No procedimento, a segurança deve ser sempre prioridade |
O
uso da prótese mamária está no topo da demanda. Segundo a Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica (SBCP), apenas em 2016, esse procedimento representou 19%
de todos os realizados no país, totalizando 288.597 cirurgias. Diante da
crescente e da gama de opções de clínicas, é preciso se atentar à segurança.
"Não se pode pagar barato por um procedimento que também envolve a
saúde", lembra o diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica, Arnaldo Korn.
As
próteses de silicone são colocadas com a finalidade de proporcionar melhor
contorno, firmeza e simetria ao corpo. Sua composição é uma cápsula externa e
gel interno de silicone. O implante é colocado através de uma incisão nas
partes mais fundas das mamas, ou ainda pelas axilas. Essa cirurgia pode durar
de uma a duas horas e a internação é de 12 horas, com alta no mesmo dia.
Entre
as diversas dúvidas que norteiam esse procedimento, duas delas são sobre o tipo
de prótese que deve ser usada e local adequado. A resposta é simples: ficam
abaixo da glândula mamária ou do músculo peitoral maior, e a escolha é feita em
paralelo com a preferência do paciente, o formato das mamas, e, claro, a
recomendação do cirurgião.
Quem
pode fazer é outra dúvida que permeia o assunto. Há restrições para jovens? E
quem tem problema de saúde? Ambos os casos exigem atenção especial. Em relação
aos jovens, é possível que o desenvolvimento das mamas esteja em andamento e,
nesse caso, a cirurgia só é autorizada quando estiver finalizado. Ela também
não é indicada a quem tem problemas de saúde sem controle clínico ou com
alterações que impeçam o procedimento.
Os
cuidados pós-cirurgia e, principalmente, a necessidade de troca da prótese são
questões que precisam sempre ser lembradas. Entre algumas das diversas
recomendações, estão: dormir só de barriga para cima — após de seis semanas a
posição pode mudar. Deve-se evitar exercícios como levantar os braços, pois
esse simples movimento pode romper os pontos ou deslocar a prótese. Não se deve
passar protetor solar na cicatriz quando for se expor ao sol.
Sobre
a obrigatoriedade de trocar a prótese, a orientação da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica é que deve ser trocada apenas em caso de aumento, de
problemas ou ainda de remodelagem pela flacidez do peito, em caso de
amamentação ou pelo processo natural de envelhecimento.