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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

10 passos para alcançar metas

 Quer conquistar os seus objetivos? Especialista em psicologia positiva ensina dicas que ajudam na mudança de comportamento

 

A chegada desse período de fim de ano nos inspira a refletir sobre o que desejamos conquistar em 2021. Mas somente pensar a respeito não basta. Apenas ter intenções nem sempre é o suficiente. “É preciso, também, se planejar e estar disposto a agir. Afinal, definir metas significa uma mudança de comportamento”, diz Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia

Para ajudá-lo nessa empreitada, ela separou 10 etapas fáceis de serem colocadas em prática. “São passos para quem almeja transformar desejos em realizações de sucesso. E o melhor: todas as dicas são baseadas em evidências científicas!”, reforça a especialista, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit.

Acompanhe a seguir:

 

  1. Primeiro, estabeleça o grande objetivo

O que você gostaria de realizar no próximo ano? Por exemplo: ter uma rotina de atividade física. Esse objetivo pode incluir um pouco de alongamento, treinamento de força e exercícios aeróbicos em cerca de 20 minutos, durante 5 dias por semana.

 

  1. Em seguida, divida essa ideia mais ampla em metas de longo prazo

Elas levam até três meses para serem cumpridas. Ainda utilizando o exemplo que mencionei, uma meta de longo prazo é fazer 12 semanas de exercícios físicos.

 

  1. Agora, divida o objetivo novamente em metas de curto prazo

São as que levam de uma a três semanas para serem realizadas. Algumas metas de curto prazo podem ser:

  • Procurar um personal para preparar os treinos.
  • Memorizar os circuitos e aprender a fazê-los corretamente.
  • Cumprir duas semanas de atividade física.

 

  1. Depois, divida o seu objetivo em passos muito específicos e fáceis

O que você pode fazer hoje? E amanhã? O primeiro passo é ligar para o personal, que montará os exercícios para você? Ou aprender os alongamentos de aquecimento assistindo a vídeos no YouTube? Siga esses passos até que eles fiquem tão fáceis que você sinta pouca ou nenhuma resistência.

 

  1. Ajuste seu ambiente para tornar as coisas mais fáceis

Somos muito influenciados pelas pessoas, lugares e tudo aquilo que está perto de nós. Então, vale a pena acertar o ambiente para facilitar as coisas. Na prática, remova as tentações. Se o objetivo é parar de verificar o celular enquanto dirige, mantenha o telefone longe. Outra dica é ter certeza de que aquilo que precisamos é fácil e conveniente. Quer comer mais frutas? Deixe-as em lugares visíveis na cozinha.

 

  1. Envolva outras pessoas, mesmo se você for introvertido

Muitas vezes, nós podemos nos forçar a realizar algo se isso nos faz sentir mais parte de um grupo. Essa atitude aprofunda e aumenta nossas conexões sociais de alguma forma. Converse com outras pessoas a respeito do seu objetivo. Se a ideia é fazer exercícios, fale com quem já pratica.

 

  1. Identifique por que seu objetivo é importante para você

Pense menos no que você quer alcançar e concentre-se em como deseja se sentir. Identifique o “porquê”. Nessa hora, as emoções são muito mais motivadoras do que as metas por si só. Talvez você queira mais felicidade, confiança ou calma. Então, diga: “vou estabelecer essa rotina de exercícios porque sei que ela vai aumentar a minha energia. Estar cheio de disposição é muito importante para mim”.

 

  1. Faça seu objetivo estar na sua identidade

Mude o seu comportamento também com as palavras. Passe a dizer: “eu sou uma pessoa que faz exercícios”. A cada novo dia de atividade física, você mesmo notará que cumpre o que se propõe a fazer.

 

  1. Deixe o comportamento mais atraente

Quando o cérebro identifica uma recompensa potencial, ele libera dopamina, um mensageiro químico do bem-estar. Essa substância nos motiva e cria um sentimento real de desejo. As recompensas precisam ser imediatas ou, melhor ainda, incorporadas à rotina, quando possível. Faça os exercícios ouvindo suas músicas preferidas, por exemplo. Isso deixa a atividade mais atraente.

