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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Golpes online são cada vez mais comuns. Saiba como identificá-los!

Com a popularização de investimentos em ativos digitais, e ainda se aproveitando do desconhecimento por grande parte da população, criminosos estão cada vez mais aplicando golpes online.  

O Diretor da Easy Crypto Brasil, André Sprone, alerta que pagamentos realizados com criptomoedas, por exemplo, são muito convenientes para golpistas. “As criptomoedas oferecem uma segurança e privacidade ímpar, e criminosos se aproveitam disso para aplicar golpes. As transações são irreversíveis e, em alguns casos, muito difíceis ou até praticamente impossíveis de se rastrear”, diz ele. 

Separamos alguns dos principais tipos de golpes acontecendo atualmente e algumas dicas de como evitá-los:

 

Golpe do Romance

Os golpistas românticos usam uma conta de perfil falsa em aplicativos de namoro ou sites de mídia social. E sim, aquela foto bonita que você vê online; provavelmente não são eles.

Com esse perfil falso, esses golpistas encontram rapidamente um alvo e começam a se conectar com ele por meio de mensagens diretas. E estas são algumas de suas características típicas:

·    Eles cobrem você de elogios e dizem o quanto gostam de você.

·    Eles começam a compartilhar suas dificuldades e problemas com você e como gostariam que estivessem com você.

·    Eles pedem dinheiro para cobrir algum tipo de despesa imediata ou de emergência.

·    Em todo o relacionamento online, o golpista vai inventar desculpas sobre porque uma reunião cara a cara não pode acontecer. Dizer que o golpista é militar e está em um país diferente é uma desculpa comum.

·    A pessoa fornece detalhes inconsistentes sobre a vida dela.


Os golpistas são muito pacientes e persistentes. Aprendemos que não é incomum que as vítimas enviem dinheiro a golpistas românticos várias vezes ao longo de um período de tempo. Esse é um tipo de golpe psicológico que pode ser muito devastador para as vítimas vulneráveis.


Golpes de Investimentos e Oportunidades de Negócios

Existem empresas ou organizações que prometem que você ganhará muito dinheiro em um curto espaço de tempo se você seguir um guia específico delas. Embora a ideia de liberdade financeira seja atraente, desconfie. Esses esquemas costumam ser apoiados por um grupo ou indivíduos que afirmam ser gurus financeiros, treinadores ou mentores.

Para esses golpistas, fique atento a alegações como as listadas abaixo para ajudá-lo a identificar as empresas e pessoas a serem evitadas: 

·    Os golpistas garantem que você ganhará dinheiro. Se eles prometerem que você terá lucro, isso é uma farsa. Mesmo que haja o endosso de uma celebridade ou depoimentos. 

·    Os golpistas prometem grandes pagamentos com retornos garantidos. Ninguém pode garantir um retorno definido, digamos, o dobro do seu dinheiro. Muito menos em pouco tempo.

·    Os golpistas prometem dinheiro grátis. Eles vão prometer em moeda tradicional ou criptomoeda, mas as promessas de dinheiro grátis são sempre falsas.

·    Os golpistas fazem grandes afirmações sem detalhes ou explicações. Pessoas atentas devem querer entender exatamente como seu investimento funciona e para onde seu dinheiro está indo. E bons consultores de investimento devem compartilhar essas informações. 


“Quando algo parece bom demais para ser verdade, desconfie muito. Provavelmente é um golpe. Ninguém consegue te garantir altos retornos em investimentos legítimos”, diz Sprone. 


Marketing Multinível (MLM)

Você pode se deparar com esses golpistas entrando em contato com você por meio de canais de mídia social, ou pode até ser alguém que você realmente conhece!

Esses golpistas geralmente apresentam as seguintes características:

·    Dizem para você pagar em criptomoeda pelo direito de recrutar outras pessoas para um programa. Se você fizer isso, eles dizem, você receberá recompensas de recrutamento pagas em criptomoedas. Quanto mais você paga, mais dinheiro eles prometem que você ganhará. Mas todas essas são promessas e garantias falsas.

·    Eles dizem que podem ajudá-lo a aumentar seu dinheiro se você lhes der a criptomoeda que comprou. Às vezes, eles pedem que você deposite diretamente em sua “conta de depósito”. Mas assim que você entrar na “conta de investimento” que eles abriram, você descobrirá que não pode sacar seu dinheiro a menos que pague taxas ou que ele esteja sendo “trancado”. 

André complementa: “Antes de investir em qualquer coisa, pesquise bastante. Procure online o nome da empresa e o nome da criptomoeda em questão, junto com palavras como ‘golpe’ ou ‘reclamação’. Veja o que os outros estão dizendo”.

 

Golpes de emprego 

Esses golpistas anunciam descrições de empregos (que não existem) on-line, onde prometem um emprego (por uma taxa). Claro, a taxa é normalmente paga em criptomoeda e há 100% de chance de que eles saiam com suas criptos e suas informações pessoais.

Devo admitir que fiquei definitivamente chocado quando soube desse golpe pela primeira vez. Certifique-se de observar os sinais de alerta:

·    Você recebeu uma oferta de emprego sem precisar fazer uma entrevista, ou a entrevista consiste apenas em alguns e-mails. Uma oferta de emprego legítima geralmente exige uma entrevista e uma verificação de referências. 

·    A remuneração oferecida é superior ao usual para o tipo de trabalho oferecido. 

·    A “empresa” usa um endereço de e-mail suspeito para conduzir os negócios. Endereços como trabalhosmicrosoft@gmail.comou RecrutamentoApple@icloud.com são falsos.

·    Você é solicitado a enviar uma taxa em criptomoeda. 

·    O trabalho anunciado envolve a pessoa recebendo e / ou enviando dinheiro para outros lugares. No caso das criptos, “movimentar criptomoedas em nome dos clientes”.

O que fazer se achar que está sendo enganado?
Apesar das medidas que você tomou, pode chegar um momento em que você está comprometido.
Se você se encontrar nesta situação – ou se alguma vez tiver dúvidas, siga os procedimentos abaixo:

·    Relate o incidente às autoridades bancárias.

·    Acione o PROCON (Telefone 151).

·    Você também pode fazer um boletim de ocorrência na Polícia e alertar outros consumidores no Reclame Aqui.

