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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Mais de 75% dos consumidores farão compras online na Black Friday por medo da segunda onda de covid-19 no Brasil

 Segundo pesquisa da consultoria Conversion, medo do contágio, restrição de circulação e abertura parcial do comércio físico são fatores para a preferência por lojas virtuais no evento



 Segundo pesquisa inédita da consultoria Conversion, especializada em SEO para negócios digitais, mais de 75% dos consumidores farão compras online na Black Friday deste ano por medo de uma possível segunda onda da covid-19, incluindo acesso às lojas virtuais e aos aplicativos.
 
De acordo com o estudo, que ouviu este mês cerca de 400 brasileiros sobre hábitos de consumo, comportamentos e preocupações para a primeira Black Friday com isolamento social, a restrição de circulação pela parcela da população que se encaixa nos grupos de risco da doença e a abertura ainda parcial do comércio físico também são fatores determinantes para mais consumidores estarem predispostos a participar do evento somente pela internet.
 
Para Diego Ivo, CEO da Conversion, apesar da gradual reabertura dos estabelecimentos e da progressiva retomada econômica ter acontecido em muitos países, incluindo o Brasil, os impactos da pandemia ainda são muito significativos. “A pandemia do novo coronavírus trouxe um panorama extraordinário para o comércio eletrônico em todo o mundo. No Brasil, junto com o amadurecimento dos negócios online, o próprio consumidor se transformou: os brasileiros estão hoje mais determinados a trazer as compras online para a suas novas rotinas e assim se sentirem mais protegidos”, comenta.”, comenta.
 


Como geralmente acontece ano após ano, em 2020, o número de consumidores que pretendem fazer alguma compra no evento aumentou. Segundo a pesquisa, cerca de 90,4% dos respondentes disseram que já compraram ou pretendem comprar na Black Friday de 2020, já que as promoções começam muito antes da última sexta-feira de novembro, com algumas lojas que lançaram as ofertas ainda em outubro.
 
Com relação a 2019, houve um aumento de quase seis pontos percentuais no número de brasileiros que confirmaram suas intenções de compra para este mês, saltando de 84% no ano passado para 90% em 2020. “Este aumento pode ser compreendido como um reflexo do boom de crescimento registrado pelo comércio eletrônico após o início do isolamento social, no segundo trimestre de 2020, quando muitos consumidores que não eram necessariamente adeptos das compras online passaram a dispor desta ferramenta”, ressalta Ivo.


 

A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos consumidores pretende aproveitar a Black Friday para comprar algum item de proteção contra a COVID-19. E cerca de 83% dos respondentes afirmaram que vão aproveitar o evento para fazer compras de Natal.

Do total da população que pretende comprar na Black Friday, metade afirmou que comprará algum presente para seu cônjuge e, 45%, para seus filhos.



Eletrodomésticos dominam as intenções de consumo
 
Entre os produtos de maior interesse dos consumidores, eletrônicos e eletrodomésticos somam 60% das intenções de compra, seguidos por celulares, com 59%.



“A Black Friday deste ano será um marco não apenas pelos recordes de vendas, mas pela grande mudança de hábitos que vemos e pelo surgimento do que chamamos de novo consumidor, que é mais digital do que nunca”, explica o CEO da Conversion
 
Confira a pesquisa completa na página:  
https://www.conversion.com.br/blog/black-friday-brasil/ 
 

 

Como organizar seus gastos para o final do ano?


Dicas de ouro para manter a organização e controle de suas finanças!


Foi um ano diferente, difícil, com muitas mudanças e adaptações. Mas apesar de tudo, com certeza é possível aproveitar de um excelente fim de ano.

Os gastos aumentam no final do ano, assim como no começo, mas agora temos a Black Friday, Natal, presentes, 13º Salário, amigo secreto, férias e confraternizações de final de ano, por isso, é importante se organizar para que gastos não ultrapassem o limite planejado e você não entre em dívidas.

Se as contas não estiverem fechando é hora de economizar e rever quais despesas você pode abrir mão. Obviamente que você não precisa sair cortando tudo de que gosta e nem perder seu padrão de qualidade de vida, mantendo um equilíbrio. E para isso a contadora e educadora financeira, Gisele Machioski apresenta 10 dicas para ter um final de ano mais organizado financeiramente e começar um 2021 com mais tranquilidade:


Presentes


Faça uma lista de presentes

A contadora exemplifica essa dica citando a frase “Papai Noel é quem tem que comprar presentes para todo mundo, você não”. Então através desse olhar é interessante que você comece fazendo uma lista de pessoas a presentear, começando com as pessoas da família. Uma dica é reduzi-la ao máximo, e pensar em presentear os que ficaram de fora com algum mimo feito por você, como biscoitinhos de Natal. Um gesto atencioso de fazer algo para alguém que você gosta vale mais do que um item que, em alguns casos, a pessoa nunca vai usar. Da mesma forma, presentes personalizados têm mais valor afetivo do que presentes caros. “Dê presentes que caibam no seu orçamento, pois presentear é uma maneira maravilhosa de demonstrar carinho, mas isso não significa de forma alguma que é necessário extrapolar seu orçamento e se endividar.” Diz Gisele.


Antecipe suas compras

Quem deixa as compras para a última hora tem que enfrentar vários problemas: os preços ficam mais altos, as lojas mais cheias, as compras online não são entregues a tempo. Além disso, comprar presentes antecipados pode garantir bons descontos. Se organize com antecedência, pesquise preços, corra atrás de promoções e vá adquirindo aos poucos os presentes para familiares e amigos.


Amigo Secreto

Se utilizar do amigo oculto pode ser uma boa opção se a família é muito grande, assim todos são presenteados, sem que você precise gastar tanto.