 

  1. Torne o comportamento um hábito

Uma vez que um comportamento está no piloto automático, tudo fica mais fácil. Não precisamos de muita força de vontade para realizar aquilo que é habitual. Encaixe seu objetivo a sua rotina ou a uma programação. Por exemplo: “todos os dias, às 7 horas, após tomar café da manhã, vou me exercitar”.


Prematuros podem apresentar dificuldades no processamento sensorial

Estima-se que 15 milhões de bebês nascem antes do tempo todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).



Os avanços da medicina neonatal permitiram um aumento da taxa de sobrevivência dos prematuros, que pode chegar aos 80%. Mas, os desafios da prematuridade são muitos e continuam depois da alta hospitalar.


De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, profissional com mais de 30 anos de atendimento à prematuros, é preciso estar atento às morbidades que resultam do nascimento prematuro, como os problemas na integração sensorial.

“O processamento sensorial, ou seja, das sensações, é a capacidade do cérebro em receber e interpretar os nossos sentidos. Embora os mais conhecidos sejam o tato, olfato, paladar, audição e visão, temos mais dois sentidos”.

“O sistema proprioceptivo está ligado à capacidade que o corpo tem de avaliar em que posição se encontra para manter o equilíbrio parado, em movimento ou para realizar esforços. Por fim, temos o sistema vestibular, cujas funções são detectar o movimento e a posição da cabeça, controlar a posição do corpo e o movimento dos olhos, além de facilitar a orientação espacial”, explica Walkíria.



Cérebro imaturo

“A parte sensorial começa a se desenvolver aos quatro meses de gestação. É nessa fase que o bebê começa a desenvolver todas as suas estruturas encefálicas responsáveis pelas conexões com o sistema sensorial. Porém, o bebê que nasce antes do tempo tem um cérebro imaturo. Isso significa que o órgão não está pronto para realizar o processamento sensorial”, diz a especialista.


Ambiente estressante 


Além da imaturidade do cérebro, problemas na integração sensorial em prematuros estão ligados à hipóxia (falta de oxigênio), lesões cerebrais e os fatores ambientais relacionados ao à UTI neonatal.

Atualmente, os grandes centros de referência em medicina neonatal contam com recursos que amenizam as questões da integração sensorial. Entretanto, os bebês prematuros apresentam marcadores de estresse elevados, como aumento da frequência cardíaca e diminuição da saturação de oxigênio.

“O estresse nos prematuros está ligado a longa estadia na UTI, à superestimulação sensorial, com luzes brilhantes, ruídos, manuseio, além dos procedimentos de cuidados, como punção venosas e procedimentos mais invasivos”, diz Walkíria.

Desorganização das sensações

De acordo com Walkíria, quando o bebê chega em casa, há uma desorganização das sensações pelos motivos citados.

“Um bebê prematuro com problemas sensoriais pode sentir-se agredido com o ato de ser embalado no colo. Uma canção de ninar pode soar como um trovão e uma simples lâmpada pode parecer um holofote de um estádio de futebol. Ou seja, as sensações que para nós são normais, podem incomodar muito esses bebês”.

Por isso, é fortemente indicado que os pais façam um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar. Nesse time, estão os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, voltados para a neurologia.

“A recomendação para melhorar o processamento sensorial é a terapia de integração sensorial. A finalidade é que a criança possa se organizar e interpretar os estímulos e dar uma resposta mais adaptativa e apropriada”, ressalta Walkíria.

Tratamento precoce
É importante lembrar que o tratamento precoce é essencial e deve ser feito nos primeiros dois anos de idade, para aproveitar a neuroplasticidade, mais intensa na primeira infância.

“Graças a essa capacidade do cérebro, a terapia de integração sensorial cria novas conexões entre os neurônios que irão contribuir para aprimorar as respostas aos estímulos sensoriais, levando a uma melhora importante do quadro”, finaliza Walkiria.

Pesquisa do Badoo aponta insegurança dos brasileiros em relação ao corpo


Dados serviram de insumos para a segunda temporada do Conexões, podcast sobre conversas abertas e sinceras


Com o isolamento social, devido à pandemia da Covid-19, como as pessoas têm se relacionado e interagido umas com as outras? Como se veem e como enxergam o outro? Essas são algumas perguntas respondidas por mais de 5.000 pessoas em uma pesquisa realizada em 5 países (Brasil, Reino Unido, Espanha, França e Rússia) pelo Badoo, o maior aplicativo de relacionamentos do planeta.

