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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Notas sobre (e para) o planejamento do próximo ano nos tempos de “fique em casa”

Opinião

 

Sou estudante e professor há muitos anos. Assim, aprendi e ensinei que o planejamento de aulas é devido e conveniente a qualquer situação curricular. Pelas mesmas atuações, todavia, tenho (a)notado como o planejamento tem faltado ao processo de ensino e aprendizagem nesses tempos de “fique em casa".

Nossos interlocutores para estas notas são nossos professores e estudantes que, como nós, da noite para o dia, foram levados e mantidos em um ambiente pouco conhecido. A urgência da mudança e da manutenção na escola-casa e na casa-escola – sabemos - foi e é a pandemia causada pelo Covid-19.

Impactados pelo fato, fo(so)mos pressionados a produzir, como professores e estudantes, sem planejamento. “Que incoerência entre teoria e prática, não é, professor?". Tenho ouvido isto, em particular, como professor de Metodologia do Ensino de Línguas. Respondo aos nossos respectivos estudantes na forma de notas, do tipo: “planejamento demanda tempo".

A conversa que daí se desenvolve é sobre o tempo que não tivemos para planejar e o tempo que precisamos ter para tal ação. Por notas, desenvolvamos sobre este, pois aquele nos foi circunstancialmente tirado; desenvolvamos sobre este, pois ele nos precisa ser garantido e bem utilizado para o planejamento do próximo ano.

Sim, dizemos, já de plano, que não nos parece coerente tratar de planejamento devido sem a noção de que este tempo de “fique em casa" não foi planejado e que, portanto, não foi conveniente ao currículo. Tratemos, portanto, de planejar as nossas aulas em ambientes que nos sejam seguros e conhecidos.

As notas que podemos esta semana expandir são só sobre o conhecimento dos ambientes escola-casa e casa-escola e de nossas respectivas aulas híbridas, tendo como alvos a nós mesmos como estudantes e professores e, particularmente como instruções, aquelas reunidas em fóruns da George Lucas Educational Foundation.

Como estudantes, temos tido muita dificuldade com a tecnologia em geral e com a desejável aprendizagem remota, criticamente quando o ambiente é assíncrono. A partir desta constatação, a nossa preparação como alunos para aulas híbridas deve abranger os variados tipos de tecnologia de acordo com a nossa idade e a consequente navegação no sistema de gerenciamento de aprendizado.

Precisamos ter consideradas as nossas características pessoais, aquelas que comprovadamente se relacionam com o sucesso da aprendizagem on-line como: motivação, gerenciamento de tempo, cidadania digital, persistência, habilidades de autorregulação e busca de ajuda. Estas são características que se desdobram em habilidades de produtividade, igualmente relacionadas ao aprendizado on-line, a saber, estratégias para ler e escrever de maneira mais eficaz em meios digitais, elaborar e seguir um cronograma, habilidades de gerenciamento de informações, entre outras.

Nós podemos afirmar que os cursos síncronos oferecem mais oportunidades para uma interação significativa e constante com o conteúdo, entre nós, alunos, e, necessariamente, com o professor. De acordo com os colegas da George Lucas Educational Foundation, as pesquisas mostram que esses cursos estão intimamente associados à conclusão, à satisfação, ao melhor desempenho e a melhores resultados de aprendizagem dos cursos on-line.

Entendemos, tomando como base a nossa interlocução, que os ambientes síncronos, em que professores e colegas estudantes interagem, são mais próprios ao desenvolvimento da autorregulação, habilidade tão necessária ao ensino e à aprendizagem em geral.

Igualmente embasados, podemos afirmar que nós, professores, precisamos ser alvos de qualificação no âmbito do devido planejamento institucional. Embora tenhamos aprendido sobre novos recursos tecnológicos aplicados à educação, precisamos ser preparados a usar adequadamente cada um deles, em especial os de gerenciamento de estudantes remotamente e em sessões ao vivo.

Precisamos, (a)notadamente, como nos recomendam os colegas da George Lucas Educational Foundation, de um repertório de pedagogias on-line, que abranjam: instruções diretas, por palestras e apresentações, para transmissão de informações sobre conceitos, sobre procedimentos; modelos cognitivos de aprendizagem, por questionamentos abertos, estratégias metacognitivas e solução de problemas; e modelos sociais de aprendizagem, por métodos instrucionais colaborativos.

Comprovadamente, a satisfação do estudante e tudo que dela decorre para a sua aprendizagem guardam relação crescente com o lugar e o papel do professor nos ambientes. Particularmente, voltamos a enfatizar que é o professor que vai fomentar e desenvolver nos/com os estudantes as estratégias de autorregulação.

Tanto para a escola-casa quanto para a casa-escola, os professores precisam de planejamento, que demanda tempo. Defendemos coerentemente que o ano de 2020 deva ser utilizado para a (re)visão de concepções, conteúdos, objetivos, estratégias, recursos, avaliações e referências para o estabelecimento e a manutençao de um senso de presença emocional, cognitiva e instrucional para as nossas aulas híbridas a partir do próximo ano.

 

 


José Marcelo Freitas de Luna - doutor em Linguística e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) - mluna@univali.br

 

Kaspersky: proteção contra fraudes em benefícios sociais

Ajudas de custo para empresas e a população têm sido adotadas como estratégia por governos ao redor do mundo para mitigar os efeitos da pandemia. Porém, como os valores precisam ser repassados aos beneficiários por meio de aplicativos e sistemas online, a medida que deveria resolver um problema, acaba criando uma grande oportunidade para cibercriminosos. No Brasil, estima-se que 60 milhões de reais já foram desviados em fraudes.

Isso porque, com acesso a dados pessoais vazados ou roubados de vítimas, fraudadores são capazes de solicitar e roubar esses auxílios antes de qualquer ação do beneficiário. Pensando nisso, a Kaspersky separou algumas dicas para que os usuários se blindem contra esse golpe.


Auxílio emergencial:

Para impedir que fraudadores roubem o valor a ser recebido, o beneficiário que desconfiar ter sido vítima, pode baixar o aplicativo "Caixa Tem" e solicitar o reset da conta. O aplicativo mostrará qual e-mail está cadastrado e relacionado aos dados. Se não for o do usuário, os fraudadores já agiram e é necessário cancelar o benefício antes que seja depositado.

