando indicado por um especialista e quando há a certeza de que o
paciente já possui um nódulo.
A punção pode identificar o tipo de nódulo por meio da análise das
células extraída pela aspiração. Nódulos pequenos, dependendo de sua
localização, podem ser muito difíceis de ser puncionados. Portanto, para
indicar corretamente a PAAF, o médico especialista utiliza vários critérios que
vão desde fatores de risco que podem estar presentes no passado do paciente,
além de histórico familiar e até características clínicas na palpação de cada
nódulo em questão.
O tumor maligno mais comum da tireoide é o carcinoma papilífero, e
este, quando diagnosticado precocemente, apresenta excelentes taxas de cura.
Sobre o Centro de Nódulos da Tireoide
O Centro de Nódulos de Tireoide do Hospital Samaritano de São
Paulo é o primeiro do País e conta com atendimento especializado, com
endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço especialistas em
tireoidologia, em atendimento simultâneo, além de toda infraestrutura
necessária para exames laboratoriais, de imagem e tratamento multidisciplinar,
no mesmo local. O serviço oferece ainda reuniões multidisciplinares com a
participação de oncologistas, médico nucleares e todos os especialistas
necessários para que o melhor resultado para o paciente seja alcançado.
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