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quinta-feira, 9 de março de 2023

71% das mulheres são a principal fonte de renda de seus lares

Levantamento da Provu traça o perfil financeiro das mulheres de sua base e identifica suas prioridades

 

O mês de março celebra o Dia Internacional das Mulheres (8), data de reflexão sobre a luta feminina por equidade de direitos e a importância de discussões de gênero em todo o mundo. Diante deste cenário, a Provu, fintech de crédito pessoal e meios de pagamento fez um levantamento para traçar um recorte sobre como as mulheres têm se relacionado com as finanças. 

 

Apesar de, por muito tempo, o papel de provedor financeiro tenha sido desempenhado tradicionalmente pela figura masculina, essa é uma constatação que não se sustenta mais, de acordo com o estudo: 71% das mulheres que utilizam a plataforma de crédito da fintech afirmam ser a principal fonte de renda de suas casas.  

 

De acordo com o levantamento, além de identificar uma parcela alta de mulheres assumindo as despesas da casa, foi possível perceber que há uma preocupação genuína em fugir da inadimplência: quando perguntadas sobre prioridades financeiras, 72,6% das entrevistadas focam em manter as contas em dia; 10,3% trabalham para evitar dívidas; 6,9% buscam aumentar a renda; 6,5% caminham para a independência financeira; e apenas 3,7% buscam investir ou juntar dinheiro.

 

“Apesar das dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres, percebemos que seu papel com dinheiro é de altíssima responsabilidade, já que uma fatia muito grande cuida das contas de casa. A busca da independência financeira é o primeiro passo para que ela se torne provedora da casa e, depois, consiga administrar as finanças para poupar e pensar no futuro financeiro de sua família. Ainda há muito caminho a ser percorrido, que ultrapassa a análise comportamental da mulher em relação ao dinheiro, como questões sociais, empregabilidade, maternidade, jornadas de trabalho, por exemplo. Então, saber lidar com o dinheiro é uma variável importantíssima para considerar o avanço da luta da mulher por um lugar de equidade na sociedade” diz Cristiana Nunes, Gerente de Política de Crédito da Provu.


 

Como as mulheres têm lidado com o dinheiro

 

Ao serem perguntadas sobre como se organizam financeiramente, 73,2% disseram anotar todos os gastos e entradas de dinheiro em cadernos ou planilhas; 13,5% fazem uso de aplicativos para gerir suas finanças; e apenas 6,8% disseram não se organizar financeiramente. 

 

Em relação a investimento, 69,9% das mulheres afirmaram que não o fazem, e entre as que responderam que investem seus recursos, poupança aparece como alternativa mais usada (43,8%), seguida de CDB - Certificado de Depósito Bancário (17,4%) e Fundos de Renda Fixa (11,9%).

 

O levantamento ainda aponta que 65,5% das mulheres não possuem uma reserva financeira para emergências, e quando questionadas sobre o motivo de não ter, 63% disseram que já tiveram, mas precisaram utilizar, e 34,8% não têm sobra na renda mensal para guardar dinheiro.

 

Mais da metade das mulheres (57,7%) revelaram já ter pedido crédito, e a principal motivação foi para quitar dívidas (47,2%), seguido de investir em uma empresa já existente (14,5%) e reforma da casa (8,5%).

 

Sobre o perfil das mulheres que responderam à pesquisa, a maioria tem entre 25 e 44 anos, mora na região Sudeste (44%), possui ensino médio completo (31,8%) e trabalha com carteira assinada (56,4%).

 

Provu


Mulher é força, dedicação e competência


A sensibilidade que guia, o cuidado que acolhe, os dons que servem. Mulheres exalam força e coragem em um mundo ainda marcado pelo machismo e desigualdade de gênero. Sem levar em conta o preconceito e desrespeito, lutam bravamente e de maneira diária para conquistar espaços, superar limites e ir adiante do que ainda não se descobriu. 

E assim, com dedicação, esmero e zelo, cumprem as missões diárias com destaque e destemor. Essa é a mulher. Forte e aguerrida que se destaca pelo primor e competência em todas as funções e atividades que se propõe a desempenhar e a realizar na vida. 

A poetisa Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, versejou que “a verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho mesmo quando todos dizem que ele é impossível.” 

E as mulheres fazem isso: lutam, trabalham e se reinventam para alcançar sonhos, mesmo enfrentando muitas adversidades em suas jornadas. 

Segundo o “relógio da população do Brasil” mantido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações - em consulta realizada no dia 07-03-2023 às 21h58 - mais da metade da população brasileira (50.8%) é feminina e as mulheres, segundo a pesquisa Women in Business, da Grant Thornton, ocupam 38% dos cargos de liderança em nosso país. De acordo com o estudo, a proporção de mulheres líderes cresceu 11% nos últimos 10 anos. 

No campo jurídico as mulheres, mesmo enfrentando alguns preconceitos, têm conseguido conquistar e ampliar espaços através do trabalho ao longo dos anos. 

Pelos números mais recentes divulgados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), existem 1.310.512 de advogados em todo o país, sendo que desses advogados a maioria são mulheres, contando com 667.606 advogadas e 642.906 advogados. 

Como a história registra, as primeiras faculdades de Direito surgiram em São Paulo e em Olinda no ano de 1828 e apenas em 1898, ou seja, 70 anos depois, a primeira mulher, Myrthes de Gomes Campos, se formou em Ciências Jurídicas e só ingressou no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) em 1906. 