"Globalmente, vemos um movimento lento, mas constante, no sentido de desafiar os entendimentos culturais de que tipo de corpo é aceitável e aspiracional no mundo do sexo e relacionamentos. No Brasil, quando se trata de relacionamentos, tanto homens quanto mulheres sentem que devem aderir a altos padrões idealizados pela grande mídia", exemplifica Martha Agricola, Diretora de Marketing do Badoo no Brasil.

De acordo com o levantamento "Vamos falar sobre sexo: 2020", 63% dos entrevistados se sentem inseguros com seu corpo ao compará-lo com os corpos que veem na grande mídia, na cultura popular e nas redes sociais. Além disso, a maioria (60%) dos participantes se preocupa com o tamanho ou aparência de seus órgãos genitais e se eles parecem 'normais'. Em meio à ampliação de debates sobre diversidade e importância da autoaceitação, outro dado que chama a atenção é o fato de que 58% das mulheres já recusaram sexo porque não estavam em dia com a depilação.

Segundo a análise, o racismo ainda é uma pauta dominante também nesta área: para 83% dos participantes brasileiros, o preconceito racial afeta a percepção da sociedade sobre o que é considerado fisicamente atraente. Já em relação ao autoconhecimento, a maturidade é vista pela expressiva maioria (87%) como um fator que auxilia a conhecer melhor seu próprio corpo e preferências sexuais.

Com o clima atual de incertezas, a pesquisa também revelou que sexo e prazer pessoal são um componente importante de nosso bem-estar geral hoje, com 86% das pessoas concordando que ter um orgasmo pode relaxar e melhorar seu humor quando se sentem estressadas, ansiosas ou incapazes de dormir.

Quando se trata de autoprazer, pelos dados, a masturbação varia conforme a faixa etária. 145 em cada 163 pessoas (89%) de 37 a 44 anos concordam que a idade as ensinaram a conhecerem seus corpos e o que gostam e não gostam sexualmente.

"Também descobrimos a enorme lacuna entre o discurso cultural sobre a inclusão corporal, em comparação com as experiências da vida real das pessoas. As preocupações com a aparência são generalizadas, enquanto a insegurança sobre a forma do corpo ou presença de pelos, e a pressão para aderir padrões altamente idealizados estão no topo da lista dos maiores estigmas sexuais dos brasileiros", revela Martha Agricola. 



Conexões Sinceras

A partir dos dados apurados e com o objetivo de encorajar todos os seus usuários a criarem um relacionamento saudável com seus corpos, o Badoo aborda temas relacionados a intimidade e sexualidade em sua segunda temporada do podcast "Conexões", que estreia nesta terça-feira, 17.

A apresentação é comandada pela influencer e criadora de conteúdo Dora Figueiredo e traz convidados especiais como Bielo Pereira, Becca Pires, Carol Rocha, Juliana Muncinelli, Lela Brandão, Lorelay Fox e Miguel Filpi.

Ao todo, seis episódios abordam questões como autocuidado, autoestima, prazer, identidade de gênero e muito mais. Toda terça-feira, um novo tema será explorado em uma conversa franca e aberta, disponível em sua versão completa nas plataformas de streaming e em versão reduzida no Youtube. 





Badoo


Covid, vacina e medo: como lidar com os pensamentos intrusivos

A vacina contra o coronavírus deveria ser um alívio para todo mundo. Mas não é. Por incrível que pareça, ela tem gerado receios de todos os tipos. Segundo Elaine Di Sarno, psicóloga especialista em neuropsicologia e em terapia cognitiva-comportamental pelo IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), uma das explicações são os chamados pensamentos intrusivos.

Segundo ela, quem tem esses pensamentos constrói cenários imaginários e passa a reproduzir mentalmente as preocupações ou ideias que podem ou não se manifestar. “Os pensamentos intrusivos atropelam a mente de forma incontrolável, dominando indesejavelmente nossa consciência de maneira insistente e repetitiva, e a estranheza das ideias acabam potencializando medos, ansiedade e alterando nosso estado emocional, especialmente nos últimos tempos”, explica Elaine.

 

Medo do desconhecido

Um estudo recente feito pela Faculdade São Leopoldo Mandic, em parceria com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, mostrou que dentre os 1000 voluntários, 4,5% dos pais se recusam a vacinar suas crianças, e outros 16,5% têm receio ou não acham que isso tenha qualquer importância para a saúde de seus filhos.

