Imunização
materna: saiba a importância de colocar a caderneta de vacinação em dia durante
a gestação1
Vacinas
contra doenças sérias como coqueluche, tétano, difteria, hepatite B e gripe
podem ser tomadas na gravidez e ajudam a proteger o bebê ainda na barriga2 3 4
Mesmo com vacinas gratuitas nos postos de saúde, a cobertura vacinal contra
coqueluche nas gestantes (dTpa) chegou a apenas 45% e a dT somente 22%, no ano
passado.12 Assim que a mulher descobre que vai ser mãe, muitas emoções e
dúvidas surgem. Mas, na verdade, o que todas sonham e desejam, é que o filho
venha e cresça com saúde. O que muitas não sabem é que, mesmo durante a
gravidez, elas podem proteger seus filhos de diversas doenças sérias como
coqueluche, tétano, difteria, hepatite B e gripe, com vacinas que são
especialmente recomendadas para as grávidas e estão disponíveis gratuitamente
nos postos de saúde de todo o país, além das unidades privadas devacinação.1
2 4 6
Segundo
a farmacêutica e gerente científica e de assuntos médicos de vacinas da GSK,
Ana Medina (CRF/RJ 24.671), a imunização materna é um recurso importantíssimo
para a proteção do filho ainda no útero.3
"Com a vacinação,
o corpo da mãe é estimulado a produzir anticorpos que são transferidos para o
bebê através da placenta. Esses anticorpos que passam para o bebê, ainda em
desenvolvimento, são fundamentais nos primeiros meses de vida, especialmente
enquanto ele ainda não tem idade para receber as doses de rotina. Por isso,
algumas vacinas devem ser repetidas a cada nova gestação, para proteger aquele
novo bebê que está sendo gerado", destaca Ana.
As
vacinas recomendadas
No
Brasil, são recomendadas quatro vacinas para as gestantes: a dTpa, que previne
contra difteria, tétano e coqueluche; a dT que imuniza contra difteria e
tétano; a vacina contra hepatite B; e a influenza (contra gripe).4 6 Todas são
oferecidas gratuitamente nos postos de saúde municipais, pelo Programa Nacional
de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.2
4
"É
importante destacar que as vacinas recomendadas para as gestantes são seguras e
visam exatamente a proteção das mamães e bebês. Além disso, são todas
inativadas, ou seja, são compostas por vírus ou bactérias mortos. Dessa forma,
não apresentam riscos de causar infecção na gestante e no bebê", enfatiza
Ana Medina.
Além
das vacinações durante a gravidez, as mulheres que planejam engravidar também
devem se atentar para a atualização da caderneta vacinal, garantindo a
imunidade contra doenças que têm prevenção por vacinas, mas que são
contraindicadas durante a gestação.1
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"Vacinas
contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola e HPV, por exemplo, são geralmente
contraindicadas às gestantes e, por isso, devem ser administradas antes da
gravidez e/ou no puerpério, mesmo que a mãe esteja amamentando. Após o
nascimento do bebê, a vacinação materna é fundamental para quem não se imunizou
antes, tanto para a proteção individual da mãe quanto para evitar a transmissão
de doenças dela para o bebê. Já o bebê deve seguir o calendário de vacinação de
crianças para gerar a sua própria proteção", explica Ana Medina.
A
importância da imunização materna contra a coqueluche Uma
das vacinas recomendadas para as gestantes é a dTpa que previne contra
difteria, tétano e coqueluche. A coqueluche é uma infecção altamente
contagiosa, que acomete principalmente crianças menores de um ano, podendo ser
fatal.78
A
coqueluche é transmitida por gotículas contaminadas pela bactéria Bordetella
pertussis ao tossir, espirrar ou até mesmo falar. Em adultos costuma manifestar
sintomas como mal-estar geral, secreção nasal, tosse seca e febre baixa,
podendo ser confundida com outros quadros respiratórios e com frequência não ser diagnosticada.7
10
Nas crianças pequenas, que são o grupo mais vulnerável, a tosse é o sintoma que
mais se destaca, podendo avançar para grave e descontrolada, comprometendo a
respiração e até provocando vômitos e cansaço extremo.10 Além disso, mais de
90% das crianças menores de 2 meses infectadas pela coqueluche são
hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.9
"Muitas
gestantes não têm conhecimento sobre a importância da vacinação materna. A
maioria dos casos graves da doença e óbitos se concentra em crianças menores de
um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Antes dos seis
meses de vida, os bebês ainda não completaram a maioria dos esquemas primários
de vacinação e, com isso, são mais suscetíveis a infecções. Seguindo as
recomendações de vacinação da gestante, a mãe pode ajudar a proteger o
recém-nascido através da transferência de anticorpos dela para o bebê durante a
gravidez, através da placenta. Assim, quando o bebê nasce, ele já tem alguma
proteção oferecida pela mãe enquanto produz seus próprios anticorpos",
alerta Ana Medina.
