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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Como ser um candidato do Enem no país mais ansioso do mundo?

- A gente sempre vê muitos memes e brincadeiras sobre como é difícil ser brasileiro e manter calma e a sanidade em dia, talvez, essa brincadeira precise ser levada um pouco mais a sério.

 

- Segundo a Organização mundial da saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, quando pensamos nesse dado a partir da perspectiva dos alunos, que são pessoas conectadas a notícias quase o tempo todo, é preciso ter atenção ao aumento da ansiedade tanto no aspecto da saúde, quanto no papel de candidatos a uma grande universidade pública.

 

- A transição do papel de um aluno de ensino médio com provas, testes e uma média que se precisa alcançar, para um vestibulando que estuda um ano para poucos dias de provas, precisando estar acima da nota de corte e sem um auxílio sobre melhores formas de estudar e se organizar, é um enorme gatilho para verdadeiras crises de ansiedade.

 

- Se não bastasse todo o cenário do vestibular, no ano de 2020 somamos a maior pandemia de nossas gerações à vida dos nossos alunos.

A necessidade de adotarmos um ensino remoto, por mais que já fosse uma realidade para muitos alunos, levou os alunos a uma necessidade de quarentena cheia de incertezas.

 

- Sem entrar na parte das preocupações óbvias com saúde, o cenário dos vestibulares foi muito turbulento. Enormes polêmicas em relação ao Ministério da Educação e suas várias trocas de liderança, a desigualdade social escancarada no acesso às aulas remotas, dúvidas sobre as datas dos exames, pesquisas que desconsideraram a data preferida pela maioria dos alunos, indefinições sobre um adiamento do Enem na semana da prova, tudo isso em meio ao nervosismo natural dos alunos.

 


Como melhorar a ansiedade dos alunos?

 

- Em matéria do Jornal da USP, o professor Andrés Antúnez fala da importância do apoio familiar e de amigos para diminuir os efeitos da ansiedade. Nessa reta final, é um momento fundamental para o aluno ter um ambiente de apoio e não de cobrança.

 

- Uma estratégia muito eficiente é adiantar decisões que você precisa ou pode ter que tomar na hora da prova. Por exemplo, o Enem disponibiliza uma hora para fazer a prova de Redação, mas, é bastante comum um candidato usar um pouco mais que isso, a complexidade do tema pode levar o aluno a precisar de mais uns minutos, pensando nisso, qual das outras duas áreas será feita com um pouco menos de tempo, Humanas ou Linguagens, alguma delas oferece um peso maior na nota do curso que o aluno escolheu? Em alguma dessas áreas, o aluno costuma resolver as questões com maior velocidade, todos esses pontos podem ser considerados antes da prova, permitindo tomar decisões com mais calma e diminuindo a pressão do dia.

 

- Olhar os últimos exames do Enem, ajuda a entender melhor a prova, sem estar necessariamente resolvendo os exercícios, os alunos podem reparar em assuntos que sempre aparecem, na quantidade de questões que pedem interpretações de gráfico ou mapas, em padrões de resposta, uma série de coisas que faz o aluno conhecer melhor a prova e se sentir mais confiante para o dia.

 

- Boas noites de sono, exercícios de respiração, são opções interessantes para combater o nervoso e a ansiedade, mas, a verdadeira dica é procurar um profissional especializado em casos mais complicados ou persistentes, não deixem de pedir ajuda para superar dificuldades, além de ser uma importante lição para a vida, melhora o desempenho na prova.

 

Aproveito para desejar uma ótima prova e pedir que tomem todos os cuidados contra o COVID, lembre de colocar a tua saúde e a das pessoas ao teu redor sempre em destaque. 

 

ENEM: Confira os temas mais cobrados nas disciplinas do primeiro dia de prova

Levantamento “Raio X do Enem” realizado pelo SAS Plataforma de Educação considera questões das provas de 2009 a 2019

 

Quase 6 milhões de estudantes inscritos se preparam para o primeiro dia de prova do Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem, no próximo domingo, 17. Nesta primeira etapa, além da redação, os candidatos responderão a 45 questões de múltipla escolha das seguintes Áreas de Conhecimento: “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, que contempla as disciplinas de “Língua Portuguesa” e “Língua Estrangeira” (“Espanhola” ou “Inglesa”); e “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, com “História”, “Geografia”, “Filosofia” e “Sociologia”.

O SAS Plataforma de Educação listou os temas mais cobrados em cada disciplina, de acordo com o levantamento Raio X do Enem, que considera as questões das provas de 2009 a 2019. Confira:

 

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

 

Língua Portuguesa

 

1 - “Leitura e Interpretação de Textos” 31,5%

2 - “Estrutura Textual e Análise de Discurso” 19%

3 - “Leitura e Artes” 12,1%

4 - “Gênero Textual” 8,2%

5 - “Literatura” 8%

 

Língua Espanhola

 

1 - “Leitura e Interpretação de Textos” 56%

2 - “Semântica e Domínio Lexical” 14%

3 - “Análise de Texto Literário em Prosa” 6%

4 - “Funções de Linguagem” 5%

5 - “Identificação de Função do Texto” 5%

 

Língua Inglesa

 

1 - “Leitura e Interpretação de Textos” 50%

2 - “Leitura e Interpretação de cartuns, tirinhas e charges” 12%

3 - “Domínio Lexical” 12%

3 - “Análise e Interpretação de Poemas e Canções” 11%

5 - “Identificação de Função do Texto” 8%

 

Ciências Humanas e suas Tecnologias

 

História 

 

1 - “Idade Contemporânea” 19,8%

2 - “Brasil Colônia” 12,6%

3 - “Brasil Império” 11,9%

4 - “História Política” 9,1%

5 - “Patrimônio Histórico-Cultural e Memória” 7,5%

 

Geografia

 

1 - “Geografia Agrária” 17,6%

2 - “Meio Ambiente” 17,1%

3 - “Questões Econômicas e Globalização” 12,6%

4 - “Geografia Urbana” 10,3%

5 - “Geografia Física” 10%.

