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terça-feira, 27 de abril de 2021

Entenda o que é Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia e como ela pode melhorar a qualidade do seu sono

 Psiquiatra Marco Abud explica como o método terapêutico pode contribuir para noites bem dormidas; Conheça o relato de quem conseguiu superar a dificuldade para dormir e reestabelecer a saúde


Um ano após o início da pandemia para conter a Covid-19, uma das certezas é de que o brasileiro tem dormido menos. E pior. Esse é o resultado de diversas pesquisas que analisaram as consequências das medidas de quarentena no dia a dia da população. Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizada em 2020, aponta que 50% dos brasileiros relataram alterações no sono. Segundo o Mapa do Sono dos Brasileiros, mais de 60% de nós relatou algum problema em relação ao sono.

Apesar da baixa procura por médicos, a maioria dos entrevistados, 77% dessas pessoas afirmam que o distúrbio é consequência de outras enfermidades, ou seja, desconhecem insônia como doença específica que precisa de tratamento. Nestes casos, o mais indicado é aplicar a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I), considerada pelas sociedades médicas e de sono nacionais e internacionais o tratamento padrão-ouro e de primeira escolha.

Um dos especialistas no tema é o psiquiatra Marcos Abud, que além de atender pacientes em consultório conta com um canal com mais de 1,4 milhão de seguidores no Youtube, o Saúde da Mente - considerado o maior sobre o tema no Brasil -, por meio do qual promove conscientização e desmistifica os problemas que afetam o nosso equilíbrio emocional.

Segundo ele, a mudança de rotina imposta pela COVID-19 causou estresse, agravando o panorama do sono de uma grande parcela da sociedade.

"Essa confusão de espaço pessoal com profissional, aumento nas tarefas domésticas, cuidados com os filhos, o isolamento social, que nos colocou longe de familiares e amigos e, claro, o medo da doença ou de algum familiar contraí-la, e até mesmo as inseguranças com a economia do país. Tudo isso virou um caldeirão de emoções e o sono é um dos que mais sofrem com esses momentos, pois é o período que precisamos relaxar, mas também aquele em que tudo vem à tona: o dia a dia, as angústias, a sensação de que é preciso encontrar soluções imediatas para os problemas da nação a todo custo", explica.



O que é a TCC-I e como ela pode te ajudar

O médico explica que a TCC-I atua em várias frentes e não apenas na hora em que o paciente precisa dormir. Segundo ele, a técnica "entende o sono como parte de um todo e que vai ser afetado com as escolhas do dia a dia de cada um, desde o primeiro momento do dia até a hora de deitar", comenta.

Antes mesmo da eclosão da pandemia, Abud já promovia uma série de vídeos sob a chancela "Viva livre da insônia" para ajudar na conscientização sobre esta questão que raramente é associada por quem sofre com o problema como sendo um aspecto relativo à saúde mental. Atualmente são mais de 15 conteúdos sobre o tema disponíveis no canal Saúde da Mente. O psiquiatra criou ainda um curso digital, o Sono Pleno, onde usa métodos da Terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) para ajudar pessoas do outro lado da tela a adotarem ações de autocuidado a partir do controle de estímulos externos, higiene do sono e relaxamento, entre outros.

E a razão para essas iniciativas são justificadas pelos números: as dificuldades relacionadas ao sono já afetavam 73 milhões de brasileiros quando a COVID-19 sequer dava seus primeiros sinais de existência. "A TCC-I é indicada como primeira alternativa no tratamento da insônia, tendo como principal missão ajudar as pessoas insones a entenderem os gatilhos que comprometem o sono, compreendendo melhor as suas causas primárias e os desdobramentos disso. A terapia dá a essas pessoas os subsídios, com técnicas cognitivas e comportamentais, para a retomada de um sono mais tranquilo", frisa Abud.

Ele explica ainda que há um mito em torno da qualidade do sono, que relaciona o número de horas dormidas ao bem estar físico. "Na verdade esse é um ponto chave: cada corpo tem uma necessidade particular. Não existe uma fórmula que dita a regra geral sobre o volume de horas ideal a serem dormidas para garantir o pleno bem estar. A grande virada é entender como é o nosso sono e aprender o que é suficiente para que o nosso corpo e a nossa mente consigam ter um descanso de qualidade. A angústia relacionada a essa ‘validação’ de horas dormidas só prejudica ainda mais quem tem dificuldades para relaxar e desligar um pouco os motores que nos mantém acordados. Algumas pessoas podem ter uma incrível sensação de noites bem dormidas com cinco ou seis horas de sono, enquanto outros precisam de mais, talvez nove ou dez horas. O importante é reconhecer o que te faz bem e deixar um pouco de lado essa matemática que não traz nenhum ganho para a nossa saúde", diz.

Mesmo quando aplicadas por um profissional à distância, Marco Abud ressalta que os benefícios da adoção dessas técnicas vêm sendo provados. Um estudo da Universidade de Michigan, divulgado no ano passado, destacou que pacientes que buscaram a terapia por meio da telemedicina tiveram respostas tão positivas quanto aqueles que passaram pessoalmente pelo processo. E isso abre frentes que podem possibilitar um acesso mais amplo ao cuidado especializado - o que tem ainda mais valia em tempos de quarentena estendida.



Conheça a história de quem venceu a insônia

A funcionária pública baiana Leusenira Farias Galvão, de 40 anos, conta que a insônia passou a fazer parte da sua vida no final de 2016. Casada e mãe de dois filhos, com idades de 10 e 13 anos, a agente de saúde notou que estava passando por crises de ansiedade e, junto com elas, o sono passou a sofrer impactos. Ela buscou prontamente auxílio médico e passou a fazer uso de medicações. Ao longo de mais de três anos, Leusenira passou por etapas de idas e vindas, intercalando períodos de pausa e de necessidade de retomada de uso de remédios.

"Apesar da recomendação profissional e acompanhamento adequado, eu seguia sem conseguir dormir. Eu tinha uma sensação de ficar acelerada à noite, com a mente em ebulição, o que trazia à tona pensamentos ruins, e isso só aumentava o medo da insônia. Eu procurei fazer terapia, comprava livros de autoajuda, mas nada mais funcionava, eu já havia perdido completamente o controle do meu sono. Eu deitava na cama e não conseguia de jeito nenhum dormir. Essa hora de dormir se tornou uma hora ameaçadora, ao invés de ser um momento de relaxamento para mim representava horas de tensão", relata.

Leusenira chegou a tentar também uma medicação para auxiliá-la a pegar no sono, mas ela temia que isso a levasse a uma dependência eterna, ao mesmo tempo em que achava que nunca mais eu ser capaz de dormir. Ela recorda o quanto a falta de noites bem dormidas afetava a sua rotina profissional e suas relações familiares, o que a levou a buscar alternativas que não medicamentosas. E foi por intermédio do seu marido que ela descobriu a Terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I).