Cair em um golpe é muito impactante. Mas por mais que a vítima se sinta envergonhada, é importante que ela saiba que não está sozinha. Ao ser vítima de um golpe, é importante reportar às autoridades e ajudar a evitar que mais pessoas passem por isso.

 

Especialista fala que o Marco Legal da Inteligência Artificial traz benefícios para o Brasil

Entenda os desdobramentos desta legislação para o país

 

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 21/2020 que trata do Marco Legal da Inteligência Artificial, o que significa que ele pode ser pautado para debate no plenário a qualquer momento. A regulamentação do uso da Inteligência Artificial busca balancear o incentivo à inovação e a proteção da livre concorrência para garantir direitos humanos e valores democráticos, promovendo a segurança dos agentes, privacidade e a proteção de dados.  

O Brasil não saiu à frente na corrida regulatória da IA, mas pode realizar a regulamentação à luz das experiências internacionais dos Estados Unidos e União Europeia que já passaram pelo processo. Entretanto, o Brasil está preparado para iniciar o projeto do Marco Legal? 

Segundo Marcelo Tostes, CEO e sócio fundador do escritório Marcelo Tostes Advogados ,“O Marco Legal da Inteligência Artificial definitivamente está entre os temas que já podem ser discutidos a nível legislativo no Brasil. Antes de pensar em implementar serviços, ou oferecer produtos baseados em IA, é preciso adotar uma cultura data driven, formando uma consistente infraestrutura de coleta e tratamento de dados, pois é sobre esses dados que atuarão as tecnologias cognitivas. A Lei Geral de Proteção de Dados já regulamentou a matéria e deu longo período para adequação dos procedimentos internos de agentes públicos e privados. Assim, a princípio, o Brasil estaria preparado para iniciar o debate sobre a regulação da Inteligência Artificial.”  

O projeto de Lei tem quatro bases: primeiro, conceituação dos principais termos para regulamentação e criação de categorias de agentes com atribuições e responsabilidades específicas; segundo, instituição dos fundamentos, princípios e objetivos orientadores do uso responsável da Inteligência Artificial; terceiro, direitos e deveres de todos os envolvidos; e quarto, diretrizes para atuação do poder público. O projeto também prevê a criação de dois tipos de agentes de Inteligência Artificial: de desenvolvimento e o de operação, e lhes atribui deveres e responsabilidades específicas, observadas as suas respectivas funções.  

O uso da Inteligência Artificial cresce nos negócios, segundo pesquisa da IBM-Brasil, em 2021, 40% das empresas brasileiras já tinham implantado algum projeto de IA. Tostes reforça, “Muitos agentes econômicos brasileiros já utilizam Inteligência Artificial: nas operações de back office, promovendo automatizações e simplificando o fluxos, e na interface com o consumidor, com os cada vez mais populares agentes automatizados de atendimento. As vantagens promovidas por essa tecnologia já são observadas especialmente em setores como o de serviços financeiros, produção industrial, comércio eletrônico e na área de saúde”.  

No setor jurídico reforça-se a necessidade da contínua qualificação dos profissionais do direito na área de tecnologia. Enquanto não há legislação aprovada, a melhor recomendação é tentar observar as práticas internacionais estabelecidas, em especial aquelas elencadas na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em relação à proteção de dados, a legislação proposta vem para somar à LGPD, instituindo procedimentos específicos de mitigação de riscos quando os dados são processados por tecnologias cognitivas, como a elaboração do relatório de impacto de Inteligência Artificial.  

Por fim, Marcelo Tostes ressalta: “A ideia é aplicar Inteligência Artificial para solucionar problemas que, até hoje, não puderam ser resolvidos pela mente humana”. Além disso, traz benefícios para toda população quando as soluções forem expandidas, seja por meio da iniciativa privada ou pela atuação do poder público. 


Além da ABNT: pesquisa científica começa no Ensino Básico


Divulgação/Colégio Positivo

Investimentos em pesquisa e estímulo a crianças e adolescentes são base para construção de um país de cientistas


Nem só de margem, cabeçalho, paginação e notas de rodapé vive um trabalho científico. Embora muitas vezes sejam tratadas como o todo, as temidas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são apenas uma pequena parte do que significa ser um pesquisador no Brasil. Para tanto, ensinar crianças e adolescentes a conviver desde cedo com os métodos adequados é fundamental se a intenção é construir um país que valorize cada vez mais a ciência.

De acordo com o levantamento Data Never Sleeps (Dados nunca dormem, em tradução livre), divulgado em 2020 pela Domo, especializada em computação na nuvem, um minuto na internet significa uma quantidade imensa de novas informações. Precisamente, a cada 60 segundos o Instagram recebe 347 mil novos stories, o Facebook, 147 mil novas fotos, e o WhatsApp, 41 milhões de novas mensagens. E isso falando apenas de redes sociais. O número gigantesco de informações às quais todos estão submetidos na sociedade contemporânea é humanamente impossível de processar. Como, então, saber quais delas são confiáveis na hora de selecionar argumentos para uma pesquisa?

Existe um método científico para isso. E, quanto antes os jovens forem apresentados a esse método, melhor. “Hoje, as pessoas podem buscar informações a qualquer momento e em qualquer lugar, mas, muitas vezes, os dados não são precisos ou carecem de uma referência confiável”, aponta o professor de Física e Matemática do Colégio Semeador de Foz do Iguaçu, Cristian Loch Leith Rolon. Cabe à escola, ele afirma, orientar para que os estudantes aprendam a encontrar material adequado e em fontes confiáveis. “Devemos ir muito além de apenas ensinar a apresentar um trabalho dentro das normas da ABNT. Ao fazer isso, estamos trazendo benefícios não apenas para o aluno, mas também para a ciência como um todo”.

Ensinar a pesquisar com métodos e critérios claros é uma maneira de preparar os estudantes para o futuro da ciência. O professor de Biologia do Colégio Positivo - Joinville, Ary da Silveira Mendes Junior, diz que “eles precisam aprender a trabalhar com pesquisa para entender que as informações recebidas não são apenas informações, mas fruto de muita leitura, coleta de dados e estudos. E isso demanda tempo. Também precisam compreender que o verdadeiro conhecimento é saber usá-las. O papel da pesquisa é converter informação em conhecimento e, a partir daí, saber aplicá-lo para promover uma melhoria na sociedade”.