 

Filosofia

 

1 - “Ética e Justiça” 20,1%

2 - “Filosofia Antiga” 14,9%

3 - “Natureza do Conhecimento” 11,9%

4 - “Democracia e Cidadania” 11,9%

5 - “Filosofia Contemporânea” 11,9%

 

Sociologia

 

1 - “Mundo do Trabalho” 20,7%

2 - “Ideologia” 13,3%

3 - “Cultura e Indústria Cultural” 12,6%

4 - “Meios de Comunicação, Tecnologia e Cultura de Massa” 11,9%

5 - “Cidadania” 10,4%.

 

A apresentação completa com as demais disciplinas está disponível no portal SAS no ENEM, onde o candidato também encontra vídeos e textos com dicas de estudo e pode testar seu desempenho por meio de um simulado on-line com questões reais da prova.

 

 

 

SAS é uma Plataforma de Educação


Governador João Doria aumenta impostos e descumpre a palavra publicamente empenhada

Os decretos sobre ICMS publicados nesta sexta-feira (15/01) pelo governo de São Paulo são uma decepção para todos os contribuintes do estado. Pressionado pela ameaça de protestos, o governador João Doria havia se comprometido publicamente a rever a alta generalizada de impostos. Chegou a dizer que não permitiria que a "população mais vulnerável" fosse penalizada com o aumento da carga tributária. 


Infelizmente, o que o governador Doria fala, não se escreve.

Os três decretos publicados hoje são um tímido recuo diante da ruinosa tragédia fiscal que o governo Doria quer colocar em prática.

Foi anulado de imediato o aumento de impostos de forma integral apenas para quatro operações, dentre as DUZENTAS atingidas pela medida do governo Doria.

As operações de venda de insumos agrícolas, por exemplo, tiveram suspenso o aumento de alíquotas, mas apenas para vendas dentro do estado de São Paulo. Nas vendas das empresas paulistas para todas as outras 26 unidades da federação, a alta de impostos segue valendo — o que gera problemas óbvios de competitividade.

Para algumas operações como venda de carne bovina e eletrônicos, o aumento do tributo permanece, mas há uma previsão de redução do aumento para o dia 1º de abril, popularmente conhecido no Brasil como o dia da mentira. Piada pronta.

As medidas de hoje deixam claro que o governo quer manter o aumento para produtos como DERIVADOS DE LEITE, CARNE, INSUMOS HOSPITALARES (inclusive seringas) e INSUMOS DAS INDÚSTRIAS, entre tantos outros.

Numa época de agravamento da pandemia, forte crescimento dos infectados e mortos pela COVID, e que milhões de pessoas que perderam seus empregos enfrentam dificuldade na obtenção do sustento de sua família, se esse plano seguir em frente, viver em São Paulo ficará mais caro. Produzir em São Paulo ficará mais caro. Gerar empregos em São Paulo ficará mais caro. É dramático que o governo tente impor um plano desses em plena pandemia.

Até agora, a única manifestação pública do governo sobre o assunto limita-se a um infantil jogo de palavras, por meio do qual tenta gritar aos quatro ventos que "aumento de alíquota praticada" ou de "base de arrecadação" é diferente de "aumento de imposto". Não é diferente. Qualquer um que pague impostos sabe disso, aqui ou em qualquer outra parte do mundo.

Aumentar qualquer imposto é inaceitável. Por isso, a Fiesp luta na Justiça para reverter os aumentos de tributos de todos os setores atingidos, pois ameaçam o consumo das famílias e os empregos de São Paulo. Iremos até o fim contra essa tirania praticada por aqueles que deveriam zelar pelo bem de nosso estado.

 

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP 


Avião Solidário da LATAM decola com ventiladores pulmonares para combate da Covid-19 em Manaus

Os equipamentos, desenvolvidos pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), serão enviados à capital amazonense em parceria com o Governo de São Paulo

 

 

O compromisso da LATAM com a saúde do Brasil e da América do Sul continua. Hoje (15), a LATAM Cargo Brasil, por meio de seu programa Avião Solidário, e em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e o Governo do Estado, irá transportar ventiladores pulmonares Inspire, desenvolvidos pela Escola Politécnica da USP. Os equipamentos, de tecnologia nacional, serão transportados no voo LA3270 e enviados para cinco hospitais da capital amazonense. Novos voos partirão para o Estado na próxima semana. A previsão é de que todos os ventiladores pulmonares cheguem a Manaus até a próxima terça-feira (19).

