Comer com os olhos é uma expressão pública que revela comer uma quantidade superior a necessária para passar a fome, comer em excesso. A expressão também pode ser utilizada quando o cidadão está somente analisando a comida e, por algum motivo, não pode comer. Comer com olhos é um dito popular que nasceu na Roma antiga, onde nos rituais fúnebres eram realizados grandes banquetes em oferenda aos deuses mas, durante o ritual, não era permitido comer, somente observar as comidas, ou seja, se comia
com os olhos.
Hoje na gastronomia, os pratos estão cada vez mais criativos e atrativos. Cada elemento, cada ingrediente é cuidadosamente inserido no prato pensando na apresentação das iguarias, pois o primeiro sentido que desperta nos clientes é a visão, seguido pelo olfato, paladar e tato (textura dos alimentos). Logo um prato bem elaborado precisa, necessariamente, ter essa combinação para despertar o interesse dos clientes e fazer daquela experiência única e exclusiva.
Numa experiência sensorial positiva, seja num restaurante, numa festa ou simplesmente em um jantar em casa, todos os elementos são de suma importância. Pode-se começar pela ambientação. A decoração do ambiente, as luzes, as músicas e o atendimento são essenciais. Se você vai a um restaurante "caipira", a ambientação fica perfeita se a musica ambiente for sertaneja de raiz, toalhas com estampa xadrez, móveis de madeira e luz intimista. E olha que detalhe interessante: as porções precisam ser maiores, pois essas são as características desse tipo de restaurante. Do mesmo jeito que os utensílios usados para servir, devem ser mais rústicos.
Não pense que isso se aplica apenas na alimentação dos adultos. Para o publico infantil, a presença de muitas cores, figuras, formatos e texturas, são largamente usados na formação dos hábitos alimentares e na introdução de novos alimentos. No publico adulto, os pratos também pedem cor, disposição dos elementos e texturas, porém de uma forma mais sofisticada e elegante. Nos dois casos, o que contará é a experiência vivida no momento de degustação. E essa lembrança perdurará a vida inteira, então, que seja uma experiência sensorial especial e singular.
Marketing experimental - despertando os sentidos
Ancorado na emoção e na experiência - sensorial, afetiva - como forma de trabalhar uma marca e de fidelizar os clientes, o marketing experimental é o mais novo conceito de marketing mundial. Isso é um fator fundamental para a tomada de decisão e, por se propor a oferecer uma experiência única, pode influenciar o consumidor de forma significativa, melhor ainda, gera atração e fidelidade para sua marca. A força das sensações e a força das emoções estão em destaque, o marketing experimental explora as experiências dos clientes, em vários sentidos: emocionais, sensoriais, comportamentais e racionais.
As empresas precisam estimular situações que proporcionem emoções além das habituais, gerando sensação de bem-estar e de prazer, pois estas estão se tornando mais importantes que o preço.
As experiências serão o próximo passo na tentativa de diferenciar as ofertas de uma empresa, então, um prato bem elaborado, um atendimento diferenciado e um ambiente favorável são fatores para a atração e retenção de clientes.
Caroline Gargantini - consultora para empresas de alimentação
Graduada em Nutrição pela Universidade São Judas Tadeu/SP e com MBA’s em Gestão Empresarial e Marketing pela Universidade Paulista – UNIP. Pós-graduada em Gestão da Qualidade e Controle higiênico-sanitário pelo Instituto Racine. Também realizou cursos de Marketing e Gestão de Pessoas na Fundação Getúlio Vargas – FGV.
Sócia-diretora da Conceito e Equilíbrio onde atua com Marketing Experimental e na abertura e reestruturação de negócios na área de alimentação e otimização dos resultados ocupacionais. Também atua na área comercial e coordena projetos.
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