Para o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, as pessoas não sabem
verdadeiramente o que querem, com isso, dão espaço para as frustrações
A insatisfação, a frustração,
a não realização faz parte da vida de muitas pessoas. Algumas passam toda a
existência com esses sentimentos, mas tentam escondê-los ou negá-los. Acreditam
que não podem se dar ao luxo de pararem e se questionarem o porquê disso. Mas
será que, se parassem não descobririam o que as mantêm infelizes e, assim,
poderiam direcionar suas energias para aquilo que lhes daria a realização e o
sucesso que sempre quiseram. O que as impede desse exercício?
Segundo o médico psiquiatra
Roberto Shinyashiki, não saber o destino que se quer para a vida é o primeiro
passo para ficar perdido. “Nosso cérebro é como um motorista. Ele precisa de um
endereço exato. Se você apenas fala pare ele ‘eu vou ter sucesso’ ou ‘vou ter
um casamento romântico’, o cérebro fica tão perdido quanto um motorista sem
endereço, que dá voltas e mais voltas, gasta gasolina, perde muito tempo e fica
exausto.”
Para Shinyashiki as pessoas
não sabem verdadeiramente o que querem. Ficam tentando mudar o rumo de suas
vidas sem saberem o motivo que as move. “Antes de fazer uma mudança é fundamental
conhecer as razões para realizá-la, o que as leva a querer fazê-la, pois
mudanças impulsivas costumam ser frágeis.”
O psiquiatra dá o exemplo das
tradicionais listas de promessas de ano-novo que muitas pessoas fazem.
Emagrecer, fazer uma poupança, trocar de emprego, são as mais comuns. Quando
inicia o ano alguns dão os primeiros passos para executá-las, mas, normalmente,
não duram mais de um mês. Isso ocorre, de acordo com Shinyashiki, por que são
promessas impulsivas que nascem sem força, não têm verdade dentro delas.
Portanto, ter um projeto de
vida claro é fundamental. Este, inclusive, é um dos pontos que médico
psiquiatra aborda em seu novo livro “Pare de dar murro em ponta de faca”,
lançado pela Editora Gente.
“Se você não se conhece, acaba
fazendo várias listas de promessas frágeis. E você só vai crescer quando se
conhecer”, afirma Shinyashiki, que cita os cinco bloqueios que fazem os
projetos não avançares:
·
Não
admitir que está dando murro em ponta de faca
·
Não
escutar a sua alma
·
Não
se comprometer profundamente com seu projeto
·
Não
ter um projeto de vida claro
·
Não
implementar o projeto
Conhecer a nossa alma não é
fácil, pois esse trabalho significa conhecer a luz e a sombra. Mas de acordo
com o psiquiatra, é preciso ter coragem e ver os medos e as frustrações. Ver as
tristezas que o coração carrega, ou seja, ouvir a si mesmo. “Para escolher o
certo, você precisa conhecer sua alma. Ao não definir quem você é, ficará
eternamente perdido sem saber qual lado seguir. Você cisca de projeto em
projeto, de emprego em emprego, de relacionamento em relacionamento, sem nunca
se permitir ir a fundo”, destaca.
Segundo Shinyashiki, quando o
coração nos empurra nós avançamos. Portanto, é necessário cada um olhar para
dentro de si, tomar consciência do que está em sua alma e parar de dar murro em
ponta de faca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário