Especialidade que atua no diagnóstico e
tratamento de doenças cardíacas e cânceres, como o da próstata, ainda é
desconhecida pelos brasileiros
"Muitas pessoas temem a Medicina Nuclear, pela associação com a radioatividade, mas esta é uma especialidade que utiliza material radioativo em baixíssimas quantidades para a detecção de alterações das funções do organismo acometidos por alguma enfermidade e para o tratamento", afirma o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da DIMEN SP (www.dimen.com.br).
Como ela funciona?
A Medicina Nuclear analisa a anatomia dos órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e tratamentos mais precoces e precisos para doenças como cânceres, problemas do coração e problemas neurológicos, entre outras. A especialidade utiliza radiofármacos em quantidades mínimas que, aliados a equipamentos de alta tecnologia, permitem a detecção antecipada destas doenças. Entre os exames mais conhecidos estão a cintilografia e o PET/CT.
Para ajudar a tirar as dúvidas sobre a medicina nuclear e sua atuação, o especialista listou alguns mitos e verdades;
1-) Após realizar um exame ou fazer uma terapia com radiofármacos, a pessoa fica em risco
MITO. Os radiofármacos são facilmente liberados pelo próprio organismo e as dosagens são de baixa quantidade e frequência (com dose única ou poucas doses), portanto, não apresentam nenhum risco para o paciente ou acompanhante.
2-)
A medicina nuclear pode diagnosticar câncer de próstata mesmo antes das
alterações e sintomas
3-)
Radiologia e medicina nuclear são a mesma especialidade
MITO.
A radiologia
permite o diagnóstico por imagem por meio de exames, como o Raio X, ultrasom e
a ressonância magnética. Já a Medicina Nuclear é uma especialidade que utiliza
pequenas quantidades de medicamentos radioativos para a realização de exames
cintilográficos, que permitem uma visão ampla do organismo e suas alterações.
Ela conta com equipamentos de alta tecnologia, como o PET/CT – capaz de
realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas de
altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão
nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas. Outro
equipamento é o SPECT/CT
– tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que
permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo
um procedimento mais preciso e menos invasivo.
4-)
A medicina nuclear permite tratamento localizado da doença
VERDADE. As tecnologias disponíveis na
especialidade permitem diagnosticar com rapidez e exatidão diversas doenças, o
que aumenta as chances de um tratamento localizado – diretamente no foco da
doença - diminuindo os efeitos colaterais e possibilitando o aumento das
chances de cura. "Essas tecnologias também permitem avaliar a resposta ao
tratamento e mudar a conduta, se necessário", explica o médico nuclear,
George Barberio Coura Filho.
5-)
Os planos de saúde não cobrem os procedimentos realizados com medicina nuclear
MITO. Pela especialidade ainda não ser
muito conhecida no país, alguns usuários acabam deduzindo que seus planos de
saúde não realizam a cobertura de exames e tratamentos com medicina nuclear,
porém os procedimentos da atividade estão no ROL da Agência Nacional de Saúde
Suplementar, ANS, e são cobertos pelos convênios médicos.
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