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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Alzheimer afeta 11,5% da população brasileira


 Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 55 mil novos casos de demência são registrados anualmente, a maioria decorrentes do mal de Alzheimer


O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo, ela ainda não possui uma cura, mas diversas pesquisas apontam que se a doença for diagnosticada cedo, é possível diminuir os impactos de seus sintomas. Isso quer dizer que, se detectado precocemente, os sinais da doenças podem ser tratados com intervenções terapêuticas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. Segundo dados do Governo do Brasil, a doença afeta 11,5% da população idosa do país.

Atualmente, 1,4 milhões de brasileiros vivem com demência, com o envelhecimento acelerado da população mundial, estima-se que até 2050 esse número aumente para mais de seis milhões, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Com o envelhecimento acelerado, o crescimento de casos de demência tem se tornado um dos principais desafios de saúde na atualidade”, comenta Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway.

O Alzheimer provoca a degeneração das células no cérebro, causando demência e provocando diversos sintomas, como perda de memória, dificuldade de raciocínio e fala, dificuldade de reconhecer objetos e suas funções, dificuldade de reconhecer familiares, além de interferir no comportamento e na personalidade da pessoa.


Sintomas e estágios da doença

A doença é complicada de ser diagnosticada, pois seus sintomas são muito parecidos com o processo natural de envelhecimento. Além disso, ele também podem ser confundidos com sintomas de outras enfermidades menos graves. 

Atentar-se para os primeiros sinais com atenção é muito importante:

·         Perda de memória recente. É muito comum que as pessoas que estejam no processo inicial do desenvolvimento do Alzheimer se lembrem de fatos antigos mas percam a memória sobre fatos recentes;

·         Perda de capacidade de concentração nas atividades cotidianas, que antes eram executadas com facilidade e sem problemas; 

·         Repetição de afirmações e perguntas. A pessoa acaba por não perceber que já fez a mesma pergunta anteriormente; 

·         Dificuldades de expressar e de compreender linguagens; 

·         Sentir uma desorientação espacial, se perder em locais já conhecidos; 

·         Enfrentar uma certa dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas;  

·         Esquecimento dos nomes dos membros da família, amigos e objetivos do cotidiano. 

Costa alerta que além dos sintomas iniciais, existem também uma mudança aparente na personalidade e comportamento da pessoas. “As alterações cerebrais que ocorrem durante a doença de Alzheimer podem afetar a maneira como a pessoa age e sente. Nesse caso, é preciso ficar de olho se houve outras mudanças como depressão; apatia; retraimento social; mudanças repentinas e seguidas de humor; mudanças nos hábitos de sono; aumento na desconfiança de humor; aumento na irritabilidade e na agressividade, além de delírios”, enfatiza.

O Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e grave, não há nada que possa ser feito para retardar ou barrar o avanço da doença. Após o diagnóstico, os portadores da doença têm uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico é dividido em quatros estágios:

·         Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

·         Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

·         Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

·         Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.


Hábitos Saudáveis

A OMS destaca que a atividade física também está associada à saúde cerebral. Estudos apontam que pessoas com vida mais ativa tem menor risco de desenvolver demências. A recomendação é que adultos de 65 anos pratiquem no mínimo 150 minutos de atividades aeróbicas de intensidade moderada por semana. “Os idosos não devem deixar de ser estimulados. Estudar, ler e pensar são formas de manter a mente ativa, além uma alimentação saudável e regrada”, finaliza Costa.


Entenda: ansiedade, estresse e Burnout


Estes fatores podem desencadear uma patologia conhecida como FOMO (Fear of missing out) - ou Medo de perder algo, em tradução livre.


A tecnologia permeia toda nossa vida atualmente. Desde o âmbito pessoal até o profissional e todas relações e atividades inerentes a eles. As pessoas já passam muitas horas dos seus dias conectados e com o receio de perder oportunidades, acabam deixando de estar conectados consigo e no investimento de relações com as pessoas. Isso tem gerado um aumento exponencial da ansiedade, do nível de estresse e ocorrência de Burnout na sociedade atual.

A base da ansiedade é o medo de errar, insegurança: antecipo os fatos por não suportar a ideia de que possa errar. O primeiro fator quando estamos ansiosos, frisa o psicólogo do Kurotel, Michael Zanchet,do Kurotel - Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar, é buscar equilibrar o organismo e as taxas de oxigênio (respiração) para então, poder refletir quais são os gatilhos que estão gerando a ansiedade. Lembre-se que nem tudo na vida tem que ser rápido, tem muitas situações que precisamos parar, pensar e somente depois agir. O acerto e o erro fazem parte da vida, permita-se aprender com a experiência.