Simbolizando o movimento de luta e resistência feminina, em 2017 a OAB-PI reconheceu Esperança Garcia como a primeira advogada do estado do Piauí e, recentemente, no dia 25-11-2022, o Conselho Pleno da OAB Nacional a reconheceu como a primeira advogada brasileira por ela ter escrito uma carta/petição, em 1770, dirigida ao governador da província denunciando maus-tratos a si, a suas companheiras e a seus filhos. 

Histórias como as de Myrtes Campos e de Esperança Garcia são fontes de inspiração não apenas para as advogadas, para as profissionais do Direito mas, sobretudo, para todas as mulheres que carregam sonhos e buscam materializá-los em conquistas. 

Assim, seja no tribunal, nos fóruns, nos ambientes forenses, nas relações pessoais, no mundo do trabalho ou em qualquer outro lugar ou cenário, não há mais lugar para falas, atitudes, comportamentos, preconceitos e/ou qualquer forma de discriminação que tentem afastar ou diminuir uma mulher no exercício de suas funções. É urgente mais oportunidades e políticas públicas que valorizem a importante contribuição feminina e que reconheçam os espaços conquistados pela mulher pela própria força, dedicação e competência. 

Esse é um papel que cabe a todos da sociedade. Por isso, não só durante o mês de março, as mulheres, ao lados dos homens, são protagonistas na Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e estão no comando da diretoria nacional e na grande maioria das regionais da Associação em todo o Brasil. 

Na Abracrim, todas as associadas e integrantes da comissão nacional da Abracrim Mulher se destacam pelo desenvolvimento do trabalho de excelência na defesa das prerrogativas da mulher advogada e recebem, em aplausos e reconhecimento, o nosso apoio, força e incentivo para que elas desenvolvam, cada vez mais, projetos e atividades que ampliam os seus espaços no âmbito institucional e que fortalecem o exercício da advocacia criminal. 

São ações como essas, entre tantas outras já realizadas em valorização e respeito ao papel da mulher, que se propõem a incentivar a liderança feminina. São também passos importantes, que antecedem muitos outros que virão à frente. É um exemplo, para que outras instituições, organizações e espaços de poder reconheçam a força e a capacidade da mulher. 

Encerro a presente mensagem em homanagem a todas as mulheres invocando, mais uma vez, a poesia de Cora Coralina: “eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.” 

Que esse novo tempo seja de novos caminhos; de novos desafios e de novas conquistas na vida das mulheres guerreiras que lutam e que, mesmo diante das intempéries, jamais desistem dos seus projetos, metas e sonhos. 

Essa a minha homenagem e os parabéns a todas as mulheres de luta, de sonhos e de realizações neste Dia Internacional da Mulher!

 

Sheyner Yàsbeck Asfóra - presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim)


Mulheres são mais organizadas com dinheiro e poupam 30% mais do que homens, aponta índice da N26

De acordo com análise do Spaces, ferramenta de organização de finanças da Fincare, o principal motivo para as mulheres juntarem dinheiro é para viajar

 

De forma equivocada, há um estereótipo que mulheres enfrentam diariamente quando o assunto é finanças. Por muitas vezes associadas a gastos desenfreados, especialmente com futilidade, criou-se uma imagem de que a figura feminina não tem familiaridade com controle financeiro. De acordo com um estudo realizado pela N26, conta digital da nova geração de fintechs que se propõem a ajudar a cuidar do dinheiro, as mulheres têm mais controle financeiro do que os homens, poupando 30% mais. Esse dado vem de uma análise do Spaces, ferramenta da Fincare N26 que divide espaços dentro da conta para organizar o dinheiro e deixar rendendo.  

Buscando entender como funciona a relação com o dinheiro entre homens e mulheres, a N26 fez uma análise dos nomes de mais de 60 mil spaces já criados pelos seus clientes, entendendo as áreas da vida mais importantes para seus clientes. A categoria Poupança, que inclui spaces com nomes como "porquinho" e "reserva", é a mais representativa no geral. Os spaces destinados para essa finalidade foram 24,3% dos criados até agora pelos homens, enquanto que pelas mulheres esse número é de 20%. No entanto, quando as mulheres se propõem a economizar dinheiro, elas guardam uma média de R$815, valor 30% maior que os R$563 dos homens. 

Dentro da plataforma, o motivo principal pelo qual as mulheres decidem juntar dinheiro é viajar: uma em cada quatro mulheres que criou um space pretende viajar, uma taxa 25% maior que a dos homens. 

Percebe-se ainda que as mulheres têm, ou buscam uma relação mais organizada com o dinheiro, já que elas usam em média 11% mais o Spaces do que os homens. Vale lembrar que os spaces funcionam como subcontas, podendo ser criados para qualquer objetivo, ajudando clientes a separarem o seu dinheiro dentro da sua conta.  

Por ser uma ferramenta prática, simples de usar e movimentar o dinheiro no dia a dia - é possível transferir dinheiro entre os spaces instantaneamente apenas segurando e arrastando o dedo entre eles, por exemplo - o Spaces acaba representando as prioridades de cada pessoa.  