 

Iniciativas da LATAM em Manaus em parceria com o Ministério da Saúde

 

A LATAM tem colaborado para o combate da pandemia na região. Ontem (14) a companhia realizou o terceiro voo em parceria com o Governo do Amazonas, a pedido do Ministério da Saúde, por meio da VTCLOG, que realizou o transporte de 500 cilindros de oxigênio para apoio à saúde pública.

 

Iniciativas da LATAM durante a pandemia de Covid-19

 

A companhia já transportou 240 milhões de máscaras em 45 voos especiais vindos da China ao Brasil para o combate à Covid-19 no País.

 

Além disso, o Centro de Manutenção (MRO) da LATAM em São Carlos, também adaptou uma parte de sua operação para produção de máscaras, focadas em proteger seus funcionários de áreas operacionais e em abastecer hospitais. No total, mais 45 mil máscaras reutilizáveis de tecido e protetores faciais (face shield) foram confeccionados para uso dos colaboradores da empresa (17 mil funcionários beneficiados), assim como outros 900 protetores faciais (face shield) para doação às instituições de saúde. Em setembro de 2020, também foram confeccionadas, em parceria com a Braskem e FITESA, 55 mil máscaras cirúrgicas, para doação a cinco hospitais da região.

 

Sobre o Avião Solidário da LATAM

 

O programa Avião Solidário beneficia há 9 anos a América Latina por meio da conectividade e da capacidade de transporte de negócios de passageiros e de carga da LATAM.

 

Por meio da LATAM Cargo, o programa já transportou nesta pandemia mais de 1.000 toneladas de cargas, como testes rápidos para testar Covid-19, medicamentos, máscaras, entre outros produtos, de diferentes partes do mundo, beneficiando o Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Argentina.


Além disso, o Avião Solidário já transportou gratuitamente mais de 900 profissionais de saúde para atender às urgências do Covid-19 e mais de 400 pessoas com necessidades médicas diversas, como enfermidades ou cirurgias que requerem atendimento urgente.


Em qual leilão de imóvel investir: judicial ou extrajudicial?

As duas modalidades são muito rentáveis quando apuradas todas as eventuais variáveis.

No leilão judicial, considerando que já houve a apuração e correção de todos as possíveis irregularidades ou nulidades por um Juiz de Direito, a possibilidade de se alegar nulidade ou a apresentação de defesa, é muito remota, considerando que há previsão de multa, inserida no art. 903, § 6 º do Código de Processo Civil, para aquele que alegar matéria infundada com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante. Isso traz maior segurança ao vencedor.

Ainda no leilão judicial, quando o vencedor (arrematante) paga o preço da arrematação e há o decurso do prazo sem impugnação, o Juiz já defere a posse do imóvel no próprio processo.

No que diz respeito à arrematação extrajudicial, o Banco, na maioria dos leilões, já entrega o imóvel livre de qualquer ônus, como débitos de condomínio e IPTU, devendo apenas o vencedor (arrematante) lavrar a escritura.

Todavia, pode estar previsto no Edital do leilão que o arrematante deverá responder por eventuais débitos, portanto cabe ao advogado especialista em leilão analisar o caso especifico.

Vale ressaltar que, como o leilão extrajudicial não é proveniente de um processo judicial, não existe a possibilidade do Banco conceder a posse do imóvel ao vencedor, ficando a seu cargo providenciar a medida cabível para obter a posse, que poderá ocorrer por meio de uma Notificação e, se essa não for frutífera, com a interposição da Ação de Imissão na Posse.

Partindo-se do pressuposto de que a finalidade é o lucro do investimento, ou, em caso de compra para uso próprio, não haver surpresas com despesas não previstas, uma consultoria prévia de um advogado especializado, em qualquer das modalidades, garante o sucesso do investimento.

Para não ficar em cima do muro, como advogado, prefiro os leilões judiciais.

 


Paulo Mariano - advogado especializado em leilão judicial de imóveis, com experiência de mais de 500 processos nessa modalidade de investimento. Já assessorou investidores, familiares e amigos e vem se utilizando do leilão de imóveis para seu próprio investimento.  Mais informações: www.paulomariano.adv.br

 

Saiba quais são os 3 princípios fundamentais para exercer a liderança na prática

 Afinal, o que realmente significa a liderança? Penso que seu conceito vem se tornando cada vez mais incerto, uma daquelas palavras degeneradas a que são atribuídas uma infinidade de significados e, por essa razão, acabam por não significar nada.

Muitos pensadores, acadêmicos e gurus refletiram exaustivamente sobre isso, destrinchando a liderança em seus componentes, de forma que hoje é ilusão pensar que liderar pessoas é uma habilidade inata, exclusiva a poucos privilegiados por uma genética misteriosa.

Na verdade, qualquer um pode se tornar um líder em seu segmento, trabalho ou comunidade, desde que se dedique a aprender a aplicar elementos fundamentais à liderança. Mas antes de falar do que realmente se trata a liderança e quais são seus elementos fundamentais, permita-me contar um conto que pode abrir sua percepção em relação ao assunto, ele se chama ‘’Os Três Leões’’.

“Três leões igualmente forte e ágeis disputavam o título de rei da floresta. Por serem muito amigos, foi decidido que o vencedor seria aquele que vencesse o desafio: Escalar a Grande Montanha.

O primeiro leão tentou sem sucesso, o segundo encheu o peito de coragem, tentou e fracassou. Todas as expectativas foram colocadas no terceiro leão que, com muita dignidade, tentou onde seus dois rivais e amigos haviam fracassados e, para surpresa de todos, também falhou.