Além de contribuir para o desenvolvimento da ciência, a pesquisa científica trabalhada desde cedo tem um peso fundamental no processo de aprendizagem dos próprios estudantes. “Tanto os pequenos quanto os grandes exercícios de pesquisa contribuem grandemente para o processo de ensino/aprendizagem de qualquer disciplina ou conteúdo. Por isso, ela não deve ser empregada somente com o objetivo de ocupar o aluno; a sua finalidade deve ter como foco o processo de formação de um sujeito crítico e que construa seu próprio percurso na construção do conhecimento”, destaca o professor de Química e Ciências do Colégio Positivo - Master, Maytson Müller.

Quem sabe pesquisar não propaga informações falsas

As notícias falsas (ou fake news, como ficaram mais conhecidas) não são um problema apenas no âmbito da política. No meio acadêmico também é preciso ter muito cuidado para não fomentar, compartilhar e, até mesmo sem ter a intenção, acabar ajudando a disseminar dados que não são reais.

Rolon diz que costuma acompanhar vídeos que jovens postam no YouTube e em outras plataformas e se assusta com o volume de conceitos equivocados apresentados nessas produções. “Durante as explicações, muitas vezes há problemas conceituais. E esses são vídeos que estão disponíveis para todo mundo, com uma linguagem interessante, feitos de aluno para aluno, mas que simplesmente não estão corretos. A partir do momento em que aprende a pesquisar e consegue encontrar soluções seguras, há muito menos risco de que o aluno se torne um propagador de informações que não têm credibilidade. Assim, rompemos um ciclo vicioso”.


Facilitar o acesso a fontes seguras é imprescindível

O pensamento crítico tem um papel fundamental nessa missão. Rolon lembra que, mais que apontar caminhos, é preciso ensinar autonomia às crianças e adolescentes. Uma autonomia que vem acompanhada da responsabilidade pelas informações que se decide utilizar em um texto.

No entanto, garantir acesso a dados qualificados depende não só de estímulo e orientação, mas também de investimentos. De acordo com a coordenadora de Pesquisa Científica e Empreendedorismo do Colégio Positivo, Irinéia Inês Scota, existem inúmeras ferramentas nacionais e internacionais que ajudam a escola a aproximar o estudante da pesquisa científica, mas demandam valores que nem sempre a instituição tem condições de disponibilizar. "Nossos alunos e professores contam com a EBSCO, uma empresa que fornece produtos e serviços para bibliotecas de todo o mundo, por meio de recursos tecnológicos. Assim, oferecemos acesso a milhares de conteúdos acadêmicos de alta qualidade, fazendo uso de bases de dados que reúnem revistas científicas em que constam artigos na íntegra e ainda um acervo virtual composto por e-books de literatura brasileira. A fonte acadêmica é atualizada semanalmente e, até o momento, oferece acesso completo para mais de 350 publicações acadêmicas científicas", explica.

Outra ferramenta digital disponível na plataforma Positivo Mais e acessível aos mais de 16 mil alunos da Educação Básica da Positivo Educacional é a Academic Search Premier, uma base de dados de pesquisa multidisciplinar que fornece periódicos aclamados, revistas e outros recursos valiosos. "Essa ferramenta de pesquisa é de grande valia para o embasamento científico no desenvolvimento de projetos de investigação para nossas feiras internas e competições acadêmicas externas", destaca Irinéia. A Academic Search Premier também dá acesso a conteúdo de vídeo da agência de notícias Associated Press. Com imagens de 1930 até o presente e atualizadas mensalmente, essa coleção de mais de 67.000 vídeos abrange uma ampla variedade de tópicos. 

 

Para 78% dos profissionais PcD, recrutadores e líderes duvidam da sua credibilidade profissional

Levantamento feito pelo InfoJobs aponta que, mesmo com apoio da legislação brasileira, empresas ainda não estão preparadas para contratar PcD


A lei nº 8.213, de julho de 1991 - que estabelece cotas para a contratação de portadores de deficiência física - e pelo decreto nº 3.298 de dezembro de 1999 - que estabelece normas para a integração dos deficientes no mercado de trabalho, não parecem ser nem o começo para que esses profissionais consigam espaço no ambiente profissional. É o que aponta o levantamento realizado pelo InfoJobs, empresa de tecnologia para recrutamento, realizada este mês com mais de 630 respondentes (84,9% PcD e 15,1% não PcD), homens e mulheres, de 17 a 60 anos.

Assim como outros grupos, a dificuldade de acesso ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência passa por diversas camadas. Para 51% dos profissionais PcD ouvidos pela pesquisa, a sua condição dificulta a busca por emprego, enquanto apenas 18% acreditam que isso não atrapalha, e outros 31% afirmam que, às vezes, pode ser um empecilho.

Ainda segundo o levantamento, 44% dos respondentes afirmam que já sofreram algum tipo de preconceito durante o processo seletivo por ser portador de deficiência. E, embora 56% neguem ter sofrido preconceito durante o recrutamento, 65% dos profissionais PcD acreditam que não possuem as mesmas oportunidades no mercado de trabalho.

Essa é a mesma percepção dos profissionais não PcD que responderam a pesquisa. Para 82,1%, de fato, as oportunidades não são igualitárias. Já com o objetivo de enfrentar esse cenário, *80% dos PcD, acreditam que os processos exclusivos para o grupo podem contribuir com o aumento da inclusão* no mercado de trabalho, reforçando a importância de políticas de inclusão mais sólidas.

O que de fato pode e deve acontecer é um movimento para que as empresas rompam com preconceitos limitantes, que excluem os profissionais PcD das atividades de trabalho. "O papel do contratante é tornar o processo cada vez mais assertivo e diverso. Mas para além disso, é preciso fazer uma análise na cultura organizacional e nos processos, para que o ambiente de trabalho seja de fato inclusivo e que o profissional se sinta parte dos negócios", explica Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs.

O levantamento também mostra que para metade dos respondentes a falta de oportunidade é o maior desafio enfrentado no ambiente corporativo. Enquanto, ausência de planos de carreira e falta de adaptação das empresas às suas necessidades aparecem empatadas em segundo lugar com 17% dos votos. Além disso, para 61% desses profissionais as empresas não estão preparadas para contratar pessoas com deficiência. Entre os motivos, 57% apontam a falta de reconhecimento do seu potencial e 22% acreditam que os preconceitos internos impedem as empresas de contratar.