O Spaces tem rendimento automático e não tem cobrança de IOF. Basta enviar o dinheiro que já passa a render a partir de 100% do CDI em todos os dias úteis. Os clientes recebem o retorno do seu dinheiro guardado de acordo com a taxa, o valor que têm guardado e também podem ganhar bônus nesse rendimento com o Modo N, benefício da N26 que dá bônus de +1% do CDI no Spaces a cada R$100 pagos na fatura do cartão de crédito.

Historicamente, a relação com dinheiro era ligada exclusivamente aos homens, que eram os únicos provedores e gestores do dinheiro da família. O Código Civil de 1916 inclusive impedia mulheres casadas de abrir conta em banco, ter estabelecimento comercial ou mesmo viajar sem a autorização dos maridos. As mulheres só começaram a ter a possibilidade de ter uma conta bancária nos anos 60, através do Estatuto das Mulheres Casadas, ao abolir essas proibições. Esses novos dados mostram que essa história felizmente está cada dia mais no passado.


Veja as categorias dos spaces mais criados pelas Mulheres

·         Viagem: 25,3%

·         Poupança: 20,1%

·         Despesas: 11,4%

·         Moradia: 8,1%

 

N26

quero.n26brasil.com



Famílias de estudantes de escolas públicas consideram educação a prioridade para os novos governos, à frente de saúde e segurança, mostra Datafolha

 

  • Para pais e responsáveis, os focos das políticas de educação devem ser a formação de professores, a oferta de tecnologia e os programas de reforço escolar;
  • Pesquisa avalia o primeiro ano de retorno presencial das aulas na visão das famílias e foi encomendada por Fundação Lemann, Itaú Social e BID;
  • Segundo pais e responsáveis, 40% dos alunos de escolas públicas estão com dificuldades de avançar no processo de alfabetização;
  • Escolas oferecem mais reforço escolar e apoio psicológico aos estudantes do que no início da pandemia, mas persistem as desigualdades regional e socioeconômica

 

Educação precisa ser prioridade dos novos governos, segundo 78% de pais e responsáveis por estudantes de escolas públicas. O tema ficou à frente de saúde (66%) e segurança pública (21%). É o que mostra a décima edição da pesquisa “Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada ao Datafolha por Fundação Lemann, Itaú Social e BID, com apoio da Rede Conhecimento Social. Realizada em dezembro de 2022 com 1.323 responsáveis por 1.863 estudantes de todas as regiões do país, a pesquisa busca retratar a visão das famílias sobre o primeiro ano de retorno presencial das aulas após a pandemia da Covid 19.

Para melhorar a educação, os entrevistados destacaram que os novos governos devem garantir maior oferta de formação de professores, a ampliação do uso de tecnologia nas escolas e a promoção de programas de reforço e recuperação de estudantes, igualmente com 21% cada.

A pesquisa também evidencia amplas desigualdades regionais e de renda nas necessidades dos familiares. Por exemplo, a ampliação do uso das tecnologias nas escolas é uma demanda mais presente para os responsáveis por estudantes das regiões Norte (28%), Centro-Oeste (23%) e Nordeste (22%) se comparado às regiões Sudeste e Sul (ambas com 18%). Escolas de índices socioeconômicos mais baixos também aparecem na frente com essa demanda (25%).

Esse dado reforça os resultados de um Estudo da MegaEdu, lançado em abril de 2022, que apontou que o problema de conectividade nas escolas é mais evidente no Norte, onde apenas 63% das unidades de ensino são cobertas com internet, contra 94% tanto no Sudeste quanto no Sul.

 

DESAFIOS NA ALFABETIZAÇÃO E NO ENSINO FUNDAMENTAL II

De acordo com os responsáveis ouvidos pelo Datafolha, 6% dos estudantes não estão avançando e 34% estão avançando com dificuldades no processo de alfabetização, somando 40% de estudantes com algum desafio neste processo. Em maio de 2022, esse número era de 45%, e, embora esteja um pouco menor agora, ainda apresenta imenso desafio para o país.

Também neste caso persistem as desigualdades de renda: em escolas de menor nível socioeconômico, o número de estudantes com problemas no processo de alfabetização chega a 50% (14% não estão avançando no processo e 36% estão avançando com dificuldades).

“É preocupante a percepção continuada das famílias, reforçada novamente nesta pesquisa, de que suas crianças não estão aprendendo a ler e a escrever como deveriam. Esse resultado deve servir de alerta para a importância da colaboração entre gestores de diferentes níveis de governo para endereçar esse desafio”, comenta Daniel De Bonis, diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann.

Segundo os pais, 10% dos estudantes de alfabetização estão em nível muito abaixo do esperado em leitura e escrita. Esse número chega a 24% em escolas mais pobres. A boa notícia para os menores é que as avaliações para conhecer as dificuldades dos alunos acontecem principalmente na fase de alfabetização (73%) – contra 58% no Ensino Médio.

Já nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), o desafio parece ser a ausência de avaliação: 35% dos pais e responsáveis acreditam que o principal problema da escola em relação às perdas de aprendizagem pela Covid-19 ocorre porque a escola não está fazendo o suficiente para avaliar a perda de aprendizado e identificar áreas que os adolescentes precisam de apoio. Ilustra este cenário de ausência de avaliações o fato dos responsáveis acreditarem que os professores conhecem pouco a respeito das dificuldades de aprendizado de quase metade dos alunos (46%), além de perceberem que para 49% dos estudantes há pouco apoio individualizado para aqueles que não estão conseguindo acompanhar as aulas nessa etapa escolar.

