Ortopedista explica como tratar e prevenir a doença
com exercícios físicos e exposição ao Sol
Em 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Prevenção à Osteoporose.
A data no Brasil tem extrema importância já que cerca de dez milhões de
brasileiros sofrem com a doença, de acordo com a Associação
Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). “A principal
causa é a alteração hormonal, principalmente a que ocorre na menopausa, por
isso a incidência em mulheres é maior. Também pode ser consequência de
diminuição de massa muscular, deficiência de vitamina D e queda na absorção do
cálcio”, explica o ortopedista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr.
Marcello Zaboroski.
A boa notícia é que a patologia, que costuma ter maior incidência em
idosos, tem cura. O tratamento consiste em ingerir medicação, realizar
exercícios físicos e exposição ao Sol. “A medicação é individualizada conforme
a necessidade do paciente, como reposição de cálcio, vitamina D ou para
melhorar a absorção e fixação do cálcio no osso. Os exercícios físicos são
fundamentais para ativação dos osteócitos (células que produzem ossos) e
manutenção do tônus muscular. Ainda, os raios ultravioletas são importantes
para sintetizar a vitamina D, que também estimula a geração do tecido ósseo”,
esclarece o Dr. Marcello.
Conforme o especialista, a osteoporose é uma doença silenciosa e que
demora para se manifestar, sendo normalmente percebida após fraturas nas
vértebras e fêmur, já em decorrência de perda óssea de no mínimo 30%. O
ortopedista alerta também que a fragilidade nos ossos pode atingir os mais
jovens caso sejam realizadas cirurgias ginecológicas que levam à diminuição do
hormônio estrógeno; pacientes que tenham síndromes de má absorção de cálcio;
entre outros distúrbios. “Para diagnosticar com precisão, é necessário o exame
de densitometria óssea, que analisa o esqueleto como um todo, e a dosagem de
cálcio e vitamina D”. Por isso, para prevenir, a alimentação rica nesses
nutrientes é essencial.
Além disso, o exercício físico é ótimo aliado ao combate à osteoporose.
“Há aumento de massa muscular e melhora da velocidade de resposta motora
neuromuscular, diminuindo as quedas e o risco de fraturas. A atividade física
estimula os osteócitos a promoverem a formação de ossos novos”, finaliza o
ortopedista.
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