Ao encontro dos pontos de atenção citados anteriormente, para 79% dos profissionais que participaram da pesquisa, os líderes duvidam da sua credibilidade no trabalho devido à sua condição PcD.

"Os empregadores precisam compreender que é preciso aprimorar pessoas, estrutura, contratos e tudo o que for necessário para que todo o time esteja em sua plenitude. Isso vai desde onde está sendo veiculada a vaga em aberto, porque ela também precisa ser plural e atender as necessidades desses grupos, e também deve se manter respeitosa e equilibrada até o final da jornada dentro da companhia", conclui Ana Paula.


6 tendências para o mercado da educação em 2022

Segundo Kleberson Massaro Rodrigues, Gerente de Educação do ISAE Escola de Negócios, o foco em relações humanas será o diferencial para as experiências de aprendizagem

 

A realidade que esperávamos no futuro já é presente em instituições de ensino de todo o país, desde a educação básica até o ensino superior: aulas mediadas por tecnologia. As atividades presenciais, que até então eram a experiência mais comum na educação, ganharam novas formas para a audiência dos alunos e para a prática educativa dos professores, transformando nossas perspectivas sobre a aprendizagem.

Segundo o relatório publicado no PAINEL TIC sobre o uso da Internet no Brasil durante a pandemia da COVID-19, os recursos utilizados para acompanhamento de aulas ou atividades remotas por estudantes com 16 anos ou mais, que frequentam escolas e universidades, foi de 71% por meio de sites, redes sociais ou plataformas de vídeo conferência, 55% por meio de aplicativos e 29% por meio impresso.

“Essa realidade em si já aponta à imperiosa tendência para a educação superior do presente e do futuro”, afirma Kleberson Massaro Rodrigues, Gerente de Educação do ISAE Escola de Negócios. “Alunos e professores, bem como toda comunidade educativa, passam e ainda passarão por diversas curvas de aprendizagem importantes e necessárias para esta realidade e que, no mínimo, desenvolverão novas habilidades para o mundo antes distante”, diz.

Confira 6 tendências da Educação Superior para os próximos anos segundo o especialista:

Ensino Híbrido: O modelo de ensino híbrido amplia o espaço de aprendizagem, que não está mais restrito às salas de aula. Além disso, as aulas remotas são capazes de desenvolver ainda mais a autonomia do aluno, sem perder o vínculo com as atividades presenciais.

Personalização da Aprendizagem: A personalização do ensino parte do princípio de que cada estudante possui diferentes necessidades de aprendizado. Dessa forma, permitir que alunos em um mesmo período possam avançar disciplinas ou estudar variados temas dependendo de seu grau de aprendizagem individual é uma forte tendência educacional.

Foco em Real Skills: No mercado futuro, hard e soft skills terão o mesmo grau de importância e necessidades frente a diversos desafios que se apresentam no cotidiano.

Formação por pequenas competências: Serão necessárias várias pequenas competências e conhecimentos para se destacar no mercado de trabalho, dada a velocidade das mudanças, a fim de gerar a empregabilidade ao longo de toda a vida. Cursos de extensão de pequena e média duração podem contribuir para este fim.

Várias chancelas em um só diploma: Os alunos poderão ter aulas com professores de várias instituições, do mundo todo, e serem certificados por elas em um mesmo curso.

Humanização: Mesmo com aulas mediadas por tecnologias e processos educacionais digitais, a qualidade das relações humanas será o diferencial para as experiências de aprendizagem. As instituições de ensino superior devem se munir desta realidade para continuarem proporcionando uma educação eficaz, independentemente da modalidade de ensino.


Novas regras do seguro do carro

Advogado especialista em direito tributário e empresarial, afirma que as medidas, embora sejam anunciadas como benéficas por facilitar o acesso a seguros, podem aumentar a judicialização de casos envolvendo seguradoras e clientes.


Contratar um seguro automotivo pode ficar mais barato a partir deste mês. Isso porque passam a valer novas regras e modalidades estabelecidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) na circular número 639, publicado em 13 de agosto no Diário Oficial da União.

O objetivo das mudanças é simplificar o processo de contratação de seguros, podendo reduzir o valor da apólice de acordo com os serviços escolhidos pelo cliente. No entanto, nem a Susep nem a Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) não estimam quanto os clientes poderão economizar.

As seguradoras têm até 180 dias para se adaptar. Para o setor, os benefícios da flexibilização são o aumento da competitividade e a possibilidade de atrair a parcela dos veículos que ainda não são segurados –atualmente, dos 49,1 milhões dos veículos com até dez anos de fabricação, apenas 33% está coberto por seguro.

Uma das principais alterações é o fato de a apólice não precisar obrigatoriamente estar no nome do proprietário do automóvel, beneficiando principalmente os motoristas de aplicativo que utilizam carros alugados ou por assinatura.

O texto também prevê a possibilidade de a pessoa contratar uma cobertura de responsabilidade civil facultativa, assistência e acidentes pessoais de passageiros, vinculadas ao motorista. Isso significa que o motorista será responsabilizado por eventuais problemas –atualmente, a responsabilidade é do dono do carro.

Antônio Carlos Morad, advogado especialista em direito tributário e empresarial, afirma que as medidas, embora sejam anunciadas como benéficas por facilitar o acesso a seguros, podem aumentar a judicialização de casos envolvendo seguradoras e clientes.

"Caiu muito a aquisição de seguros. Então, desenvolveram uma forma de diminuição de despesas e custos na contratação. A questão da cobertura pontual, se a seguradora só cobre determinada parte do carro e o indivíduo não tem dinheiro para pagar a parte afetada, ele vai para Justiça", exemplifica.

Para ele, de forma disfarçada, focando apenas na possibilidade de aumentar a concorrência no mercado de veículos, "está a chance de implementação de práticas possivelmente abusivas", diz ele.

Segundo Morad, um ponto polêmico das novas regras é a cobrança franquia, uma vez que caso o veículo sofra perda total ou seja roubado, a seguradora pode pagar o valor do carro conforme a tabela Fipe com a quantia da franquia descontada.