“Podemos entender o medo como um sentimento de insegurança. No caso da vacina contra a covid-19, muitas pessoas estão receosas por se tratar de uma medicação importada, nova, cujos efeitos ainda são desconhecidos. Diante da incerteza gerada por esse tipo de emergência sanitária e de reordenamento social, muitos indivíduos acabam se recusando à imunização”, diz a psicóloga.

“Normalmente, os pensamentos intrusivos se relacionam com níveis de ansiedade mais elevados. Um dos principais gatilhos é a recorrente sensação de falta de controle sobre uma determinada situação, a exemplo da covid-19 e, agora, da vacina. Quando não sabemos bem o que fazer com estes pensamentos, começamos a dedicar grande parte de nosso tempo a uma série de idealizações, sejam elas boas ou ruins”, pontua Elaine.

Para a especialista, o importante é questionar e reinterpretar os pensamentos intrusivos. “Quem os nutre, costuma sempre esperar que coisas ruins aconteçam, desconfia das pessoas (até mesmo daquelas que são próximas e queridas) e tende a ser inquieto e impaciente. Aceitar que não podemos controlar tudo, muda a forma como lidamos com nossas emoções e como nos comportamos diante das mais adversas situações”.


Quando a intrusão dos pensamentos se torna preocupante


Os pensamentos sugam a energia do indivíduo, causando grande desgaste mental e físico. Pior: o medo pode ganhar uma dimensão muito maior quando é erroneamente avaliado e tido pela pessoa como uma alta probabilidade de acontecer. “Nesse contexto, os transtornos emocionais se tornam ainda mais intensos, evoluindo para quadros mais graves, como depressão ou estresse pós-traumático. Ou seja, a partir do momento em que esses pensamentos passam a condicionar a rotina e prejudicam a qualidade de vida, é preciso buscar apoio profissional”, alerta Elaine Di Sarno.


Banco de Sangue de São Paulo celebra Dia Nacional do Doador de Sangue

Campanha "Vem doar" homenageia os Doadores de Sangue e chama a atenção da sociedade para a importância do gesto solidário que salva vidas


A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o número de doadores de sangue de um país seja de 3% a 5% do total da população. No Brasil, porém, de acordo com dados do Ministério da Saúde, este índice é abaixo de 2%.

Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da ação e estimular a doação de sangue, no dia 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue - data instituída por decreto, em 1964, assinado pelo então presidente Castello Branco, por ocasião do aniversário da fundação da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue.

Devido à proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano e feriados prolongados, o mês foi escolhido por preceder um período de estoques baixos nas instituições de hemoterapia do Brasil.

No Banco de Sangue de São Paulo, esses verdadeiros heróis que salvam vidas estão sendo homenageados ao longo do mês, com a Campanha "Vem doar", com mensagens de agradecimento veiculadas nas redes sociais. E ainda, até o dia 30 de novembro, os doadores que praticarem esse ato solidário, serão presenteados com uma camiseta alusiva à data (ou até enquanto durarem os estoques).

"Essa é uma data muito especial para nós, porque os doadores de sangue são os protagonistas desse propósito maior que é proporcionar novas chances de saúde e de vida para outras pessoas. Por isso, queremos estender nossos sinceros agradecimentos a todos eles que, voluntariamente, se disponibilizam a esse ato de amor", diz Bibiana Alves, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo.

Ela ressalta ainda a importância de ações de conscientização especialmente neste cenário de pandemia, em que os estoques de sangue oscilaram ao longo do ano com um déficit em torno de 35%. "Ainda estamos enfrentando um momento crítico, operando com os nossos estoques sanguíneos com uma baixa de 20%. Necessitamos de mais de 160 doações diárias, para atender com segurança a todos os pacientes dos hospitais conveniados que necessitam de transfusões e outros procedimentos", informa Bibiana Alves.

Se uma única doação de sangue salva até quatro pessoas, muitas histórias se multiplicam e se conectam a esse gesto solidário e de amor. Parabéns Doadores de Sangue!

 

 

Banco de Sangue de São Paulo

Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e Sábado, Domingos e feriados das 8h às 16h.

