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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Investir na carreira e no relacionamento é fundamental para conseguir um novo emprego






No Brasil, 10,2% dos trabalhadores estão fora do mercado. Em termos nominais, são 10,4 milhões de pessoas desempregadas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Com a crise econômica, o desemprego tem crescido assustadoramente. O excesso de profissionais e a existência de poucos postos de trabalho, num ambiente de economia combalida, fazem com que as perspectivas para a recolocação tornem-se cada vez mais difíceis.

Segundo o psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina (FASM) Breno Rosostolato, na tentativa de “driblar a crise” e reverter a situação, o ideal é que o profissional invista continuamente em sua carreira, aprimorando alguns aspectos básicos, mas que podem ser decisivos em um processo seletivo.

Ele salienta que algumas habilidades, como desenvoltura, facilidade para se expressar, capacidade para trabalhar em equipe, flexibilidade e empatia, são observadas no processo de seleção.

“Durante a entrevista, é necessário recapitular as situações mais importantes da vida profissional, demonstrando os feitos e os bons resultados obtidos na carreira. Caso o candidato não tenha experiência profissional, é muito importante que cite situações vivenciadas na faculdade, viagens, intercâmbio e cursos, além de mencionar experiências que possam ressaltar suas aptidões. É necessário ser ser positivo e otimista nas falas”.

De acordo com o especialista, para que o candidato tenha sucesso ao participar de uma dinâmica (processo seletivo interativo e em grupo), o ideal é que seja natural, participativo e que escute o que os outros concorrentes dizem e sugerem, a fim de melhorar a sua participação, evitando cometer erros e deslizes.

“A interação com outras pessoas, os papéis adotados pelo grupo (líder, porta-voz, mentor etc), as estratégias que cada um adota para resolver problemas e conflitos e a maneira como se expressa são observadas e cruciais em um processo seletivo”.

O psicólogo também destaca que os cursos voltados à formação acadêmica, de atualização e idiomas, bem como estabelecimento de conexões por meio de uma rede ativa de relacionamentos, o famoso network, sempre são úteis na hora da relocação e em caso de uma futura demissão. Ainda conforme salienta, dependendo da profissão pretendida, existem diversas ferramentas que podem ser úteis na hora de procurar um novo emprego, como a contratação de um headhunter, que possa auxiliar no retorno ao mercado de trabalho, um mentoring ou coachinga possibilidade de procurar órgãos como a Central de Trabalho e Renda da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a realização de cursos onlines, com temáticas como: etiqueta para entrevista, reformulação do currículo, empreendedorismo, finanças pessoais, dentre outros, além de uma conta no Linkedin, e o cadastro em sites e agências de empregos, que facilitará a busca dos empregadores. 

Outro aspecto importante que faz toda diferença na hora de garantir uma vaga de emprego, segundo o especialista, é a escolha adequada do traje usado durante as entrevistas, dinâmicas e testes, além da demonstração de cordialidade, gentileza e sinceridade da pessoa avaliada.

“O candidato deve ter cuidado com a escolha da roupa. O correto é optar por algo mais sereno, discreto e confortável. Cores neutras, formas simples e boa apresentação são fundamentais. Ser educado e gentil são gestos essenciais. Afinal, geralmente o candidato é avaliado desde que chega na recepção da empresa/ e ou organização. Não mentir no currículo, além de ser ético, é importante para a carreira e a manutenção do emprego.  

Segundo frisa o psicólogo, outro cuidado é com o conteúdo postado nas mídias sociais. “Muitas empresas estão verificando os conteúdos postados pelos candidatos a empregos nas redes de relacionamento online”.

O ideal é saber que, embora o mercado de trabalho esteja em crise, sempre terá espaço o bom profissional, competente, com vontade de trabalhar e munido de informações e orientações.

CÂNCER NO COLO DO ÚTERO É O TERCEIRO QUE MAIS ATINGE AS MULHERES




Dentre os muitos tipos de câncer que atingem as mulheres, um em especial tem crescido e se tornando um problema constante enfrentado pelos médicos oncologistas: o câncer no colo do útero. Atualmente, em incidência, a doença está atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, alertando a população e os especialistas da sua gravidade.

Também conhecido como cervical, o câncer de colo de útero acontece por meio da infecção genital causada pelo papiloma vírus humano, o HPV. Essa infecção é muito frequente após as relações sexuais e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, podem ocorrer alterações celulares que evoluem para um câncer.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o INCA, são estimados cerca de 16.340 novos casos da doença no Brasil em 2016. As maiorias dos casos ocorrem antes dos 50 anos de idade.

De acordo com o doutor Armândio Soares, médico oncologista da Oncomed BH, a relação com múltiplos parceiros é um dos principais fatores de risco. “O vírus HPV e os comportamentos relacionados à atividade sexual favorecem a sua infecção. Desta forma, o início precoce da vida sexual, a existência de múltiplos parceiros sexuais, a história clínica de doenças sexualmente transmissíveis e o relacionamento sexual com parceiro promíscuo, devem ser considerados fatores de risco para a doença”, afirma.