Confraternizações

Não é necessário ir em todas as confraternizações e happy hours em que você for convidado. Opte por organizar festas colaborativas, ou seja, cada convidado fica responsável por levar um prato, uma bebida ou até uma sobremesa. Organize festas em casa e na casa de amigos pois assim você economiza, além de criar oportunidades mais acolhedoras para festejar com os amigos. Encontros e pequenas reuniões em casa saem muito mais em conta do que ir a bares e restaurantes.


Planeje seus gastos com antecedência

-Tenha consciência do valor total que você possui disponível para gastar, anote os itens a serem comprados (presentes, alimentos, roupas) e determine um limite de gastos para cada item.

-Liste o número de pessoas que você deverá presentear e calcule uma quantia para todas elas.


Pague à vista

Se você parcelar tudo, pode não conseguir pagar no futuro. As parcelas devem ser utilizadas apenas quando o valor da compra é muito alto, ou quando não há outra opção. O ideal, com certeza, é comprar à vista. O risco de se enrolar mais adiante é bem menor.


Fuja do cartão de crédito, cheque especial e empréstimo

Chega de entrar no cheque especial, cartão de crédito e limite bancário! Tenha consciência do seu orçamento, faça com responsabilidade que sempre terá um dinheirinho extra. Só utilize o cartão de crédito se conseguir controlar seus gastos. Tenha muita atenção para não exagerar. Você não terá um 14º salário em janeiro para pagar a próxima fatura. Talvez possa ser vantajoso em algumas circunstâncias, mas cuidado para não se enrolar, calcule os juros e veja se compensa.


Utilize bem o 13º salário

No final do ano, boa parte dos trabalhadores recebe o 13º salário. Se você estiver fechando o ano no vermelho, por que não usar esse valor para cobrir as dívidas de juros mais altos? Assim, você começa o ano livre das dívidas que podem te prejudicar mais. Porém se você pretende quitar dívidas com parte do seu 13º salário, adapte seu fim de ano conforme suas condições financeiras te permitem e já pense em Janeiro, pois é o mês em que terão contas extras de início do ano como: IPTU, IPVA e despesas escolares.


Viagem de férias

A melhor maneira de organizar uma viagem de férias é com antecedência, sendo possível economizar e evitar dívidas para o próximo ano. Uma dica para quem ainda está buscando opções de hospedagem, transporte, atividades e alimentação para o passeio de férias neste final de ano é pesquisar preços em sites de pesquisa e buscar ofertas de última hora.


Quite suas dívidas

Chegar ao final de cada ano sem dívidas a serem quitadas é o sonho de qualquer pessoa, não é mesmo? Porém, infelizmente, esta não é a realidade da maioria dos brasileiros. Então a primeira coisa que você precisa fazer é pagar o que deve, tanto no banco, financeiras, lojas como com amigos e familiares. Tendemos a não priorizar as dívidas e consequentemente gastar mais do que realmente poderíamos e acabamos nos endividando ainda mais. A dica é aproveitar o clima de confraternização e tentar negociar todas as suas dívidas, ou pelo menos, as que têm juros mais altos. A contadora ressalta um cuidado muito importante: “Ao buscar uma renegociação de dívida, veja se as parcelas cabem no seu orçamento. Por isso, se você tem dívidas e pendências financeiras, pode valer a pena começar a organizar agora mesmo suas finanças e, de repente, gastar um pouco menos nas festas de final de ano e diminuir a verba dos presentes natalinos. Pode ser tudo o que você precisa para colocar as finanças em ordem e começar o próximo ano com o pé direito.”


Não empreste seu cartão de crédito

Sempre tem aquele amigo ou parente que pede um dinheiro emprestado ou cartão para comprar somente um presentinho. Acima de todas as regras, essa talvez seja uma das mais importantes, junto com o pagamento das dívidas — não empreste o seu cartão! Os riscos ao se fazer isso são diversos, mas um dos maiores deles é o risco de ficar endividado com as compras de outra pessoa.


Evite exageros, desperdícios e economize

As festas de final são culturais e uma forma de lazer para todos, mas você não precisa estourar seu orçamento para se divertir. O Natal, por exemplo, é uma comemoração farta em alimentos e pode acontecer de muitos deles sobrarem e serem desperdiçados.

Com equilíbrio, organização, planejamento e empenho é possível economizar no final de ano, ter boas festas de Natal e Ano Novo e ainda controlar melhor as finanças para começar o novo ano com o pé direito e sem dívidas.

 

 


Machioski Contabilidade

Gisele Machioski - Contadora

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Marco Legal das Startups: promessa de crescimento e maior competitividade no mercado

Os advogados Gustavo Portugal Heinze, especialista em Advocacia Tributária, e Giordano Luigi Perini Malucelli, especialista em Direito Penal Econômico, tecem comentários sobre o Projeto de Lei Complementar 249/2020


A possibilidade de a Administração Pública contratar startups para o desenvolvimento de soluções inovadoras por meio de licitações diferenciadas é um dos principais pontos do Projeto de Lei Complementar 249/2020, o chamado Marco Legal das Startups. 

“Uma nova modalidade de licitação facilitará a contratação de serviços criados por esse modelo de negócios e, sem dúvida, irá ampliar a competitividade entre startups e reduzir a concorrência com empresas de maior porte”, pontuam os advogados Gustavo Portugal Heinze, especialista em Advocacia Tributária e Giordano Luigi Perini Malucelli, especialista em Direito Penal Econômico, ambos atuantes diretos dentro do ecossistema das Startups. 

Os advogados veem com bons olhos o marco legal em virtude de seu papel de fomentar o empreendedorismo por meio de um ambiente favorável à inovação, à produtividade e à competitividade entre empresas nascentes (startups) e incumbentes (empresas consolidadas e com maior fração de mercado). 

