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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Como ter um projeto de vida claro para a realização pessoal



Para o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, as pessoas não sabem verdadeiramente o que querem, com isso, dão espaço para as frustrações


A insatisfação, a frustração, a não realização faz parte da vida de muitas pessoas. Algumas passam toda a existência com esses sentimentos, mas tentam escondê-los ou negá-los. Acreditam que não podem se dar ao luxo de pararem e se questionarem o porquê disso. Mas será que, se parassem não descobririam o que as mantêm infelizes e, assim, poderiam direcionar suas energias para aquilo que lhes daria a realização e o sucesso que sempre quiseram. O que as impede desse exercício? 

Segundo o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, não saber o destino que se quer para a vida é o primeiro passo para ficar perdido. “Nosso cérebro é como um motorista. Ele precisa de um endereço exato. Se você apenas fala pare ele ‘eu vou ter sucesso’ ou ‘vou ter um casamento romântico’, o cérebro fica tão perdido quanto um motorista sem endereço, que dá voltas e mais voltas, gasta gasolina, perde muito tempo e fica exausto.”

Para Shinyashiki as pessoas não sabem verdadeiramente o que querem. Ficam tentando mudar o rumo de suas vidas sem saberem o motivo que as move. “Antes de fazer uma mudança é fundamental conhecer as razões para realizá-la, o que as leva a querer fazê-la, pois mudanças impulsivas costumam ser frágeis.”
O psiquiatra dá o exemplo das tradicionais listas de promessas de ano-novo que muitas pessoas fazem. Emagrecer, fazer uma poupança, trocar de emprego, são as mais comuns. Quando inicia o ano alguns dão os primeiros passos para executá-las, mas, normalmente, não duram mais de um mês. Isso ocorre, de acordo com Shinyashiki, por que são promessas impulsivas que nascem sem força, não têm verdade dentro delas.

Portanto, ter um projeto de vida claro é fundamental. Este, inclusive, é um dos pontos que médico psiquiatra aborda em seu novo livro “Pare de dar murro em ponta de faca”, lançado pela Editora Gente. 

“Se você não se conhece, acaba fazendo várias listas de promessas frágeis. E você só vai crescer quando se conhecer”, afirma Shinyashiki, que cita os cinco bloqueios que fazem os projetos não avançares:

·         Não admitir que está dando murro em ponta de faca

·         Não escutar a sua alma

·         Não se comprometer profundamente com seu projeto

·         Não ter um projeto de vida claro

·         Não implementar o projeto

Conhecer a nossa alma não é fácil, pois esse trabalho significa conhecer a luz e a sombra. Mas de acordo com o psiquiatra, é preciso ter coragem e ver os medos e as frustrações. Ver as tristezas que o coração carrega, ou seja, ouvir a si mesmo. “Para escolher o certo, você precisa conhecer sua alma. Ao não definir quem você é, ficará eternamente perdido sem saber qual lado seguir. Você cisca de projeto em projeto, de emprego em emprego, de relacionamento em relacionamento, sem nunca se permitir ir a fundo”, destaca.

Segundo Shinyashiki, quando o coração nos empurra nós avançamos. Portanto, é necessário cada um olhar para dentro de si, tomar consciência do que está em sua alma e parar de dar murro em ponta de faca.




O sentido da vida



Fim de ano é tempo de refletir sobre o que estamos fazendo com nossas vidas. É bom momento para balanço dos atos passados e projeção do que faremos no futuro. Conquanto tenha feito conquistas maravilhosas no campo da ciência e da tecnologia, a sociedade ainda se debate com a questão proposta por Sócrates, 400 anos antes de Cristo: qual o sentido da vida e como viver?

O homem é o único animal que sabe que vai morrer e, quando descobriu esse fato, surgiu a pergunta filosófica: como viver? Caetano Veloso, em uma de suas canções, diz que “viver não é preciso; navegar é preciso”. Mas essa expressão não é dele – é do grande poeta português Fernando Pessoa, e quer dizer que alguém pode dar fim à própria vida, mas, em resolvendo viver, é preciso navegar, fazer escolhas e agir.

O psiquiatra Viktor Frankl, após ter a família exterminada, perdido o patrimônio e sido torturado em campos de concentração, retornou a seu consultório em Viena e, a partir de seus estudos e pesquisas, publicou o livro Em Busca de Sentido. Na obra, ele menciona que os prisioneiros de guerra, embora submetidos a castigos e torturas, não se suicidavam, e conclui que assim agiam porque suas vidas tinham sentido e eles nutriam a esperança.

Há uma corrente da filosofia chamada niilismo (cujos expoentes são Sartre, Nietzsche e Durkheim), para a qual após a morte só existe o nada; logo, a vida não tem sentido. Outra é chamada absolutismo (representada por Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, por exemplo), para a qual há Deus, a morte não é o fim e, por isso, há razão por que viver. A terceira corrente, à qual Viktor Frankl pertence, é chamada relativismo, para a qual a vida tem sentido e significado... se você der-lhe um.

Para os relativistas, o sentido da vida deve ser buscado pelo próprio indivíduo, com ou sem Deus. E o dr. Frankl afirma que o vazio existencial vem da ausência de sentido. A busca de significado e de uma razão por que viver não é somente uma questão filosófica, mas também fisiológica e social. Às vezes, os neuropeptídios, ou os traumas, desorganizam nosso cérebro e nos lançam na depressão, esse distúrbio mental que leva à falta de vontade de viver e lança muitos ao precipício do suicídio.