"No início de 2020, eu decidi experimentar a TCC-I com apoio de um psiquiatra, a partir de um curso voltado a pacientes como eu é que promovia essa primeira etapa de autoconhecimento. E foi assim que comecei a sair dessa fase nebulosa e entender melhor tudo aquilo que envolvia a minha insônia. Foi um mergulho no conhecimento de técnicas, atividades e, principalmente, no meu caso, como lidar com os meus pensamentos negativos. Por que afinal eles existiam? Por que eles estavam tirando meu sono? E não era só uma questão de lidar com a insônia, mas com a ansiedade também. Eu enfim passei a me conhecer a partir de alguns exercícios práticos. Não basta a teoria fazer sentido, a gente tem que levar isso a sério e começar devagarzinho a colocar em prática algumas mudanças. Na prática isso não é rápido - e nem precisa ser. O importante é aos poucos ir tentando mudar a forma como a nossa mente está lidando com as adversidades e mudar aquilo que está de alguma maneira fora de ordem. Eu não tinha como expulsar simplesmente os pensamentos na marra pra fora da minha cabeça. Mas dá para aprender a não dar importância a eles e buscar trazer algum outro lado, algo que seja melhor. Eu sempre comparo os meus pensamentos ruins com fake news criadas pela da nossa mente e quando conseguimos reconhecê-los como tal fica muito mais fácil deixar eles de lado e relaxar", descreve.

Leusenira explica que essa melhora não significa que ela ou outras pessoas com insônia que conseguem superar o problema com o auxílio do TCC-I passam a deitar na cama e automaticamente adormecem. "O objetivo é que a gente tenha ferramentas para espantar aquilo que compromete o sono e conseguir voltar pro nosso rumo, conseguir relaxar o corpo, conseguir entrar num estado de sono de qualidade mesmo diante de cenários como o que estamos vivendo, de pandemia e de situações que nos causam efetivamente preocupação conosco, nossos familiares, amigos e sociedade em geral".

Outro ponto que ela faz questão de destacar é que a alimentação equilibrada, feita nos horários certos, também contribuí para a quebra desse ciclo persistente da insônia, complementada por suplementos recomendados por um médico para o caso específico. Da mesma forma, a agente de saúde comemora um grande aprendizado: mesmo que haja uma noite mal dormida, não há motivos para desespero ou frustração.

"A ideia é a gente reprogramar o nosso cérebro pra ele aprender novamente a dormir bem . Ele sabe dormir naturalmente, mas a gente, devido a vários acontecimentos do nosso dia a dia, acaba mandando sinais que criam um código novo que faz com que pareça certo permanecermos acordados à noite, nunca desligar. Mas se você se tornar capaz de encontrar esses códigos alterados, vai ser possível corrigi-los e devolver ao cérebro o acesso à sua programação original. Não brigue com a sua insônia. Não brigue com a sua ansiedade. Hoje eu não sofro mais", afirma.

Leusenira conseguiu, além de aprender a superar sua dificuldade com o sono, a lidar com os gatilhos que levavam às suas crises de ansiedade. Assim ela conseguiu passar pelo desmame das medicações que fazia uso - o que só pode ser feito com acompanhamento do psiquiatra, especialista que irá orientar da melhor forma essa diminuição crescente da dose até que seja possível suspendê-la por completo.

"E eu passei a beber muito chá, em especial de Camomila. Claro que não é só o chá, mas esse consumo da bebida me traz um conforto, o que junto com as outras técnicas e mudança de hábitos, é positiva para mim. Saber o horário de dormir e acordar, não ficar em computador ou celular na cama e sempre questionar aquele pensamento negativo - de onde ele está vindo? Por qual motivo? - são as minhas formas de fazer a minha higiene do sono. Com a devida orientação dá para reestabelecer a qualidade de sono", finaliza Leusenira.

A seguir, o psiquiatra Marco Abud lista quatro impactos severos da falta de sono para a saúde física e mental e outros quatro benefícios de um período de sono bem dormido:



Impactos negativos da insônia


● Dificuldade na perda de peso;
● Prejuízos na libido e na vida sexual;
● Dificuldade em lembrar coisas importantes;
● Enfraquecimento do sistema imunológico.


Benefícios do sono


● Melhora da concentração, memória e atenção;
● Combate o envelhecimento;
● Reduz o risco de Alzheimer;
● Reduz o estresse e alterações de humor.


Confira 10 dicas para cuidar da sua saúde mental durante a pandemia


Como cuidar da sua saúde mental durante a pandemia? A terapeuta Catia Simionato sugere 10 dicas incríveis para você ter uma vida equilibrada mesmo nos dias de hoje.


Desemprego ou medo de perder o emprego ou clientes, dificuldades financeiras, insegurança, problemas de saúde, perdas de entes queridos devido à Covid-19, notícias negativas o tempo todo na TV. Este cenário que vivemos há mais de um ano com a pandemia pode, sim, afetar a sua saúde mental, prejudicando o seu equilíbrio e atrapalhando a sua felicidade. Tudo depende de como cada um de nós lida com esses desafios no seu dia a dia.

A terapeuta Catia Simionato, especialista em desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, expansão da consciência, meditações e espiritualidade, entre outras terapias integrativas, tem uma visão bem objetiva dessa nossa realidade. “Eu sempre acho que o grande problema é a nossa mente, que eu chamo de ‘cabeção’, que fica tentando controlar o mundo e, como não consegue, literalmente cria boa parte das preocupações que atormentam as pessoas”, explica.

Catia lembra que boa parte dos “problemas” que nos afligem, com ou sem pandemia, dizem respeito a lembranças do passado ou a cenários negativos para futuro que a nossa mente se encarrega de criar o tempo todo. “O desafio para manter a nossa saúde mental, portanto, é acalmar o ‘cabeção’”, acrescenta. E como fazer isso na prática? Aqui, Catia lista 10 dicas úteis para não deixar o seu “cabeção” destruir o seu equilíbrio e o seu foco positivo na vida.


1) Meditação Ativa ou Passiva. Você sabe a diferença entre esses dois tipos de Meditação? A Meditação Ativa não é muito comentada, mas é uma forma de facilitar a prática da Meditação. Ela é realizada ao mesmo tempo em que você faz qualquer tarefa, como caminhar, lavar louça, passar roupa, cuidar das plantas, praticar um esporte ou simplesmente limpar a casa. Ela consiste em manter sua mente focada no que você está fazendo, observando o movimento de pés e mãos, sentindo a textura ou temperatura do local que estiver tocando, observando tudo que puder ao seu redor, sentir os aromas e ouvir os sons do ambiente. Seu principal objetivo é viver o momento presente o mais intensamente possível, e não prender sua mente em eventos do passado ou do futuro. A Meditação Ativa funciona muito bem para pessoas inquietas, que têm dificuldade de se concentrar para praticar a Meditação mais tradicional, a Passiva. E pode ser, também, a porta de entrada para a Meditação Passiva, na qual a pessoa permanece imóvel, numa posição confortável, prestando atenção na sua respiração ou desenvolvendo técnicas de visualização, concentração e relaxamento do corpo. Em ambas, o desafio é deixar a mente calma. Nesse estado, ela é capaz de ser mais produtiva, criativa e inovadora.


2) Exercícios de atenção plena. Eles também são um tipo de meditação. São práticas que buscam direcionar a atenção para o momento presente e a pessoa passa a se concentrar apenas na experiência que está vivendo naquele instante, permitindo aos seus pensamentos fluírem sem julgamentos. Exemplos: comer com consciência (prestando atenção aos sabores, visuais, temperaturas e texturas dos alimentos), andar ou correr com consciência (observando todo o movimento do corpo, as sensações dos pés e até as diferentes texturas do piso percorrido), colorir ou desenhar com consciência (concentrando-se em cada cor) e cozinhar com consciência (sentindo cada sabor ou cheiro dos ingredientes utilizados).