 

Além disso, para se proteger de golpes financeiros que visem o roubo de benefícios sociais é necessário estar atento à proteção de dados pessoais, por isso a Kaspersky recomenda:

• Solicite apoio do governo apenas em sites oficiais: não siga os links e nem abra anexos de e-mails desconhecidos. Para garantir que o site é verdadeiro, digite a URL do órgão em questão no navegador e só assim verifique se tem direito ao benefício;

• Cuidado com e-mails oferecendo benefícios: verifique o remetente e preste atenção na forma como a mensagem é escrita e na aparência do site. Se parecer suspeito, não insira seus dados;

• Nunca pague taxa para receber benefício: os departamentos do governo e os bancos não fazem esse tipo de exigência. Se houver alguma taxa a ser paga, o órgão verdadeiro deduzirá esse valor direto no que será pago ao beneficiário;

• Proteja-se contra e-mails de phishings: use uma solução confiável de segurança que consiga detectar e bloquear e-mails maliciosos e páginas de phishing;

• Os clientes do Kaspersky Security Cloud ainda podem usar a funcionalidade de "Verificação de Contas" para avisar caso seus dados pessoais sejam vazados.

 


Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Dia dos pais: quando o filho vira o professor

Pai de paciente do Boldrini encontra forças no filho na luta contra o câncer


Ederson e  o filho Gabriel sempre juntos no enfrentamento do câncer.


Há cerca de três anos, o operador de máquinas Ederson Buzatto viveu o que ele descreve como “o dia mais estranho de sua vida”. Seu filho, Gabriel, na época com seis anos, foi diagnosticado com câncer e começava uma batalha contra a doença, que segundo o pai, é uma lição de vida e de amor dada pelo filho.

“O Gabriel começou a ter dor na perna esquerda. Se queixava muito, levamos ele ao hospital e nada. A dor passou. Até que uma semana depois do início da dor, eu estava fazendo uma massagem na outra perna dele e descobri um caroço. Como ele tinha uma consulta já agendada com a endocrinologista, ela mesma pediu o ultrassom. Fomos a um ortopedista depois e ele pediu uma ressonância”, lembra.

O resultado do ultrassom ficou pronto e a partir daí a vida da família mudou, que ainda conta com a filha Julia, que na época tinha 2 anos. “Era uma sexta-feira, quando minha esposa, Ivonete, levou o resultado na médica. Ela me ligou no trabalho, em outra cidade, e me pediu para ir ao hospital. Ali eu já sabia que algo estava errado. Chorei muito”, conta emocionado.

A médica explicou que o ultrassom revelou um tumor e encaminhou Gabriel ao Centro Infantil Boldrini. Contudo, era sexta-feira e o encaminhamento aconteceria só segunda. “Me lembro de ter sido um final de semana muito triste e de muito choro. Me desestabilizou. O nascimento do Gabriel foi o dia mais feliz da minha vida, mas aquele, o dia do diagnóstico, foi o pior”.


A chegada ao Boldrini


Ederson e  o filho Gabriel em sua primeira internação.


Ederson lembra que foi com a esposa e Gabriel ao Boldrini e que logo o primeiro tratamento começou. “Sessões de quimioterapia, radioterapia e uma possível cirurgia, que hoje sabemos que seria a amputação. Na época a dor já estava nas duas pernas. Me lembro de estar chorando muito e uma mãe de paciente vir me consolar, me confortar. É isso que acontece no Boldrini”, recorda.

O pai sempre fez questão de estar ao lado do filho. Conta orgulhoso que antes da doença levou Gabriel para fazer karatê e ao acompanhar as aulas, decidiu se matricular também. “Somos muito parceiros. Sempre fiz questão de estar junto a ele no tratamento. Ficar com ele nas internações à noite para ir trabalhar em Nova Odessa durante o dia. Vejo que isso não é muito comum. Normalmente são mães e avós que acompanham os filhos. Estar ao lado dele me dava forças”, explica.

A cumplicidade entre pai e filho é explícita. “No começo, ele tinha medo da injeção, de tirar sangue para os exames e eu estava lá ao lado dele, muitas vezes tendo que segurá-lo. Quando o cabelo dele começou a cair, fizemos um trato. Ele raspou a minha cabeça e eu, a dele. Queria mostrar que estava tudo bem”, recorda.


Cúmplices, pai e filho rasparam a cabeça durante o tratamento de Gabriel .


E foi a luta de Gabriel que incentivou Ederson nos momentos mais difíceis. “A primeira rodada do tratamento foram seis meses de quimio. Depois descobrimos que a metástase havia se espalhado por outros órgãos. E ele mudou o protocolo de atendimento. Hoje, o Gabriel está no terceiro tratamento, sem interrupções. Mas não perdemos a fé. Quando tudo começa, você tem uma sensação de impotência muito grande. Você nunca imagina que isso pode ou vai acontecer com o seu filho. Mas o pedido de pai e mãe para Deus tem valor e gente se apega nisso”.

A rotina dos tratamentos no hospital Boldrini, segundo o pai, está sendo um ensinamento. “A gente desenvolve relação, amizade mesmo, com outros pais. Eu sempre me lembro daquela mãe que me confortou logo que chegamos ao Boldrini e busco fazer o mesmo com os novos pais. A gente conversa, dá força, faz amizade. O Gabriel também fez amigos. Um deles é o Arthur. Eles se encontram sempre. Até mesmo quando não é dia de um tomar quimio o outro pede para ir para estar junto. Com isso, nós, os pais, viramos amigos também. São histórias bonitas que se constroem lá”, conta.

Enfrentando a doença pela terceira vez, Gabriel não desanima e não deixa os pais desanimarem. "Foi um aprendizado para todos nós. Mas, com certeza, os papéis se inverteram e ele me ensina muito mais sobre a vida do que eu a ele. Eu sinto muito quando não posso estar fisicamente com ele todos os dias no hospital, mas sei que ele sabe que estou ao lado dele. Ele é um garoto muito mais forte do que eu. Ele me ensina todos os dias. O maior desejo de Dia dos Pais só pode ser um, ter ele bem conosco”, finaliza.


Família Buzatto, durante ida ao Boldrini. Clique na imagem para baixá-la em alta resolução.