 

REFORÇO ESCOLAR E APOIO PSICOLÓGICO

Segundo as famílias, metade dos estudantes (50%) tiveram oferta de reforço escolar pelas escolas, o maior índice desde maio de 2021 (29%). Essa proporção era de 43% no mesmo período do ano anterior, segundo a série Datafolha. Apesar do aumento progressivo desde o início da pandemia, a proporção de estudantes matriculados em escolas que oferecem reforço escolar revela desigualdades, inclusive entre os ciclos da educação básica: estudantes dos anos iniciais têm maior oferta (56%) do que estudantes dos anos finais (48%), de acordo com  a pesquisa. As diferenças regionais também são alarmantes, já que alunos da região Sul (65%) têm maior oferta do que aqueles da região Norte (35%) e Nordeste (41%).

A despeito de terem o menor índice de oferta de aulas de reforço, os estudantes do Norte são os que mais frequentam esse tipo de programa. O Datafolha revela que 6 em cada 10 (61%) estudantes que possuem oportunidade de reforço escolar participam da ação na região Norte, número muito superior ao da região Sul (35%). A média do Brasil fica em 42% de participação dos estudantes.

Com relação ao apoio psicológico, atualmente, 44% dos estudantes estudam em escolas que oferecem esse tipo de ação – em setembro de 2021, o índice era de 36%. Entre os estudantes que participaram do apoio psicológico (23%), a percepção é de que eles se sentem mais integrados (98%),  mais felizes no dia-a-dia (97%) e mais envolvidos  com a escola (96%). A oferta de apoio psicológico aos alunos é maior nas regiões Sul (56%) e Centro-oeste (52%), contra 40% na região Norte e 41% nas regiões Nordeste e Sudeste.

Segundo os responsáveis, 14% dos estudantes realizam ações de apoio psicológico fora da escola. Além disso, 65% dos responsáveis indicam que estudantes não atendidos por apoio psicológico fora da escola gostariam que estes contassem com o serviço.

Esse é um tema que merece atenção dos gestores públicos também: entre maio e dezembro de 2022, passou de 33% para 40% o índice de estudantes que, na visão de seus responsáveis, estão precisando de apoio psicológico; e de 34% para 38% a proporção de estudantes com dificuldades para controlar suas emoções, como raiva e frustração. Mais de 60% dos responsáveis acreditam que o principal problema da escola em relação a forma de lidar com as questões de saúde mental dos estudantes é a falta de profissionais qualificados.

“A retomada das aulas presenciais nas redes de ensino foi um marco na vida de crianças e jovens em idade escolar após o período mais crítico da pandemia. Agora, é preciso ter um olhar atento e propor ações ágeis e eficientes para mitigar o alto índice de evasão escolar, a defasagem na aprendizagem e os desafios relacionados à saúde mental que atingem nossos estudantes. Importa ainda que isso seja feito em todo o território nacional, com ações estruturadas de forma conjunta, garantindo a equidade e qualidade, requisitos básicos para a efetivação do direito à educação”, enfatiza Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social.

 

A PESQUISA

A décima edição da pesquisa “Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada ao Datafolha por Itaú Social, Fundação Lemann e BID, com apoio da Rede Conhecimento Social, procura avaliar o primeiro ano de retorno presencial após a pandemia. Realizada em dezembro de 2022, o levantamento também busca elucidar as expectativas para o futuro dos estudantes. Foram entrevistados 1.323 responsáveis por 1.863 estudantes matriculados em escolas públicas entre 6 e 18 anos.

 

MULHER

 

Estudo da Unifesp revela penalidade pela maternidade no mercado de trabalho brasileiro

Ao contrário do que ocorre com as mulheres que se tornaram mães, o nascimento do primeiro filho não apresenta nenhum efeito sobre a condição ou posição na ocupação dos homens no mercado de trabalho

 

A existência de uma penalidade às mulheres que se tornam mães é uma realidade em diversos países. A penalidade pela maternidade corresponde aos diferenciais salariais entre mulheres que compartilham características pessoais e profissionais semelhantes, mas que diferem apenas pela presença ou ausência de um filho. 

Esses diferenciais ocorrem, sobretudo, após o nascimento do primeiro filho, um período no qual as mulheres começam a ficar para trás em termos de condição ou posição ocupacional devido à flexibilidade requerida para lidar com a dupla jornada de responsabilidades. 

Com base nisso, foi defendida em junho de 2022 uma dissertação de mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o objetivo de verificar se as mulheres brasileiras sofrem uma penalidade em termos de condição e posição de ocupação no mercado de trabalho brasileiro após o nascimento do primeiro filho por meio dos microdados da PNAD Contínua (PNADC/IBGE) entre os anos de 2012 e 2019. 

O estudo, de autoria de Isabela Fernandes Matos Lima, foi realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (EPPEN), campus Osasco da Unifesp. 

Os resultados mostram que a probabilidade estimada da inatividade das mulheres mães de um bebê varia entre 1,87 e 2,87 vezes a probabilidade de estar ocupada no setor formal, a depender da amostra e modelagem utilizada. Os resultados também indicam que essa penalidade já é observada no curto prazo. “A proporção de mulheres inativas atinge maiores níveis imediatamente após o nascimento do primeiro filho”, explica Isabela. 