"A pessoa pode estar economizando R$ 500 no seguro, mas ao invés de receber R$ 50 mil [caso aconteça algo com o veículo, como perda total], pode ser que ela receba só R$ 40 mil e tenha que arcar com a diferença para comprar um carro novo", aponta Morad.


www.morad.com.br


Mulheres mudam a cara do networking


As mulheres já são maioria quando o assunto é empreendedorismo no Brasil, pelo menos em um segmento, o de iniciantes. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP, a taxa de empreendedorismo feminino entre novatos – aqueles que possuem um negócio com até 3,5 anos – é de 15,4%, enquanto a masculina é de 12,6%.

 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as empreendedoras brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia do que os homens. São 71% das mulheres que fazem uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos, quando apenas 63% dos homens usam as ferramentas. Além disso, 11% das mulheres inovam na oferta de produtos e serviços, contra 7% dos homens.

 

É sabido que uma das coisas mais importantes, e ao mesmo tempo difíceis, para quem está iniciando um empreendimento é fazer contatos, conhecer as pessoas certas, o famoso networking. E isso é mais desafiante para as mulheres, já que os grupos profissionais e de negócios ainda são espaços predominantemente masculinos, o que causa uma certa intimidação.

 

As dificuldades não param por aí, já que muitas empreendedoras são também mães e têm jornada dupla de trabalho. A falta de tempo para ir a happy hours, clubes sociais e eventos em geral soma-se à falta de abertura para a participação feminina nesses ambientes e o resultado é negativo para todo o ecossistema empreendedor.

 

Dentro deste cenário, muitos grupos de networking exclusivos para mulheres têm surgido nos últimos anos no Brasil, o que é positivo. No entanto, esta separação traz também perdas, já que quanto mais íntegro e diverso é um ambiente, maiores são as suas possibilidades de expansão. Prova disso é o BNI – Business Network International, uma rede de relacionamentos mundial, com mais de 280 mil profissionais em mais de 80 países, 

 

No Brasil, já está presente em 13 estados, são 7,8 mil membros locais, além de 213 unidades (grupos) e 461 mil referências de membros nos últimos doze meses.Sua visão é justamente em busca de construir um mundo onde a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios, nos relacionamentos e na vida. Em meio a esse cenário, o empreendedorismo feminino ganha ainda mais força. 

 

Isto porque as mulheres, seja por questões naturais ou culturais, costumam colocar a serviço do sistema características muito importantes para o desenvolvimento de negócios. Vale ressaltar sua maior habilidade para estabelecer conexões, se comunicar e criar vínculos, bem como para acolher, harmonizar conflitos e colaborar.

 

Um ambiente de networking onde há espaço para que o feminino se manifeste de maneira mais livre, como o proporcionado pelo BNI, é radicalmente transformado e gera transformações positivas em todos os seus integrantes, tornando-os mais potentes e prósperos em todos os sentidos.

 


Mara Leme Martins - PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo


5 tendências em inovação para o setor de segurança pública

A utilização de vídeos analíticos, drones e totens de segurança já acontece em algumas cidades brasileiras

 

Os brasileiros são o povo com mais alto grau de medo da violência, segundo dados do Global Peace Index (GPI) de 2021. Contudo, esse é um cenário que está prestes a mudar. Com o aumento de tecnologias, a convergência de sistemas de segurança e a popularidade da inteligência artificial, o setor público vem se tornando cada dia mais capaz de criar novas estratégias de segurança a fim de alcançar o modelo ideal de cidades inteligentes. 

O termo ‘cidades inteligentes’ é designado aos municípios que adotam soluções inovadoras de segurança para servir melhor os cidadãos, proporcionando ambientes com harmonia entre inclusão social, soluções urbanísticas, espaços compartilhados e ocupação das áreas públicas. Segundo Edison Endo, diretor da Helper Tecnologia, essas mudanças estão expandindo e remodelando o escopo da indústria, que já está atuando de forma a prover softwares mais seguros, eficientes e inteligentes. 

Confira as 5 tendência em inovação para o setor de segurança pública:

 Vídeos analíticos: Sistemas de monitoramento contínuo com vídeos analíticos capazes de realizar uma análise em tempo real do que está sendo filmando. O item é capaz de acompanhar a movimentação de um indivíduo, identificar ações bruscas, como uma ameaça com arma ou faca, e sinalizar ao policial. A partir da imagem aproximada, o responsável poderá decidir entre iniciar uma ocorrência ou descartar o aviso. 

Drones: Acompanhamento de ocorrências, mapeamento de movimentação, perseguição de suspeitos e ampla visualização de pontos estratégicos da cidade são apenas alguns dos benefícios da utilização de drones à segurança pública. Ao receber um alerta distante, o policial consegue enviar o equipamento para fazer o acompanhamento da ação sem precisar se locomover, resolvendo algumas ocorrências à distância. 

Semáforos inteligentes: Capazes de contabilizar o número de veículos que cruzam uma região em determinada hora do dia, os semáforos inteligentes permitem manter uma via aberta pelo tempo necessário para estabilizar o fluxo, evitando congestionamentos em horários de pico. Além disso, o equipamento oferece leitura de placas, controle de rotatividade e rastreamento de veículos. 

Iluminação inteligente: A iluminação inteligente é um dispositivo tecnológico criado para facilitar a realização de algumas ações remotamente, como aumentar ou diminuir a luminosidade da lâmpada quando necessário. Além disso, ela é capaz de aprender com o ambiente e entrar em modo ‘economia de energia’ nos horários com baixo – ou nenhum – fluxo de pessoas, reduzindo os custos públicos municipais. 

Totens de segurança: Com uma presença robusta e imponente, sistema de giroflex e canal de comunicação em tempo real, que permite interação entre cidadãos e responsáveis pelas forças de segurança municipais, os totens atuam como um módulo policial 24h, otimizando o policiamento ostensivo em pontos-chave da cidade. Além disso, os totens contam com um conjunto de câmeras em 360 graus para monitoramento integral e simultâneo do perímetro e podem ser programados para emitir mensagens de áudio educativas e informativas em alta potência.


Tecnologia para impulsionar o ESG?


Vivemos um momento de profundas mudanças culturais que colocam em xeque os velhos modelos de sociedade. As organizações que possuem capacidade adaptativa em resposta aos riscos ambientais e sociais estarão mais bem posicionadas para competir e prosperar do que seus pares que não têm. Já nos últimos anos, organizações de todo o mundo já encaminhavam a tendência de creditar importância cada vez maior às práticas ambientais, sociais e de governança, as chamadas práticas ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), porém a pandemia global de Covid-19 acelerou ainda mais essa tendencia, evidenciando a necessidade de se colocar a saúde e o bem-estar das pessoas, assim como a preservação do planeta, como prioridade.