 

 

Sobre o Centro Infantil Boldrini

Centro Infantil Boldrini − maior hospital especializado na América Latina, localizado em Campinas, que há 42 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 10 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, comparáveis ao Primeiro Mundo, disponibilidade de leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças. www.boldrini.org.br



Solidão infantil: um mercado lucrativo


Grande parte das crianças pequenas, antes mesmo de aprenderem a andar, são aprisionadas, algumas horas do dia, em frente aos televisores, tablets e smartphones, na maioria das vezes, afiveladas em cintos de segurança em cadeirões ou bebê conforto. Aos olhos desavisados, pode parecer uma ação inocente, mas, desde então, as crianças estão expostas a processos de identificação com personagens, músicas e produtos, cuidadosamente desenhados para que, dentro em breve, se tornem objetos de desejo para o consumo.

A indústria do consumo infantil, sem pudor nem piedade, constrói um exército de reféns mirins ávidos por ter ao alcance das mãos aquilo que tinha somente ao alcance dos olhos. Um imperativo nasce: Eu quero! Para compreender essa violência invisível, se faz necessário certo distanciamento, a fim de expandir o espectro da visão. Como a rentabilidade está diretamente relacionada à escala, logo, a diversidade no consumo não é interessante aos olhos capitalistas. Esse exército para o consumo é uniforme: todos devem querer a mesma coisa! Para isso, os peritos da publicidade se encarregam de criar uma linguagem universal para difundir o produto a ser desejado, na mesma velocidade que constrói o seu subsequente, fazendo girar o processo bulímico de consumo e descarte sem fim.

A explosão do desejo das crianças pelo consumo chega ao limite de favorecer a crença de que para viver é preciso consumir, reivindicando dos pais o direito ao desperdício. Esta civilização exige a velocidade para além do que a natureza é capaz de processar, em nome da necessidade 'criada' de consumir. Nas estufas, as flores, os ovos das galinhas, as frutas (...) são submetidas à luz contínua, para que cresçam ou se desenvolvam mais rápido. Em casa, os filhos, submetidos à luz dos eletrônicos, para que precocemente despertem o desejo de entrar nessa ciranda. E assim esse mundo gira, alimentado pela ausência dos pais, em virtude do trabalho, a cultura do consumo é perversa, fazendo da solidão infantil um lucrativo mercado. 

Nesse contexto, o mais aviltante para a formação humana e central para qualquer discussão pedagógica é o aniquilamento do livre arbítrio, ou seja, a capacidade de fazer escolhas. Não nascemos com essa capacidade, mas a desenvolvemos na relação com as pessoas que respondem pela nossa educação, na medida em que vamos assumindo as consequências por cada escolha que fazemos. E vamos nos aprimorando pelo resto da vida, pois bem sabemos que viver é fazer escolhas, desde o momento em que acordamos até a hora em que dormimos.

Dada a importância das escolhas qualificadas e suas consequências no processo de formação humana e do quanto a mediação na relação com as crianças é fundamental para esse êxito, é que esse assunto tão delicado ganha relevância e deve ser pauta de reuniões com os responsáveis pelas nossas crianças. Pois, qualquer que seja a omissão da escola em relação a esse tipo de discussão, pode gerar certa conivência, colocando-a como coadjuvante a serviço daqueles que boicotam a infância, roubam o tempo e a consciência de nossos meninos e meninas. Qualquer que seja a patologia, sempre há esperança de cura! O sucesso do tratamento está relacionado à antecedência com que os especialistas em educação - que somos nós - diagnosticamos e encaminhamos junto aos responsáveis, bem como exigimos das autoridades, leis que protejam as nossas crianças dessa violência.

 



Acedriana Vicente Vogel - diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino

 

Emocional pode afetar o desempenho sexual

Entenda como a impotência pode ser resolvida com hipnoterapia


Ter problemas para se relacionar sexualmente não afeta apenas o relacionamento com seu parceiro, mas sim a autoconfiança e habilidades interpessoais. Inseguranças costumam aparecer, e com elas, o medo do fracasso, que podem impedi-lo de tentar novamente, inibindo uma parte tão importante para a qualidade de vida.

“A vida sexual, apesar de ser, muitas vezes, supervalorizada e criar pressão em alguns que não seguem o ritmo comum para iniciá-la, é saudável e natural para todos, não é necessário ter vergonha disso”, afirma Madalena Feliciano, hipnoterapeuta.

Ao sinal de qualquer problema, a atitude mais comum é esconder e tentar resolver sozinho, ou simplesmente ignorá-lo, pois tanto homens quanto mulheres costumam ter vergonha de expressar dúvidas ou pedir ajuda à pessoas próximas nesse quesito, costumam ir ao médico apenas quando a situação se torna extrema.

Principalmente para os homens, a impotência sexual pode arruinar sua confiança, por conta do papel social exigidos por costumes e tradições, afetando diretamente sua “masculinidade” ou “virilidade”.

“É preciso entender que buscar ajuda já nos primeiros sintomas não irá torná-lo menor que outros homens, apenas alguém consciente e que se preocupa com a própria saúde, poupando a si mesmo de passar por inseguranças e frustrações decorrentes da impotência”, conta Madalena.

A impotência sexual, apesar de também ser causada por problemas no organismo, pode estar ligada ao emocional, decorrente de experiências traumáticas. Nesses casos, a hipnoterapia pode ser uma solução altamente eficaz.

Em poucas sessões, é possível se desprender das amarras psicológicas ou restaurar o vigor que estava perdido, necessário para que o problema seja resolvido e o corpo volte a atuar normalmente.

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

https://madalenafeliciano.com.br/

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Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, nº 118, Ipiranga/SP.

 

Como cuidar da sua qualidade de vida na pandemia


A pandemia tem exercido um tremendo impacto na qualidade de vida de muitas pessoas. Incertezas, problemas financeiros e familiares, isolamento social, medo de contrair a Covid-19, entre outros problemas têm contribuído para aumentar o nível de estresse, gerar angústia e ansiedade.

 

Diante disso, você tem duas escolhas a fazer: manter o foco nos problemas e imaginar um futuro sombrio ou procurar enfrentar a crise atual de forma eficiente a fim de superar as dificuldades e manter sua qualidade de vida.

 

Pensando nisso, decidi compartilhar uma estratégia que eu criei para ter qualidade de vida durante e após a pandemia. Eu a chamei de “Estratégia 5 X 3”. Você logo vai entender o porquê deste nome, pois a ideia é provocar um efeito multiplicador em sua capacidade de resolver os problemas.

 

Está pronto? Então, vamos lá! Siga estes cinco passos:

 

1- Identifique três problemas que mais estão lhe incomodando atualmente;

 

2- Proponha cinco soluções para cada problema;

Viu o efeito multiplicador? Você tem diante de si três problemas e 15 soluções! Ao fazer isso você estará treinando o seu cérebro para enxergar que, no meio de cada problema, há soluções, e que sempre existe um número maior de soluções do que de problemas.

