Considerada uma das áreas médicas que mais crescem
no mundo, a medicina nuclear é uma especialidade que usa quantidades mínimas de
substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para obter diagnósticos
e oferecer tratamentos extremamente precisos. Utilizando esses elementos, o
médico nuclear consegue obter imagens minuciosas que mostram o funcionamento
dos órgãos do corpo humano e tecidos em pleno funcionamento.
Mesmo com esses benefícios, a especialidade
permanece subutilizada no Brasil, como informa o médico nuclear e diretor do
serviço especializado MND Campinas, Celso Dario Ramos. “A medicina nuclear
ainda enfrenta muitos desafios para a expansão no Brasil. O número de
especialistas, por exemplo, não ultrapassa 700 médicos, sendo que mais de
metade se concentra no Sudeste (55%), enquanto o Nordeste conta com 20%, o
Norte com 15% e o Centro-Oeste com 10%”, diz.
Quando comparado o potencial de uso a outros
países, o Brasil ocupa atualmente apenas a 25ª posição no ranking de quantidade
de exames, realizando 2,5 exames por mil habitantes/ano. O Canadá, por sua vez,
executa 64,6. Segundo o especialista, a subutilização é ainda mais sentida pela
população brasileira que utiliza o SUS.
“Existe uma grande assimetria
entre o uso nos planos de saúde e no sistema público, enquanto os pacientes que
utilizam a saúde suplementar têm mais acesso, os que não tem recursos recorrem
ao SUS. Um exemplo disso é a utilização do PET/CT (sigla em inglês para
tomografia por emissão de pósitrons), um dos principais avanços da medicina
nuclear, utilizado em especialidades como neurologia, cardiologia, oncologia e
endocrinologia, entre outras”, explica.
Atualmente, os planos de saúde possuem a indicação para o
exame PET, prevista em portaria, para oito casos: detecção de nódulo pulmonar
solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma,
câncer de esôfago, tumor pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer
colorretal. Na saúde pública, porém, apenas três indicações são ressarcidas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS): câncer de pulmão de células não pequenas,
câncer colorretal com metástase exclusivamente hepática com potencial ressecável
e linfomas de Hodgkin e não Hodgkin.
O médico nuclear ainda relata que muitas indicações
importantes estão de fora. “A lista não foi estendida para câncer de tireoide,
colo do útero, testículo e ovário, entre outros. A utilização nesses casos já é
prática comum em diversos países em todo o mundo, como no Uruguai, nosso
vizinho de América Latina, que contempla também outros tipos de câncer na saúde
suplementar”, comenta.
O diretor da MND Campinas explica que seria necessário
que essa lista de indicações fosse ampliada para que parcelas maiores da
população possam ter acesso aos diagnósticos e tratamentos oferecidos pela
medicina nuclear.
Sobre
a MND Campinas
Fundada em 1995 por uma equipe de especialistas pioneiros
em PET/CT no Brasil, a Medicina Nuclear Diagnóstica Campinas oferece a médicos
e pacientes serviços em diagnóstico por imagem, trazendo o que há de mais
moderno em medicina nuclear. A clínica tem como diferencial a capacitação do
corpo clínico, com médicos, biomédicos e enfermeiros em processo de constante
aperfeiçoamento para acompanhar os avanços da especialidade.
A MND Campinas foi uma das primeiras a instalar no
interior do País o equipamento PET/CT, recentemente atualizado para um dos
modelos mais modernos disponíveis no mundo. O novo equipamento combina
tecnologias avançadas para obter imagens com maior resolução anatômica com
doses ainda menores de radioatividade.
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