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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Perda de cabelo, cansaço, imunidade baixa e problemas cardíacos: o que o excesso e a falta de selênio causam no organismo

O mineral está presente em alimentos como carnes, gema de ovo, farinha de trigo e castanha-do-pará e pode ter sua quantidade avaliada por meio de exame de sangue

 

O selênio é um mineral presente em diversos alimentos de consumo diário, como farinha de trigo e gema de ovo, e é capaz de promover uma grande ação antioxidante no organismo. Quando em quantidade saudável, pode trazer uma série de benefícios, como fortalecimento do sistema imunológico e melhora no funcionamento da tireoide. Porém, quando está em falta ou em excesso no corpo, pode ter o efeito contrário e causar danos, como queda acentuada de cabelo, cansaço persistente, redução na produção do hormônio da tireoide, problemas de reprodução e, até mesmo, prejuízo ao funcionamento do sistema cardiovascular. 

Segundo a dra. Dalva Margareth Valente Gomes, endocrinologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, que faz parte da Dasa, rede de saúde integrada, o equilíbrio do selênio no sangue é fundamental para a criação das selenoproteínas, compostos químicos que atuam na redução do estresse oxidativo e dos danos às estruturas celulares, o que previne deficiências hormonais e aumenta a resistência do sistema imunológico. Para obter os benefícios do selênio, é importante se atentar à necessidade nutricional recomendada, de acordo com o estágio da vida. Durante a infância, é indicada uma média de 20 a 30 mcg/dia, passando para 55 mcg/dia na adolescência e na fase adulta, com aumento para 70 mcg/dia durante a gestação.

“Os primeiros sintomas da falta de selênio no organismo são fadiga, fraqueza muscular e redução da imunidade, que deixam o paciente mais suscetível a infecções causadas por vírus, bactérias e fungos. A deficiência grave de selênio também afeta diretamente a fertilidade de homens e mulheres, pode causar doença nos ossos e nas articulações e a chamada doença de Keshan, uma cardiomiopatia provocada pela carência desse mineral”, explica a especialista.

Por outro lado, o excesso pode ser igualmente prejudicial para a saúde. O consumo acima de 900 microgramas ao dia por longos períodos pode causar uma rápida perda de cabelo, vômitos, diarreia, náuseas, erupções na pele, cansaço constante e lesões neurológicas. Na toxicidade do selênio, é observado também um odor semelhante ao de alho exalado na respiração.


Suplementos vitamínicos só devem ser tomados sob prescrição médica

Quando há a suspeita de que os níveis do mineral estão abaixo ou acima do esperado, é indicado um exame laboratorial chamado Selênio, feito pela avaliação do sangue ou da urina. “Realizado por meio de uma coleta de sangue, esse procedimento quantifica a concentração no organismo e indicar deficiência ou toxicidade do composto no corpo”, detalha a dra. Dalva.

Uma vez confirmada a necessidade de ajustar a quantidade do mineral, o paciente deve buscar a orientação de um nutricionista, que poderá orientá-lo com base em uma dieta adaptada a seu estilo de vida. Em casos de deficiência de selênio, o consumo de suplementos vitamínicos só deve ser considerado quando há a indicação e o acompanhamento de um especialista.

“A dieta do brasileiro abraça diversos alimentos que são fontes de selênio, como a gema do ovo e farinha de trigo. A castanha-do-pará tem a maior concentração de selênio por unidade, mas as quantidades e os melhores tipos de alimento devem ser discutidos com um nutricionista, que fará o acompanhamento a longo prazo do nível de selênio do paciente”, finaliza a especialista.


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