Estudo realizado pela KPMG, “The new employee deal in the technology industry”, aponta que as melhores práticas ESG têm impulsionado as organizações a reavaliarem os aspectos de cidadania corporativa, bem como os esforços de inclusão e diversidade a fim de ajustar as relações com os profissionais e demais stakeholders durante a pandemia de Covid-19

O pensamento sustentável é o foco das empresas que pretendem continuar crescendo e sendo resilientes no futuro. Agir de forma sustentável, transparente, com ética e integridade deixou de ser apenas uma questão puramente de propósito. Conduzir os negócios de maneira socialmente responsável nunca foi tão importante como hoje. De acordo com dados da MSCI, fundos de investimento estão preferindo apoiar marcas com ações de ESG ativas, em relação às que ainda não têm planos de sustentabilidade, durante a pandemia de Covid-19. O relatório indica que 77% dos investidores passaram a apoiar mais as companhias com foco em sustentabilidade.

Mais do que nunca, a necessidade de se criar uma sociedade mais justa e sustentável está desafiando pessoas, empresas, governos e economias em escala global. Neste contexto, já são inúmeras as empresas que estão assumindo uma postura proativa em relação ao ESG e estas empresas têm nas tecnologias o maior aliado na promoção do desenvolvimento sustentável.

As inovações e soluções tecnológicas são fundamentais na estratificação de informações e sua transformação em dados estruturados para a tomada de decisões assertivas nos diferentes níveis de uma organização. Assim, a tecnologia é uma ferramenta imprescindível para que as organizações incorporarem nas suas estratégias e práticas de governança corporativa a adoção de práticas de ESG efetivas perante a sociedade.

Ainda assim, a consolidação de políticas sustentáveis é um processo contínuo, para o qual é fundamental que estejamos prontos a estimular as iniciativas que impulsionem os aspectos do ESG.


O aspecto Ambiental

Os critérios ambientais consideram como uma empresa atua em seu papel de administradora da natureza, como o uso de energia, práticas de reciclagem, poluição e conservação de recursos naturais. Os critérios também podem ser usados para avaliar os riscos ambientais e como a empresa gerencia isso. Uma parte importante de ser sustentável é prestar atenção ao consumo de energia e ao CO2 que está sendo emitido. 


O aspecto Social

Os critérios sociais indicam como a empresa gerencia os relacionamentos com funcionários, fornecedores, clientes e a comunidade. A exemplo, podemos indagar como a empresa contribui para a sua comunidade, ou ainda, como as condições e práticas de trabalho protegem a saúde e bem-estar dos funcionários.


O aspecto da Governança

A governança corporativa é baseada em quatro pilares fundamentais, transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa. As organizações precisam garantir que utilizam métodos de contabilidade precisos e transparentes, não se envolvem em quaisquer práticas ilegais, ou ainda, que conflitos de interesse são evitados e que não pratica atos de corrução e lavagem de dinheiro, por exemplo.

 


Leonel Nogueira - CEO da Global TI


Política econômica pode ter efeito negativo no setor de fomento comercial e encarecer o crédito


Acabamos de ter a notícia que o IPCA-15 do mês de setembro foi de 1,14% e acumula alta de 10,01% nos últimos doze meses, registrando o maior índice para Setembro desde o plano real implantado em 1994, principal conquista do país nos últimos 30 anos e que debelou a então galopante inflação brasileira. Quem já acompanhava o setor de crédito, em especial as empresas de factoring, securitizadoras e os FIDCs, lembra como era quase impossível precificar o fator de compra, afinal o ganho real é sempre estimado sobre a expectativa inflacionária. Um dos mecanismos da política monetária do Banco Central para conter a inflação tem sido aumentar a Selic, taxa básica de juros da economia. 

Se, por um lado o aumento do IPC-A tem efeitos fulminantes entre as classes menos favorecidas e, por isso, o Governo não pode perder essa guerra contra a inflação, por outro, aumentar a Selic tem efeito adverso na política fiscal e impacto imediato no custo do crédito, principalmente nos financiamentos de longo prazo, mas também entre as micro e pequenas empresas, principais tomadores de recursos junto do fomento comercial. Ao mesmo tempo, o reajuste da taxa, que já está em 6,25% e deve chegar aos 9% até o fim do ano, aumenta os rendimentos dos investidores que têm capital próprio para aplicar sem, necessariamente, alocar verbas diretamente no setor produtivo.

Todo o mercado financeiro, inclusive o fomento comercial, utiliza o chamado custo de oportunidade financeira, combinando a taxa Selic e um percentual de spread para precificar o fator de compra de recebíveis
Essa precificação tem que considerar, ainda, os custos operacionais, as estimativas de inadimplência, o lucro das empresas e os impostos que incidem sobre a atividade. Nota-se, então, que, com o aumento da Selic o fator de compra deverá subir. Mas será que isso é bom para o setor?

O que é bom para a economia é bom para as empresas que fornecem crédito para o setor produtivo, pois elas dependem do desempenho de seus clientes para gerar recebíveis e negociá-los com outras empresas em um ciclo virtuoso que gera ampliação dos negócios, emprego, renda e impostos. Mas, o aumento da Selic pode resultar em redução da atividade econômica, pois os investidores tendem a aplicar mais no mercado financeiro que no setor produtivo. Pelo mesmo motivo, no mercado de fomento comercial, podemos observar um aumento do número de players atraídos por retornos aparentemente mais altos. 

Como vemos, essa arriscada combinação tem potencial de frear a retomada da atividade econômica que está a todo vapor (no setor de fomento comercial os índices já estão até superiores ao período pré-pandemia) podendo levar o país a uma recessão e, até mesmo, a um estagflação – quando os preços não param de subir, mesmo que a economia esteja parada.

Ainda dentro desse contexto, desde o dia 20/9 está em vigor o aumento de 36% na taxa do IOF, majoração que será mantida até dezembro para custear o Auxílio Brasil e que também terá impacto no custo do crédito, prejudicando ainda mais a retomada econômica. Neste caso, pelo menos o Governo teve a sensibilidade de não aumentar o IOF para as pequenas e médias empresas enquadradas no Simples Nacional.