Estacionamento gratuito Hotel Matsubara - Rua Tomas Carvalhal, 480

 

Unidade Hospital Edmundo Vasconcelos

Endereço: Rua Borges Lagoa, 1450 - Vila Clementino

Tel.: (11) 5080-4435

Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h ao 12h

Estacionamento gratuito.


Ação estratégica de cuidado ao recém-nascido marca o Novembro Roxo

O contato pele a pele tem como objetivo reduzir o tempo de internação e incentivar o aleitamento dos recém-nascidos de baixo peso

 

O Ministério da Saúde celebra o Novembro Roxo: mês de prevenção da prematuridade. O objetivo é mobilizar a população em torno de uma questão que atinge 15 milhões de crianças no mundo, todo ano. Uma das estratégias adotadas no Brasil é o Método Canguru – um modelo de atenção ao recém-nascido pré-termo que comemora mais de 20 anos de política pública. No país, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o que equivale a 931 por dia ou a 6 nascimentos pré-termo a cada 10 minutos. 

O Método Canguru é o modelo de atenção neonatal que foi criada pelo pediatra Edgar Rey Sanabria em 1979 em Bogotá na Colômbia, para minimizar o impacto da prematuridade no desenvolvimento do recém-nascido. Também visa reduzir o tempo de internação e reinternação no primeiro ano de vida, diminuir as taxas de infecção, favorecer o vínculo parental e incentivar o aleitamento. 

Este método é iniciado logo após a identificação da gestação de alto risco, seguindo para o nascimento, durante a internação neonatal com ações voltadas para o cuidado ao recém-nascido, seus pais e sua família. A posição canguru é uma das ações estratégicas neste cuidado, que deve ser realizado inclusive após a alta hospitalar. O Método Canguru articula o acompanhamento do recém-nascido de risco e o cuidado compartilhado deve ser realizado entre a Atenção Primária e Especializada.  


VANTAGENS DO MÉTODO CANGURU 

Um dos principais objetivos do Método Canguru é o acolhimento ao bebê e à sua família, respeitando as individualidades do recém-nascido e de seus pais, promovendo o contato pele a pele precoce e o envolvimento da mãe e do pai nos cuidados com o bebê. 

Vantagens do Método Canguru: 

·         Estimular o aleitamento materno;

·         Reduzir o tempo de separação entre a criança e sua família;

·         Melhorar o desenvolvimento do bebê;

·         Melhorar a comunicação da família com a equipe de saúde;

·         Desenvolver a confiança dos pais no manuseio do bebê mesmo após a alta hospitalar;

·         Aliviar o estresse e a dor do recém-nascido de baixo peso;

·         Diminuir as possibilidades de infecção hospitalar;

·         Reduzir o tempo de permanência no hospital;

·         Aumentar o vínculo pais-filho;

·         Evitar a perda de calor do bebê.

 Além de todos os benefícios que o método apresenta, ainda tem a vantagem de ser uma tecnologia leve e de baixo custo para a unidade de saúde e salva vidas. 


COMO É FEITO 

No método canguru o bebê é colocado contra o peito dos pais, em posição vertical, em contato pele a pele apenas com a fralda. Isto ocorre de forma gradativa, ou seja, inicialmente o bebê é tocado, para depois ser colocado na posição canguru. Este contato do recém-nascido com os pais se inicia de forma precoce e crescente. O bebê permanece na posição canguru pelo tempo que ambos se sentirem confortáveis. 

O método canguru é realizado de maneira orientada, e por escolha da família, de forma segura e acompanhado por uma equipe de saúde adequadamente treinada. 

Por conta de todas as vantagens e benefícios que o método pode trazer ao bebê e à família, atualmente também é usado em recém-nascidos de peso normal, com o objetivo de aumentar o laço afetivo, reduzir o estresse e incentivar o aleitamento.  

No SUS, as ações para a qualificação da assistência à criança iniciam e finalizam na Atenção Primária à Saúde: planejamento familiar; pré-natal; parto; nascimento e internação neonatal (incluindo o banco de leite) na Unidade Hospitalar de Referência e finalizando nas consultas de puericultura, continuidade do método Canguru e acompanhamento do recém-nascido das Unidades Neonatais. 