 

3- Pode parecer estranho, mas a crise causada pela pandemia trouxe também oportunidades, algo de bom que você não conseguia ter ou fazer antes e passou a conseguir. Então, identifique e anote três oportunidades que surgiram nessa pandemia;

 

4- Pense em cinco maneiras de aproveitar melhor cada uma dessas oportunidades;

 

5- E, por fim, aprenda cinco exercícios de relaxamento para controlar o estresse e determine três horários durante o dia para praticá-los (preferencialmente um pela manhã, outro à tarde e outro à noite, antes de dormir).

E agora, que tal começar a colocar em prática essas dicas e passar a ter uma vida melhor e muito mais leve?

 


Delanie Viana - bióloga, mestre em fisiologia, especialista em Saúde e Bem-Estar e autora de dois livros. Apaixonada pela vida, pela natureza e por compartilhar com as pessoas as maravilhas do corpo humano e como mantê-lo saudável, atua como palestrante e escritora.

 

PESQUISA REVELA IMPACTOS DA PANDEMIA NA VIDA DOS JOVENS

Levantamento dá um panorama geral das principais áreas afetadas pela Covid-19 na vida dos brasileiros, como renda, saúde e educação

 

A crise do novo coronavírus foi um acontecimento praticamente inevitável em vários aspectos e seu impacto ainda traz muitas dúvidas sobre o futuro. Desde a população como um todo, bem como empresas, instituições e governos foram, de uma forma ou de outra, obrigados a se adaptar a uma nova realidade.

Para analisar como a pandemia afetou os mais novos, o Saber - Instituto Brasileiro de Aprendizagem, entidade voltada à capacitação de aprendizes, fez uma pesquisa com cerca de 1.200 participantes de diferentes regiões do país. A faixa etária predominante foi acima dos 16 anos. Para o gerente geral do instituto, Ronaldo Cardonia, o principal objetivo desse estudo foi “identificar e entender a realidade dos aprendizes para adequações capazes de atender de maneira unificada empresas parceiras, colaboradores e os jovens”.



Covid-19 no ensino

Dentre o público do estudo, 51,3% já têm o ensino médio completo, enquanto 20,5% ainda passam por essa etapa e outros 21,6% estão na faculdade. No período de isolamento, as medidas com mais aderência entre as escolas e faculdades estão as aulas por videoconferência (36,2%) e disciplinas transmitidas na TV aberta (31,2%).



Renda e emprego

Uma grande parcela (41,5%) dos aprendizes não teve seu contrato impactado pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Para quem sofreu alterações, 47%, as medidas mais tomadas foram antecipação das férias ou feriados, licença remunerada e redução da carga horária.

A maioria dos aprendizes, 52%, teve suas funções suspensas nas companhias onde atuam. Outros 23% estão atuando na modalidade home office e apenas 14% continuam presencialmente, prática permitida apenas para maiores de 18 anos.

Para Ronaldo, essa diminuição da receita pode causar consequências acentuadas nas transações do mercado, refletindo na geração de emprego e, consequente, na piora do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “A redução da renda impacta diretamente no poder de compra, no adiamento de investimentos em educação, saúde e qualidade de vida, bem como na capacidade de honrar suas dívidas, aumentando a inadimplência, e, lamentavelmente, casos de violência doméstica”, explica.

Em até 16% das famílias dos jovens no Brasil, a arrecadação antes da pandemia era de até um salário mínimo. Nesses casos, o aprendiz é a única fonte de proventos da casa. Outros 79,2% dos lares possuíam receita entre 1 a 5 salários mínimos e 18% já estavam inseridos em programas sociais de auxílio governamental.

No contexto atual, 68,5% sofreram reduções na receita coletiva. Mesmo assim, quase 40% dos familiares não tiveram contratos trabalhistas afetados durante a quarentena. Entretanto, outros 32,3% tiveram diminuição de jornada e carga ou antecipação das férias. Já 15,4% perderam o emprego.



Contato com o vírus

Mais de 74% dos jovens tiveram contato com pessoas diagnosticadas com a Covid-19 e 31,1% possuem parentes com o quadro positivo para a doença. A maioria dos aprendizes (52,3%) cumpriu as medidas de distanciamento e quarentena, enquanto 41,3% tomaram cuidados, reduziram contatos, mantendo-se longe das pessoas e evitaram visitas a idosos. 70% deles não se consideram membros de grupos de risco do contágio, enquanto os outros 30% se identificam ao menos com algum dos grupos com maior exposição.



Impactos do isolamento

Como resultado do distanciamento, 54,2% afirmaram se sentir mais deprimidos. 53% enfrentaram dificuldades para dormir, 44,3% ficaram mais cansados e outros 34,8% sofreram com o aumento do apetite. Apenas 19,5% não se afetaram negativamente.

Um dos problemas causados nesse cenário foi o crescimento do sedentarismo. A prática de atividade física foi de 64% antes da pandemia para 47%. Quase 83% dos entrevistados consideram seu quadro de saúde como bom ou mediano. Apenas 14% afirmam ter uma saúde excelente. 

Sobre a estabilidade mental dos jovens, o gerente do Saber comenta como o excesso de notícias sobre a Covid-19 pode prejudicar: “manter-se informado é fundamental, porém, chamamos a atenção para a busca em fontes confiáveis, evitando fake news e o compartilhamento de informações equivocadas. De acordo com ele, a recomendação é estabelecer um cronograma de diversas dinâmicas, desligando-se por alguns momentos  das reportagens e dados sobre o coronavírus. “Dentre as sugestões, destacamos o empenho aos estudos, participação em treinamentos, pesquisa sobre temas capazes de despertar seu interesse, conversas com familiares e amigos em momentos de lazer”, diz.

Além disso, a leitura pode ser uma grande aliada. “Ler proporciona diversos benefícios, tais como ampliação do seu vocabulário. Também permite uma escrita melhor, aumenta o conhecimento e reduz o preconceito, torna as pessoas mais empáticas e criativas na resolução de problemas, contribuindo significativamente para a atividade cerebral”, destaca.



Comportamento na Internet

Aproximadamente 31% dos jovens não possuem computador em suas casas e quase 39% também não têm pacote de dados de Internet em seus celulares. Para assegurar o atendimento a esses grupos, segundo Ronaldo, além dos treinamentos ministrados via Google Meet, o Saber disponibiliza uma equipe de apoio por e-mail e telefones. 