Neste momento, todos os animais da floresta ficaram confusos e, sem saber o que fazer, ao que a águia, velha e sábia lhes disse:

- Eu sei quem deve ser o Rei!

O primeiro e o segundo leão, ao serem derrotados, disseram:

- Montanha você me venceu!

O terceiro leão, ao também fracassar, disse:

- Montanha, você me venceu por enquanto, mas você já atingiu seu tamanho final, enquanto eu ainda estou crescendo.

A águia então terminou:

- A diferença foi que o terceiro leão, mesmo também sendo derrotado, demonstrou uma atitude digna de um nobre caráter.’’

 

Interessante, não é mesmo? Mas antes de seguirmos adiante, pare e pense por um momento: o que você pôde aprender com esse simples conto?

Agora, sem mais suspense, vou expor o que entendi sobre liderança após anos de estudo das maiores autoridades mundiais no assunto:

“Liderança e a capacidade de estimular outros a tomarem ações voluntárias em relação a um determinado objetivo, ou visão, em comum”

                Neste momento, muitos pensariam em algo do tipo:

- Muito esclarecedor Valdez, mas o que tem a ver essa definição com a história dos três leões?

                Minha resposta seria: TUDO! Mas antes de te explicar isso, vou esclarecer quais são os 3 principais fundamentos para exercer liderança na prática e, assim, ter ao seu lado um time engajado e extremamente competente.

  1. Competência (sabe fazer?)

A pergunta a se fazer aqui é: meu liderado sabe exercer a função? Já possui as competências necessárias para executar de maneira ótima o que se é esperado dele?

Esse ponto tem a ver com as habilidades e capacidades específicas para se executar determinada função, quando o time não sabe executar, é natural que a performance não seja a esperada.


  1. Motivação (quer fazer?)

Aqui, a questão já toma um viés diferente, se perguntar: meu liderado quer exercer seu papel? Está motivado e engajado?

Por muito tempo se pensou que a motivação não era algo em que os líderes pudessem atuar e que seria de inteira responsabilidade do liderado. Esse raciocínio está apenas parcialmente correto, pois embora a motivação seja, sim, responsabilidade de cada um de nós, hoje se sabe que excelentes líderes desenvolveram a capacidade de entender do ser humano e motivá-lo, engajá-los, nos objetivos do time.

Ou seja, embora cada indivíduo seja responsável pela sua motivação e energia no dia a dia, o líder tem uma grande parcela de corresponsabilidade pelo engajamento geral de seus liderados.


  1. Caráter (Pode fazer?)

Esse é o ponto mais crucial, se perguntar: o liderado tem forças de caráter suficientemente bem desenvolvidas para estar no cargo? Ou seja, ele pode fazer o que se propõe?

Imagina só alguém que não tem integridade ou honestidade em uma delicada operação financeira, ou um indivíduo que não tem bravura ou persistência em um projeto extremamente desafiador, fica claro a importância do caráter, não é mesmo?

Desta forma leitor, na próxima vez em que você se encontrar diante de um desafio com um determinado liderado, pense por um momento e se faça as seguintes perguntas:

  • ele saber fazer? Possui as competências necessárias?
  • ele quer fazer? Está motivado e engajado?

ele pode fazer? Tem as qualidades de caráter necessárias?

Se o problema for de competência, fica fácil. Treine-o até que se torne um exímio executor. Se o desafio for motivação, aprenda, rapidamente, os fundamentos para motivar pessoas.

Neste ponto, peço que recorde o conto dos três leões no início do artigo. A conclusão é a de que não foi o leão mais rápido, nem o mais forte que venceu o desafio, e sim, aquele que tinha mais CARÁTER. E assim também é na vida e nos negócios.

Acontece, no entanto, que na vida real não é simples desenvolver caráter em alguém, quem já criou filhos sabe muito bem do que estou falando, exige tempo, dedicação e inúmeros exemplos reais.

Agora imagina só o desafio que é desenvolver caráter em alguém que já possui experiências e conceitos de vida prévios. Não se pode falar que é uma tarefa impossível, mas é tão delicada e específica que, devido às pressões, custo e prazos a que líderes são submetidos, cultivar isso se torna uma tarefa quase heroica, além do que depende inteiramente da decisão da outra pessoa.

Na prática, o melhor a se fazer é contratar pessoas que já possuem as qualidades de caráter necessárias à empresa e função determinada. Falo isso, devido à pressão por resultados em que o mundo corporativo está submetido, aliado ao tempo necessário para a maturação de uma determinada força de caráter, mesmo que o liderado decida desenvolvê-la.

Dito isso, existe uma alternativa. Você já deve ter ouvido falar daquele ditado popular: “Faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Esse ditado é uma paródia de uma das maiores verdades quando se falar em transmitir caráter, não se pode fazê-lo com palavras, é necessário que se faça com atitudes concretas, ou seja, se um líder deseja desenvolver um determinado aspecto de caráter nos seus liderados, deve primeiro desenvolver em si mesmo e depois suas ações vão demonstrar isso de maneira prática.

À medida que líderes se tornam mais virtuosos e desenvolvem forças de caráter, seus comportamentos são modelados pelos liderados e todo o capital humano da organização se desenvolve. Excelentes líderes, nesse sentido, são grandes ativos indispensáveis às organizações.