A pesquisadora revela ainda que, no que tange à posição ocupacional, encontra-se uma diminuição grande na proporção de ocupadas no setor formal logo após o evento. “Ao contrário do que ocorre com as mulheres que se tornaram mães, o nascimento do primeiro filho não apresenta nenhum efeito sobre a condição ou posição na ocupação dos homens no mercado de trabalho”, compara Isabela.

Na pesquisa, para analisar o impacto de ser mãe sobre as probabilidades de desocupação, inatividade e ocupação na informalidade, foram adotados modelos logit multinomial e logit binário com efeitos fixos. Para verificar se a penalidade pela maternidade era de curto prazo foi adotado o método de Diferença em Diferenças (DiD). A dissertação de mestrado foi orientada por Daniela Verzola Vaz, professora do Departamento de Ciências Econômicas da EPPEN/Unifesp. 

Para a orientadora, o estudo mostra “como a divisão sexual do trabalho, que atribui às mulheres a responsabilidade principal pelo cuidado com a família e a casa, molda a inserção feminina no mercado de trabalho".


Apenas 8% dos direitos autorais de música foram destinados às mulheres em 2022, aponta Ecad

Instituição apresenta edição anual do relatório “O que o Brasil ouve – Mulheres na Música" sobre participação feminina na indústria musical 

 

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) acabou de lançar a terceira edição do relatório “O que o Brasil ouve – Mulheres na Música”. Produzido anualmente, o estudo apresenta um panorama sobre a participação feminina no mercado musical no país no ano anterior. O novo levantamento aponta que, em 2022, as mulheres receberam apenas 8% dos valores em direitos autorais destinados a pessoas físicas.

Apesar de um aumento de 45% em comparação ao montante distribuído para elas em 2021, os números proporcionais mostram que o caminho ainda é longo para a igualdade e equidade de gênero na música. Do total de R$ 1,2 bilhão distribuídos pelo Ecad em 2022, o valor de R$ 730 milhões foi repassado para pessoas físicas, como compositoras, intérpretes e musicistas, enquanto o restante foi destinado a pessoas jurídicas. As mulheres receberam aproximadamente R$ 58 milhões, considerando o valor destinado a pessoas físicas.

“Essa terceira edição do relatório é a nossa contribuição para a indústria da música no Brasil, a partir de uma reflexão sobre o papel da mulher no cenário artístico musical. Os números não são favoráveis às mulheres, mas acredito que mostrar a realidade ajuda a definir o posicionamento que todas devemos assumir no nosso dia a dia para equilibramos esse quadro. Nosso trabalho também busca levar essa questão para o mercado. No Ecad, atualmente, o nosso quadro de colaboradores conta com 50% de mulheres e elas ocupam 44% dos cargos de liderança”, afirma Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.

A presença de mulheres no ranking dos 100 autores com maior rendimento em direitos autorais em 2022 não mostrou variação em relação a 2021: a representatividade feminina foi novamente de apenas 4% do total de titulares contemplados.

Outro indicador que também não teve variação em relação ao ano anterior foi a quantidade de beneficiados com rendimentos em direitos autorais. Em 2022, o Ecad contemplou mais de 316 mil compositores, músicos, intérpretes, produtores fonográficos e editores. Desse total, 250 mil titulares de música foram identificados como pessoas físicas e deste, apenas 10% eram mulheres. Esse foi o mesmo percentual de mulheres beneficiadas em 2021.

Já em relação aos novos titulares, nacionais e estrangeiros, que se filiaram a uma das sete associações de música da gestão coletiva no ano passado, foi possível verificar o crescimento feminino. Mais de 36 mil mulheres foram cadastradas no banco de dados, o que representa cerca de 15% do total de novos cadastros. Em comparação a 2021, houve um aumento de 8% de titulares do gênero feminino.

Atualmente o banco de dados da gestão coletiva conta com mais de 4 milhões de titulares cadastrados como pessoas físicas e as mulheres representam 10%, ou seja, 400 mil. Cerca de 95% delas estão filiadas como autoras. É importante destacar que o cadastro pode ser feito em mais de uma categoria, além de autora, como intérprete, musicista ou produtora fonográfica.

O relatório “O que o Brasil ouve – Mulheres na Música” apresenta ainda um balanço sobre os segmentos de execução pública que mais contemplam mulheres na distribuição de direitos autorais; as categorias de titulares de música mais contempladas; diferentes rankings musicais de 2022 com mulheres entre os autores; e o estudo de músicas que levam a palavra mulheres em seu título e fazem homenagem a todas elas.

Confira o relatório completo e veja os rankings musicais neste link


Confiança do empresariado do comércio tem terceira queda consecutiva em fevereiro

Resultado é impulsionado pelo alto endividamento dos consumidores, somando a inflação e juros elevados, aponta FecomercioSP

 
Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou, ao apresentar variação negativa de 1,4% (de 114 pontos, em janeiro, para 112,3 pontos, em fevereiro). Na comparação anual, a queda foi ainda maior (-3,8%). Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentam índices negativos: - 3,2% e - 2,4% respectivamente.
 