Mais de 75% desses brasileiros passam entre 2 a 6 horas diariamente nos portais e aplicativos de relacionamentos e interações com amigos. O WhatsApp é utilizado por quase 93%, seguido pelo Instagram (75,1%) e Facebook (56,4%). Mesmo assim, o Facebook foi apontado como a rede capaz de gerar mais sentimentos negativos relacionados à pandemia, com 65,2% dos votos, seguido do WhatsApp (38,9%).

Para Cardonia, as redes sociais conquistaram grande espaço na vida das pessoas, pois estabelecem conexões ao redor do mundo. “A princípio, eram usadas exclusivamente para encontrar colegas, compartilhar fotos e trocar experiências. Porém, com a evolução da tecnologia, as possibilidades foram ampliadas, inclusive comerciais. Portanto, as emoções negativas não são causadas pelas redes em si, mas por pessoas mal intencionadas por publicarem notas falsas, propagando informações distorcidas, com cunho de ódio e gerando pânico na população”, explica.

Mesmo em momentos de maior instabilidade, é preciso fugir do desânimo e pensar com otimismo. “Diante das adversidades, nós nos tornamos melhores enquanto seres humanos, seja sob a ótica familiar, social ou profissional. Contudo, sob a lente do empreendedorismo, notou-se uma crescente prática de brainstorming e benchmarking, em busca de sugestões para atender às novas demandas. As soluções estão presentes entre nós, basta somente aplicar aquilo citado por Otto Scharmer: ‘liderar a partir do futuro emergente’”, conclui.





Fonte: Ronaldo Cardonia - gerente geral do Saber - Instituto Brasileiro de Aprendizagem

 

Como ajudar os avós no confinamento?

Convenhamos, estamos vivendo uma época em que o envelhecimento é visto como algo negativo e, sobretudo, como um perigo. O medo da pandemia tornou-se um fenômeno típico onde o que vale é o cuidado para não se contaminar.

É tempo de ficar em casa, de cuidar de quem amamos: nossas avós e avôs, e também nossos pais. Eles são o alvo por estarem com idade avançada e serem mais frágeis, grupo de risco da doença.

Deixamos nossos idosos confinados em casa, nos preocupamos com a contaminação fora de casa, e esquecemos da solidão dentro dos lares que causam depressão e melancolia. A dor da alma mata muito mais do que um vírus. É a dor da solidão, do descaso e do abandono.

Mas podemos aliviar essa pressão que estamos vivendo, deixar um pouco de lado o excesso de cuidado e dar mais atenção aos vovôs e vovós. É tempo de fazer o que não foi possível antes, tempo de seguir adiante com a bagagem, sem mágoas ou arrependimentos, e ofertar pelo menos um instante de atenção a esses idosos. É tempo de ajudá-los a superar esta fase.

Que tal oferecer carinho através de uma massagem nos pés? Afinal, se todos estiverem de máscara, ninguém correrá risco de contaminação. Os idosos estão sentindo falta do toque, do abraço, do beijo, do cheiro dos seus netos. Estão tensos, tristes e melancólicos. É uma forma de ajudá-los a superar esta fase tão difícil.

Um profissional habilitado em estética poderá oferecer uma bela massagem relaxante, ou então, uma sessão de reflexologia, conhecida originalmente como terapia das zonas reflexas, uma técnica milenar, utilizada desde a antiguidade para tratar doenças e desequilíbrios do organismo. Os reflexos dos pés representam a situação de saúde do organismo. Os pontos de pressão provocam uma isquemia temporária por alguns segundos; em seguida, há aumento da vascularização e perfusão sanguínea, favorecendo a oxigenação tecidual, o estímulo do sistema linfático e a eliminação de toxinas. A reflexologia ajuda o corpo a curar-se sozinho, relaxando, aliviando o stress, e estimulando a energia.

Outros fatores que ajudam a combater o quadro de melancolia e tristeza é a massagem relaxante, por proporcionar relaxamento físico, psíquico e mental. A manipulação dos tecidos durante a massagem provoca reações psicológicas em todo o corpo, por meio das mãos ou objetos específicos. Não é um evento periférico; tem efeito global com percepção sensorial. Quando se toca um indivíduo, toca-se a sua psique. Suas indicações são de alívio de estresse físico e mental e promoção do bem-estar.

Todas essas técnicas aliadas aos óleos essenciais, ambiente tranqüilo, e uma dose de atenção e carinho, irão aumentar a imunidade e os corações se transbordarão de alegria, pois o contato e energia de um ser para o outro é muito importante.

O objetivo é garantir às pessoas idosas o bem-estar físico e mental, para passar por esta fase de isolamento sem limitações físicas ou mentais, recebendo muito carinho e atenção, evitando a depressão e melancolia.

A estética possui diversas técnicas de terapias alternativas que combatem todos esses sintomas indesejáveis, e ajudam a atravessar este período tão difícil que todos estão vivendo.

 


Rita de Cassia Alberini - tutora do Curso de Estética e Cosmética do Centro Universitário Internacional Uninter.


Será que terapia é para mim?

Não é de hoje que as pessoas me perguntam qual é o melhor momento para contratar o serviço de um psicólogo. Tem idade? Situação de vida? Será que terapia é para mim? Esses são questionamentos que costumam surgir para os que ainda não experimentaram as vantagens deste tipo de serviço.

Sim, terapia é um serviço que deve ser contratado como outro qualquer. Você não faz dieta, vai no salão de beleza, na manicure, vai na academia, coloca botox, faz limpeza de pele, vai ao dentista, ao médico, etc? Deveria ir ao psicólogo também, afinal a cabeça é o elemento mais importante e significativo desse nosso corpinho. Ah, e ela não está em cima do pescoço apenas para enfeite. Ela é responsável pelas nossas funções cognitivas, executivas e comanda praticamente todas as ações que tomamos diariamente, mesmo que você não perceba.

Bom, se você está se perguntando se terapia é para você, a minha dica será sempre um sonoro "sim". Terapia é para qualquer pessoa, de qualquer idade. Se você acha que tem algo a melhorar na sua jornada enquanto ser vivo, sim, terapia é pra você!

Terapia é uma das ferramentas mais importantes que autodesenvolvimento que conheço. Não estou falando apenas e autoconhecimento, mas também da capacidade de tomar ações diante do ganho de consciência à respeito de si.