 

 


Karina Borges
Ministério da Saúde


Pandemia derruba produção de exames para retinopatia diabética e pode contribuir para aumento de casos de cegueira

 De janeiro a agosto de 2020, volume de procedimentos foi 36% menor do que no mesmo período do ano passado. Conselho Brasileiro de Oftalmologia promove em 21 de novembro maratona de ações online para conscientizar população sobre a importância das medidas de prevenção

 

A Covid-19 pode deixar mais um triste legado para o País. Por conta da pandemia, a queda na produção de exames para diagnóstico da retinopatia diabética - complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina - pode atrasar o início de processos terapêuticos. Com isso, o número de cegos no Brasil pode aumentar no futuro. Essa possibilidade foi constatada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que analisou o volume de exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a presença dessa complicação.

A média nacional de produtividade dos exames para diagnóstico de retinopatia no SUS apresentou uma queda de 36% entre janeiro e agosto de 2020 ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com os números informados pelas Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, um total de 3,3 milhões de exames, divididos em quatro diferentes modalidades, foram realizados até agosto deste ano. Mulheres e pessoas com idades de 44 a 80 anos são os que mais deixaram de fazer suas avaliações oftalmológicas na comparação entre períodos.

A divulgação dos números acontece na véspera da realização do Projeto 24 horas pelo diabetes, durante o qual o CBO oferecerá à população a oportunidade de participar de sessões de teleorientação com médicos, de forma gratuita. Para contar com o serviço, disponível apenas em 21 de novembro, de 9h às 17h, é preciso se inscrever no site https://www.24hpelodiabetes.com.br , onde há outros detalhes sobre a iniciativa.


Pandemia - Os dados foram apurados pelo CBO a partir de informações disponíveis do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). No entendimento do presidente da entidade, José Beniz Neto, a redução no volume de exames de diagnóstico tem relação direta com o afastamento dos pacientes de consultórios e ambulatórios médicos por conta das recomendações de isolamento social decorrentes da Covid-19.

"Esse é mais um triste legado deixado por essa pandemia. Num primeiro momento, os serviços de saúde suspenderam a realização dos procedimentos como medida de segurança. Depois, a população, por medo de contaminação pelo vírus, passou a evitar as consultas, mesmo com a retomada dos atendimentos. Os gestores não têm responsabilidade por esse cenário, mas recai sobre eles o desenvolvimento de estratégias para resolver o problema", avalia José Beniz Neto.


Complicação - A retinopatia diabética depende de sua detecção precoce para reduzir as chances de comprometimento parcial ou total da visão. Ela acomete pacientes com diabetes dos tipos 1 e 2. De cada três pessoas com diabetes, uma tem algum grau de retinopatia. Do total dos casos, 20% podem desenvolver a forma mais grave, que leva à cegueira.

Em 2019, entre janeiro e agosto, o volume de procedimentos chegou a 5,1 milhões. Houve queda sensível nos quatro tipos de exames disponíveis no SUS - biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. No entanto, os percentuais de perda na produção variaram de 15,2% a 37,9%.

"As consequências desse problema serão percebidas em médio e longo prazos. O paciente - ao retardar o seu diagnóstico e início de tratamento - perde a chance de efetivamente reduzir os efeitos de uma doença degenerativa que, no limite, pode implicar na perda total da visão. Temos que pensar em estratégias para reduzir essa lacuna", alerta o vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.


Desempenho - Se o ritmo dos atendimentos não for alterado, pelas projeções, o País chegaria a dezembro tendo realizado 4,9 milhões de exames para detectar a retinopatia diabética. Esse seria o pior desempenho desde 2014. Do ponto de vista de distribuição geográfica, apesar da redução no volume produzido ter sido detectada 26 das 27 unidades da federação, as performances foram diferentes.

Dentre as regiões, a que teve o pior desempenho foi a Nordeste, que até agosto desse ano realizou 41% a menor do que em 2019. Na sequência, aparecem o Sudeste, com uma redução de 33%; o Centro-Oeste (-32%); o Sul (-30%); e o Norte, com uma baixa de 17% na sua produção desses exames.

O Acre foi o estado onde, proporcionalmente, o desempenho foi o mais baixo. A queda na produção foi de 72%. A lista das dez unidades com maiores quedas percentuais inclui ainda Roraima e Piauí (-68%), Amapá (-67%), Amazonas (-66%), Paraíba (-63%), Mato Grosso do Sul (-61%), Mato Grosso (-57%), Mato Maranhão (-53%) e Ceará (-50%).


