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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Os smartphones se tornarão o controle remoto do mundo



Sim, existem diversos apps para Android e iOS que "transformam" o smartphone em uma espécie de controle remoto da TV. Mas essa é apenas uma faceta, digamos, inusitada, quase folclórica, desses aparelhos que, a cada dia que passa, se tornam onipresentes no bolso e na bolsa de usuários e usuárias pelo planeta afora.

E essa onipresença tem mesmo razão de ser: hoje, falar ao telefone celular é o que menos se faz; ele vem se transformando em uma carteira eletrônica completa, verdadeira central de serviços financeiros, trabalho e lazer como nunca se viu. Para se ter ideia do que isso representa, basta dizer que algo que há uma década parecia pouco provável já está acontecendo. Segundo recente pesquisa do IBGE, os equipamentos móveis se consolidaram de vez como principais meios de acesso à internet no Brasil. De acordo com o Instituto, 92,1% do acesso à rede são feitos por esse tipo de equipamento no País - batendo, pela primeira vez, os computadores pessoais.

Isso porque o smartphone reúne uma série de características que têm tudo a ver com a geração dos Millennials - que está recebendo o bastão e dará as cartas pela próxima década, no mínimo. Trata-se de uma geração hiperconectada, preocupada com o uso inteligente de seu tempo e com a sustentabilidade em todos os aspectos da vida e que transformou as redes sociais na versão digital (e visceral) do "power to the people".

Atualmente, é possível pagar boletos por meio dos aparelhos móveis (além de gerenciar suas contas bancárias e seus cartões de crédito e débito de forma online), comprar produtos e serviços (como o tíquete do estacionamento no shopping, combustível em postos sem nem sair do carro e diversos meios de transporte urbano), além, claro, de assistir a filmes e séries, adquirir ingressos para cinema, teatro e shows e atualizar seus perfis na web a qualquer hora e em qualquer lugar.

E nem entramos ainda na discussão sobre o que será o smartphone (fisicamente) no futuro próximo. De acordo com o que já estamos testemunhando, sua e-wallet terá formatos cada vez mais ergonômicos, será à prova de quedas, poderá ter opções com tela dobrável e que se pode vestir, como um bracelete high-tech, ou até implantado no corpo. O protótipo de uma versão "gelatinosa", combinação de alumínio com resinas naturais, já está operante, embora ainda não à venda - e ela é capaz, inclusive, de se consertar sozinha.

O smartphone do futuro também reconhecerá (além da impressão digital e da íris) o rosto do usuário, avaliará seu humor, e trabalhará com comandos de voz diretos, sem qualquer tipo de digitação necessária. Ou seja, se tornará orgânico, parte das pessoas. Isso quer dizer que a expressão "estou me sentindo nu sem meu celular" fará sentido quase literal.

De volta à realidade, e aos números do estudo do IBGE, é bom saber que eles vão ao encontro da terceira edição da pesquisa PayPal/Ipsos, divulgada em novembro do ano passado, segundo a qual 17% de tudo o que foi comprado online no Brasil nos 12 meses anteriores teve como ponto de partida um smartphone. Em 2015, o mesmo indicador havia registrado 13%. Ou seja, quem adquire o aparelho passa a usá-lo para tarefas antes mais fáceis de ser executadas à frente de um PC. É, sem dúvida, a revolução dos devices móveis.
Mais uma prova de que o futuro pertence a eles é outro estudo contratado em 2016 pelo PayPal Brasil, este à Euromonitor International. De acordo com ele, até 2020, cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo inteiro serão assinantes de internet móvel. No Brasil, esse número deve bater os 250 milhões de usuários até o final desta década.

Também segundo a Euromonitor, hoje 100% da população brasileira está coberta por redes celulares; e 94% contam com alguma cobertura de rede 3G. Aliás, o Brasil é o segundo colocado na América Latina em termos de penetração da tecnologia de internet móvel - atrás somente da Costa Rica.

A verdade é que não importa se o smartphone como o conhecemos se transformará em um item vestível ou um holograma ou o que quer que a imaginação humana possa inventar. A única certeza é que ele já está se tornando indispensável como nenhum outro device jamais sonhou ser - e se tornará, cada vez mais, o controle remoto do nosso mundo.