Terapia é fundamental para gente que não aceita feedback. Sabe aquelas pessoas que não se responsabilizam por nada? Que estão sempre se colocando no papel de vítimas? Aquelas que culpam o chefe, o colega, a mãe, o pai, os irmãos, o cônjuge, a economia, o presidente, o coronavírus, ou qualquer outra coisa pelas circunstâncias da vida? Tem quem culpe outros indivíduos até pela sua infelicidade.

Terapia é para o sujeito acima. Se responsabilizar pelas rédeas da vida é uma das primeiras coisas que um bom psicólogo vai te ensinar. E não para por aí não!

Terapia é um ótimo instrumento para quem se frustra com os nãos que a vida oferece. Para quem não tem persistências, que desiste fácil dos objetivos, que recua dos desafios sem ao menos tentar. Sabe aquelas pessoas que não param em emprego algum? Que ao sinal de primeira dificuldade pedem para sair? Que desistem dos amores por medo de sofrer ou de serem abandonados?

É bem fácil reconhecer essas pessoas. Talvez elas não se reconheçam. Elas têm medo de encarar a própria imagem diante do espelho. Sentem dificuldade em assumir seus erros, suas falhas, de aceitar orientações. Aliás, elas têm extrema dificuldade de ouvir. Ficam presas em um universo próprio e paralelo. Estão sempre repetindo as mesmas atitudes, fazendo a história pessoal se repetir.

Já viu gente que desiste fácil? Que fecha portas ao invés de mantê-las abertas? Que não se despedem de colegas, não agradecem seus pares, seus mentores e até mesmo aqueles amigos de boteco tão queridos? Aqueles que afastam propositalmente as pessoas que amam. Tem muita gente assim por aí. A terapia ajudaria e muito essas pessoas a sofrerem menos.

Terapia também é bom para quem tem dificuldade para amadurecer. Acreditem, tem muita de gente de 30 e poucos que se comporta como adolescente. Outro dia observei um grupo de psicólogos debatendo sobre o adolescente mais velho que cada um já havia atendido. Uma delas respondeu: 39 anos.

Tem muito adulto que vive na barra da saia da mãe. Incapaz de ter escolhas próprias, atitudes maduras, que se deixar passa o dia na frente da TV ou do video game. E tem sempre aquela turma do corpo mole. Que finge demência achando que todo mundo ao redor é bobo. Aquele colega que não sabe trabalhar em equipe, que procrastina, que promete o que não consegue cumprir. Que fala um monte de sim, quando deveria falar não.

Aliás, se tem uma coisa que a terapia ensina é a falar não. Um bom psicólogo vai ensinar qualquer pessoa a reconhecer e estabelecer limites. Falar não, ou melhor, saber falar não é uma benção, uma verdadeira dádiva. E acreditem, você pode aprender a falar não na terapia.

Psicoterapia e autoconhecimento fazem bem demais. Conheço gente que ao invés de colocar a culpa dos problemas atuais na pandemia e no desemprego, aprendeu a costurar e anda fazendo dinheiro comercializando máscaras reutilizáveis. Esta pessoa sabe que está nas mãos dela decidir rir ou chorar, agir ou reclamar. E depois ainda vão dizer que ela teve sorte rs. Ela apenas tomou as rédeas.

Já conheci muita gente super inteligente, com QI altíssimo, mas totalmente disfuncional do ponto de vista emocional. Gente que chora só de pensar no chefe, na meta, no cliente, no compromisso. Que se cobra pelas atividades erradas. Gente que fica doente toda hora. Cai cabelo, tem problema de pele, gastrite, enxaqueca, alergia, doença autoimune e por aí vai. A imunidade está sempre lá embaixo. Aliás, tem gente que só falta ser o melhor amigo do plantonista do hospital mais próximo de casa.

Quando alguém me pergunta será que terapia é pra mim, eu respondo: terapia é pra quem é forte! É para quem é capaz de olhar para dentro de si e segurar o rojão. Quem consegue mergulhar dentro de si e encarar a própria sombra. Seus medos, suas angústias, seu lado vulnerável. Terapia é para quem tem coragem de se desafiar.

Há quem pensa que mudar de cidade, de emprego, de país, de marido ou de namorado resolve. Sinto informar que não! Só muda o problema de lugar, transfere a culpa para o outro e passa a vida infeliz.

Outro dia, durante uma sessão de mentoring, ouvi a história de uma pessoa que aos 65 anos de idade havia descoberto que passou a vida na profissão errada. Não estava feliz com sua carreira, com a empresa e nem com suas conquistas. Nada tinha valido à pena. Eu pensei comigo: ainda bem que comecei a terapia aos 30.

Tempo é vida, é felicidade. Tempo é a única coisa que não volta atrás e que não conseguimos comprar. E, se tem um tempo bem investido nesta minha vida, ah posso afirmar que é aquela uma horinha semanal com a Ju, minha psicóloga .

É ali que eu descubro uma Tati nova toda semana. Me reinvento! Me percebo frágil e ao mesmo tempo forte. Insegura, mas também determinada, persistente. Ali, naquela uma hora semanal, aprendo a estabelecer meus limites e ser protagonista da minha trajetória de vida. Afinal, a única responsável pelas minhas escolhas e atitudes, certas ou erradas, sempre serei eu! E viva quem inventou essa tal de terapia.

 



Tatiana Pimenta - CEO e fundadora da Vittude. Engenheira que se apaixonou pela Psicologia, pelo estudo constante do comportamento humano e da felicidade. Com mais de 15 anos de experiência profissional, foi executiva de sucesso em empresas de grande porte como Votorantim Cimentos e Arauco. Única brasileira finalista da premiação internacional Cartier Women's Initiative Awards em 2019. Faz terapia há mais de 8 anos, é maratonista amadora e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. É colunista dos portais Money Times, Startupi e Superela.

 

Vittude

vittude.com


Sinto, logo existo!

Sobre a ampliação da consciência


Se as emoções são o caminho para a ampliação da consciência, a pergunta é:
Onde quero chegar?

Não há uma resposta certa, mas sim a resposta que faz sentido para cada um. Então, vou escrever este texto com base na minha resposta:
“Ser uma pessoa cada vez melhor!”

Sob este ponto de vista, não importa o ponto final e sim o caminho. Na melhor expressão da metafísica!

E ao ousar percorrer este caminho, descobri o papel fundamental das emoções. Isso porque elas promovem reflexões transformadoras que levam à ampliação da nossa visão sobre as coisas, o que nos permite decidir e agir de forma mais consciente.