De acordo com a Entidade, estes dados são o reflexo da queda da demanda causada pelo alto endividamento dos consumidores, somado a inflação e juros elevados – cenário que reduz o poder de compras das famílias e, consequentemente, limita a expansão dos negócios no curto prazo. Dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou queda de 1,3%. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, caiu 0,6%, ao passo que a variável do índice de investimento (IIEC) obteve baixa de 2,6%. Na base de comparação anual, o primeiro indicador avançou 0,9%, o segundo caiu 7,3% e o terceiro recuou 3,3%.


 
Expansão e investimento

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) fechou fevereiro com queda de 3,2% – de 110,9 pontos, em janeiro, para 107,3 pontos, no segundo mês do ano. Na comparação interanual, o indicador recuou 4,7%. Retrações também foram observadas nos índices que medem as expectativas para contratação de funcionários e o nível de investimento das empresas: no período, os índices negativos foram de 2,3% e 4,3%, respectivamente. Na comparação interanual, ambos os quesitos obtiveram resultados assimétricos. O primeiro apresentou queda de 9,1%, e o segundo apontou resultado positivo de 1,4%.
 
O Índice de Estoque (IE) caiu 2,4%, passando de 114,5 pontos, em janeiro, para 111,8 pontos, em fevereiro. Em comparação a fevereiro do ano passado, o indicador recuou 7%. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos seus estoques também registrou recuo de 1,4% – de 57,2%, no primeiro mês do ano, para 55,7%, em fevereiro. Aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado avançou 1%. Os que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado apontou aumento de 0,3%.
 
Ainda, a proporção dos empresários que relatam que os estoques estão adequados seguiu maior do que os que afirmam inadequação: 55,7% contra 43,9%, respectivamente.
 
De acordo com a FecomercioSP, chama a atenção o crescimento da percepção dos empresários quanto à situação dos estoques “inadequados pra cima”, situação que pode representar uma demanda mais fraca e afetar diretamente a performance das vendas.
 
Frente às incertezas na economia, o setor empresarial precisa contar com um alto nível de planejamento financeiro. Ainda segundo a Entidade, cabe às empresas estimularem a solidez e o crescimento, seja por meio da administração do fluxo de caixa, seja pela programação das finanças, seja mediante o acompanhamento de tudo o que influencia o dia a dia do negócio. O momento é de reavaliar cenários, investir na atração de novos clientes, realizar liquidações e traçar planos de resiliência, de forma a evitar o excesso de endividamento.

 
Notas metodológicas

ICEC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


  
IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.
 
IE
O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.
 


FecomercioSP


Além da tecnologia, democratizar Justiça passa por revolucionar o conteúdo

Um conteúdo jurídico mais claro e abrangente é uma ferramenta importante para combater a desigualdade social e para promover a inclusão 

 

O mundo jurídico ganha cada vez mais atenção. O que era exclusividade de bacharéis e magistrados de toga virou tema de discussões em família e das mesas de bar. As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que há um tempo passavam despercebidas, hoje ocupam manchetes e são motivo de intensos debates. 

No entanto, quem ao menos uma vez na vida se deteve para assistir a uma sessão do STF ou para ler uma petição de advogado ou uma decisão de um juiz sabe o quanto é difícil para o cidadão comum entender o que está escrito ali. Isso acontece por que, por força da tradição, os profissionais do direito costumam escrever com um vocabulário que foge do comum, utilizando conceitos de difícil compreensão para quem não é especializado na área. 

Como resultado, boa parte da população se vê excluída e não consegue acompanhar questões legais que afetam diretamente sua vida tanto do ponto de vista pessoal, como também em suas relações de negócios. Por isso, um dos grandes desafios para democratizar o acesso à Justiça passa por encontrar formas de transmitir os conteúdos jurídicos em uma linguagem mais acessível. 

Nesse sentido, novos conceitos vêm ganhando espaço nas últimas décadas. Do ponto de vista da forma, o visual law foi uma das primeiras tentativas de tornar o direito mais acessível e compreensível. Com gráficos, imagens e outros recursos visuais para representar informações complexas de maneira clara e concisa, tem colaborado para acelerar as decisões nos tribunais. Indo além, o legal design trouxe uma abordagem interdisciplinar, que recorre a técnicas de design thinking, comunicação visual e recursos de experiência do usuário para aproximar as pessoas do mundo jurídico. 

Assim, em vez de explicar em palavras como funciona a tramitação de um determinado processo, o advogado pode recorrer a esses novos recursos para ilustrar todos os passos e possíveis desfechos do processo. As ferramentas também permitem criar contratos visuais, que apresentam cláusulas com recursos gráficos voltados a facilitar o entendimento das partes e evitar mal entendidos e conflitos. 

Some-se a isso a evolução da inteligência artificial, que vem se mostrando uma grande aliada na missão de tornar a Justiça menos abstrata aos olhos do leigo. As aplicações desse tipo de tecnologia incluem a análise de grandes quantidades de dados para identificar padrões e a geração de modelos de documento, como contratos e acordos, que podem ser personalizados de acordo com as necessidades do cliente, além da automatização de tarefas repetitivas e burocráticas, como a geração de relatórios e a triagem de arquivos. 

Claro, que isso não funciona sem a inteligência humana. Uma vez que os recursos de IA geram dados e análises que facilitam a compreensão de questões jurídicas complexas, entram em cena os profissionais de direito, cuja missão será interpretar essas informações a fim de criar soluções personalizadas, que sejam eficazes e apropriadas para cada situação.

 

E o conteúdo propriamente dito? 