O marco legal comtempla as empresas em que o core business seja voltado à aplicação de métodos inovadores vinculados a produtos, serviços e negócios, operando, em sua maioria, com dados digitais, ou seja, acompanhando o crescimento vertiginoso da economia mundial. Em suma, avalia Malucelli, “a proposta surge para transformar o empreendedorismo em vetor do desenvolvimento econômico, social e ambiental, fortalecido pela cooperação e interação entre os entes públicos e privados, conforme se observa do Art. 2º, inc. VII do Projeto de Lei Complementar”. 

Para Heinze, “o marco legal auxiliará as empresas em fase inicial que enfrentam diversos tipos de problemas, como a burocracia, altos custos de manutenção e contratação de profissionais, além de se encontrarem num ambiente hostil e competitivo junto às grandes empresas. Portanto, observa que a proposta irá fomentar e facilitar a entrada de empresas inovadoras por meio da diminuição de burocracia e facilitação nas licitações e contratações realizadas pela Administração Pública, bem como a previsão e formalização de instrumentos contratuais já utilizados em investimentos com startups, dando segurança jurídica aos empreendedores”. 

Malucelli complementa que, “por fim, com o auxílio dos entes públicos, o Estado promoverá a inovação do setor produtivo utilizando do seu poder de compra. Um dado da Associação Brasileira de Startups, indica que somente 18,5% das startups brasileiras, das 9.763 mil registradas em território nacional, se encontram fora do eixo Sul-Sudeste. Portanto, o marco legal favorecerá o crescimento da inovação, seja ela ambiental, social e econômica em todo o país.” 


Aporte de capital 

O marco legal incluiu apenas a figura do investidor-anjo para realizar o aporte de capital em startups e institui algumas obrigações e limitações à sua atuação para garantir o auxílio operacional e administrativo à empresa no momento da entrada do investidor. Além disso, observa Malucelli que o investidor-anjo poderá atuar como uma espécie de mentor dessas empresas nascentes, auxiliando com sua experiência prévia de mercado. Ele acredita que a “proposta deixou de lado as incubadoras e aceleradoras pois não participam das empresas como sócias, sendo uma relação diversa da que existe com os investidores-anjo, apesar de também prestarem um relevante serviço às startups.” 

Os advogados destacam que alguns pontos deixaram de ser abordados pelo projeto de lei e citam as questões trabalhistas e tributárias. “Sabemos que no Brasil o processo de mudança na legislação é muito moroso, porém, estamos no caminho certo para fomentar cada vez mais um ambiente saudável e favorável para as novas empresas”. No tocante ao respaldo jurídico, ante à vacância legal em certos itens, eles recomendam que as startups procurem bancas especializadas nas áreas de inovação, tecnologia, contratual, trabalhista, entre outros, para suprir a deficiência vigente com o suporte adequado.

Quanto ao faturamento anual, requisito básico para uma empresa ser considerada startup, Heinze pensa que R$ 16 milhões é uma cifra razoável. “Há que se pensar também com isonomia às outras startups, ou seja, o ambiente criado deve ser favorável até um certo limite, possibilitando que demais empresas nascentes também possam competir com as maiores, ainda que em fase inicial. Consideram-se empresas jovens, para os fins da lei complementar em questão, aquelas registradas nos últimos 06 anos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica”. Malucelli sublinha que “sem maiores estudos, o aumento desse limite poderia ser desfavorável às menores, estabelecendo novamente um desequilíbrio entre incumbentes e novas entrantes, justamente o que o projeto de lei tenta coibir”. 


Ambiente favorável 

Os advogados têm certeza de que, com a implementação de uma lei que fomenta a inovação e um ambiente de negócios mais favorável às startups, além de incentivar o empreendedorismo, haverá um reforço considerável da segurança jurídica tanto para a empresa investida quanto para o investidor que deseja fazer aportes em negócios inovadores. “A inclusão de instrumentos contratuais já utilizados pela maioria das startups também é essencial para trazer segurança a todos os partícipes do empreendedorismo inovador”, frisam. 

Heinze lembra que muitos dos aspectos tratados no marco legal das startups já existem em outros países. “Os instrumentos contratuais incluídos no projeto de lei são muito difundidos na Europa e, principalmente, nos Estados Unidos, inclusive já sendo utilizados de forma parecida no Brasil”, afirma. Porém, salienta que a utilização desses contratos sem que haja previsão expressa na legislação sempre foi um ponto de atenção para as empresas e seus jurídicos, que enfrentam diversos problemas, principalmente no que tange à segurança dos contratos, em razão da parca legislação. “Além disso, temos diversos aspectos importados dos Estados Unidos, que é conhecido mundialmente pelo fomento às empresas inovadoras, como pode ser observado no Vale do Silício e outros locais de legislação mais flexível e favorável à inovação”, complementa Malucelli. 

Com a aprovação do marco legal, os advogados ressaltam que a desburocratização potencial trazida pelo projeto de lei irá incentivar e encorajar o empreendedorismo em todo Brasil, facilitando a criação de novas empresas e também a implementação de novas ideias com custos menores. “Portanto, caso a lei seja aprovada, acreditamos no aumento potencial do número de startups e empreendedores, brasileiros e estrangeiros, em busca de novos negócios”, reconhecem os advogados. 

Por fim, Heinze e Malucelli destacam que a não inserção de propostas nas áreas trabalhistas e tributárias é uma das principais críticas ao marco legal das startups. Para eles, a falta de previsão ou flexibilização tributária e trabalhista é insatisfatória. “Porém, um passo de cada vez, pois acreditamos na melhora do ambiente competitivo e na aprovação de novas leis que fomentem a inovação e possibilitem o empreendedorismo”, enfatizam. “Por ora, nos resta aguardar pela aprovação do texto na Câmara dos Deputados, para que posteriormente o Projeto de Lei Complementar seja homologado junto ao Senado Federal”.

