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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Reumatologia: 5 dicas para quem é portador do HIV

O dia primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids e o que poucas pessoas sabem é que pode ser importante que os reumatologistas componham a equipe multidisciplinar para o seu tratamento.



O Dia Mundial de Luta contra a Aids caracteriza-se não apenas pelo destaque das políticas de prevenção e combate ao preconceito, mas também pela conscientização sobre a qualidade de vida dos portadores da doença. Dessa maneira, é necessário entender como os portadores do HIV e sua forma manifestada, a Aids, podem ser suscetíveis às doenças reumáticas.

Foto criado por jcomp - br.freepik.com
O corpo médico da pioneira e renomada Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra mostra às pessoas portadoras de HIV e aos demais médicos especialistas as correlações existentes. Todos devem estar atentos a essa conexão para garantir o melhor tratamento e qualidade de vida aos pacientes. Segundo o Dr. Murillo Dório: 

Há uma ampla gama de manifestações que podem ser associadas à lesão direta do vírus, aos mecanismos autoimunes secundários, à infecção e aos efeitos adversos das terapias antirretrovirais (TARV). A infecção causada por HIV desequilibra o sistema imune, causa a imunossupressão e 50% a 60% desses pacientes desenvolvem sintomas musculoesqueléticos, os quais são geralmente autolimitadas. Nas últimas décadas, devido ao avanço das TARVs, esses pacientes vêm mudando o perfil de manifestações clínicas, tendo menos infecções oportunistas e manifestações ligadas a agressão viral, e desenvolvendo mais doenças crônicas.

 

Dr. Murillo ainda fornece algumas dicas de manifestações que sugerem que a busca de um reumatologista pode ajudar os pacientes portadores de HIV:

1. Dor ou inchaço nas articulações, principalmente mãos, joelhos, tornozelos, cotovelos e ombros.

Pode refletir uma fase aguda da infecção pelo vírus ou até mesmo um estado de imunossupressão mais profunda.

2. Dor muscular persistente.

Pode indicar inflamação do músculo pelo vírus ou pela TARV, além de ser frequente o diagnóstico concomitante da Fibromialgia.

3. Placas vermelhas ou outras lesões de pele.

Pode indicar psoríase ou outras condições causadoras de artrite.

4. Febre com dor e inchaço de uma única articulação, como o joelho.

Pode indicar uma infecção por bactéria dentro da articulação, favorecida pelo estado de imunossupressão.

5. Novos sintomas como dor articular ou aumento de gânglios nos primeiros meses do início da TARV.

Indica a restauração rápida da imunidade, gerando manifestações de doenças autoimunes.

 

A última dica do Dr. Murillo para os pacientes é acompanhar de perto com seu médico o uso contínuo da TARV para a adoção de medidas de prevenção e tratamento de possíveis complicações relacionadas aos medicamentos (como a atrofia da gordura das bochechas e o aumento do ácido úrico).


 

Dr. Murillo Dório - Compõe o corpo médico da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, se formou em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica na Clínica Médica e Reumatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).


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