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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Fertivitro esclarece as principais dúvidas sobre infertilidade masculina



  • O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro, fala dos fatores negativos da varicocele, drogas, obesidade e do uso de anabolizantes

Um dos grandes equívocos da população é atribuir à mulher a impossibilidade de se ter um filho, pelo fato dela ser responsável pela gestação e pelo parto. A infertilidade também pode ser do homem. Estudos apontam que as causas da infertilidade são 30% femininas e 30% masculinas. Em 25% dos casos, o problema atinge ambos os sexos e em 15% dos casais, a causa é desconhecida, casos esses chamados de Infertilidade ou Esterilidade Sem Causa Aparente (ISCA ou ESCA). 

O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro, explica que, ainda pouco conhecida, a causa mais comum de infertilidade no homem é a varicocele, uma dilatação anormal das veias dos testículos, que prejudica o fluxo sanguíneo local e a troca de nutrientes, o que leva a um acúmulo de substâncias tóxicas e ao aumento de temperatura na região testicular. “Esses fatores podem provocar alterações na quantidade (oligozoospermia) e na qualidade (teratozoospermia) dos espermatozoides”, diz. 

Fatores nutricionais, má alimentação, estresse e doenças crônicas também podem afetar a fertilidade masculina. 

O especialista da Fertivitro destaca, a seguir, quais são as principais dúvidas apresentadas no consultório sobre o assunto.


Anabolizantes
 
Uma dúvida bastante comum dos pacientes que procuram tratamentos de reprodução assistida é sobre o uso de anabolizantes. Se a substância for consumida habitualmente para estimular o crescimento da massa muscular, ela pode comprometer a fertilidade do homem. Os anabolizantes diminuem o número de espermatozoides produzidos e até impedem a produção. Em alguns casos, o bloqueio é definitivo, pois gera a redução do tamanho do testículo e interrompe a produção. “Atualmente, não existe nenhum tratamento ou procedimento indicado para proteger os testículos enquanto o homem toma anabolizantes, por este motivo, o mais indicado é não consumir”, indica Dr. Luiz da Fertivitro.


Roupas apertadas
 
Usar calça, bermuda ou qualquer outra peça de roupa apertada na região da genitália do homem pode afetar a fertilidade masculina. A região dos testículos não deve estar com temperatura elevada e sem circulação de ar, para não comprometer a produção e qualidade dos espermatozoides. 

Roupas íntimas muito justas prejudicam a circulação do sangue, pressionam os testículos, aquecem a região e podem levar à infertilidade, pela falta ou má qualidade dos espermatozoides. “Se o homem se tornar infértil por este fato, a reprodução assistida é o único tratamento que poderá ajudar, caso o paciente tenha a intenção de ser pai”, afirma o especialista.


Obesidade
 
Assim como na mulher, a obesidade masculina é um problema que preocupa os médicos. Ela afeta a fertilidade do homem e gera consequências negativas no desenvolvimento embrionário e nas taxas de gravidez. Há muitas evidências de que a obesidade masculina implica, igualmente, na redução da fertilidade e na qualidade embrionária. 

Dr. Luiz Eduardo Albuquerque explica que, quando o homem chega a um peso muito acima do normal, elevam-se os níveis da enzima aromatase e, consequentemente, uma maior quantidade de testosterona é transformada em estradiol (hormônio feminino). E, assim, o excesso de estradiol irá bloquear a hipófise, diminuindo os estímulos para o testículo produzir testosterona e espermatozoides. “É válido ressaltar que esse excesso de estradiol pode induzir o aumento de mamas no homem, reduzir a libido, causar disfunção erétil e a infertilidade”, comenta o especialista. 

Pesquisas também comprovam que homens acima do peso possuem um índice maior de fragmentação do DNA do espermatozoide, o que poderá gerar problemas na fertilização. “A integridade do DNA espermático é importante para o sucesso da fertilização e para o desenvolvimento embrionário normal”, explica Dr. Luiz.


Drogas
 
Substâncias entorpecentes afetam a fertilidade masculina. A maconha, a cocaína e outras drogas interferem na qualidade e quantidade de espermatozoides. Se um paciente é dependente químico ou utiliza as substâncias quase que regularmente, é indicado realizar o exame espermograma para verificar a qualidade e quantidade dos gametas masculinos.


Tratamentos de Reprodução Assistida (RA)

Existem três tipos de tratamentos de reprodução humana: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.





Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista, especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica. O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana. Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.  


Fertivitro — Centro de Reprodução Humana



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