 



Gustavo Portugal Heinze (OAB-PR 70.962) - especialista em Advocacia Tributária pela Escola Superior de Advocacia de Minas Gerais – ESA-MG; pós-graduando em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia Nacional – ESA-OAB em parceria com a Universidade Cândido Mendes (UCAM/RJ); advogado com certificado de atualização em Direito Processual Civil pela Escola de Gestão Pública do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (EGP-TCE/PR); coordenador do núcleo de Direito para Startups  e do núcleo de Direito Tributário e responsável pelo núcleo de Tecnologia e Inovação do escritório GMP|G&C Advogados Associados.

 

Giordano Luigi Perini Malucelli (OAB-PR 64.746) - pós-graduado em Direito Penal Econômico pela Universidade Positivo, pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Superior de Advocacia – ESA/OAB, em parceria com a Universidade Cândido Mendes (UCAM/RJ);  coordenador do Núcleo de Contencioso Cível do escritório GMP|G&C Advogados Associados, advogado com certificado de atuação em Direito para Startups pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e com certificado de atualização em Direito Processual Civil pela Escola de Gestão Pública do Tribunal de Contas do Estado do Paraná – EGP-TCE-PR.


A prevenção de litígios no contexto da LGPD

A nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) representa um avanço para o Brasil e nos coloca em posição de igualdade com as legislações dos países desenvolvidos. Na Era da Informação a LGPD concede segurança às pessoas e favorece a realização dos negócios.

Vale esclarecer que se entende por dados pessoais todas as informações suficientes para identificar uma pessoa natural, tais como os números de telefone e do Cadastro de Pessoais Físicas do Ministério da Fazenda (CPF/MF) ou uma imagem obtida através de câmera instalada em uma loja.

Por outro lado, muito embora em grande parte o Código de Defesa do Consumidor já ampara os indivíduos, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais amplia o rol de direitos e obrigações e, com isto, o potencial de litígios nas esferas administrativa e judicial, por meio da futura atuação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados e de ações judiciais.

Nesta linha, importante destacar que os termos da LGPD impõem medidas de adequação por parte das empresas, sob pena de serem responsabilizadas pelo uso indevido de dados e vazamentos. A adequação envolve uma mudança relevante nas empresas que inclui questões culturais e passa pela chamada “transformação digital”.

A primeira providência consiste em identificar o fluxo de coleta e armazenamento de dados da companhia, bem como qual é o seu aparato tecnológico utilizado quanto à infraestrutura de rede, hardware e sistemas/softwares, além de suas normas de conduta envolvendo cibersegurança. Feito este mapeamento inicial, será possível determinar as medidas de adequação necessárias, as quais irão variar dependendo do estágio digital das empresas e tipos de atividades desenvolvidas.

As providências normalmente indicadas são bastante amplas. Algumas tratam de itens diretamente ligados à LGPD, como a elaboração do relatório de impacto, nomeação do “encarregado”, regularização de consentimento, entre outras. Outras cuidam de aspectos relacionados com a segurança digital, podendo serem citadas por exemplo a implantação de ferramentas tecnológicas, treinamento dos colaboradores, criação de regulamentos etc. Por fim, existem também aquelas providências que dizem respeito à revisão e adequação dos contratos em vigor celebrados pela empresa.

No campo da segurança digital, é fundamental que um profissional de TI, especializado no tema atue em parceria com os advogados, mais ou menos como acontece com os contadores e tributaristas. Os advogados têm a função de validar as orientações técnicas e práticas destes profissionais, bem como, em conjunto com eles, formular as políticas das companhias sobre o assunto e prover as soluções aos clientes.

Assim, com a objetivo de minimizar a exposição aos litígios, é de suma importância que as empresas promovam os devidos ajustes para atender os ditames trazidos pela nova legislação. Caso seja necessário apresentar defesa em eventual situação concreta, o fato de a empresa não permanecer inerte quanto à sua adequação aos termos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais representará um argumento importante para afastar a responsabilização, lembrando que mesmo os sistemas de segurança mais modernos não são infalíveis.




Daniel Cerveira - sócio do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Associados Advogados Associados, consultor jurídico do Sindilojas-SP e professor dos cursos MBA em Varejo e Gestão de Franquias da FIA – Fundação de Instituto de Administração. Pós-Graduado em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas São Paulo.

 

Sete áreas de trabalho e as suas profissões do futuro

Black Friday incentiva a procura por novos cursos de graduação e pós 


A pandemia fez com que o mercado de trabalho mudasse mais rápido do que o esperado e acelerou uma transformação digital, dando mais espaço a tudo que é online. O relatório The Future of Jobs 2020 (O futuro do trabalho 2020, em tradução livre), divulgado em outubro pelo Fórum Econômico Mundial, indica que o que antes era considerado o “futuro do trabalho” já chegou. As novas tecnologias em conjunto com as tendências globais norteiam o surgimento de novas profissões e demonstram demanda mista de habilidades digitais e humanas. 

O documento revela que mais de 80% dos executivos de negócios estão acelerando os planos para digitalizar processos de trabalho e implantar novas tecnologias e 50% dos empregadores esperam acelerar a automação de algumas funções em suas empresas. Ainda segundo o levantamento, em 2025, automação e uma nova divisão de trabalho entre humanos e máquinas vai mudar radicalmente 85 milhões de empregos em todo o mundo em médias e grandes empresas em 15 setores e 26 economias.

No início do ano, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, foi divulgado o relatório “Job of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy” (Trabalho do amanhã: mapeando oportunidades na nova economia, na tradução livre) – uma parceria do New Metrics CoLab, do Fórum Econômico Mundial, com cientistas de dados das empresas Burning Glass Technologies, Coursera e Linkedin – listou 96 profissões do futuro em sete categorias. O levantamento destacou profissionais ligados a inteligência artificial, transcrição médica, cientista de dados, especialistas de sucesso do consumidor e engenheiros full stack. Confira as sete áreas e quais as carreiras que mais se destacam.