Impacto - Por sua vez, o impacto foi menor, proporcionalmente, no Pará, com menos 6% na produção de exames para retinopatia entre janeiro e agosto desse ano em comparação com o mesmo período de 2019. Com perdas menos acentuadas, também aparecem o Tocantins (-11%), Distrito Federal (-17%), Paraná (-24%) e Goiás (-25%). Somente em Alagoas registrou aumento no volume de exames no período: 43% a mais.

Nos três estados onde houve maior produção de exames para diagnóstico de retinopatia diabética em 2019, as perdas também foram significativas. Em São Paulo, houve uma retração de 29% na produção de exames. Ano passado, durante os oito primeiros meses, o estado havia realizado 1 milhão de procedimentos desse tipo. No mesmo período, em 2020, esse número não passou de 715 mil.

No Rio Grande do Sul, segundo lugar no ranking de produtividade de 2019, a queda proporcional também ficou em 30%. Em Pernambuco, terceira posição, o índice ficou em 34%. Logo após, dentre os quais realizaram exames ano passado, surgem a Bahia, com menos 44% na sua produção desse ano em relação a 2019; Minas Gerais (-33%); e Rio de Janeiro (-44%).


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e confira a produção ambulatorial do SUS por local de residência


Reumatologia: 5 dicas para quem é portador do HIV

O dia primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids e o que poucas pessoas sabem é que pode ser importante que os reumatologistas componham a equipe multidisciplinar para o seu tratamento.



O Dia Mundial de Luta contra a Aids caracteriza-se não apenas pelo destaque das políticas de prevenção e combate ao preconceito, mas também pela conscientização sobre a qualidade de vida dos portadores da doença. Dessa maneira, é necessário entender como os portadores do HIV e sua forma manifestada, a Aids, podem ser suscetíveis às doenças reumáticas.

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O corpo médico da pioneira e renomada Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra mostra às pessoas portadoras de HIV e aos demais médicos especialistas as correlações existentes. Todos devem estar atentos a essa conexão para garantir o melhor tratamento e qualidade de vida aos pacientes. Segundo o Dr. Murillo Dório: 

Há uma ampla gama de manifestações que podem ser associadas à lesão direta do vírus, aos mecanismos autoimunes secundários, à infecção e aos efeitos adversos das terapias antirretrovirais (TARV). A infecção causada por HIV desequilibra o sistema imune, causa a imunossupressão e 50% a 60% desses pacientes desenvolvem sintomas musculoesqueléticos, os quais são geralmente autolimitadas. Nas últimas décadas, devido ao avanço das TARVs, esses pacientes vêm mudando o perfil de manifestações clínicas, tendo menos infecções oportunistas e manifestações ligadas a agressão viral, e desenvolvendo mais doenças crônicas.

 

Dr. Murillo ainda fornece algumas dicas de manifestações que sugerem que a busca de um reumatologista pode ajudar os pacientes portadores de HIV:

1. Dor ou inchaço nas articulações, principalmente mãos, joelhos, tornozelos, cotovelos e ombros.

Pode refletir uma fase aguda da infecção pelo vírus ou até mesmo um estado de imunossupressão mais profunda.

2. Dor muscular persistente.

Pode indicar inflamação do músculo pelo vírus ou pela TARV, além de ser frequente o diagnóstico concomitante da Fibromialgia.

3. Placas vermelhas ou outras lesões de pele.

Pode indicar psoríase ou outras condições causadoras de artrite.

4. Febre com dor e inchaço de uma única articulação, como o joelho.

Pode indicar uma infecção por bactéria dentro da articulação, favorecida pelo estado de imunossupressão.

5. Novos sintomas como dor articular ou aumento de gânglios nos primeiros meses do início da TARV.

Indica a restauração rápida da imunidade, gerando manifestações de doenças autoimunes.

 

A última dica do Dr. Murillo para os pacientes é acompanhar de perto com seu médico o uso contínuo da TARV para a adoção de medidas de prevenção e tratamento de possíveis complicações relacionadas aos medicamentos (como a atrofia da gordura das bochechas e o aumento do ácido úrico).


 

Dr. Murillo Dório - Compõe o corpo médico da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, se formou em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica na Clínica Médica e Reumatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).


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