Contudo, ainda que as ferramentas de design e experiência do usuário desempenhem um papel fundamental de facilitar os entendimentos e simplificar os processos dentro dos tribunais, ainda é preciso avançar na missão de democratizar o acesso à Justiça fora das cortes, especialmente no que diz respeito ao relacionamento do advogado com seus clientes e também com o restante da sociedade. 

A comunicação é uma das habilidades mais importantes de nossa era, para manter conexões, na realização de negócios ou para a resolução de conflitos. Dominar a comunicação efetiva é uma habilidade valiosa. Não seria diferente no direito. 

Por isso, é urgente a necessidade de buscarmos um conceito mais amplo, que vá além dos benefícios trazidos pela tecnologia no que se refere à forma, mas que proporcione também avanços no campo do conteúdo, de modo a torná-lo mais acessível a todos aqueles que não possuem formação específica em direito.  

Não seria então a hora de se pensar em um content law – fazendo uma analogia direta à revolução proporcionada pelo visual law? Não seria o momento de tornar o direito um bem compartilhado entre advogados e seus clientes? 

Ao dispensar a necessidade de conhecimentos técnicos avançados, o content law precisa facilitar a compreensão de documentos do mundo jurídico por todos os públicos, para que clientes e a população em geral sejam cada vez mais capazes de acompanhar os processos e tomar decisões informadas, o que se reflete em uma sociedade mais transparente e democrática. 

Ao tornar o direito acessível, um conteúdo jurídico mais claro e abrangente ajuda a combater a desigualdade social e a promover a inclusão, especialmente no caso de pessoas de baixa renda ou com dificuldades de compreensão, que hoje sofrem para acompanhar todas as informações, quando envolvidas em processos complexos.  

Além de derrubar barreiras, todas essas medidas ainda dão agilidade aos processos, à medida que facilitam a compreensão dos documentos para todos os envolvidos, desde clientes até magistrados. No final das contas, é possível chegar a soluções mais rápidas e justas, além de reduzir as chances de erro por falta de um entendimento adequado do teor dos documentos. 

O mundo mudou. A missão de aproximar a Justiça de toda sociedade é urgente.  E  trabalhar com os conceitos de um content law, cujo potencial é revolucionário, não apenas contribui com a democratização do acesso à Justiça, como também deve torná-la mais transparente e eficaz, condições fundamentais para construirmos uma sociedade cada vez mais justa e igualitária.

 

Renato Cirne - sócio do Franco de Menezes Advogados


A humanidade precisa vencer o individualismo para perpetuar a existência

Em novo livro, especialista em gestão e psicanalista, Henrique Medeiros, apresenta um mundo colaborativo e transformador, onde as pessoas vivem para um propósito global


Como conduzir a humanidade para um mundo sustentável, socialmente justo e economicamente viável? O que é necessário para dar início a uma nova jornada, onde caos e ordem estejam equilibrados? As respostas para essas importantes perguntas são entregues pelo especialista em gestão e psicanalista Henrique Medeiros no livro Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo. A narrativa apresenta formas para transformar a maneira arrogante e gananciosa como a sociedade vive atualmente.

Formado em Tecnologia da Informação, com MBA em Gestão Empresarial e especialização em psicanálise clínica, o autor tem experiência em grandes corporações, onde observou e acompanhou a atuação de lideranças por mais de 25 anos. Para ele, líderes comprometidos com a vida das pessoas, capazes de convergir diferentes pensamentos em torno de objetivos comuns entre a sociedade e as instituições são fundamentais na construção das células caórdicas – sistema que imita a forma solidária como o corpo humano funciona, em que cada unidade celular distribui equitativamente as substâncias necessárias, sem deixar o organismo colapsar.

O conceito “Caórdico” foi criado pelo fundador da empresa de serviços financeiros Visa, Dee Hock, e significa que caos e ordem podem coexistir harmonicamente. No entanto, a sociedade está longe disso e o resultado, sustenta o Medeiros, é uma enorme confusão dentro das organizações. Como consultor que atua na formação de líderes, times de alto desempenho e reestruturação organizacional, ele observa uma gigantesca massa de colaboradores estressados, operando em desacordo com o que desejam, insatisfeitos com o trabalho, sem voz e muito menos poder de decisão sobre os destinos dos lugares onde estão inseridos. Em resumo, o ambiente organizacional reflete a desordem que o planeta experimenta.

“Não precisamos mais competir para continuar evoluindo. Não corremos mais de leões. Aliás, o próprio Darwin nunca disse que o mais rápido, mais forte é o que sobrevive. Sua teoria fala em organismos mais adaptados. Algo que, determinantemente, não buscamos quando continuamos insistindo em competir, uns contra os outros, mesmo sabendo que essa forma de agir só está destruindo a nossa própria casa e a nós mesmos.”

(Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo, p.39)

A obra detalha os passos para a implementação dos 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável da ONU, um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Os pilares apontados por Medeiros para a implantação desse sistema são o Querer, a Liderança, o Propósito e a Autocorreção. Este último trata da revisão permanente do propósito, planejamento e atuação da Célula.

Para o psicanalista, não há nada, senão a própria vontade, que impeça a humanidade de criar um mundo de Células Sociais Caórdicas e experimentar uma indescritível satisfação de viver um propósito maior, no qual a cooperação e transformação entre líderes e colaboradores são imperativos para que a sociedade evolua. “Somente dessa forma as pessoas terão um sentido global de existência que vença o individualismo e onde o conhecimento adquirido corresponda à prática”, pontua.

Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo trata, em essência, de um chamado para a valorização da fantástica capacidade de adaptação do ser humano. Na obra, o autor destaca o talento que as pessoas têm para criar soluções e desafia a implementação de maneiras diferentes de produzir bens e serviços de forma que beneficiem a qualidade de vida de todos – e não do capital –, garantindo a perpetuação da existência.


Ficha técnica

Título: Células Sociais Caórdicas – O caminho para um novo mundo
Autor: Henrique Medeiros
Editora:
SGuerra Design
ISBN:
978-65-5899-397-1
Formato: 14x21
Páginas:
246
Preço
: R$ 55,00
Onde encontrar:
Amazon

Sobre o autor

Henrique Medeiros é formado em TI - Tecnologia da Informação pela faculdade Pentágono, com MBA em Gestão Empresarial na FGV. É psicanalista, pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, e master coach pela SBCoaching, uma das mais renomadas empresas em formações de Coaching do mundo. É o fundador da FCVC - Fome Com a Vontade de Comer, consultoria especializada em unir pessoas e conhecimentos com foco na formação de líderes, times de alto desempenho e reestruturação organizacional.

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Com sistemas híbridos, compra e venda de veículos ficam mais personalizadas e aquecem mercado automotivo

Digitalização faz grupo de concessionárias alcançar 10 milhões de novos usuários, com 55% dos atendimentos sendo convertidos em vendas


O digital é a escolha de mais de 90% dos consumidores para pesquisar automóveis no processo de compra. O dado faz parte do relatório da GearShift TNS Kantar, que mostra: a busca por informações no ambiente on-line tem sido determinante para a tomada de decisão. Para acompanhar a mudança de comportamento do consumidor, as concessionárias estão apostando em sistemas híbridos, que têm o digital como pontapé inicial na jornada de compra. Cada vez mais, a indústria automotiva deve combinar elementos do mundo virtual com o do físico para personalizar ainda mais a relação com o cliente.

"É preciso repensar a forma como as empresas se posicionam em relação aos clientes e migrar para o on-line sem esquecer da importância do atendimento humanizado", analisa Marcos Pavesi, head comercial da Dealersites, startup que lidera a digitalização do setor automotivo no Brasil. Com o olhar voltado para o mercado, o especialista entende que uma jornada de compra enriquecedora começa com estratégias alinhadas e integração de dados. "Não basta apenas fazer bom uso dos recursos tecnológicos, tem que se preocupar também com a performance de vendas e o ranqueamento do site", explica.

A transformação digital não é apenas um diferencial competitivo, mas uma necessidade. Investir em inovação e tecnologia faz parte da estratégia de concessionárias que entendem que essa é uma escolha inteligente para alavancar os resultados. É o que acontece no Grupo Urca, que é referência no país ao utilizar o meio digital como aliado para melhorar a experiência de compra, o alcance de público e a eficiência de negociações. "Hoje, a digitalização já é natural para o consumidor, que vê a tecnologia presente em tarefas diárias e em vários segmentos do mercado. Por isso, acompanhar a trajetória do cliente, desde o primeiro contato com a empresa até a aquisição do carro, é uma receita de sucesso", reforça o gerente de CRM do Grupo Urca, Edcarlos Silva.


Conectividade gera negócios

São 15 milhões de sessões e 10 milhões de novos usuários que passaram pelo site do Grupo Urca apenas entre março e outubro de 2022. Os números são significativos, já que 73% dos agendamentos marcados pelo site foram realizados e 55% convertidos em vendas. A nova aposta segue um planejamento cuidadoso para acompanhar a sequência de bons resultados do grupo que conta com mais de 15 concessionárias em Minas Gerais e Goiás. "Mês a mês percebemos que a digitalização está trazendo resultados sólidos. Hoje, o nosso grande sucesso vem ao encontro das parcerias que estabelecemos com empresas como a Dealersites, que nos ajuda a fortalecer esse conceito de concessionária do futuro", afirma Edcarlos.

O site é a primeira impressão que o cliente tem sobre a concessionária, e precisa ser rápido, fácil de usar e apresentar informações atualizadas sobre os veículos disponíveis. Após acompanhar de perto as mudanças dentro do Grupo Urca, Marcos Pavesi percebe que a adoção de uma estratégia digital e o investimento em soluções inovadoras são pontos fundamentais para garantir a competitividade no mercado. "São grandes os desafios na busca pela consolidação da venda de automóveis por meio do digital, mas tudo é possível quando juntamos know-how de mercado combinado com as melhores ferramentas", salienta o head comercial da Dealersites.

O futuro do mercado automotivo é virtual e algumas concessionárias já estão se preparando para essa evolução. Nesse cenário, as expectativas para os próximos anos são de que a venda de veículos de forma 100% digital se torne uma rotina para consumidores e revendedores do mundo todo. No Brasil não será diferente e as concessionárias que se adaptarem a esse novo modelo de negócios mais cedo sairão na frente dos concorrentes. "Não apenas os carros precisam ser mais tecnológicos, eficientes e sustentáveis, chegou a hora do processo de venda ser digitalizado para gerar novas experiências", conclui Edcarlos.

 

Dealersites

 

 

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