Saúde

Algumas profissões mais tecnológicas ligadas a saúde – como especialista em transcrição médica, terapeuta de radiação, preparador de equipamentos médicos – vão ganhar força nos próximos anos. O levantamento também indicou algumas carreiras voltadas ao preparo físico, como assessor de terapia física, treinador atlético, fisiologista de exercício, treinador de fitness e instrutor aeróbico.


Dados e Inteligência Artificial

Já faz alguns anos que os dados e a Inteligência Artificial passaram a fazer parte do nosso dia a dia, e com a pandemia, as vendas online cresceram e, consequentemente, os dados gerados. “Estamos em um momento de copo meio vazio, com muitas possibilidades para crescimento para encher o copo, o que é bom. Por outro lado, o do copo vazio, há uma falta de empresas e profissionais preparados para estas oportunidades. Existem muitas oportunidades para quem tem conteúdo e sabe aproveitar o momento”, comenta Elton Ivan Schneider, diretor da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

A pesquisa indicou crescimento de profissões como especialista em inteligência artificial, cientista de dados, engenheiro de dados, desenvolvedor de big data, analista de dados, especialista e consultor em analytics, consultor de dados, analista de insights e desenvolvedor de business intelligence.


Engenharia e Computação em Nuvem

Para gerir os dados, é preciso criar meios de captá-los e armazená-los. Profissões como engenheiro de estabilidade de site, engenheiro de plataforma, consultor de nuvem, analista de tecnologia e desenvolvedores em Python, full stack, Javascript e back end estão em alta.


Vendas, Marketing e Conteúdo

A venda e a divulgação da marca pelos meios digitais já era uma tendência, mas com a pandemia, a digitalização dos negócios foi acelerada. “A pandemia mundial acelerou bastante a famosa transformação digital e as pessoas passaram a comprar mais pela internet. Só no primeiro semestre de 2020, foram mais de sete milhões de novos compradores e 47% de crescimento no volume de vendas online. Com isso, profissionais ligados a essa área também passaram a ser mais buscados”, afirma Maria Carolina Avis, professora de Marketing Digital da Uninter.

Assistente de mídia social, growth hacker, coordenador de mídias sociais, especialista de marketing digital, representante de desenvolvimento de negócios, especialista de conteúdo, especialista de e-commerce e diretor de estratégia são algumas das carreiras destacadas pelo relatório apresentando no Fórum Econômico Mundial.


Desenvolvimento de Produtos

O mercado também vem buscando se aprimorar e desenvolver novos produtos. Isso gerou uma demanda de profissionais como product owner, analista de qualidade, engenheiro de qualidade de software, analista de produto e engenheiro de qualidade.


Economia Verde

Países e empresas estão se preocupando em reduzir o seu impacto ambiental, buscando amenizar a mudança climática.  Esse cenário fez com que profissionais como gerente de instalações de energia solar, especialista de fontes hídricas, gerente de projetos de energia eólica, especialistas de sustentabilidade e engenheiro de energia surgissem e fossem buscadas pelo mercado.


Pessoas e Cultura

Mesmo com o alto desenvolvimento tecnológico, o ser humano ainda é peça fundamental para as instituições. Ter recursos humanos que acompanham as tendências e sabem identificar os talentos disponíveis no mercado é fundamental. Com isso funções como recrutados de tecnologia da informação, parceiro de recursos humanos, especialista em aquisição de talentos, business partner e business partner de RH, estão crescendo.


Black Friday

A data vem se consolidando no Brasil, principalmente no meio digital, que em 2019 teve faturamento na casa dos R$3,2 bilhões. A oportunidade não é só para compra de eletrônicos, itens pessoais e domésticos, mas também para quem quer começar os estudos ou melhorar a sua qualificação profissional.

“A Black Friday parece ser o momento certo para as pessoas se presentearem por estarem passando e sobrevivendo a pandemia. É o que aponta a pesquisa, que mostra que 65% dos consumidores pretendem aproveitar a oportunidade para se presentear”, comenta Elizeu Barroso Alves, coordenador do Curso de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.

E por que não se presentear com um curso de graduação ou pós? Até dia 30 de novembro, os cursos do Centro Universitário Internacional Uninter estão com descontos que vão até 70% nas primeiras parcelas. Além da matrícula, que está gratuita no período, o aluno também ganha um curso de inglês.

A metodologia de ensino da Uninter foi estruturada pensando na flexibilidade do aluno, que pode organizar seus dias e horários de estudos. A modalidade mescla tecnologias digitais e analógicas, com momentos ao vivo ou gravados, presença obrigatória para realização das avaliações e atendimento online de tutoria e orientação educacional por professores. O centro universitário tem nota 4 no Índice Geral de Cursos (IGC) e 5 no Conceito Institucional (CI). Mais de 400 cursos entre graduação, pós-graduação e extensão são ofertados pela instituição.

 


Grupo Uninter 

 uninter.com

 

Voo Simples: novos ares na aviação

Recentemente, o governo federal anunciou um novo incentivo a um setor fundamental da vida brasileira: o programa Voo Simples, destinado a destravar e estimular a aviação em nosso país. Anunciado em cerimônia no Palácio do Planalto e contando com vários ministros, o programa foi apresentado pelos seus dois principais idealizadores, o Ministério da Infraestrutura e a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, ambos interessados em melhorar o ambiente da aviação nacional.

E o governo federal tem motivos para tentar revigorar a aviação. Não bastasse as inerentes dificuldades do setor em um país imenso e muito heterogêneo, este ano ainda tivemos a interferência da pandemia do novo coronavírus. As medidas necessárias para a redução da circulação de pessoas pegaram em cheio o setor que foi, provavelmente, o mais atingido pela crise. Os voos praticamente cessaram e as empresas da área da aviação tiveram suas atividades praticamente paralisadas, com reflexos enormes para os profissionais da área.