Mario Mello - diretor geral do PayPal para a América Latina






THE ECONOMIST: ÍNDICE DE "TETO DE VIDRO" 2017 MOSTRA OS PAÍSES QUE AINDA SÃO OS MELHORES PARA TER UMA MULHER QUE TRABALHA





De acordo com o Índice de "Teto de Vidro" (GCI, na sigla em inglês) 2017 da The Economist, uma avaliação anual de onde as mulheres têm as melhores e as piores chances de receber tratamento igualitário no trabalho dentro da OCDE, um clube de países majoritariamente ricos, a taxa de participação de 63% das mulheres na força de trabalho cresceu apenas 3 pontos percentuais desde 2005, enquanto a taxa de participação de homens no mercado de trabalho permaneceu a mesma em 80%. Além disso, a diferença salarial entre os gêneros não mudou substancialmente nos últimos cinco anos, com mulheres ainda ganhando cerca de 85% do que ganham os homens.

O GCI, que combina dados sobre ensino superior, participação na força de trabalho, salário, custos com crianças, direitos de maternidade e paternidade, matrículas em escolas de negócios e representatividade em posições sêniores para criar um ranking de 29 países da OCDE, mostra que os países Nórdicos ainda são os melhores para se trabalhar se você é uma mulher. A Islândia lidera o ranking geral e também muitos dos indicadores, inclusive de ensino superior, mulheres em Conselhos de empresas e mulheres no Parlamento. Turquia, Japão e Coreia do Sul ficaram nas três últimas colocações do índice geral.

Em uma análise mais profunda, o gráfico interativo da The Economist revela quais são os vencedores e os perdedores nos diversos indicadores:


•    Ensino superior: Na Islândia, a taxa de conclusão de cursos superiores por mulheres é 14,9 pontos percentuais maior que a de homens; já na na Suíça, a taxa é 9,7 pontos percentuais menor que a de homens

•    Taxa de participação na força de trabalho: A Finlândia tem a menor diferença entre taxas de participação na força de trabalho entre homens e mulheres, enquanto a Turquia tem a maior

•    Diferença salarial entre os gêneros: Mulheres sul-coreanas têm a maior diferença salarial no índice (36,7%) e as belgas a menor (3,3%)

•    Mulheres em posições de gerência: Os Estados Unidos registram a maior porcentagem (43,4%) de mulheres em posições de gerência, enquanto a Coreia do Sul a menor (10,5%)

•    Mulheres em Conselhos de empresas: A Islândia tem a maior fatia de mulheres em Conselhos (44,0%), enquanto a Coreia do Sul tem a menor (2,4%)

•    Vestibular para Cursos de Negócios (GMAT) realizados por mulheres: A Finlândia tem a maior taxa de realização de exames GMAT por mulheres (47,5%), enquanto o Japão tem a menor (21,6%)

•    Mulheres no Parlamento: A Islândia tem a maior porcentagem de mulheres em seu Parlamento (47,6%), ao passo que o Japão tem a menor (9,5%)

•    Custos líquidos com crianças: A Grã-Bretanha tem o maior custo líquido com crianças em 45,7% do salário médio; a Coreia do Sul tem o menor,  de 0%.

•    Licença remunerada para mães: As mães húngaras têm a licença-maternidade mais generosa com 71 semanas de licença-maternidade remunerada, enquanto os Estados Unidos estão na última colocação com zero semanas

•    Licença remunerada para pais: Os homens japoneses têm a licença-paternidade remunerada mais longa com 30 semanas; os EUA ficam na última posição com zero semanas

De acordo com a autora do Índice, Roxana Willis, os dados do GCI deste ano mostram que problemas estruturais e desigualdades de gênero persistem na OCDE: "Com poucas mulheres galgando cargos, e efeitos fortes de redes de contatos exclusivamente masculinas, o Índice "Teto de Vidro' da The Economist mostra que a representatividade em cargos geralmente mais bem remunerados e de status mais elevado fica mais perto de um terço do que da metade". Roxana explica ainda que apesar da primeira colocação no índice, as mulheres islandesas ainda acreditam que têm um longo caminho a trilhar para chegar à igualdade: "Em 24 de outubro do ano passado, em um ato de protesto, muitas mulheres islandesas deixaram seus locais de trabalho mais cedo para refletir sua diferença salarial de gênero de 14%".

Este é o quinto ano em que a The Economist divulga seu Índice "Teto de Vidro". Quando foi lançado em 2013, eram apenas cinco indicadores e 26 países. Hoje, são dez indicadores incluindo licenças-maternidade e paternidade para 29 países da OCDE.