Se você leu até aqui, entendeu que existem três pilares centrais que todo líder deveria conhecer e dominar são: competência, motivação e caráter. Entendeu também a importância de os líderes desenvolverem forças de caráter em si, para que se tornem espelho aos liderados.

Esse é exatamente o papel de um Coach Executivo ao trabalhar em parceria com um líder: desenvolver estratégias e qualidades internas, para que, assim, possam causar um grande impacto positivo nas organizações que participam e pessoas com que convive.

Torço que, ao refletir sobre isso, esse conhecimento possa inspirar você a despertar e potencializar o líder que há em você e que, ao fazer isso, tal como no conto dos leões, você possa assumir seu real papel na vida e nos negócios.

 


Valdez Monterazo - associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. Saiba mais em: https://valdezmonterazo.com.br 


53% dos brasileiros pedem empréstimo para pagar dívidas

Pesquisa revela que o principal motivo para pedido de crédito é pagar dívidas, seguido de abertura de um negócio

 

Entre os meses de janeiro e setembro de 2020, a Fintech de empréstimos Bom Pra Crédito entrevistou seus clientes para entender o motivo dos pedidos de empréstimo. Foram mais de 1 milhão de respostas espalhadas por todo o território brasileiro. Entre os respondentes, assalariados, autônomos e donos de empresa foram os destaques. 

 

Brasil é um país com cidadãos que querem pagar dívidas

 

Houve respostas de todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. O destaque fica com São Paulo (32%), Rio de Janeiro (10%), Paraná (6%) e Bahia (5%). Em 2019, em pesquisa liderada pela Serasa constatou-se que o número de brasileiros com contas atrasadas bateu recorde e chegou a 63,2 milhões de pessoas. Isso representa 40,4% da população adulta do país. Em comparação com o ano de 2018 há um aumento de 2 milhões de brasileiros, o que representa uma alta de 3,3%. 

 

Que dívidas são essas

Grande parte destas dívidas vêm de cartões e bancos. Depois, utilidades, telefonia, comércio e serviços. Mas, o que leva à falta de pagamento? Os motivos são diversos: Desemprego, diminuição de renda, falta de controle financeiro, cobrança indevida, entre outros. 

 

Brasil, o país do empreendedorismo

O segundo motivo pelo qual as pessoas mais pedem empréstimo, de acordo com a pesquisa, é para abrir ou investir em um negócio. Com o desemprego, ocasionado pela pandemia e crise econômica, o número de pessoas sem emprego, de uma hora para outra, atingiu mais de 13% da população. Sem perspectivas de recolocação a curto prazo, o jeito é encontrar alternativas e empreender é uma delas.

O Brasil caminha a passos largos para se tornar o país do empreendedor. Apenas de janeiro a setembro a quantidade de MEIs (microempreendedores individuais) cresceu 14,8%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a 10,9 milhões de registros. 

Segundo dados do Portal do Empreendedor (Governo Federal), mais de 1,1 milhão de formalizações foram registradas entre o final de fevereiro e o fim de setembro. Hoje, esse número, quando somado às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, atinge a marca de 99% das empresas privadas e 30% do PIB (Produto Interno Bruto) do País. 

Para Marco Afonso do Bom Pra Crédito, a importância do crédito no Brasil é dar uma oportunidade às pessoas de organizarem suas contas, darem o primeiro passo como empreendedores, acelerarem o seu negócio ou realizarem um sonho, como fazer a reforma de casa. 

Marco afirma ainda que “uma tomada de crédito consciente é importante tanto para o indivíduo quanto para a economia do país, pois ajuda o consumidor a organizar suas contas, o que ajuda na retomada do poder aquisitivo do cidadão. E um marketplace como o Bom Pra Crédito pode ajudar muito nisso, pois dá o poder de escolha da melhor alternativa de crédito ao consumidor". 

Veja a pesquisa de empréstimo Brasil no Blog do Bom Pra Crédito

Marco ainda reitera: “Reformar imóveis e comprar veículos também estão entre os objetivos dos pedidos de empréstimo. O que confirma a realização dos sonhos. Com a pandemia e mais tempo em casa, os brasileiros puderam entender o que precisavam ajustar nas suas vidas financeiras  e tiveram mais tempo para isso”. 


A tecnologia por trás da eletrificação do setor automotivo

A indústria automotiva é um dos setores que passa por uma grande transformação. A busca por novas fontes de energia e paralelamente, os esforços que observamos de montadoras se posicionando cada vez mais como provedoras de soluções de mobilidade, e não puramente uma fabricante de veículos, norteiam o nosso futuro não muito distante. E parte desta mudança se dá em razão de dois fatores: a mudança comportamental da nova geração e a sustentabilidade como única alternativa para a sociedade do futuro, considerando energias mais limpas e menos impactos negativos ao Meio Ambiente.

Diante desse contexto, podemos considerar a tecnologia como uma grande aliada na busca por novas fontes de energia. Graças a ela, hoje temos veículos elétricos, híbridos, híbridos flex, híbridos plug-in, movidos a gás natural e até mesmo a células de hidrogênio. No caso do utilizado pela Toyota no Corolla, que foi o primeiro veículo híbrido no mundo com motor flex, temos a combinação de tecnologias inovadoras tanto nacionais como estrangeiras.