3) Perceber que existe uma voz falando dentro da sua cabeça (se alguém está falando, quem está ouvindo?). A nossa mente, ou “cabeção”, está sempre falando, criticando, comparando, lembrando do passado, traçando cenários ruins, projetando o pior para nossas vidas. Perceber essa vozinha dentro de nós – e aprender a ignorá-la - é um dos passos importantes para atingir o equilíbrio e a felicidade.


4) Exercitar-se. A prática regular de exercícios físicos é fundamental para a saúde física e mental. Além de ajudar a prevenir doenças, proporciona a sensação de bem-estar e relaxamento, que contribuem com a qualidade de vida. O sedentarismo leva a maiores taxas de ansiedade, contribuindo para baixa autoestima, baixa imunidade (em tempos de pandemia isso pode salvar vidas!), irritabilidade, mal humor e depressão. E mais: praticar esporte com regularidade influencia positivamente o cérebro, liberando hormônios do prazer e bem-estar, como dopamina, serotonina, irisina e oxitocina. Tudo isso contribui para reduzir o estresse e a ansiedade.


5) Cuidar do corpo: nutrição, hidratação, descanso e higiene. Além de praticar exercícios físicos, há outras formas de cuidar do corpo, a começa por uma alimentação saudável. O que você tem colocado dentro do seu corpo? Evite fast-foods e alimentos industrializados. Aumente o consumo de alimentos que você compra na feira! Você pode aumentar a vitalidade do seu corpo por meio de uma alimentação “viva” (alimentos in natura, com produtos veganos e crus), aqueles obtidos diretamente de plantas (como folhas e frutos) sem passar por qualquer processo de industrialização. Isso também inclui hidratação adequada, com água ou sucos 100% naturais. Mas cuidar do corpo ainda inclui descansar (dormir bem) e ter uma boa higiene (inclusive para evitar doenças).


6) Ir para a natureza sempre que possível. Catia está apresentando em seu canal Ser Felicidade, do YouTube, uma web série inédita que trata exatamente desta questão: da conexão e do equilíbrio do ser humano por meio da aproximação com a natureza (https://www.youtube.com/watch?v=6ulqyA3suaw&t=699s). A série foi gravada em São Miguel do Gostoso, pequena vila de pescadores localizada a cerca de 100 km de Natal (RN), repleta de praias lindas e desertas. Catia levou sua equipe para esse paraíso tropical após sentir na própria pele sintomas de desequilíbrio e desconexão. Seguindo seus próprios ensinamentos, ela foi para a natureza. E lá, os poucos, ela conseguiu. “Primeiro a gente se equilibra. Depois, nos conectamos com tudo de bom que tem nessa vida e com aquele lugar dentro de você onde habita a paz, o amor, o poder, a sabedoria e a felicidade”, explica Catia. Além disso, a relação entre natureza e saúde mental vem conquistando destaque também no meio científico. Há estudos que mostram como a exposição à natureza pode trazer benefícios enormes às pessoas – isso inclui o contato com plantas e flores, abraçar uma árvore, andar descalço na terra, areia ou pedras, tomar sol, entrar no mar ou tomar um banho de cachoeira. Pesquisa da revista “Nature” mostrou que apenas duas horas por semana de contato com a natureza podem promover, por exemplo, aumento na sensação de bem-estar, melhorar o humor e aliviar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.


7) Desenvolver algo simples que dê prazer: cozinhar, tocar um instrumento, cantar, trabalhos manuais. Em outras palavras, encontre um hobby que lhe traga alegria ao praticá-lo. Um hobby alivia as tensões do dia a dia e lhe proporciona um momento só para você. Para você viver o seu presente, e não dar ouvidos à sua mente. Mais do que isso, o hobby também pode estimular a sua criatividade.


8) Ouvir mantras ou Frequências de Solfeggio. Podemos definir um mantra como hino, oração, canção sagrada, sílabas programadas e, até mesmo, poema religioso. Quando se pronuncia um mantra, ele é capaz de acalmar os pensamentos e nossas ações, facilitando a concentração. O nosso trabalho durante o mantra consiste justamente em trazer incessantemente a mente de volta para o som do mantra e refletir sobre seu significado. Isso traz como consequência o aquietamento da mente. Existem mantras específicos para diversos tipos de questões, pois eles focam a energia que circula no chakra responsável por aquele ponto da vida. Já as Frequências de Solfeggio são compostas por um conjunto de seis sons musicais eletromagnéticos que os monges gregorianos costumavam usar quando cantavam em meditação. Tudo no mundo vibra. E toda vibração tem a sua própria frequência. Expondo o corpo e a mente às Frequências de Solfeggio, você pode conseguir maior sentido de equilíbrio, cura interior profunda, evolução e autoconhecimento, pois elas penetram profundamente na mente consciente e subconsciente.


9) Preparar-se para dormir. “Muitos dos meus alunos reclamam das dificuldades para dormir. Isso acontece porque, no meu ponto de vista, as pessoas passam o dia numa vida muito cerebral, muito mental, principalmente por conta dos eletrônicos que a gente usa o dia inteiro, como o celular o tempo todo na mão. E o excesso de atividade mental dificulta mesmo o sono”, diz Catia. Então, diz ela, se preparar para dormir significa, uma hora antes de dormir, desligar todos os eletrônicos, fazer um chá calmante, deixar tudo na meia luz (ou no mais escuro possível), ir para o silêncio interno, fazer uma meditação com uma música bem suave – isso tudo traz um relaxamento e uma possibilidade de dormir muito melhor e com um sono profundo, que também é revitalizante.


10) Ter um animal de estimação ou plantas. Ter plantas em casa tem relação direta com o tópico sobre a importância da natureza. Ter plantas em casa, portanto, significa levar um pouquinho da natureza e dos seus benefícios para mais perto de você diariamente. Sobre os animais de estimação, de acordo com um artigo publicado no site da Prefeitura de São Paulo, “ter um pet é um ato de amor que beneficia não só os bichinhos, mas também os seres humanos. Os laços de afeto dessa relação têm um grande impacto na saúde mental das pessoas que possuem um animal de estimação”. Pesquisa realizada pela Edellman Intelligence, em parceria com o The Human Animal Bond Research Institute (HABRI) e a empresa Mars Petcare, apontou que 80% das pessoas se sentem menos sozinhas com um pet, ajudando a lidar com a depressão. Uma das descobertas científicas mais recentes, publicada pela revista Science, é que os cachorros amam seus donos com o mesmo amor que o bebê sente pela sua mãe. Além disso, de acordo com a ciência, olhar o pet nos olhos, brincar ou acariciar ele produz forte dose de oxitocina, a chamada “molécula do amor”.