Quanto ao ambiente social, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), houve 278.839 assassinatos no Brasil nos cinco anos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2015 – média mensal de 4.647 vítimas. Nesse mesmo período, a Síria, em sangrenta guerra civil, teve 256.124 pessoas mortas, média de 4.493 por mês. Ou seja, aqui se mata mais que na apavorante guerra síria.

Com tanta violência, tanta corrupção, tanta degeneração da vida, cabe indagar como é possível viver uma vida plena de sentido em uma sociedade arruinada nos valores e nas relações entre as pessoas. As saídas que se apresentam são: suportar tudo calado; ir embora do país; ou não se conformar e lutar pela transformação social.

Para a maioria dos 207 milhões de habitantes do país, a opção de ir embora não existe. Suportar tudo calado significa desistir e viver com medo. Então, a solução é não se conformar, e reagir. Resta saber como. Muitas pessoas têm vontade de lutar, mas não sabem por onde começar nem que instrumentos usar. O fato é que a violência urbana, a deterioração social e o medo ajudam a solapar a busca de um sentido individual de existência.





José Pio Martins - economista, é reitor da Universidade Positivo.





Em 2018, coloque paz no seu coração



Ano Novo. Que seja de conquistas para cada um de nós e para o Brasil. Afinal, como país, temos muitos motivos para estar otimistas – a economia está dando sinais de retomada, o desemprego está caindo, a inflação permanece baixa, nossa seleção está bem cotada para ganhar a Copa do Mundo na Rússia e em outubro vamos eleger um novo presidente, novos governadores, senadores e deputados. Não é pouca coisa. E para você? Também será um ano transformador se souber cuidar de si mesmo, aprendendo a viver em paz e colocando sentimentos positivos dentro do coração.

Vamos deixar o passado no lugar dele e viver o presente, com um olho no futuro, sempre com muita serenidade. Sabemos o quanto foi difícil e estressante o ano que passou, mas, como diz o ditado, ‘não adianta chorar sobre o leite derramado’. É importante se desfazer desses sentimentos ruins e rancorosos em relação ao que passou e começar de novo, com fé, energia e a disposição de um professor em seu primeiro dia de aula. Estamos precisando disso.

Em seu último livro lançado em português pelo selo IRH Press do Brasil, O Milagre da Meditação, o autor e mestre japonês Ryuho Okawa nos estimula a “treinar nossa mente para poder libertá-la dos pensamentos que provocam desarmonia”. Na obra, ele ensina os segredos da meditação e sua importância para alcançar a paz interior, desde que olhemos nossa vida de uma perspectiva espiritual, “acreditando na existência do divino”.

“Somos aquilo que pensamos”, diz Okawa. É com essa convicção que devemos iniciar 2018, acreditando em nosso potencial de transformação pessoal – inovar nossa própria vida e a realidade que nos cerca. Acredite. Seja diferente. Evite pensamentos negativos. Você e ninguém mais é o autor da história de sua vida e o construtor da própria felicidade. Essa força interior o ajudará a encontrar caminhos alternativos e soluções mesmo nos momentos de dificuldades e perdas. Infelizmente, “a maioria das pessoas segue pela vida sem ter ideia do que ocorre em sua mente e do que ela é capaz de conseguir”.

No corre-corre diário, no trabalho ou junto à família, devemos cultivar “pensamentos de paz interior”. Pessoas que conseguem manter a serenidade do coração têm mais facilidade de manter o equilíbrio diante das exigências do mundo moderno, onde todos nos cobram atenção, eficiência e resultados.

Às vezes, temos a impressão de que nunca conseguimos concluir uma tarefa e de que estamos sempre correndo atrás. Esse permanente estado de insatisfação, quando levado ao extremo, pode nos deixar angustiados, sem paciência, e muitas vezes deprimidos, descontrolados e até violentos. Isso pode acontecer no trabalho, em casa, em um relacionamento amoroso, pode afetar jovens, adultos, até crianças, pais, mães, executivos, gerentes ou funcionários.

Caso você se sinta nessa situação, comece 2018 tentando mudar. É bom alimentar sonhos para o futuro, mas não adianta fazer promessas de correr atrás de conquistas materiais se você não estiver em paz com você mesmo, com você mesma. E tudo pode começar com pequenas atitudes. Por exemplo, “a técnica de respirar calmamente é um método muito eficaz para criar uma energia de pensamento serena”, evitando explosões de raiva e respostas intempestivas diante de agressões e ofensas. Inspirar e expirar de forma ritmada tem um efeito relaxante sobre os músculos do corpo todo, reconduzindo nossa mente a um estado de calma e serenidade.

Essa serenidade, cultivada e renovada todos os dias, transformará sua vida. Com pensamentos e o coração em paz, você se tornará mais paciente, perspicaz e ganhará o respeito de todos como uma pessoa sensata. Um dos caminhos para essa transformação é a meditação. “Ela nos liberta de pensamentos negativos, consegue a elevação de nossa consciência, leva à união com o divino e nos faz vivenciar a felicidade da paz interior”, diz o mestre Okawa. 

Pacificar nossa própria vida nos fará ver o mundo com outros olhos e nos deixará mais preparados para grandes conquistas. Tente. Você pode ter um ano muito mais feliz do que imagina.





Milton Nonaka  consultor de novos negócios da editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho Okawa. Um dos autores mais prestigiados no Japão, Okawa tem mais de 2.200 livros publicados, ultrapassando 100 milhões de cópias vendidas, em 28 idiomas.  (www.okawalivros.com.br)



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