O psicólogo também comenta que o estresse tem a ver com percepção, a maneira como se interpreta um fato real ou imaginário, e que pode gerar um estado de alerta no organismo, diminuindo a capacidade de reflexão e de ação. E que de maneira crônica, ocasiona um desgaste físico e emocional no organismo.

Já o Burnout é caracterizado por um intenso desgaste físico e mental em decorrência de excesso de trabalho. O desequilíbrio em qualquer situação na vida vai gerar prejuízos, por isso é necessário o desenvolvimento no âmbito físico, pessoal e profissional, pois uma área não supri a outra. Muitas vezes, as pessoas focam em demasia em uma única área, sendo uma fuga para suprir uma carência pessoal ou talvez afetiva, e acabam entrando num ciclo vicioso profissional, gerando a exaustão do corpo e da mente.

O ser humano necessita de relaxamento, atividade física, relacionamento interpessoal e afetivo, profissão, organização financeira e espiritualidade para viver de forma equilibrada e com maior bem-estar. Assim, é possível viver de forma mais plena e se gerencia melhor os fatores de risco para a saúde como a ansiedade, o estresse e o Burnout.




Kurotel

Epilepsia: o que é e como é feito o tratamento


A maioria das crises podem ser controladas e permitir uma vida normal a quem convive com a doença


A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 50 milhões de pessoas. A enfermidade é provocada por descargas elétricas anormais no cérebro, e caracterizada pelas crises epiléticas, que se repetem em intervalos de tempo variáveis.
Uma delas é a crise convulsiva, facilmente reconhecível pelas manifestações características como os abalos musculares generalizados, a salivação excessiva, a mordedura da língua, podendo ocorrer até perda de urina e fezes. “A crise convulsiva é um tipo específico de crise epilética. Já a epilepsia é a condição neurológica na qual o paciente apresenta crises recorrentes (mais de duas), podendo ser convulsivas ou não”, explica a neurologista da NeuroAnchieta, Dra. Priscilla Proveti.
As causas da epilepsia podem ser pequenas lesões no cérebro decorrentes de traumas, infecções e até um acidente vascular cerebral, que levam ao mau funcionamento cerebral. As manifestações podem aparecer em qualquer faixa etária, mas é comum que se apresentem logo na infância e nem sempre é possível identificar o que ocasionou o episódio. “Embora a maioria das crises não apresente fatores desencadeantes identificáveis, alguns como febre, infecção, uso incorreto de medicações, consumo de álcool e privação do sono, podem aumentar a chance de o paciente epilético apresentar uma crise”, indica Proveti.
Por se tratar de tipos diferentes a depender da área cerebral acometida, as crises nem sempre se apresentam de maneira semelhante, o que pode dificultar o reconhecimento, principalmente nas crianças. “Nas crises de ausência, muito comum na infância, existe somente uma parada comportamental com duração de segundos”, alerta a especialista. Isso pode fazer com que pais e professores, por exemplo, demorem a perceber que algo está errado com a criança.
É comum que as crises de ausência desapareçam ao longo do tempo, mas nem sempre isso ocorre. Ao notar qualquer anormalidade no comportamento da criança que possa indicar um episódio descrito acima, é indicado que os pais procurem um neurologista para uma avaliação.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pelo neurologista com base nas características da crise e do histórico do paciente, com o auxílio de exames de imagens. De acordo com o responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, Dr. Anderson Benine Belezia, a modalidade de imagem mais indicada para avaliação de pacientes com epilepsia é a ressonância magnética. “Ela nos permite avaliar a existência de alguma alteração estrutural do parênquima encefálico que possa ser a causa das crises. A maior resolução e qualidade de imagem fornecida por aparelhos com campos magnéticos maiores, em especial os que possuem campos magnéticos de 3 tesla, permitem avaliações mais precisas e acuradas”, esclarece.
O exame é seguro e dura cerca de 30 minutos. “Na avaliação da epilepsia é indicado o uso do contraste, já que o seu uso permite avaliar melhor e de forma mais precisa algumas condições que podem estar relacionadas a crises convulsivas, tais como lesões expansivas intracranianas ou mesmo processos inflamatórios e infecciosos”, aponta Dr. Anderson.
A maioria das crises epiléticas podem ser controladas com medicações de uso contínuo, permitindo que a pessoa siga sua vida normal. A cirurgia só é indicada em certos casos de epilepsia refratária, aquela em que mesmo após o uso de pelo menos duas medicações diferentes, ocorre a persistência na frequência das crises.

Como ajudar no momento da crise?

·         Afaste os objetos que possam ferir a pessoa

·         Proteja a cabeça para evitar trauma

·         Posicione a pessoa de lado

·         Não ofereça água

·         Não coloque objetos na boca e nem tente puxar a língua

·         Afrouxe as roupas para a pessoa respirar melhor

·         Se a crise durar mais de 5 minutos, procure atendimento médico de emergência


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