Toda esta conjuntura e a história nos levam a temer pelas conquistas do Plano Real, não podemos voltar à inflação estratosférica de antes de 1994, ainda mais se associada a baixa atividade econômica. Portanto, respondendo objetivamente: esse cenário não seria bom para o fomento comercial, ainda que aumente a taxa de remuneração das empresas do setor, ele pode ter impacto negativo entre nossos clientes, afugentando novos negócios ou aumentando a inadimplência. Mas acreditamos na força das instituições para a tomada de medidas que evitem esse quadro e na competência das empresas do nosso setor para manter seus negócios no que parece ser mais uma fase turbulenta de nossa
economia. 



Hamilton de Brito Jr. - presidente do SINFAC-SP (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring) e da ABRAFESC (Associação Brasileira de Factoring, Securitização e Empresas Simples de Crédito). 


Desenvolvimento urbano é mais importante que reconhecimento facial

A cada novo passo que o mercado dá, podemos perceber que a relação entre empresas e consumidores vai se aprofundando e indo muito além do capital financeiro. O capital humano vem ganhando espaço e se tornando central e, com o mercado imobiliário, isso se evidencia em ritmo acelerado.

Sustentabilidade, responsabilidade social, e inovação são exemplos de pontos cruciais na hora de fechar negócio, já que apostando em uma empresa, as pessoas passam a se sentir representadas por ela nos pontos altos e baixos.

Onde quero chegar com esse pensamento? Quando se fala em cidades inteligentes, a maioria das pessoas pensam em tecnologia, reconhecimento facial, carros elétricos e empreendimentos com moradias que custam milhares de dólares por metro quadrado.

É inegável que um projeto supertech tem o poder de melhorar a qualidade de vida, mas que tipo de impacto causamos na sociedade quando escolhemos beneficiar um grupo reduzido de pessoas baseado no seu poder de compra?

Indo na contramão dessa realidade, nasceram as cidades inteligentes inclusivas, empreendimentos construídos seguindo o conceito smart city, mas abraçando um diferencial único: a inclusão social. Derrubando muros, no sentido real e literal, já que essas cidades são abertas, com serviços e equipamentos gratuitos ou de baixo custo não somente para moradores, mas para todas as pessoas.

Ao conhecer esses projetos, é comum que surjam questionamentos acerca da viabilidade da construção e da manutenção, e o segredo é: economia de escala. Executando uma obra de grande porte, é possível economizar em insumos e reverter o capital obtido para a construção de equipamentos como playgrounds, bibliotecas, coworkings e até cinema. 

E onde entra a tecnologia nas cidades inteligentes inclusivas? Aplicativo, IoT, energia solar, muitas são as maneiras de modernizar as smart cities e até mesmo gerar renda para a manutenção dos serviços na cidade, com uma virada de chave que considero essencial, que é considerar a tecnologia um meio, não o fim. O fim é sempre o mesmo: as pessoas. 

Sempre digo que uma pessoa que pode comprar uma casa de milhões e ter uma BMW na garagem pode e deve morar ao lado de uma pessoa que precisou financiar um imóvel e se deslocar de ônibus. Uma cidade verdadeiramente inteligente acolhe pessoas de qualquer classe e proporciona uma vida de qualidade para todos.

Acredito que a inclusão social e o acesso às oportunidades mudam muito mais que vidas, transformam sociedades e mudam o mundo. Por isso, aposto com convicção que as cidades inteligentes inclusivas irão impactar muito mais do que o mercado imobiliário e serão responsáveis por um presente e um futuro mais justo para todos.

Susanna Marchionni - CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Ela tem 25 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país. Susanna é responsável pela expansão da empresa no Brasil nos próximos anos.

 

Liberdade de escolha e o novo normal: 5 hábitos que vieram para ficar

 

No último ano, vivemos mudanças bruscas de comportamento em todos os sentidos: social, profissional e mental, ao mesmo tempo em que aprendemos a adaptar a rotina com novos hábitos e abrir a mente para outras possibilidades de ações.

Nesse cenário, também tivemos que refletir sobre o fato de ficar em casa ou sermos expostos a riscos altos de contaminação, o que nos obrigou a criar prioridades, como cuidar da saúde mental e física, da alimentação e da entrega de trabalhos no prazo. 

Por outro lado, o confinamento criou laços afetivos maiores entre as famílias, já que antes passávamos boa parte do dia fora de casa e sem tempo para um convívio mais próximo. O contato com amigos também ficou mais intenso, mesmo acontecendo em frente às telas dos computadores.

Para definir esse momento de isolamento social, especialistas trouxeram o termo “novo normal”, dando a ideia de que as pessoas sempre conseguem se adaptar a todas as surpresas no meio do caminho, reforçando o conceito de que tudo é uma questão de costumes, mesmo em tempos de crise.

Percebemos que liberdade de escolha nunca fez tanto sentido, porque podemos escolher como viver e melhorar a qualidade de vida com atos simples, independentemente de estar dentro ou fora de casa.

Uma pesquisa feita pela Bain & Company, consultoria global que ajuda empresas a criarem mudanças que definem o futuro dos negócios, mostrou que existem três tendências de comportamento no “novo normal”: a migração para os serviços online, maior foco em saúde física e mental e a redefinição de valor, em que o consumidor avalia se o produto realmente vale a preço que custa.

Listo aqui 5 hábitos desenvolvidos durante a pandemia que vieram para ficar em nossa rotina:


Home office definitivo x modelo de trabalho híbrido

As medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19 fizeram as empresas adotarem o trabalho em home office. Inclusive aquelas que só conheciam a jornada presencial fizeram dessa prática uma rotina, assim como as que já trabalham remotamente em alguns dias e horários da semana.

Em pouco tempo, milhares de pessoas tiveram que adaptar um espaço em casa para cumprir o horário de trabalho e participar de reuniões online. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em novembro de 2020, o Brasil atingiu o índice de 7,3 milhões de pessoas trabalhando em esquema de home office.

Grandes corporações, como Twitter, XP Inc, Petrobras, Magazine Luiza e Via Varejo já declaram o home office definitivo. De qualquer modo, cabe a cada empresa perceber o melhor método de trabalho para seu sistema de negócio e se vale a pena manter home office, presencial ou modelo híbrido (alternando dias na empresa e em casa).