Mas como funciona o sistema híbrido flex que equipa o modelo? A combinação de três motores, sendo um a combustão (gasolina/etanol) de 1.8L e dois elétricos (MG1 e MG2), garantem economia, aceleração suave, conforto ao rodar em qualquer tipo de condução e principalmente, uma solução totalmente sustentável e tecnológica, e que não precisa ser carregada na tomada, como os modelos plug-in e elétricos.

E como as baterias são carregadas para alimentar os motores elétricos? Muito do que é desenvolvido nas competições automobilísticas de ponta, como a F1, é utilizado futuramente nos veículos de passeio. Prova disso são os freios regenerativos que acumulam energia cinética gerada pelas frenagens/desacelerações e a transformam em energia elétrica, alimentando assim a bateria híbrida. Essa combinação permite maior autonomia ao modelo no modo elétrico e auxilia na economia de combustível.

Além disso, a bateria híbrida de níquel-hidreto metálico, localizada embaixo do banco traseiro, permite reduzir o centro de gravidade do veículo, aprimorando a estabilidade na condução e não comprometendo o espaço interno do automóvel. Já a transmissão Hybrid Transaxle, que funciona por meio de um conjunto de engrenagens planetárias, elimina perdas e atritos, entrega uma aceleração mais linear, sem desperdiçar energia e contribui ainda mais para a eficiência energética. 

Toda essa tecnologia por trás dos híbridos começou com um modelo pioneiro no Brasil. O Prius, lançado em 2013 no País, apresentou para o consumidor brasileiro que era possível unir sustentabilidade às inovações tecnológicas para proteção do Meio Ambiente. E futuramente, até 2025, a previsão é de que exista pelo menos uma versão híbrida de cada veículo do portfólio da Toyota, rumo à emissão zero de gases que provocam o efeito estufa. 

 


Alex Simões -instrutor técnico na Toyota do Brasil


Duas dicas importantes para economizar nas compras de itens essenciais no supermercado

Especialista da Qisar Home reúne alternativas para equilibrar renda familiar no cenário atual


 

O ano está apenas começando, mas os preços dos alimentos continuam altos e devem manter-se desta maneira por algum tempo. É o que indica a inflação, que fechou 2020 com alta de 4,52%, algo que não era visto desde 2016. O que nos resta? Adaptação. Por isso, Nilson Brizoti, CEO da Qisar Home, primeiro marketplace direcionado exclusivamente a moradores de condomínios, orienta como minimizar o impacto do aumento dos alimentos no orçamento familiar.

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil tem mais de 14 milhões de desempregados. Por outro lado, alimentos como arroz e óleo de soja estão com preços bastantes acima do razoável, especialmente para quem está com o orçamento apertado. “Com a pandemia, houve redução de jornada e diminuição temporária do salário em algumas empresas, e com o fim do auxílio emergencial, as compras do mês ficaram ainda mais difíceis”, afirma Brizoti. 

 

O executivo fala com propriedade: a Qisar Home surgiu durante a quarentena para ser uma opção segura e vantajosa de compras online para os condôminos, possibilitando economia na aquisição de itens básicos do dia a dia, como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene, entre outros. As funcionalidades da marca podem ser adotadas para condomínios de qualquer porte e perfil. 

 

Brizoti reuniu duas dicas para minimizar esse cenário:


  • Lista de compras com previsão orçamentária: parece óbvio, mas há uma tendência comprovada de comprarmos mais do que precisamos mesmo quando há uma lista de compras. Por isso, é importante definir um orçamento a ser gasto com as compras de mercado e, se possível, somar cada item que for colocado no carrinho. Dessa forma, você obriga-se a fazer melhores escolhas, experimentar marcas um pouco mais “em conta”, mas com qualidade similar, por exemplo.

  • Pesquisar: não há mais desculpa, está cada vez mais fácil pesquisar preços de produtos para uso pessoal na internet e por meio de apps. Vale entender qual marketplace ou marca reúne o melhor volume de descontos para centralizar as compras. E, claro, leve sempre em consideração o valor da entrega. 

“Como estamos falando de compras on-line, a ausência de deslocamento pode ser compensada pelo investimento de tempo em pesquisa de preços. Isso pode fazer uma grande diferença nas finanças da família”, finaliza Brizoti.

 

 



Qisar Home

https://qisarhome.com.br/


POR QUE A DEMORA NA REGULARIZAÇÃO DA VACINA?

Em meio à pandemia e às inúmeras incertezas sobre a imunização da população, o natural o brasileiro fica perdido diante de tantas informações, às vezes até desencontradas. Poucos sabe por exemplo que para que o imunizante atenda a população é necessário que seja cumprida cinco etapas, que vai desde a pesquisa, passando por testes, avaliação da agência regulatória e registro, até o início da campanha de vacinação. São processos que podem ser demorados mesmo durante pandemias, porque a questão é de saúde pública mundial. "É preciso ter certeza da eficácia e de que não haverá reações adversas, por isso, mesmo após o registro e início das campanhas de vacinação, é importante destacar que os efeitos da vacina continuam sendo monitorados", afirma Marcelo Goyanes, do escritório Murta Goyanes Advogados, renomado em questões de propriedade intelectual – leia-se patentes e direitos autorais.