Assim, de forma a sinalizar um auxílio à aviação, o programa é lançado após amplos estudos dos setores envolvidos, sobre as medidas que poderiam trazer novamente vida à aeronáutica brasileira. A amplitude das medidas demonstra a gravidade da situação, mas também indica a importância do setor e a intenção de torná-lo ainda melhor do que estava antes da crise. O programa não se limita a tentar restabelecer as condições anteriores, mas mudar as regras e marcos regulatórios da aviação em geral. Gerar um novo ambiente.

Os principais objetivos do programa Voo Simples já destacam a grandeza das intenções: melhoria da satisfação e da qualidade dos serviços prestados, redução de custos, fomento à entrada de novos agentes, aumento da segurança jurídica e transparência na regulação, estímulo à indústria aeronáutica nacional e redução da assimetria no setor.

Dentre as 52 medidas lançadas, muitas ainda estão em estudos e dependentes de consulta pública, aberta pela ANAC, para a definição de prazos e parâmetros definitivos, como no caso da validade das habilitações dos tripulantes. Hoje, essa validade é anual e requer que as empresas, e mesmo os autônomos, refaçam diversas provas, simuladores e testes, todo ano, para se manterem alinhados com a legislação, o que gera custos e tempo não produtivo. Neste caso, como feito em outros países, há a proposta de que a habilitação possa ser permanente, desde que o certificado médico e alguns testes de proficiência sejam realizados periodicamente.

Outras medidas visam facilitar a operação de pequenas empresas, o que propicia o desenvolvimento da aviação também longe dos grandes centros, aumentando a capilaridade da economia e a redução das enormes diferenças regionais. Nesse sentido, regras mais flexíveis para empresas menores teriam grande impacto. Ainda, a facilitação da operação remota para a aviação aeroagrícola e um marco regulatório para a aviação anfíbia, este último hoje inexistente, mas que seria extremamente útil no Norte do país, onde faltam aeródromos, mas abundam rios e lagos.

A simplificação dos processos para autorização de fabricação, importação e registro de aeronaves poderá agilizar e reduzir os custos das empresas do ramo que hoje se sentem presas a burocracias intermináveis. Ou seja, o programa Voo Simples é ambicioso, mas necessário e, se bem conduzido, poderá trazer novamente a aviação para os caminhos do crescimento.

O mais importante é o movimento, a iniciativa do governo brasileiro em, reconhecendo a importância do setor, agir quando há necessidade. Não há como desenvolver um país como o Brasil, com sua dimensão, sem a devida infraestrutura aeronáutica, de meios e pessoas, e de aeronaves para transportar riquezas, negócios, turistas, para uso na agricultura, no salvamento e, porque não, com as aeronaves anfíbias, que podem ajudar decisivamente no combate a incêndios florestais, utilização da qual ainda carecemos, e tanto.

Pela amplitude do programa, há que se esperar resultados expressivos na flexibilização, simplificação e estímulo às atividades. E isso é importante, pois os profissionais da aviação e o Brasil não podem esperar, mas em cada medida adotada deve ser levada em conta a segurança, pois não custa lembrar que na aviação essa é a prioridade número um.




Fábio Augusto Jacob - Coronel Aviador da reserva da Força Aérea Brasileira, coordenador e professor da Academia de Ciências Aeronáuticas Positivo (ACAP) da Universidade Positivo.

 

13º salário deve ser pago integralmente para quem teve redução de jornada

Nota técnica do governo põe fim às dúvidas de empresários quanto ao pagamento do benefício

 

 

O governo divulgou nota técnica definindo que o pagamento do 13º salário deve ser feito integralmente, mesmo nos casos em que houve redução da jornada de trabalho em função da pandemia do Coronavírus. A regra não se aplica a quem teve contrato suspenso. Apesar de não ter força de lei, Daniela Boni, coordenadora de RH da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, explica que a nota técnica deve ser seguida pelas empresas que não desejam judicializar a questão.

“Mesmo com a nota técnica, é necessário verificar os acordos firmados com cada sindicato, pois algumas categorias, incluíram a cláusula de que o décimo deverá ser pago de forma integral”, explica Daniela.

A especialista orienta que o benefício deve ser calculado sobre a remuneração do mês de dezembro, sem considerar as reduções de jornada e salário que possam ter ocorrido durante o ano. Porém, no caso de suspensão do contrato de trabalho, o documento estabelece que não será contabilizado o período em que o profissional não trabalhou. “Só será considerado para o cálculo do 13º salário o mês em que o trabalhador tenha exercido suas funções por 15 dias ou mais”, esclarece Daniela. 


 
Férias
 
A nota técnica do governo também orienta as empresas para o pagamento de férias. No caso de jornada reduzida, não há alteração no benefício. Há mudanças somente para quem teve suspensão do contrato de trabalho. “Os períodos em que o contrato foi suspenso não serão considerados na contabilização do período de férias. Caso o trabalhador tenha tido uma suspensão de 60 dias, esses dois meses não irão contar para o período aquisitivo.  É como se o período ficasse congelado e voltasse a contar na data de retorno do contrato de suspensão, sendo assim, muitos trabalhadores, terão seus períodos aquisitivos alterados e prorrogados em decorrência da suspensão”, explica Daniela.


Dicas para a Black Friday

Valter Police, financeiro da Fiduc, preparou algumas dicas para se preparar para não cair em cilada na Black Friday. Confira:


1 - CUIDADO COM OS PREÇOS ALTERADOS

Finalmente chegou o dia que muitos esperam: a famosa "Black Friday". Aquele sonho de consumo que está muito mais perto por causa dos descontos avassaladores. Bom, isso é o que a propaganda nos faz pensar.