Ainda no processo, agir leva às experiências, que por sua vez geram aprendizados. E quanto mais significativos os aprendizados, mais profundos, transformadores e relevantes para nossa vida!

Pois bem, vamos ao caminho…

Como a ideia é sentir, fui me dando conta de como os eventos da minha vida despertavam meus sentimentos. Não pensem que logo de cara consegui catalogar, descrever e dominar… O que, aliás, é um erro!

A nossa cultura e educação nos ensinam a sermos seres racionais no melhor exemplar do penso, logo existo.

Nada contra, a razão é essencial para o desenvolvimento humano, mas é o terceiro passo. Aprendi que evoluir no quesito maturidade, significa não pegar atalhos.

O primeiro passo é perceber, se colocar num estado de espírito no qual esteja conectado consigo mesmo, com a sua vida e as pessoas próximas. Como alguém que está caminhando, interrompe a viagem para beber água na fonte e se dá conta do seu reflexo espelhado…

Quase que simultaneamente vem o segundo passo. Ele traz consigo a sensação de experimentar um turbilhão de emoções, vezes agradáveis e por vezes bem desagradáveis, que podem nos fazer achar que a experiência não vale a pena.

Permita que as emoções apareçam no seu estado natural, sem a obrigação de ter que dar conta de compreendê-las rapidamente ou reagir de forma impulsiva. Acredite, pode parecer uma eternidade, mas ao dar esse espaço para suas emoções, elas logo se acomodam e você vai perceber que naturalmente vão te despertar à consciência.

Nesta condição, janelas de reflexão se abrirão e te farão buscar primeiro o sentido das coisas. E, sobre o sentido das coisas não estou dizendo sobre ter que encontrar o propósito da sua vida, nada disso!

Buscar o sentido das coisas é deixar que a consciência espontânea abra seus olhos e te faça ver coisas que não via antes. Gostaria muito de ter alguma experiência comum para poder comparar, de modo que você sinta o que quero dizer, então te convido a lembrar de algum momento da sua vida em que você sentiu que “a ficha caiu” ou disse “poxa, como eu não vi isso antes”!

É isso, só que mais intenso! Como se você tivesse absoluta certeza do que está vendo pela janela da reflexão. Momento em que percebemos como nós e os outros sentem, o que fazemos com que sentimos e os impactos que provocamos uns aos outros. E acredito que a recompensa de se lançar ao desconhecido é o despertar da consciência de que somos seres protagonistas.

Agora sim – e só agora – vem o terceiro passo, o da razão. Aquela bem cartesiana, recheada dos nossos conhecimentos, que nos dá instrumentos para decidir sobre como lidar seja lá com o que estejamos refletindo no momento.

Uma vez decidido, estaremos prontos para agir. Sim, entrar em ação é somente o quarto passo. E é justamente o passo que nos habilita a colocar em prática esse novo olhar, como uma excelente oportunidade de dar respostas novas aos velhos problemas da nossa vida.

E como a própria ciência diz que para toda ação há uma reação, os resultados das nossas experiências geram aprendizados que nos levam gradativamente rumo à maturidade, e nos faz pessoas cada vez melhores.

Nós, aqui do Grupo Bridge, somos apaixonados por construir projetos que proporcionem a experiência da reflexão transformadora. E as emoções sempre tiveram espaço livre no ambiente de cocriação que construímos.

Sabemos na prática como o caminho da ampliação da consciência é prazeroso e temos a certeza de que o sentir nos faz existir!

E você, o quanto sente-se vivo?

 


Janice Gonçalves - consultora Grupo Bridge

  

Você ensina seu filho a ser positivo?


Despertar, celebrar a vida, não se importar com a vida ou com as conquistas do outro, procurar-se no espelho como a única pessoa que pode realmente lhe fazer feliz. Claro, ninguém é feliz sozinho, mas tampouco será feliz se não estiver bem consigo mesmo. 

A vida é uma roda gigante. Às vezes estamos lá em cima e, outras vezes, lá embaixo. Mas nada é para sempre. E não se trata de dinheiro, mas de sentimento. É sobre como nos sentimos ao acordar e a sensibilidade de perceber que devemos caminhar para frente. Muitas pesquisas apontam que dinheiro não traz felicidade, apenas proporciona bons momentos. Isso é real! Muita gente chora em cidades onde o custo de vida é caríssimo, mesmo tendo tudo do bom e do melhor, enquanto outras pessoas vivem sorrindo mesmo levando uma vida simples ou com o básico para sobreviver. 

A vida é única. Não se deve querer viver a história que o outro escreveu. Avalie quantas pessoas nós chamamos de “amigo” nas redes sociais, enquanto muitos não suportam o próprio irmão, sentem inveja do companheiro de trabalho ou gostariam de ser outra pessoa. Quantas vezes visitamos o perfil de alguém e desejamos aquela vida sem saber se é real? Não se aprisione nas telas de celulares, notebooks ou tablets. Tudo pode ser seu, mas não crie expectativas, crie oportunidades e não haverá sofrimento, mas esperança para vencer. 

Comece animando seu dia. Seja coerente com suas ações, pratique a bondade, seja humilde, sinta-se forte, tenha coragem, descanse, porque a mente e o corpo precisam de um tempo para avaliar e refletir. 

Seja alegre, porque a alegria contagia. Sorria! Ninguém quer ficar perto de pessoas amarguradas e negativas, que só criticam ou enxergam a maldade. Aliás, pessoas bem resolvidas não se preocupam com a maldade alheia, elas estão - e são - do bem e ponto. 

Continue vivendo e vivenciando. Saia de casa e encontre os amigos, tome um sorvete, vá colorir sua vida. Deseje continuar vivendo, peça a Deus que faça seu coração feliz. É fato, não podemos ter tudo na vida, mas o ‘suficiente’ sempre será suficiente se você souber lidar com o pouco, transformando esse pouco em muito. 

Tudo na vida tem um propósito e não existem coincidências nos planos que o universo tem para nós. Olhe em volta. Pode ser que você esteja valorizando tanto as coisas do mundo que está esquecendo quem sempre esteve de mãos dadas com você. 

Relaxe! Pense positivo, deseje o bem, faça o melhor para si e confie no universo. Assim, estará ensinando aos seus filhos o poder e o valor de ser uma pessoa positiva! 

 

 

Sueli Bravi Conte - educadora, psicopedagoga, doutoranda em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com 35 anos de atividades que atua da Educação Infantil ao Ensino Médio.