The Economist

Especialista esclarece principais dúvidas sobre imposto de renda



Disparidade de salários entre gêneros pode ser reduzida com três poderosos aceleradores de carreira



Uma pesquisa finalizada pela Accenture (NYSE: ACN) revela que as universitárias que se formarem em 2020 em mercados emergentes poderão integrar a primeira geração a eliminar as diferenças salariais entre gêneros.

O relatório, Getting to Equal 2017, revela que dentro de algumas décadas as disparidades salariais poderiam ser extintas se as mulheres se beneficiassem de três equalizadores de carreira, e se empresas, governos e universidades fornecessem o apoio necessário.

Com esses fatores, as diferenças salariais em mercados desenvolvidos poderiam ser extintas até 2044, reduzindo o prazo para atingir a paridade em 36 anos. Já nos mercados emergentes, tais mudanças poderiam eliminar mais de 100 anos de atraso para alcançar a igualdade de remuneração, atingindo-a até 2066, ao invés de 2168.

"A futura força de trabalho deve ser igualitária. As disparidades salariais são imperativos econômicos e competitivos que impactam a todos, e devemos tomar as medidas certas para criarmos oportunidades significativas para as mulheres, além de preencher essa lacuna mais rapidamente", avalia Patrícia Feliciano, diretora executiva de Talent & Organization da Accenture no Brasil.


A pesquisa da Accenture identificou que, globalmente, uma mulher ganha em média 100 dólares para cada 140 dólares recebidos por um homem. No Brasil, entre os diversos fatores críticos que impactam a capacidade de uma mulher alcançar a igualdade de remuneração logo na universidade, destacam-se: estudantes do sexo feminino, comparadas com seus colegas do sexo masculino, optam com menos frequência por áreas de estudos que ofereçam alto potencial de ganhos (27% contra 29%, respectivamente); por ter um mentor (37% contra 43%); ou por aspirar posições de liderança (51% contra 60%). Além disso, as mulheres demoram mais para adotar novas tecnologias (45% contra 60%) e para iniciar cursos de computação e codificação (64% contra 82%).

O relatório – baseado em um levantamento de 2016 da Accenture sobre o ‘gap’ de gênero no mercado de trabalho – ainda destaca três poderosos aceleradores para ajudar as mulheres a eliminar esta disparidade de remuneração:


o   Fluência Digital: até que ponto as pessoas utilizam tecnologias digitais para se conectar, aprender e trabalhar.

o   Estratégia de carreira: necessidade de as mulheres terem ambições, fazerem escolhas conscientes e gerenciarem proativamente suas carreiras.

o   Imersão tecnológica: oportunidade de adquirir mais tecnologia e competências digitais mais fortes para avançarem tão rapidamente quanto os homens.

Aplicando estes aceleradores de carreira, combinados com o apoio de empresas, governos e universidades, tais disparidades salariais poderiam ser reduzidas em 35% até 2030, aumentando o rendimento feminino em 3,9 trilhões de dólares.

"A igualdade de gênero é um elemento essencial de um mercado de trabalho inclusivo, e isso se estende à remuneração", destaca Pierre Nanterme, Presidente e CEO da Accenture. "As empresas, governos e universidades têm um importante papel a ser desempenhado no preenchimento desta lacuna. A colaboração entre essas organizações é chave para a geração de oportunidades, ambientes e modelos adequados para a condução deste caminho à mudança".


Metodologia

A Accenture pesquisou mais de 28 mil homens e mulheres, incluindo alunos de graduação, em 29 países. A amostra incluiu uma representação equitativa de homens e mulheres, representando três gerações (Millennials, Geração X e Baby Boomers), em todos os níveis de mão de obra e em empresas de diferentes portes. A margem de erro para a amostra total foi de aproximadamente +/- 0,6%.

Os dados da pesquisa foram analisados utilizando um modelo econométrico para identificar os impulsionadores da igualdade de remuneração e desenvolvimento de carreira e, então, combiná-los com dados publicados sobre educação, emprego, liderança e pesquisas do Banco Mundial, OECD, Fórum Econômico Mundial e Nações Unidas, para em seguida explorar o impacto potencial de medidas para melhorar a igualdade. Os cálculos de disparidade salarial são baseados no modelo econômico da Accenture, que considera a percentagem menor de mulheres do que homens em trabalho remunerado.

Os países participantes do estudo foram: Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, a Grande China (inclui Hong Kong e Taiwan), Índia, Irlanda, Itália, Japão, México, Países Baixos, Noruega, Singapura, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Indonésia, Malásia, Filipinas, Arábia Saudita e Emirados Árabes também participaram da pesquisa.






Accenture




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