 



CATIA SIMIONATO - Presente em todas as redes sociais com seu canal Ser Felicidade. Palestrante internacional, professora de meditação e condutora de retiros espirituais para a expansão da consciência. Autora do curso “Método MRI” (Manual para Reorganização Interna), novo modelo de terapia individual onde a pessoa trabalha internamento o seu desenvolvimento em diversos níveis: físico, emocional e espiritual. O objetivo é realizar uma jornada de transformação, na qual a pessoa se livra de pensamentos negativos que a impedem de ser mais feliz. Com seus vídeos semanais, Catia também está promovendo o movimento “Da mente ao Coração”, no qual propõe que as pessoas ouçam menos sua mente crítica e autocrítica e encontrem dentro de si mesmas a sua felicidade, valorizando, por exemplo, o autoamor e a autoestima.

YouTube (www.youtube.com/channel/UC-7Un7ZJ9Z_ZOmTE_Vc0UwQ


Nenhum outro pode morrer por mim

Aceitar que morreremos é uma tarefa árdua. Por isso, é muito mais cômodo colocar a morte no campo das possibilidades. E quando ela irrompe, parece sempre fortuita. É curioso como construímos uma sociedade inteira em torno dessa ilusão, a de que o pior não acontecerá conosco. Até que aconteça, como um espanto.

Heidegger é o autor da frase que uso como título desse texto. Para ele, a autenticidade da vida ocorre com a compreensão de que somos seres para a morte. Toda nossa ação efetiva no mundo deriva dessa certeza. Mas é razoável que muitos não aceitem a responsabilidade que advém da aceitação da morte como inevitável, pois a vida passa a ter uma dimensão mais urgente quando sabemos que os dias estão realmente contados. Cada atitude tem o peso do incontornável, do irreversível, e, por isso, nossos projetos de futuro precisam ser muito mais cuidados, sopesados, afinal não temos todo o tempo. Aquilo que ficar como obra será a única possibilidade de permanecermos nos outros, em suas memórias. Isso é a vida. E só.

Bom, é claro que não é nada fácil termos essa consciência de nossa finitude. Lógico que sabemos que não somos eternos, mas quase sempre agimos como se fôssemos, evadindo-nos da realidade. Quando somos jovens, olhamos para os velhos como se eles fossem os únicos em perigo. Quando as décadas vão se acumulando, buscamos intensamente retardar a ideia de assumir a velhice, porque com ela vem a possibilidade de ir. Quando aceitamos a ideia e, finalmente, expressamos “estou próximo do fim", os outros nos advertem: “imagina, vira essa boca pra lá, você tá forte ainda, vai viver muitos anos”. Curiosa essa fabulação, esse auto-engano, principalmente pelas consequências que acarreta.

Dizem que Stalin, o ditador soviético responsável pelo assassinato (pela violência ou pela fome) de dezenas de milhões de seres humanos, é o autor da frase: “uma morte é uma tragédia; um milhão de mortes, uma estatística”. Tendemos a rejeitar a morte na direta proporção da sua presença. Quando um morre, compadecemo-nos. Quando muitos morrem, afastamo-nos; quando centenas de milhares morrem, entediamo-nos. Não queremos mais falar do assunto, nem tangenciá-lo. Como se não tivéssemos relação com isso, acusamos os que noticiam, chamando-os de abutres, de pregadores do caos. “Para que falar tanto sobre isso?”, muitos dizem, como se temessem que a morte pudesse ser atraída quando tão nomeada. Como se ela não fizesse parte da vida como o ponto faz parte da frase, quando essa termina.

O  negacionismo pode ter sua origem nesse comportamento que Heidegger chamou de “inautêntico" e Sartre de “má fé”, e que pode ser expresso nesse escapismo de assumirmos que somos seres lançados no mundo, com uma trajetória que é resultado  exclusivamente de nossas escolhas até o momento em que essa vida cesse e sobrem só os rastros dessa breve passagem, alguns traços fortes e brilhantes, outros tênues como marcas na areia da praia.

O problema que temos em mãos é que essa negação da morte tem provocado muitas mortes, (as tais estatísticas da frase do Stalin). Os negacionistas não aceitam a responsabilidade de agir para evitar ou tentar evitar o  cancelamento dos dias de vida dos outros. E ainda, em um paradoxo cínico, dizem: “lamento as mortes, mas vida que segue”.

Cada um tem o direito de viver os dias que lhe cabem. Os que sabem o quanto esses dias são preciosos temem que outros, cuja vida é um deserto de significados, roubem-lhe os meses e anos com os quais desejam realizar o que consideram importante, provavelmente mais importante do que uma noite em uma balada lotada, um bar cheio, um balneário onde não cabe mais nenhum guarda-sol.

Sei que vou morrer e essa certeza apenas me anima para preencher cada dia que vivo com ações e projetos de expansão da minha presença no mundo. Por isso, é preciso esclarecer que a possibilidade da morte antecipada que nos rodeia nesses tempos não é causada pelo vírus, mas pelas pessoas que não acreditam que serão afetadas por ele, porque são muito boas, porque são muito ricas ou porque consideram-se muito importantes ou espertas. E eu temo essas pessoas porque elas não respondem por seus atos, por sua negligência, por sua insensibilidade. Elas estão à solta e nós ficamos por nossa própria conta e risco na luta para proteger nossos dias de existência nesse mundo.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Abril azul: o desenvolvimento de crianças com autismo na pandemia

Fonoaudiólogo e psicanalista cadastrado no GetNinjas lista atividades que ajudam no avanço cognitivo mesmo na reclusão



A reclusão se tornou um desafio para as crianças, principalmente para as que têm TEA (Transtorno do Espectro Autista) já que as mudanças na rotina impactam a saúde mental e o desenvolvimento de tais pequenos. Para Evandro Abelin, fonoaudiólogo e psicanalista cadastrado no GetNinjas, o conceito de "isolamento" é diferente para autistas e não autistas. Em portadores do espectro, o isolamento é uma característica involuntária, ocasionada pela dificuldade de interação. Já em relação aos não autistas, o isolamento só ocorre, se for de forma voluntária ou de forma compulsória. Entretanto, todos foram impactados pela pandemia.

"Por conta da pandemia, todos nós, autistas ou não, nos deparamos com o isolamento social e com a existência de um "novo normal" no qual fomos compelidos a nos adaptar e a nos reinventar nas mais complexas situações cotidianas. Entretanto, é nessa capacidade de transposição e de improvisação que os autistas também encontram muito mais dificuldade", explica Evandro. A solução que pais podem adotar para diminuir o estresse é investir na contratação de serviços multidisciplinares que estimulem a comunicação, preservem a saúde mental e que desenvolvam demais habilidades de interação.


Fonoaudiologia

Evandro explica que o tratamento fonoaudiológico, consiste no aprimoramento da comunicação em geral; no qual se trabalham a voz, a fala, a prosódia, a coesão, a coerência no discurso e o equilíbrio entre os processos fonéticos e fonológicos, ou seja, uma convergência das linguagens oral e escrita. Além de desenvolver a comunicação, a fonoaudiologia também melhora outros aspectos e torna mais fácil a inclusão e participação de um indivíduo com autismo na sociedade. Na medida em que o autista vai aprimorando a sua comunicação, ele melhora a sua interação com o mundo à sua volta.


Psicanálise

A psicanálise integrativa engloba recursos como a musicoterapia, a arteterapia, a yoga e entre outros elementos que auxiliam no tratamento de pacientes com o espectro autista de forma lúdica. Tal abordagem, com viés mais leve e quase que recreativo, permite que a criança se articule e interaja com o ambiente.