A realidade, no entanto, fica bem distante dessa imagem, ao menos na maior parte do que observamos. Em alguns casos, produtos que têm seu preço majorado dias ou semanas antes, aparecem com desconto na Black Friday, mas, de verdade, ele apenas voltou ao seu preço normal.

Em outros, os descontos são muito específicos para produtos com baixa saída, considerados "encalhados" e que entrariam de promoção de qualquer forma.

É claro que existem promoções, algumas até atrativas, mas em quantidade muito menor do que muitas vezes pensamos.


2 - AVALIE O QUE REALMENTE PRECISA

Com esse cenário, qual é a melhor forma de não cairmos em armadilhas de consumo?

Na minha opinião, comprar algo que custa R100 por R10, mas que você não precisa, continua sendo um desperdício e uma má escolha. Comprar algo de R100 por R95, mas que você precisa, pode ser um bom negócio.

Assim, antes de comprar, reflita se o produto ou serviço realmente estava na sua "lista" e era realmente necessário.


3 - PESQUISE

Se você tem algo que está pensando em comprar, monitore os preços, faça comparativos pela internet e aí, talvez, você possa encontrar uma oferta interessante.


4 - NÃO ESQUEÇA DOS SEUS OBJETIVOS

tome muito cuidado para que essa data promocional não faça você comprar coisas que, na verdade, não precisa, porque daí, mesmo que o desconto seja grande, seu dinheiro não será utilizado na busca por seus verdadeiros objetivos.


5 - CONSIDERE INVESTIR

Por fim, caso você realmente não esteja precisando comprar nada, que tal se dar um presente diferente? Já pensou em deixar de comprar coisas que muitas vezes são pouco aproveitadas e investir esse dinheiro? É um presente que você dá para o seu "eu" futuro e essa seria uma Black Friday que, com certeza, traria algo muito positivo para sua economia.


Depois do PIX, o que esperar da fase de teste do Open Banking que começa no final de novembro

Divulgação/UzziPay

Entenda a revolução tecnológica que está mudando os rumos do setor bancário no Brasil


Ao longo da última década, o segmento bancário vem passando por diversas transformações na sua forma de atuação, sempre priorizando a tecnologia como principal ferramenta. Depois do internet banking, vieram os aplicativos de bancos, que permitem fazer a maioria das operações da conta sem sair de casa e, por fim, os bancos 100% digitais, como as fintechs, sem agência física.

Segundo a Pesquisa de Tecnologia Bancária, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), as transações por meio digital representaram 63% do total de R$ 89,9 bilhões de operações realizadas em 2019. Em abril de 2020, ano que foi marcado pela pandemia e isolamento social, esses números aumentaram e 74% das operações bancárias foi por meios digitais.

Essa transformação tecnológica no setor aumentou recentemente com o lançamento do PIX, pelo Banco Central (BC). A ferramenta garante a realização de transações financeiras, que demoram poucos segundos e que podem ser realizadas até mesmo por meio de smartphones. As transferências do PIX devem substituir soluções como os antigos DOC e TEC – que são meios mais caros de transferir dinheiro – e, podem ser feitas entre pessoas físicas gratuitamente. As operações via PIX também estão disponíveis para transações entre empresas e até o governo, mas estas modalidades possuem um custo, porém bem mais acessível do que DOC e TEC.

 

Depois do PIX, vem aí: Open Banking

Outra novidade já anunciada pelo BC é o Open Banking, um sistema de compartilhamento de dados, informações e serviços financeiros, que é controlado pelos próprios clientes em plataformas de tecnologia. O objetivo é dar mais autonomia e controle da vida financeira aos próprios usuários, sendo possível inclusive receber ofertas de crédito de outros bancos, mesmo sem ter vínculo ou conta aberta.

Com essa novidade o objetivo é permitir ao usuário maior organização de seus dados financeiros em diferentes plataformas, utilizando uma única chave de acesso e determinando quais dados serão compartilhados com cada uma delas. É possível, inclusive, vincular um meio de pagamento a um determinado aplicativo de compras.

A chegada do Open Banking abre um horizonte de crescimento para o setor financeiro, incluindo as instituições como as fintechs que vêm ganhando muito espaço e relevância nos últimos anos. A solução aumentará o campo de atuação dessas empresas e tornará o mercado bancário/financeiro ainda mais digital.

Márcio Barnabé, Chief Marketing Officer da UzziPay, uma fintech que possui a proposta de preservar uma árvore na Amazônia a cada novo cliente, explica que a implementação do open banking deve começar no final desse mês, em 30 de novembro, de acordo com calendário divulgado pelo Banco Central. O sistema deverá seguir sendo implementado até meados de outubro de 2021, quando todas as fases do sistema deverão ser concluídas.

O especialista defende que a novidade do Open Banking será muito benéfica para o segmento. “Essa ferramenta dá o controle na mão do usuário de bancos e dá liberdade para que ele possa escolher onde as informações serão utilizadas e quais serviços ele vai contratar. Para as fintechs é uma oportunidade de chegar de vez e com mais força ao mercado”, diz.

Márcio afirma também que o Open Banking surge como uma oportunidade de fazer com que as fintechs expandam suas operações e tornem-se mais abrangentes, cada vez podendo atender aos clientes de maneira mais completa, como bancos clássicos, mas com o diferencial da tecnologia e modernidade nos serviços.

 

Segurança e comodidade

Pensado para simplificar a gestão financeira, que é uma dor de cabeça para muitas pessoas, o open banking possibilitará reunir todas as informações em um único aplicativo, com uma única senha, sem a necessidade de abrir todas as contas – para as pessoas que possuem mais de uma – e fazer um controle mais burocrático.