Mergulhados no tema há meses, os profissionais do Murta Goyanes organizam um documento de perguntas e respostas, comumente feitos pela população, leiga no assunto pandemia. Como dúvidas são diversas, mas a mais latente é o prazo para que a vacina seja regularizada e chegue até os brasileiros em geral. "Em outras modalidades de trâmite prioritário, o INPI levou um tempo médio de 163 dias entre o requerimento e a decisão final em 2020. É uma corrida contra o tempo. Porém, a situação de emergência levou à agência a permitir pedidos de uso emergencial, como já ocorre em países europeus e nos Estados Unidos, por exemplo, e a autorização emergencial possibilidade o início da vacinação antes do registro oficial", afirma Goyanes.

 

- O que é necessário para que a vacina chegue até a população?

 Uma empresa desenvolvedora deve passar por cinco etapas necessárias para a produção de uma nova vacina:

 - Etapa preliminar: P&D em laboratório para avaliar dezenas de possibilidades de composição da vacina, bem como as melhores abordagens, estudos de modelagem molecular, etc.

- Testes pré-clínicos: ensaios in vitro e/ou in vivo, resultados demonstrando a segurança da vacina.

 - Testes clínicos:

 Fase 1 - busca avaliar a segurança e possíveis reações indesejáveis no local da aplicação da vacina ou no organismo.

Fase 2 - busca avaliar a dose, a forma de vacinação e a capacidade de gerar anticorpos na população (faixa etária, por exemplo) que deveria ser indicada para receber a vacina.

Fase 3 - os testes nessa etapa são realizados em grandes populações para avaliar a segurança e a eficácia da vacina. A vacina precisa provar que, de fato, é capaz de nos proteger da doença.

Finalizadas tais etapas, a empresa já pode submeter o pedido à agência regulatória (responsável pela concessão do registro) no país (no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa). E existem duas formas de solicitação:

 Pedido de uso emergencial - feito antes do registro final mediante a vacinação de um grupo específico da população. Precisa ser enviado à Anvisa pela empresa fabricante ou importadora da vacina, presente no território brasileiro. Pode ser realizado concomitante com a fase 3.

 Registro - profissionais especializados da agência revisarão todos os documentos técnicos e regulatórios a fim de avaliar os dados de segurança e eficácia, bem como a qualidade da vacina.

 O registro concedido pela agência regulatória – Anvisa – é o sinal verde para que a vacina seja comercializada e disponibilizada à população no país.

 

- Quanto tempo demora para uma patente ser concedido no caso de pandemia mundial?

A resposta depende das legislações de propriedade industrial de cada país, mais particularmente na tocante à adoção de alguma estratégia para priorização de exame de pedidos de patente dos Escritórios de cada jurisdição. No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) lançou, em 04/07/2020, um programa visando a priorização do exame de pedidos de patente relacionados a produtos e processos farmacêuticos e a equipamentos e/ou materiais de uso em saúde, ao diagnóstico, à profilaxia e ao tratamento da Covid-19 por meio da Portaria n° 149/2020. Seu objetivo visa o estímulo, a produção e o licenciamento de novas tecnologias que podem ser usadas no combate à pandemia do novo coronavírus. Segundo dados oficiais do INPI, 115 requerimentos de exame prioritário para tecnologias relacionadas com covid-19 já foram protocolados, dos quais 52 foram apresentados pelo próprio depositante ou por terceiros e 63 foram apresentados via ofício do Ministério da Saúde.

Atualmente, não existem dados oficiais quanto ao tempo médio desde o requerimento de exame até a obtenção da concessão de uma patente com base neste trâmite prioritário. Porém, em outras modalidades de trâmite prioritário, o INPI levou um tempo médio de 163 dias entre o requerimento e a decisão final em 2020. Cabe ressaltar que, por se tratar de tecnologias muito recentes, muitos dos pedidos de patentes especificamente relacionados às vacinas para covid-19 ainda não foram publicados, encontrando-se, ainda, na fase de sigilo de.

Vale lembrar, ainda, que no Brasil, os pedidos de patente relacionados a produtos ou processos farmacêuticos precisam ser anuídos previamente pela ANVISA para ter, posteriormente, seus requisitos de patenteabilidade analisados pelo INPI (conforme preconiza o artigo 229-C da Lei nº 9279/96 – Lei da Propriedade Industrial).

 

 - O que falta ao Brasil para conseguir começar a vacinar, seguindo o cronograma mundial?

- Produção e entrega das doses: de acordo com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a previsão da pasta é que 24,7 milhões de doses de vacinas estejam disponíveis no janeiro. Entre os acordos realizados até agora, estão doses do imunizante CoronaVac (produzido pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan) e da vacina produzida pela Pfizer/BioNTech, principal responsável pelas campanhas de vacinação na Europa. Alguns estados, como São Paulo, Bahia e Paraná também já firmaram contratos individuais com laboratórios para a aquisição de vacinas. Além disso, a Fiocruz será responsável pela produção da desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, e prevê a entrega do primeiro lote das vacinas para fevereiro, com aumento gradual da produção até o fim do mês, quando possível será entrega até 3,5 milhões de doses por semana.

- Registro da Anvisa: as empresas precisam solicitar o registro de suas respectivas vacinas junto à Anvisa para poder ser comercializá-las.