Apesar da importância de tais atividades, Evandro ressalta que é importante que o tratamento englobe outras áreas interdisciplinares do conhecimento que podem atuar de forma integrada, tais como: terapeuta ocupacional; fisioterapeuta; psicólogo ou psicanalista, com o objetivo de promover melhorias nas funções mentais e motoras.

Isolamento social pode afetar a produção de vitamina D. Saiba como supri-la!

Fechados em casa sem quintal ou em apartamentos, muitos brasileiros podem estar com os números de vitamina D no organismo bem baixo. Nutrólogo Rafael Soares mostra como reverter essa situação antes que algo mais grave possa acontecer.

 

Há pouco mais de um ano, a pandemia obrigou a sociedade a se isolar em casa e manter o distanciamento físico. As rotinas de trabalho e acadêmicas passaram a se concentrar dentro do próprio lar, e com isso, as pessoas estão passando menos tempo ao ar livre e expostas ao sol. Se por um lado isso pode parecer algo positivo, pois pode reduzir a propagação do coronavírus, por outro pode trazer sérios problemas. 

Segundo o dermatologista e nutrólogo Dr. Rafael Soares, “a falta de exposição aos raios solares pode realmente desacelerar o fotoenvelhecimento, mas também traz a diminuição da vitamina D no organismo”. Ele lembra que o sol é responsável por 80 a 90% da disponibilidade desse nutriente no corpo, “o que é vital para a saúde não só dos ossos, pois a vitamina D na verdade é um hormônio, e sua ação vai muito além da boa saúde dos ossos, do coração e do sistema imunológico”, destaca o médico. 

Para suprir a deficiência de vitamina D, Dr. Rafael orienta que, mesmo durante o isolamento social, fazer 15 minutos diários de exposição ao sol nos braços e pernas já são suficientes. “Isso pode ser feito no momento de colocar o lixo para fora, levar o cachorro para passear ou estender as roupas. Mas atenção, é preciso expor ao sol com segurança, ou seja, sempre use protetor solar e faça esta atividade apenas em horários recomendados, como antes das dez da manhã, e após às quatro da tarde. Aliás, o filtro solar não impede a formação da vitamina D, apenas a reduz, então pode usá-lo sem problemas”. 

Outra recomendação do especialista é apostar em uma alimentação composta por elementos ricos em vitamina D, como peixes, ovos, laticínios, que contém grandes quantidades de Ômega 3 e antioxidantes. “Presente em alimentos como o óleo de fígado de bacalhau, bife de fígado, gema de ovo, peixes (atum, sardinha, salmão), queijos do tipo cheddar, suíço ou ricota, cogumelos, ostras e leite, deve-se lembrar que essas fontes respondem por apenas 10 a 20% da vitamina D necessária para os seres humanos. O restante é sintetizado pela pele quando exposta ao sol”, destaca. 

Se por um lado o isolamento social e o distanciamento físico conseguem proteger da Covid-19, por outro a deficiência de vitamina D pode causar dores musculares, fraqueza e dor óssea em pessoas de todas as idades. “Os sintomas podem ser percebidos em indivíduos nas mais variadas faixas etárias. Em bebês, sua ausência pode provocar espasmos musculares e atrasar seu desenvolvimento para ações como sentar ou engatinhar”, reforça Dr. Rafael. 

Para as crianças entre 1 e 4 anos de idade, a falta de vitamina pode afetar o crescimento ósseo. “E isso faz com que ele tenda a sofrer anomalias, com desvios na curvatura da coluna vertebral, que é a escoliose, e pernas arqueadas, chamado de joelho varo, ou joelhos juntos, o denominado joelho valgo. Essas crianças podem demorar a aprender a andar e que quando estiverem mais velhas possam sentir dor ao caminhar”, destaca Dr. Rafael. 

Já nos adultos, a falta de vitamina D pode provocar fragilidade óssea, particularmente na coluna vertebral, na pelve e nas pernas. “As zonas afetadas ficam dolorosas ao tato e podem ocorrer fraturas. Aliás, nas pessoas idosas, essas fraturas ósseas, especialmente do quadril, podem acontecer com um leve choque ou de uma pequena queda”, pondera. Além disso, alteração de sono, concentração, hormônios e disposição, estão claramente relacionados a essa deficiência. 

Diante deste cenário, Dr. Rafael Soares orienta que “a vitamina D está aí pronta para ser usufruída. Mesmo isolados em casa, é possível suprir a deficiência. Organize suas atividades diárias e tenha em mente que você pode estar beneficiando sua saúde da melhor maneira se seguir estas recomendações”, finaliza. E caso não seja suficiente, uma reposição orientada por médico é sempre bem-vinda!


Como garantir aprendizado e desenvolvimento às pessoas com autismo em tempos de pandemia

No mês que é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, especialista em TEA e parceira da Care Plus fala sobre importância de inserir atividades na rotina que garantam a autonomia e aprendizados para uma convivência social com mais qualidade de vida

 

Durante o período de pandemia, precisamos nos reinventar constantemente para manter um ambiente tranquilo e equilibrado, além de garantir que todas as atividades sejam cumpridas dentro de uma rotina. Diante desse cenário, vemos o aumento da preocupação com a saúde mental e, se a mudança de hábitos já é uma questão para grande parte da sociedade, para uma pessoa com autismo o desafio é ainda maior. Por isso, no mês que todo o mundo lembra e conscientiza a sociedade acerca da luta pelos direitos daqueles que possuem diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Care Plus, operadora de saúde premium, traz luz a este assunto tão importante.

 Pessoas com autismo, que têm como característica do espectro um padrão de comportamento restrito e repetitivo, podem apresentar alterações no padrão de sono e na alimentação, maior irritabilidade e condutas repetitivas, podendo até ter momentos agressivos e lesivos (em si – autolesão – e/ou no outro – heterolesão). Este transtorno atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e 70 milhões de pessoas em todo o mundo e requer cuidados indispensáveis. 

Durante o isolamento social, vemos que o atendimento on-line, na maioria dos casos de uma pessoa com autismo, é difícil de manter. E isso pode acarretar perdas de habilidades adquiridas e maiores comprometimentos. Nesse cenário, muitos pais foram treinados pelos especialistas para poder trabalhar os objetivos das terapias com as crianças em casa, algumas famílias tiveram que iniciar atendimentos domiciliares e outras voltaram para as clínicas, quando reabertas. Mas, como as famílias devem atuar para tentar minimizar esses impactos e criar um ambiente tranquilo e adequado para os autistas? 

Segundo a especialista em TEA e credenciada da Rede Plus, serviço oferecido pela Care Plus, Marcella Marie Carvicchioli, precisamos, neste momento de pandemia e isolamento social, fazer o que é possível dentro da realidade individual de cada família e não nos cobrar caso não seja exatamente o que era antes da pandemia. “Para não perder o vínculo social já conquistado, chamadas de vídeo com professores, amigos e família podem auxiliar e tornar-se um momento de lazer e diversão para todos. Neste período em que todos estão em casa, os familiares podem ajudar no aprendizado das emoções e dos sentimentos, mostrar vídeos e imagens de pessoas com diferentes tipos de emoções e estimular a criança a se expressar e entender o que está sentindo”, explica a especialista.

 

Como garantir a autonomia das pessoas com autismo durante o isolamento social? 

Os familiares precisam ficar atentos para não realizar as atividades por essas pessoas, mas sim com elas, e para que este auxílio não seja mais do que realmente necessário, evitando que se acomodem e consequentemente não aprendam. 

“Observamos, durante o período de isolamento social, que um dos prejuízos de qualquer pessoa com autismo, seja ela adulta ou criança, é a falta de comunicação. É preciso estimular a comunicação em todas as situações possíveis. Em todas as atividades executadas com essas pessoas precisamos utilizar e aliar ao recurso verbal, como figuras do que fazer, vídeos de alguém realizando a tarefa, ajuda física (seja ela total ou parcial) e ajuda gestual, apontando e verbalizando tudo o que deve ser feito ou usado”, comenta Marcella. 

Continuar no dia a dia com os objetivos das terapias, de forma mais natural, contribui inclusive para generalização e manutenção dos aprendizados e habilidades já adquiridos.

 

Quais atividades podem ser realizadas dentro de casa para ajudar no desenvolvimento? 

Atividades básicas podem garantir o aprendizado e desenvolvimento constante das pessoas com autismo, como lavar as mãos, tomar banho, trocar de roupa, organizar os brinquedos e materiais, comer sozinho, guardar talheres, separar e guardar suas roupas. 

Além das atividades básicas, é importante inserir na rotina atividades funcionais com brincadeira com objetos que sejam dirigidas e estruturadas – com início, meio e fim. Elas podem ser manuais, possibilitando estimular a motricidade fina, como pintura e colagem. Todas elas devem estimular o contato visual e facilitar o entendimento dos sentimentos e emoções, como mímica, imitação, brincadeiras com bolinha de sabão, pega-pega, bexiga de água, quebra-cabeça e jogo da memória são ótimas para esses objetivos. “As famílias podem utilizar, além da comunicação verbal, dinâmicas com fotos, imagens, desenhos, vídeos e filmes. Usar sempre do reforço positivo, nos comportamentos adequados e esperados para determinas situações, motiva a pessoa a realizar aquilo novamente – elogios, acolhimento, abraços são importantes”, explica a especialista.

 

Preparando-as para uma futura convivência social

Pensando na convivência social, a pessoa com autismo só desenvolverá habilidades sociais quando estiver inserida no meio, seja na escola, em meio aos parentes, em atendimentos em grupo na clínica ou em treinos de habilidades sociais em situações do cotidiano. Por conta da pandemia, esse pilar do tratamento fica prejudicado, mas podemos aproveitar e ensinar de outras maneiras, como por exemplo, brincadeiras com jogos em que um espera a vez do outro para voltar a jogar, utilizando histórias sociais ou vídeos para ensinar como agir em determinadas situações. Além disso, algumas atividades que são realizadas em casa podem ser adaptadas, mantendo, de alguma forma, o contato com o externo e a natureza, como sair para caminhadas ao ar livre em horários sem movimento.

 

Programa da Care Plus garante amparo ao beneficiário com autismo

Por entender esse cenário complexo, aliado à necessidade de tratar consequências em crianças e adolescentes com doenças como Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Care Plus abraça a causa do Cuidado da Família e oferece tratamentos globais, cuidando de cada caso com a atenção que ele merece e com a mesma urgência das enfermidades físicas. Lançado pela operadora em agosto de 2019, atualmente, o programa Cuidado da Família dá suporte à jornada de mais de 190 pessoas considerando a assistência completa e atendimento on-line a todas as famílias também.

O programa permite atendimentos físicos e on-line com uma equipe multidisciplinar, incluindo sessões com psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, neurologistas individualizados, e outras especialidades. “Além das terapias feitas com os pacientes em si, ainda damos respaldo às demais pessoas da família, como apoios psicológicos e orientações 24 horas, 7 dias por semana. Há envolvimento completo de um time de profissionais da gestão de saúde e da equipe de atendimento com o entorno do paciente”, explica Melina Cury, coordenadora de psicologia da Care Plus.


Pandemia quebra rotina nutricional das crianças e coloca em risco sistema imunológico

Com mais atividades on-line e uma permanência mais longa nos lares, público infantil tem aumentado consumo de alimentos com excesso de sódio e açúcar e reduzido as porções de frutas e verduras; para manter a imunidade dos pequenos, pais devem monitorar regularmente se há déficit de vitaminas e minerais

A pandemia mudou a rotina das famílias brasileiras, impondo limitações de deslocamentos e impulsionando cada vez mais atividades on-line. Quando olhamos para o público infantil, a permanência mais longa nos lares somada a falta de atividades esportivas tem implicado em um desequilíbrio nas refeições e um consumo excessivo de alimentos industrializados, com excesso de sódio, açúcar e gordura saturada.

"Este desequilíbrio nutricional prejudica o sistema imunológico. Devemos estimular uma alimentação mais próxima do saudável, com o consumo de três a cinco porções diárias de produtos do reino vegetal como frutas, legumes e verduras para suprir a necessidade de vitaminas, principalmente as do complexo B, C, D e E, além de minerais como zinco e selênio, que são fundamentais para a boa saúde e fortalecimento da imunidade das crianças", orienta o cardiologista Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

Uma alimentação saudável pode fornecer os nutrientes diários necessários, porém, nem sempre é possível manter uma rotina equilibrada, principalmente em tempos de pandemia em que as atividades em casa favorecem o consumo em excesso de doces e snacks nos intervalos das refeições principais.

"No grupo das crianças temos observado em nossa rotina clínica uma deficiência crescente de vitaminas decorrente da má alimentação. Nestes casos, indicamos mudanças na alimentação e, quando necessário, a suplementação de vitaminas e minerais sob orientação médica. Houve uma enorme evolução nutricional neste setor, além dos formatos tradicionais em líquido e comprimidos já contamos com uma nova geração de suplementos vitamínicos em gomas, que acaba favorecendo a adesão das crianças. Dessa maneira conseguimos manter o equilíbrio diário de vitaminas e minerais que favorecem a imunidade, atuando preventivamente em muitas doenças", comenta Dr. Magnoni, responsável pela área de nutrologia de 13 hospitais de São Paulo.


Vitaminas e minerais aliados da imunidade infantil

Complexo B - Auxiliam com a absorção e ativação de nutrientes, atuam na proteção e desenvolvimento de neurônios e formação de células vermelhas do sangue. (1)

Vitamina C - Muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição. (2)

Vitamina D - Importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio. (2)

Vitamina E - É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune. (2)

Selênio - Essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. (3)

Zinco - Auxilia no funcionamento do sistema imunológico, cicatrização de ferimentos, além de fortalecimento de unhas e cabelo. (4)

 

 

Dr. Good

 

Referências

• Vitaminas do complexo B; Helio Vannucchi, Selma Freire de Carvalho da Cunha, Paula Lumy Takeuchi

• Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

• Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Selênio / ILSI Brasil; Cristiane Cominetti, Graziela Biude Silva Duarte e Silvia Maria Franciscato Cozzolino

• Funções Plenamente Reconhecidas 

Crescimento de compras no cartão de crédito aquece setor de cobranças

Vantagens para o cliente e para o empresário aumentam uso de crédito mesmo em ano de pandemia; cenário incentiva inovações nas fintechs 

 

O aumento em pagamentos com cartões no último ano representa também mudanças no setor de cobranças online. Em 2020, o uso de cartões movimentou R$ 2 trilhões, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O pagamento em cartões de crédito, sozinho, registrou R$ 1,18 trilhão em transações, marcando uma alta de 2,6%, superando expectativas do mercado para um ano de pandemia. Muitos empreendedores que não faziam uso dos pagamentos digitais migraram para o meio online devido ao cenário atual. Esse aumento representa uma oportunidade para fintechs inovarem na hora de oferecer serviços de cobrança em um mercado que procura segurança, facilidade e praticidade. 