Segundo
o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é
recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, uma dose da
vacina dTpa.4 A vacina deve ser tomada a cada gestação.4
Além do PNI, a Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação
com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.4
6 11
Gestantes
nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se até
duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja
feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de
pelo menos 1 mês.4
6 11
Baixa
cobertura vacinal e os seus riscos Dados
do Programa Nacional de Imunizações (PNI), atualizado em abril de 2021, apontam
que, em 2020, a cobertura vacinal contra coqueluche nas gestantes (dTpa) chegou
a apenas 45% e a dT somente 22%.12 "O país tem registrado baixa adesão das
gestantes ao programa de vacinação e isso se intensificou ainda mais em 2020
com a pandemia de Covid-19. Isso é bem preocupante e coloca a saúde da mãe e do
bebê em risco. Como a mãe é, normalmente, a pessoa que fica mais próxima
durante os primeiros meses de vida do bebê, geralmente ela é a principal
transmissora da coqueluche em lactentes, sendo responsável por aproximadamente
39% dos casos, segundo um estudo. Por isso, a importância dessa imunização
materna. Mas é relevante vacinar também as pessoas que irão conviver com o bebê
de forma mais próxima, como pai, irmãos, avós e babá. A indicação é que isso
seja feito antes do nascimento", complementa Ana Medina.
Diferentemente
da imunização materna, em que a mulher deve se vacinar contra a coqueluche a
cada gravidez, para os familiares do bebê nunca vacinados e/ou com o histórico
vacinal desconhecido, recomenda-se até duas doses de dT e repetir a dose de
dTpa somente a cada 10
anos.4 15 A dT está disponível no sistema público, enquanto a dTpa está
disponível na rede privada apenas para os familiares.15
Cuidados
com o bebê após o nascimento - a importância da vacinação de rotina
Após
o nascimento, os papais devem se atentar para a caderneta de vacinação dos
bebês com as doses recomendadas para cada mês e idade. O Ministério da Saúde
orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa
Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão
disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite,
coqueluche, hepatite, tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela,
sarampo, gripe, entre outras.16 17 Já a SBIm e a SBP possuem calendários de
vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas
que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças.15
18
Além
da vacinação, após o nascimento do bebê, é importante também adotar algumas
medidas de higiene que podem protegê-lo contra doenças, como cobrir a boca e o
nariz com um lenço ao tossir ou espirrar; não beijar o bebê no rosto e nas
mãos; lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de pegar
o bebê; e evitar contato com pessoas doentes, podem proteger o bebê de doenças
transmitidas por contato, como a coqueluche.13 14
Material
dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
GSK
www.gsk.com.br , e para saber sobre vacinas,
acesse www.casadevacinasgsk.com.br.
Referências
1
CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccine
Safety for Moms-To-Be. Disponível em:
http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-safety.html.
Acesso em: 24 abr. 2021.
2
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde. Verdades e mentiras sobre a vacinação em
gestantes. Disponível em:
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/53841-mitos-e-verdades-sobre-a-vacinacao-em-gestantes.
Acesso
em: 24 abr. 2021.
3
CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccines
& Pregnancy: Top 7 Things You Need to Know. Disponível em:
http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/pregnant-women/need-to-know.html
. Acesso
em:
24 abr. 2021.
4
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da gestante. Disponível
em:
http://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/04/Calendario-Vacinao-2020-Gestante.pdf
Acesso em: 24 abr. 2021.
5
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccines
Before Pregnancy. Disponível em:
http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-before.html
. Acesso em: 24 abr.
2021.
6
SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante
(2020/2021). Disponível em:
http://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf
. Acesso em: 24 abr.
2021.
7
PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche (pertussis). Disponível em:
http://familia.sbim.org.br/doencas/coqueluche-pertussis
. Acesso em: 24 abr.
2021.
8
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico da coqueluche no Brasil de
2010
a 2014. Disponível em:
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/29/Boletim-epidemiologico-de-2010-a-2014.pdf