- Definição da logística de vacinação: concluídas como fases de produção, aquisição e autorização da vacina, o último passo será a organização da campanha que garantiu a imunização da maior quantidade possível de pessoas em tempo hábil.

 O cumprimento das previsões, porém, depende de um plano estratégico que deve considerar as particularidades de cada população e outros detalhes importantes, como limitações de armazenamento e transporte das vacinas.

Até o momento, o Ministério divulgou apenas o Plano de Imunização, que oferece autonomia aos estados na distribuição. De acordo com o cronograma informado pela pasta, a hipótese melhor para dar início à campanha de vacinação contra Covid-19 no Brasil é o dia 20 de janeiro. O segundo caso é iniciá-lo entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. O cenário mais tardio seria começar a vacinação somente após 10 de fevereiro.

 De acordo com tal Plano de Imunização, o primeiro grupo a ser imunizado consistirá em profissionais da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em asilos e instituições psiquiátricas, indígenas e quilombolas.

 

- Por que a Europa e os EUA já começaram, e nós não?

Estes países estão imunizando sua população porque já conseguiu superar os pontos elencados na resposta anterior (produção/entrega de doses, registro na autoridade regulatória local e definição da logística). Cumprir a nota da Anvisa não possui requisitos mais ou menos rigorosos do que as agências regulatórias de outros países, como a FDA (Estados Unidos), EMA (Europa) e PMDA (Japão). Os requisitos adotados pela Anvisa são baseados nas guias dessas agências. Ademais, como análises feitas pelas agências que já concederam registro para determinadas vacinas serão aproveitadas pela Anvisa, de forma a evitar retrabalho e otimizar o tempo de análise.

 

- A Anvisa é o órgão mais indicado para autorizar a produção de vacinas?

 No Brasil, a Anvisa é o único órgão responsável pela avaliação e aprovação de solicitações para a realização de pesquisas clínicas com fins de registro e de pedidos de registro de imunobiológicos desenvolvidos pela indústria farmacêutica.

 

- Uma nacionalidade faz diferença?

Não, uma vez que, para concessão do registro e posterior disponibilização da vacina para a população, todo e qualquer insumo importado de qualquer país é, antes de tudo, aprovado pela Anvisa. Ainda, na eventual possibilidade de alteração de algum insumo, o fabricante deverá encaminhar informações sobre possíveis impactos no desempenho da vacina à agência. A Anvisa faz a inspeção das fábricas para Certificação de Boas Práticas de Fabricação, visando garantir que uma fábrica, em qualquer lugar do mundo, cumpra com os requisitos determinados legislação pela brasileira, onde são avaliadas as estruturas físicas das áreas de produção, armazenamento e laboratórios de controle de qualidade, além de toda a documentação do sistema de garantia de qualidade da empresa. Além de analisar os compostos em si, a Anvisa também faz inspeções periódicas nos países exportadores.

 Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abifiqui), somente 5% dos insumos utilizados pela indústria farmacêutica para a produção de medicamentos prontos são produzidos no Brasil — os outros 95% são importados. Cerca de 35% desses insumos importados pelo Brasil vêm da China, de acordo com relatório da Anvisa de outubro. O único país que exporta para o Brasil mais ingredientes do que China é a Índia: 37% dos insumos farmacêuticos vêm de lá.  As empresas que não atendem aos padrões de qualidade e segurança exigidos perdem o registro da Anvisa e ficam impossibilitadas de exportar produtos para o Brasil. Neste sentido, não há motivos para desconfiança em relação à origem do Intermediário Farmacêutico Ativo (IFA) a ser empregado em determinada vacina usada no programa brasileiro de vacinação. Como exemplo, vale lembrar que a própria vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca possui um IFA fabricado na China, conforme relatado pelo infectologista e pesquisador da Fiocruz, Júlio Croda.

 

- Qualquer clínica de vacinação pode ter sua própria encomenda de vacina para atender a população?

Não há nenhuma restrição para que um laboratório formalize um pedido para atender a rede privada. No entanto, o governo federal terá prioridade ao acesso das doses para o programa nacional (SUS – Sistema Único de Saúde), mesmo diante de uma eventual negociação entre a rede privada e algum fabricante internacional. Vencida essa etapa, aí, sim, as clínicas de vacinação poderão ser abastecidas. Cumpre esclarecer que as doses só poderão ser vendidas pela rede privada mediante registro e autorização na Anvisa.

 

- Os estados do Rio e de São Paulo podem começar antes da União a vacinar? O que impede ou não?

Há controvérsia sobre o tema. Apesar da responsabilidade pelas vacinas ser da União, alguns órgãos estaduais acabam participando do processo de produção de uma parte significativa das vacinas a serem distribuídas pelo país, como, por exemplo, o Instituto Butantan, vinculado ao Governo do Estado de São Paulo. Acontece que isolados, os órgãos estaduais não terão capacidade para a produção e distribuição em escala nacional e precisando de recursos federais para tal. Segundo Florentino Leônidas, sanitarista pela Universidade de Brasília (UnB), "campanhas estaduais de vacinação serão insuficientes, acentuarão desigualdades e potencializarão a descoordenação existente em relação à Pandemia da Covid-19. Precisamos de financiamento federal para ter vacina para todos, logística adequada e os insumos necessários". O sucesso nas campanhas de vacinação é decorrente dos esforços entre União, Estados e Municípios.


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