 

Pesquisa revela que brasileiros estão esperançosos no período de pandemia

 

39% dos entrevistados narraram estar neste estado de espírito; a mesma porcentagem revelou estar ansiosa


O estudo Opiniões Covid-19, realizado entre 18 a 22 de junho, identificou que a maior parte dos brasileiros está preocupada com a situação, mas mantém a esperança – a porcentagem dos que revelaram preocupação, 39%, foi idêntica aos que se disseram esperançosos.

A faixa etária de 35-54 foi a que se revelou a mais esperançosa. Em relação às regiões, o Nordeste é a mais confiante (34%), seguida pelo Sudeste (30%). Ansiedade é um sentimento muito presente no Sudeste, com 31% dos respondentes tendo confirmado este estado de espírito, já o Sul do país é o local com menos pessoas ansiosas, 17%.

No cômpito geral, empregados de empresa privada, aposentados, desempregados e donas de casas foram os que mais apresentam sentimentos negativos, tendo respondido que estão desapontados, vulneráveis e ansiosos. Sensações extremas como “com raiva” e “em choque” foram os menos citados, com 2% e 1% de menções, respectivamente. 

A pesquisa realizada pela Perception, Engaje! Comunicação e Brazil Panels, entrevistou 525 pessoas online, em todas as regiões do Brasil, homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes ABCD, com margem de erro de mais ou menos 4,05%, para saber a opinião dos brasileiros sobre o cenário da pandemia. Esta é a terceira onda do estudo, cuja primeira onda foi realizada entre 1º e 3 de abril, e a segunda entre 29 de abril e 1º de maio.


Super Heróis precisam de olhar empático?


O mundo muda, as descobertas apresentam novas formas de viver e abrem possibilidades em diferentes esferas, inclusive nos relacionamentos. As inovações estabelecem métodos, mostrando que o tempo passa e deixa marcas de aprendizados que são incorporados pela cultura das sociedades. Falando em cultura, é possível incluir as organizações que buscam aperfeiçoamento e renovação para se manterem competitivas no mercado.

O passar do tempo revelou para as companhias a importância do respeito pelos sentimentos e também formas de como melhor trabalhar com as diferenças individuais. As pesquisas de clima organizacional são parte de ferramentas que viabilizam a investigação da realidade, necessidades e novos direcionamentos que podem ser dados para uma melhor administração das pessoas.

A modernidade deixou claro que os atestados médicos, a depressão, a ansiedade são gritos barulhentos de pessoas manifestando seus limites, muitas vezes ultrapassados pela urgência da performance.
Incontestavelmente, esse mundo teve que mudar e respeitar um ritmo que é diferente para cada pessoa. Depois das ferramentas de pesquisas e busca para melhor compreensão da dinâmica atual da sociedade trabalhadora, ficou claro que o aprendizado do momento é a empatia.

Empatia significa a capacidade humana de estar com a outra pessoa tentando entrar no mundo dela, empenhando para melhor compreender as necessidades, o ponto de vista, as experiências e sentimentos. Todos apresentam seus mundos internos com emoções sentidas de maneiras peculiares e únicas. Seria injusto pensar ou dizer:

- Mãe, você fica nervosa com seus filhos? 


- Claro! Ou - Nossa, você tem inveja? 


- Sim! Inveja é um sentimento normal do ser humano. Ou 


- Nunca imaginei que, às vezes, você gostasse de ficar sozinha!! 


- Por que não?

O processo empático envolve o não julgamento, mesmo porque até os super heróis mostram suas fragilidades e precisam de olhares empáticos e não só de expectativas. O Super Homem, com sensibilidade à criptonita, possui conflitos pessoais envolvendo a condição de "humano". O homem e super-herói Batman, que contraditoriamente tem medo de morcegos, o que justamente lhe dá mais poder. Seja Marvel ou DC Comics, os super heróis, também evidenciam seus reveses. Com a missão de salvar a humanidade todos carregam conflitos e demonstram reflexões intra e interpessoais.

A gestão de pessoas das empresas é salvadora das cabeças pensantes que trabalham? Será que significa ser o super herói das organizações? Pode ser, mas cuidado com as expectativas, porque na vida real não é diferente, forças e fragilidades aparecem, como também a necessidade de serem compreendidas em muitos e diferentes momentos da vida. Todos vivem tristezas, alegrias, tensões, ansiedades, medos. Até super heróis precisam ser compreendidos.

Talvez a grande dificuldade de ver que outras pessoas têm um mundo próprio, esteja na comunicação. Conversar ouvindo o que o outro está dizendo é complicado e muitas vezes é mais fácil dizer "não" e impor demarcações de territórios e não precisar refletir ou perceber o sentimento alheio.

Mas, o processo empático está em alta, colocando em cheque dificuldades de relacionamentos. Querendo ou não é momento de pensar no próximo. De tentar buscar a essência e alegrar-se com as conquistas do vizinho. As organizações, o mundo dos resultados, as grandes e pequenas corporações já entenderam que o colaborador precisa ser ouvido. Em 2019, a consultoria Businessolver divulgou uma pesquisa que realizou com 1850 trabalhadores profissionais de RH de empresas americanas.

O resultado mostrou que 79% das empresas reconhecem o processo empático como sucesso dentro das companhias. A capacidade de ouvir o lado do outro tem sido benéfico para gestores e colaboradores. Outro bom exemplo de pesquisa que comprova resultados favoráveis da empatia foi realizada pela empresa de consultoria The Empathy Business, que analisou 170 empresas americanas, indianas e europeias. As dimensões foram referentes ao clima organizacional e liderança e demonstraram que as empresas que investiam em desenvolvimento de empatia lucravam 50% mais do que aquelas que os líderes não conseguiam se conectar com os colaboradores.

Atualmente, os gestores compreendem que, se verdadeiramente perceberem seus liderados, terão boas consequências, incluindo diminuição dos problemas de saúde mental. 


Muitas organizações já adotaram programas específicos para desenvolvimento do processo empático, o que tem sido favorável para colaboradores, gestores e organização.

Aprender a ouvir e ver que a moeda tem sempre dois lados, tem sido tema de ações importantes que implicam envolver, inclusive, famílias dos integrantes das equipes. Se super-heróis tem fantasmas nos seus mundos internos e precisam de tempo e "colo" empático, imaginem os humanos!

 



Elisa Leão - professora doutora de Psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, psicóloga clínica e palestrante.



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