“Sabemos o quão burocrático pode ser ter uma conta digital, principalmente quando é jurídica”, comenta José Antunes, coordenador de vendas e novos negócios da fintech Juno, especializada na desburocratização de serviços financeiros. “Nosso papel é construir uma conta cada vez mais completa, com possibilidades de recebimento, pagamentos e outros serviços relacionados, centralizando tudo isso em uma única conta completa”, afirma. 

Assim como o consumidor quer fazer uma compra rápida e segura, o empresário também deseja finalizar a transação de maneira prática e fácil. “O cartão de crédito tem a vantagem do parcelamento e, nesse momento difícil que passamos, é o que o consumidor busca cada vez mais, continuando com suas compras sem comprometer o orçamento mensal. Isso nos fez repensar em alguns produtos e desenvolver novas features para o cartão, aumentando as possibilidades de quem vende, cobrar com comodidade via cartão, conseguindo acompanhar essa tendência”, explica Antunes. 

Pequenas e médias empresas são boa parte dos novos usuários de sistemas de pagamento online. Só entre março e julho do ano passado, foram registradas 150 mil novas lojas virtuais, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. A pandemia acelerou a digitalização do mercado, e os empreendimentos menores viram a necessidade de apresentar variadas formas de transações financeiras. O coordenador de vendas da Juno aponta: “A abertura facilitada de contas, com envios de documentos e comprovantes de forma digital, com operacionalização da conta em poucos minutos, foi a grande vantagem da digitalização de contas e dos serviços bancários em geral.” 

Garantir a confiança do cliente ganhou ainda mais destaque, e mostrar que a compra virtual é segura e fácil se tornou um dos pontos fundamentais. Soluções como o checkout transparente, no qual um pagamento pode ser feito diretamente no site da loja, sem redirecionar o usuário para outra página, são um atrativo para serviços de pagamentos. “Perder um cliente no checkout é a pior coisa que pode acontecer para um e-commerce e nós sabemos disso, por isso a preocupação em ter diferentes rotas para nunca deixar nossos clientes na mão”, Antunes destaca. 

O ambiente virtual gera desconfiança pelo número de golpes, e apresentar formas seguras de transação é um atrativo das fintechs para os empreendedores. A Juno, por exemplo, aposta na personalização do mecanismo antifraude, mesmo para as pequenas e médias empresas que não costumam receber esse grau de customização. “Conseguimos elaborar nosso mecanismo antifraude com o cliente, modulando uma regra mais rígida ou permissiva. Essa personalização é importante para vendas saudáveis, evitando o chargeback, uma grande dor de cabeça para quem vende online”, completa o coordenador da Juno.

 

Micro e pequenos negócios podem pagar Simples com Pix: 16 milhões de contribuintes são beneficiados

O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) virá com um QR code que possibilitará o pagamento instantâneo

 

Os micro e pequenos negócios que se enquadram no Simples Nacional poderão pagar suas contribuições através do Pix, tecnologia de pagamentos instantâneos criada pelo Banco Central. A novidade foi anunciada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A expectativa é que mais de 16 milhões de empreendedores sejam beneficiados com a facilidade de realizar o pagamento em qualquer dia, a qualquer horário e banco que tenha o Pix.

Para fazer o pagamento do Simples com Pix, basta retirar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) online, pois a partir de agora ele virá com um QR code. Em seguida, o contribuinte abre o aplicativo do banco que é correntista, escolhe a função Pix, faz leitura do código QR code com a câmera do celular e o processo será iniciado. O pagamento instantâneo também estará disponível para quem está renegociando dívidas e precisa pagar as parcelas do Simples.

A analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Cristina Vieira acredita que o pagamento via Pix é um avanço para os donos de pequenos negócios. “O Pix já estava disponível para os micro e pequenas empresas desde novembro de 2020 e agora, com os avanços da tecnologia de pagamentos proporcionada pelo QR code, os empresários terão mais esta facilidade. Nós sabemos como a vida do empreendedor é corrida, toda solução que venha facilitar a rotina deve ser comemorada”, afirma.

Atualmente, segundo a Receita Federal, existem 5 milhões de micro e pequenas empresas e 11 milhões de MEI inscritos no Simples Nacional. O regime especial existe desde 2006 e unifica, numa guia única, o recolhimento de sete tributos federais, mais o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados, e o Imposto sobre Serviços (ISS), administrado pelos municípios.


Avanços no Pix

Lançando em novembro de 2020 pelo Banco Central, o Pix é um meio de pagamento instantâneo criado para trazer agilidade, segurança e praticidade aos usuários. Com baixo custo e a simplicidade das operações, se revelou uma das formas de pagamento aceita por milhares de micro e pequenos negócios de todo país. Ao longo deste ano, o Banco Central prevê uma série de avanços para o Pix. Na agenda evolutiva da ferramenta, está a inclusão da possibilidade de fazer saques, integração do Pix com a agenda telefônica do usuário, Pix por aproximação e débito automático com a opção Pix.


As metodologias ágeis e suas conexões multidisciplinares

A aplicação de Agile marketing nos mais variados projetos exige interação cada vez maior das equipes que dominam essa estratégia. A prestigiada ferramenta funciona bem desde os mais robustos aos mais compactos planejamentos dentro de uma empresa. O objetivo vai muito além de ser simplesmente uma metodologia ágil de gestão de projetos que utiliza ciclos curtos de trabalho. E sua abordagem interativa e incremental se traduz em melhorias contínuas nas estratégias de marketing.

Mas como ter um processo fluído, ágil, flexível, a partir de boas práticas, e extrair os melhores insights na estrutura de marketing? Uma perspectiva segura é sempre se orientar pela necessidade específica para cada cliente, levando-se em conta a experiência com cada ação e seguindo os fluxos de implementação de metodologia.

O agile maketing é concebido a partir de comportamento e atitudes. Como o momento atual exige muita adaptabilidade e flexibilidade nas organizações, o conceito de marketing ágil deve ser incluído e implementado na prática dos negócios.

Eu costumo dizer que para fazer a ‘roda girar’ é vital conectar áreas complementares em um mesmo objetivo, como por exemplo, atendimento com o time de projetos e suas distintas lideranças. Essa sinergia forma uma grande oportunidade de acelerar os processos, tracionando melhor as demandas do cliente.

Para atingir os resultados ao longo das iniciativas realizadas, o melhor caminho é investir numa visão de multidisciplinaridade, com conversas frequentes entre as equipes, trocas para provocar a quebra de silos entre departamentos, seja projetando tecnologias complementares, usando as várias práticas de marketing, enfim, tudo o que possa transformar e gerar benefícios para o cliente.