Através do sistema de API (Interface de Programação de Aplicativos), uma fintech pode desenvolver um aplicativo que sintetize todos os dados financeiros do cliente em um único lugar, atualizando tudo de maneira automática e com padrões de segurança bem estabelecidos.

O Chief Marketing Officer da UzziPay argumenta que o Open Banking é um conceito muito empolgante para todo o setor bancário, já que ele chega como um facilitador. Além disso, fintechs menores poderão começar a equilibrar e jogo e ter maior poder de concorrência com bancos tradicionais e já consolidados.

A proposta do Banco Central é justamente incentivar a competição no sistema bancário, pois, além de abrir portas para empresas novas que já nasceram com a veia tecnológica como principal vertente, faz com que os bancos tradicionais invistam em inovação e sistemas para modernizar o atendimento.

Dentre as vantagens do Open Banking, é possível citar:

  • Maior controle do cliente, que se torna o responsável pelo compartilhamento de suas informações financeiras;
  • Compartilhamento de informações e dados, de modo automático e seguro
  • Maior liberdade de concorrência e aperfeiçoamento do mercado;
  • Incentivo à modernização do setor bancário e ao desenvolvimento de gadgets inovadores;
  • Mais transparência na gestão de informações do cliente;
  • Customização de produtos e serviços a partir dos dados dos consumidores;
  • Mais opções de crédito e benefícios como redução de taxas e facilidade nas condições de pagamentos;
  • Organização de todos os produtos e serviços contratados pelo cliente em um único app;
  • Maior simplicidade no gerenciamento das receitas, despesas, dívidas e investimentos, favorecendo a saúde financeira dos usuários;
  • Maior igualdade entre empresas concorrentes, já que poderão acessar o histórico de diferentes consumidores;
  • Possibilidade de construir itens capazes de se integrar a diferentes sistemas.

A agilidade no processamento de um volume muito alto de dados será o grande diferencial, partindo da premissa que as fintechs já têm esse como um dos principais meios de administrar as informações dos usuários.

“É importante democratizar esses processos e fazer com que o cliente se sinta mais seguro e cada vez mais dono dos seus próprios dados, sem que se pareça com épocas antigas, onde ele estava preso ao seu banco e tinha que pagar multas para se desvincular. Hoje o cliente está no comando das informações, não o contrário”, finaliza Márcio Barnabé. 


 

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6 dicas para economizar estudando fora

Ao morar em outro país, um bom planejamento financeiro é essencial para controlar os gastos do dia a dia e aproveitar a experiência da melhor forma possível


Estudar no exterior é um processo que exige muitas responsabilidades, não apenas em aspectos pessoais, mas também em aspectos financeiros. Além do custo da universidade e da acomodação, o estudante precisa considerar os gastos com alimentação, transporte, saúde e lazer, por exemplo. E com os impactos financeiros causados pela crise do novo coronavírus e as incertezas no setor econômico nacional e mundial, saber organizar bem as finanças e se planejar a longo prazo são hábitos que se tornaram ainda mais importantes.

Pensando nisso, a OK Student, consultoria acadêmica para estudantes brasileiros que querem ingressar em uma universidade no Reino Unido, separou seis dicas essenciais para auxiliar jovens que sonham em estudar fora do Brasil, mantendo o orçamento sob controle e aproveitando ao máximo a experiência. 

  1. Faça um controle semanal dos gastos

Controlar as despesas semana a semana permite que o estudante analise seus principais gastos e tenha uma visão mais ampla de seu orçamento. Para isso, é fundamental criar uma planilha para organizar todos os valores separadamente e, assim, identificar quais gastos são essenciais e o que pode ser eliminado.

  1. Repense o que realmente é essencial

É importante que o estudante saiba distinguir entre os itens essenciais para sua estadia no exterior e os supérfluos. Esse deve ser um exercício diário de reflexão sobre o que é necessário adquirir naquele exato momento e o que pode ser deixado de lado. Com a empolgação de estar em outro país e com uma certa autonomia financeira longe do controle dos pais, o jovem pode comprar por impulso e se arrepender no final do mês.

  1. Procure um trabalho no tempo livre

Trabalhar durante a graduação ou pós é a realidade da maioria dos estudantes internacionais. Nesses casos, é possível procurar um emprego part-time, no qual se trabalha por 4 horas por dia em um restaurante, loja, hotel ou comércio, por exemplo. Assim, além de ajudar com as despesas, o estudante tem a possibilidade de desenvolver habilidades pessoais, treinar o idioma e aprender a lidar com novas responsabilidades.  

  1. Pesquise alternativas

Por mais econômico que o estudante seja, ele terá de realizar a compra de itens básicos e será muito enriquecedor explorar a cultura local durante a experiência. Mas em vez de comprar algo na primeira loja ou entrar no primeiro centro cultural que encontrar, é válido pesquisar opções mais baratas na região. Na Inglaterra, por exemplo, há muitas opções gratuitas de lazer, como museus e parques, e algumas cidades oferecem até descontos exclusivos para estudantes em passeios turísticos e atividades culturais.

  1. Evite comer fora todos os dias

Sem dúvidas, conhecer os restaurantes da cidade é uma experiência que não deve ser deixada de lado. Porém, se essa for uma prática diária, pode trazer prejuízos ao final da viagem. Em vez de procurar a opção mais rápida e prática, aprenda a cozinhar e organize suas refeições. Além de ser mais econômico, é uma prática que permite uma alimentação mais saudável e ajuda no desenvolvimento da autonomia.

  1. Aproveite o transporte público

Uma boa forma de economizar em uma viagem internacional é utilizar o transporte público sempre que possível. Deixe o táxi e aplicativos de transporte para emergências, e procure por ônibus, metrôs, trens ou até bicicletas. Além de aproveitar melhor a vivência na cidade, o dinheiro guardado no transporte pode ser usado para outros fins.

 


OK Student 

www.okstudent.com.br

 

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