Alimentação saudável e preocupação com a imunidade

Com o isolamento social, veio também a preocupação em melhorar a qualidade da alimentação e, principalmente, a busca por alimentos que aumentam a imunidade, já que alguns deles reforçam a proteção do sistema imunológico contra diversas doenças. É importante lembrar que, antes de mudar a rotina de alimentação, sempre consulte um especialista.

Uma pesquisa desenvolvida pelo Estudo NutriNet Brasil – feita pelo Nupens Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo -, com 10 mil entrevistados, indicou que houve aumento de 40,2% para 44,6% no consumo de frutas, hortaliças e feijão durante a pandemia, mostrando que houve maior cuidado com a alimentação balanceada.


Priorização da saúde mental e bem-estar 

Como todos nós tivemos que ficar em casa, sem contato com amigos e colegas, além de ter que administrar múltiplas tarefas, como trabalhar, cuidar da casa, dos filhos e dos familiares, aumentaram os casos de ansiedade, compulsão e depressão.

Uma pesquisa recente realizada pela PoderData relatou que 38% das pessoas declaram estar em uma situação pior de saúde mental do que no início da pandemia. Segundo especialistas, cada pessoa lida com o isolamento e as mudanças causadas neste período de formas diferentes.

Segundo a OMS, o aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais pode ocorrer por diversos motivos: experiências traumáticas associadas à infecção ou à morte de pessoas próximas, o estresse causado pela mudança na rotina, por conta das consequências econômicas e pela nova rotina de trabalho.

Nesses momentos de estresse, o indicado é que as pessoas procurem por atividades prazerosas, como a prática de exercícios físicos, que libera hormônios, como dopamina, endorfina, serotonina e ocitocina, responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, garantindo qualidade de vida.


Retomada do convívio com a família

Durante a pandemia, vimos muitas pessoas se aproximarem mais da família – já que estavam vivendo na mesma casa. Essa relação mais intensa, pode ser benéfica também para estreitar os laços afetivos e para ter suporte emocional para lidar com a situação.

Dados da Escola de Educação da Universidade de Harvard (EUA) revelam que, nos últimos meses, os pais apresentaram uma maior preocupação em conhecer o universo

dos filhos. Cerca de 68% afirmam que as conversas diárias estreitaram e melhoraram o relacionamento com as crianças.


Alta dos treinos online e treinos presenciais rápidos

Assim como comércios e empresas, as academias tiveram suas portas fechadas durante a pandemia e, imediatamente, enxergaram a oportunidade de oferecer serviço de treinos online para os alunos. Uma boa saída, já que muitas pessoas manifestaram o interesse em manter os treinos em dia, mesmo em casa.

Nesse período, vimos nomes do setor fitness ganharem destaque nas redes sociais, com lives diárias e interação direta com os seguidores. Além disso, grandes grupos de academias entraram na tendência lançando plataformas exclusivas e gratuitas com aulas de diversas modalidades.

A plataforma Queima Diária, por exemplo, teve um crescimento de 130% no cadastro de alunos durante a pandemia e, hoje, conta com cerca de 375 mil associados. 

Com a reabertura das academias, muitos alunos voltaram aos treinos presenciais, mas procurando por aulas rápidas, eficazes e com resultados visíveis a curto prazo.

Sem dúvidas, esse foi um período de grandes transfomações, que tendem a se estenderem mesmo depois do fim da pandemia. O que está por vir ainda não sabemos, mas a única certeza que podemos ter é que a capacidade de mudar e se adaptar a novos cenários é intrínseca ao ser humano.

 

Francine Costanti - atua como colaboradora na área de pesquisa de mercado da TotalPass, plataforma que reúne e oferece as melhores academias do País a colaboradores de empresas parceiras, por valores especiais.

 

Solicitação do CPF pode ser feita pelos canais digitais do Poupatempo

No portal e aplicativo são mais de 150 opções de atendimento

 

Com a vacinação para jovens e adolescentes em São Paulo, muitos pais passaram a se interessar pela emissão do CPF, um dos documentos que pode ser exigido durante o ato da imunização. Por isso, o Poupatempo alerta que a inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) deve ser feita de forma online, e os canais eletrônicos do programa são opções que oferecem fácil acesso a mais esse serviço.   

Pelo portal (www.poupatempo.sp.gov.br) e aplicativo Poupatempo Digital, já são 152 opções disponibilizadas à população, entre as quais estão inscrição / solicitação, consulta de inscrição, comprovante de inscrição, alteração de dados e regularização do CPF. Pela internet, a inscrição no CPF é gratuita. O documento também é digital, podendo ser baixado ou impresso, com o mesmo valor legal da antiga versão física do CPF. 

“O atendimento feito pela internet quando e onde o usuário estiver, foi fundamental para manter os serviços públicos funcionando durante o período mais crítico da pandemia, em que o isolamento social era necessário. Essa possibilidade de resolver o que precisa em poucos cliques traz conforto, segurança e rapidez, motivos pelos quais a Prodesp pretende ampliar ainda mais as opções, chegando a 180 serviços eletrônicos ainda este ano e a mais de 240 até o fim de 2022”, afirma diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado de São Paulo que administra o programa Poupatempo -, Murilo Macedo. 

Vale lembrar que desde 2015, o CPF já é incluído automaticamente na Certidão de Nascimento da criança. Além disso, toda pessoa menor de 16 anos que compareça ao Poupatempo para fazer RG, caso ainda não possua inscrição no CPF, terá automaticamente um número criado, que será incluído em seu documento de identificação. Para isso, basta agendar data e horário para ser atendido no Poupatempo, comparecer ao posto selecionado com um dos pais ou responsável legal, com documento de identificação com foto, e apresentar a Certidão de Nascimento original e cópia. A foto é feita na hora e a primeira via do documento é gratuita. 

Além dos serviços da Receita Federal, as plataformas digitais do Poupatempo têm opções relacionadas à Sabesp, CDHU, TRE, PGE, Instituto de Identificação (IIRGD), Detran.SP, Cetesb, secretarias da Educação, Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Transportes Metropolitanos, Governo, com o Bolsa do Povo, e Saúde, como a carteira de vacinação digital da Covid-19, além de prefeituras. 

Se o serviço desejado precisar ser realizado presencialmente, como é o caso da primeira via do RG, também é pelos canais oficiais que o usuário deve agendar data e horário para comparecer a um posto do Poupatempo.

 

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