Estudos comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas, por um ou mais tipos de HPV, em algum momento de suas vidas. Por isso, o doutor Armândio Soares alerta com relação à prevenção. 

“O uso do preservativo (camisinha) é recomendado em todas as relações sexuais como método preventivo, mas ele sozinho não é capaz de evitar completamente a contaminação. Atualmente, existem duas vacinas contra HPV aprovadas e que estão disponíveis comercialmente e nos postos de saúde. Mas não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não”, explica o médico oncologista.

Assim, um dos melhores meios de se prevenir é fazendo o exame preventivo do câncer do colo do útero, conhecido como Papanicolaou, que é a principal estratégia para detectar lesões precursoras. “Por meio dele o diagnóstico da doença tem sido mais precoce, isto é, no estágio denominado in situ, quando o tumor ainda não se tornou invasivo. Isso ajuda no tratamento e diminui significativamente o número de vítimas da doença. Por isso a sua importância”, finaliza.


Sobre a Oncomed
A Oncomed, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas, foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes. São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição, clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.

Taxa de afogamento de crianças em territórios de populações tradicionais é mais alto que a média nacional, aponta Criança Segura




Para a organização, os dados levantados revelam a necessidade da implantação de políticas públicas para conscientização sobre prevenção de acidentes nessas localidades


No Brasil, cerca de 4.500 crianças e adolescentes com idade entre um e 14 anos morrem todos os anos vítimas de acidentes. Essa é hoje a principal causa de morte da população dessa faixa etária no mundo. Entretanto, 90% desses óbitos podem ser evitados com medidas simples de prevenção.
Segundo dados do Datasus, uma das principais causas de morte acidental de crianças e adolescentes no país são os afogamentos, que em 2013 vitimaram 1.107 crianças de zero a 14 anos. A maior parte desses afogamentos (40,7%) acontece em águas naturais e atinge, principalmente, crianças de um a quatro anos de idade (36,6%).

Índices de acidentes e populações tradicionais
No mês passado, o Grupo de Trabalho sobre Saúde da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) realizou o II Seminário Nacional Saúde e Primeira Infância, com o tema “O desafio do cuidado integral das crianças brasileiras e a conjuntura atual: da garantia à vida ao seu pleno desenvolvimento”.  

Um dos temas centrais do evento foi a mortalidade infantil em populações tradicionais. Para tratar desse assunto, a coordenadora nacional da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, apresentou uma análise aprofundada sobre os dados de acidentes com crianças no Brasil e destacou os altos índices de afogamentos que ocorrem nas regiões onde estão localizadas muitas dessas comunidades. 

“Não existem dados específico sobre populações tradicionais no Brasil, mas tentamos rastrear todo perfil que pudesse ter relação com essas populações e verificamos um alto índice de afogamento de crianças”, comentou Gabriela Guida de Freitas.  

Em sua análise, a coordenadora da Criança Segura notou que a região Norte apresenta uma taxa de morte por afogamento de 5,63 por 100 mil crianças de até nove anos. Esse valor é bastante superior às taxas de outras regiões do país (Centro-Oeste: 3,01; Nordeste: 2,60; Sul: 2,03; Sudeste: 1,47). 

Gabriela destaca, ainda, que entre os anos de 2000 e 2013, a região Norte foi a única do país a apresentar aumento da mortalidade por afogamento entre crianças de zero a nove anos, subindo 20% nesse período. Todas as outras regiões apresentaram quedas significativas desse indicador (Sudeste: - 51%; Centro-Oeste: -46%; Sul: - 45%; Nordeste: - 27%).

Além disso, ao analisar as microrregiões brasileiras onde mais se concentram as mortes de crianças de até nove anos por afogamento, a coordenadora da Criança Segura verificou que muitas delas se localizavam em territórios ocupados por populações tradicionais.

Para Gabriela Guida de Freitas, esses dados apontam para a necessidade da implantação de políticas públicas para conscientização dessas populações sobre as medidas que podem ser adotadas para a prevenção de acidentes com crianças, principalmente de afogamentos.

“Trabalhar a prevenção de afogamentos em comunidades que sempre viveram próximo a água é um grande desafio. Por isso, é imprescindível que as políticas públicas sejam pensadas considerando as questões culturais dessas populações e o contexto em que estão inseridas. Só com esse olhar mais específico é que se torna possível tirar da invisibilidade as altas taxas de mortalidade infantil em populações tradicionais e combatê-las”, explica a coordenadora nacional da Criança Segura

A Criança Segura
A Criança Segura é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, dedicada à prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001 e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger.
Para cumprir sua missão, desenvolve ações de Políticas Públicas – incentivo ao debate e participação nas discussões sobre leis ligadas à criança, objetivando inserir a causa na agenda e orçamento público; Comunicação – geração de informação e desenvolvimento de campanhas de mídia para alertar e conscientizar a sociedade sobre a causa e Mobilização – cursos à distância, oficinas presenciais e sistematização de conteúdos para potenciais multiplicadores, como profissionais de educação, saúde, trânsito e outros ligados à infância, promovendo a adoção de comportamentos seguros.

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