Cada vez mais, vemos a necessidade de ser ágil na tomada de decisão e na mudança e readequação de rota, de ter menos planejamento fixo e ter muitas cabeças conectadas, que pensam diferente, movimentando essa sinergia, com recorrência de conversas, operando sempre com olhar para o resultado do cliente. Hoje, não atuamos mais com a chamada ‘entrega de prateleira’, é tudo mais personalizado. Agora, essa dinâmica também tem de ser impressa dentro do cliente. Temos que corresponder a esse novo movimento e o marketing ágil veio para auxiliar nesse formato. Aqui, vale lembrar que há circunstâncias em que não é tão fácil fazer essa movimentação, podemos ter um ‘transatlântico’ que não consegue fazer a mudança de rota tão rápida. E aí que entra nosso maior desafio.

Há barreiras culturais a serem transpostas, temos milhões de variáveis e precisamos ter a capacidade de se adaptar e se modelar para uma corrigir rotas em tempo real e ter a coragem de tomar melhores decisões, ou seja, nessa etapa vale exercer a adaptabilidade e a flexibilidade.

Não podemos confundir agilidade com velocidade para atingir determinados resultados. Não é bem assim que funciona. A melhor tática é fazer mini entregas, entregas pontuais, com coleta de resultados nas primeiras semanas. Assim, é possível ver o alicerce do projeto subindo mais rápido. Você experimenta iniciativas menores e vê como se comportam, passo a passo, com ações mais testáveis e não mais uma campanha gigantesca. Desta forma, você traz a sensação de agilidade e de maior assertividade, diferente da metodologia tradicional aplicada. Ser ágil é o famoso ‘vamos devagar para ir rápido’, fazendo vários testes para ir mais rápido e ganhar tração.

E isso é uma novidade, ainda em fase de aprendizados. A tecnologia se adaptou bem a esse universo e entendeu o benefício de maneira mais rápida. O marketing ainda está absorvendo e trazendo essa metodologia para a nossa realidade do dia a dia e cobrando mais de seus fornecedores. Não há tanto a necessidade de fazer uma grande reunião para tornar o projeto mais ágil, mas é fundamental estar presente na tomada de decisão e inserir cada vez mais os processos agile.

O ideal é buscar a flexibilidade e a dinâmica mais aplicável ao negócio do cliente. É importante entender a real necessidade dele, olhar para o que realmente faz sentido e, dentro do cenário que enxergamos, identificar qual a melhor forma de conduzir os métodos mais ágeis e eficientes a serem aplicados. Ter todas as opções de frameworks e ferramentas que dão flexibilidade de aprimoramento aos processos como um todo. No entanto, a confiança da liderança e a aposta no que for mais assertivo naquele momento são fundamentais. O agile é ‘líquido’ e vai se adaptando à medida que os resultados são, de fato, efetivos e comprovados.



Felipe Rodriguez - diretor de Operações da Gauge, do Grupo Stefanini

 

Lidar com imprevistos nos negócios exige sabedoria e jogo de cintura

 

Escassez de matéria-prima, afastamento de um colaborador por acidente, mercadoria extraviada e até uma pandemia – quem diria? - são apenas alguns dos inúmeros imprevistos que empreendedores e empresários em todo o mundo podem enfrentar em algum momento. As incertezas são eternas companheiras na trajetória empreendedora e você já deve ter notado que é praticamente impossível programar um caminho perfeito, cobrindo todas as variáveis possíveis. Mas calma, não quero assustar e nem deixar aqui uma mensagem de pessimismo. Pelo contrário, o objetivo aqui é, justamente, ajudar a enfrentar esses desafios, quando eles surgirem!  

  

Primeiro, é importante ter em mente que saber lidar com imprevistos é uma característica importante para ser um empreendedor de sucesso. Também é interessante entender que há formas de minimizar a ocorrência de algumas situações imprevistas. O planejamento empresarial é um dos caminhos para isso. Ao estipular objetivos, traçar metas e estabelecer estratégias para alcançá-las, conseguimos avaliar e até prever quais podem ser os obstáculos que surgirão no percurso, embora alguns sejam bastante imprevisíveis, caso da pandemia que o mundo está vivendo. Outro exercício interessante é traçar cenários e pensar nos imprevistos que podem aparecer.  

  

Avalio que outro passo válido é ter um Plano de Continuidade de Negócios. O conteúdo e os componentes de um plano como esse vão variar de uma empresa para outra e podem ter níveis de detalhamento de acordo com a complexidade técnica e cultura de cada negócio. Oriento que todos os departamentos da companhia sejam avaliados e “cobertos” com medidas preventivas. Para isso, é importante avaliar os pontos fortes e fracos da empresa e, com base nessa análise, estabelecer os riscos possíveis. Depois, é hora de avaliar de que maneira essas ameaças podem impactar a empresa e, por fim, estabelecer um planejamento estratégico com orientações sobre as medidas que precisam ser adotadas para a retomada das operações. Também é válido ter um Plano de Contingência previamente estabelecido. Ele será utilizado caso todas as medidas preventivas falhem.  

  

Ter todos esses cenários traçados e pensar nas consequências obviamente não vão, por si só, livrar as empresas ou fazer com que elas passem ilesas por imprevistos e até por crises. Porém, podem ajudar a minimizar os impactos para o negócio. Nenhum de nós jamais imaginou passar por um longo período de incertezas, tanto tempo com nossas empresas de portas fechadas, com limitação da nossa circulação pelas cidades, encarar falta de matéria prima em uma série de setores e precisar de autorização para que apenas o essencial funcione. Não imaginar um cenário como esses, no entanto, não impediu que essa se tornasse uma realidade no mundo inteiro. Agora que já temos essa experiência, podemos encarar os imprevistos com mais sabedoria, jogo de cintura e resiliência.  

  


Haroldo Matsumoto - especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia.  


Vendas do comércio têm retração de 7,3% em março, segundo Serasa Experian

Segmento de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios registra maior queda do mês 


O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian revelou que as vendas físicas do comércio brasileiro caíram 7,3% em março de 2021, quando comparadas com o mês anterior. Na análise por segmento, todos registraram quedas ainda maiores do que as marcadas em fevereiro de 2021. O destaque negativo fica com o segmento de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios, que caiu 28,7%. Confira:


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a retração tem um reflexo claro. “O retorno das medidas mais severas sobre o distanciamento social e as restrições de funcionamento impostas aos comércios impactaram diretamente as vendas dessas empresas durante o mês, causando queda em todos os setores. Além disso, o poder de compra do consumidor também foi afetado pelo corte do auxílio emergencial. É possível observar ainda, que os itens essenciais, como alimentação, tiveram um tombo mais leve, já que mesmo com a alta dos preços continuam sendo imprescindíveis. Ou seja, as pessoas estão tendo que avaliar suas necessidades e ser cada vez mais criteriosas para realizar suas compras”.

Na comparação entre março 2021 e o mesmo mês do ano anterior as vendas do comércio demonstram crescimento de 5,3%. Nessa análise, todos os segmentos também registram alta, exceto o de Tecidos, Vestuários, Calçados e Assessórios, que tem queda de 20,4%. Se considerarmos o primeiro trimestre de 2021, houve um leve aumento de apenas 0,3% no acumulado do ano em relação ao mesmo recorte de 2020

 


Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


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