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domingo, 1 de novembro de 2020

Luto na pandemia: como diferentes culturas lidam com a morte

Tradições em colônias de imigrantes precisaram ser adaptadas com a Covid-19


“Agora, em tempos de coronavírus, a presença é limitada e muitas pessoas ficam nas ruas, entre a igreja e o cemitério, para acenar para os enlutados e assim prestar sua solidariedade”. O relato é da Roselin de Best, moradora de uma colônia holandesa em Carambeí (PR), sobre como as famílias de imigrantes precisaram adaptar suas tradições de apoio a quem perdeu amigos e parentes durante o período de pandemia. Com os cuidados de distanciamento social, a tradição fúnebre também foi afetada e a solidariedade às famílias tem sido prestada a distância.

Mesmo com as adaptações, a forma com que as pessoas lidam com a morte e o luto está muito relacionada à cultura e à tradição local. Visitas a cemitérios, flores, velas, cantigas e orações fazem parte dos costumes de muitas famílias no dia 2 de novembro. O ritual criado na Roma do século XII tem um forte significado para a Igreja Católica e seus seguidores. No Dia de Finados, amigos e familiares que morreram são homenageados em rezas e orações, um ato para interceder pelas almas que estariam no purgatório passando por um processo de purificação, segundo a fé católica cristã.

No Brasil, a morte é vista como um assunto delicado e que causa certo incômodo pelo luto e ausência de entes queridos. Mas, em regiões com forte influência da imigração, tradições relacionadas à despedida trazidas pelos primeiros imigrantes são mantidas. É o caso das colônias holandesas no Paraná, que resgatam no Brasil a forma com que os Países Baixos encaram a morte. De acordo com Roselin, a Holanda vê a morte como um fato que faz parte da vida e pelo qual todas as pessoas irão passar em um determinado momento. “A cultura holandesa encara a morte de uma maneira mais natural, não faz muito mistério. Claro que ficam tristes, de luto, mas falam mais abertamente sobre a morte. Em holandês a palavra seria ‘nuchter’, que traz um tom menos emotivo talvez”, conta Roselin.

Os próprios rituais fúnebres revelam essa naturalidade holandesa. Tradicionalmente, toda a comunidade se envolve nos preparativos do velório em solidariedade à família e unidos pela Igreja. Enquanto o Dia de Finados no Brasil tem influência da Igreja Católica, os costumes holandeses estão ligados à Igreja Reformada, seguindo a linha Calvinista. Bernardo Bouwman, morador da colônia holandesa Castrolanda, em Castro (PR), conta que a igreja tem um papel fundamental na comunidade, prestando suporte para a família e unindo voluntários.

“Quando alguém morre, o presbítero é imediatamente avisado para visitar a família e organizar tudo. O interessante é que a família não se envolve com o enterro. O presbítero reúne todos os vizinhos e separa quem vai ficar em casa cuidando da família, quem fica responsável pela alimentação e até quais serão os vizinhos que vão abrir a cova para enterrar o corpo. E toda essa união da comunidade é feita de forma voluntária para que a família não se preocupe com nada”, comenta Bernardo.

As diferenças de culturas também estão presentes na construção dos cemitérios. Com jardins amplos e uma estrutura minimalista, esses locais reforçam a naturalidade dos Países Baixos. “O cemitério da nossa Igreja IERA (Igreja Evangélica Reformada Arapoti) é diferente também por questão da tradição reformada, que é mais discreta, diferente da tradição católica, que usa túmulos mais elaborados”, comenta Janet Bosch, moradora da colônia holandesa em Arapoti (PR).

No Brasil, essas colônias mantêm viva a tradição holandesa, mas a migração pode mudar alguns costumes. Na Holanda, os corpos são velados por uma semana, enquanto no Brasil dura no máximo 36 horas. Tal diferença acontece pelo clima. O frio europeu permite a conservação dos corpos, o que é inviável no Brasil por causa do clima tropical. “A tradição de um povo é vista de muitas formas e todas elas são importantes para preservar a riqueza de uma cultura e fazer com que cada ritual siga de geração para geração”, diz o vice-presidente da Associação Cultural Brasil-Holanda, Albert Kuipers.

 



Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH)

https://www.acbh.com.br/

  

Medo do futuro?

De repente, no meio da rotina, da liberdade e do convívio social aos quais estávamos acostumados, nos deparamos com um outro mundo, em que uma crise na saúde nos afeta em todas as esferas de nossas vidas, causando medos, angústia e insegurança. O isolamento e a falta de contato nos são impostos como prevenção para evitar uma doença em meio a uma pandemia mundial. E então nos perguntamos: “E agora???”. Planos são frustrados e famílias desestabilizadas, financeira e emocionalmente. Emoções negativas como as preocupações excessivas quanto ao futuro, tomam conta de todos nós, de forma geral e sem exceções, rapidamente, nos colocando no mesmo barco.

O medo é uma emoção básica, ficar temeroso e ansioso em um momento como este, pode até nos ajudar em situações perigosas. Essa emoção é tomada como reação fisiológica e está presente como forma de aviso e proteção desde a era primitiva, porém o medo passa a ser considerado exagerado, desesperador e patológico, quando é desproporcional em relação à situação problema, interferindo na qualidade de vida, concentração, sono, desempenho diário e no equilíbrio emocional.

Pesquisas apontam que o medo, como uma emoção exagerada e limitante, pode causar desde diferentes tipos de Transtornos de Ansiedade (TA), Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) até crises de pânico e depressão. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a prevalência mundial do transtorno de ansiedade é de 3,6%, com destaque para o Brasil, em que o TA está presente em 9,3% da população, possuindo o maior número de casos entre todos os países do mundo. Mas como manter então a saúde emocional em uma situação de quarentena?

Mesmo as pessoas mais saudáveis mentalmente têm o seu emocional abalado diante de mudanças bruscas somadas ao bombardeio de notícias ruins sobre os casos. Procurar ajuda psicológica para controlar o medo e a ansiedade excessiva, se torna a escolha mais sensata para manter a saúde mental. Pensamentos de insegurança trazem muitas vezes a sensação de perda de controle, pessoas com alguma pré-disposição ou até mesmo já diagnosticadas com algum transtorno psicológico, podem ter seus sintomas agravados nesse período de distanciamento social.

Para isso, faça uso de estratégias comportamentais que ajudem no manejo do medo, como o planejamento. Diante do novo, planeje novamente sua rotina, o medo tende a se potencializar diante do desconhecido. Busque atividades que lhe deixem bem, que relaxem positivamente e utilize a tecnologia a seu favor, cuidando da exposição às informações falsas e alarmantes. Podemos usar essa emoção como nossa inimiga, mas também como aliada, como um instrumento diante de um desafio, que nos impulsiona a agir e se prevenir da maneira que podemos. O medo não vai desaparecer de nossas vidas, mesmo após a pandemia passar, muitas vezes ele vai fazer um papel necessário no dia a dia, de nos guiar e nos orientar, como uma função protetora, então não brigue com esse sentimento, mas também não deixe que ele se torne excessivo ao ponto de paralisar.

É importante acolher este sentimento, aceitar que ele está aí, identificar de onde ele vem, sua intensidade e agir para lidar melhor com ele. Quando você escolhe fazer algo em relação ao seu medo, como prevenir, tratar ou até mesmo enfrentar, você minimiza os sentimentos que ele causa, tornando-o mais funcional na sua vida, de forma que ele não atrapalhe e sim ajude. Estamos vivenciando um momento atípico sim, e indesejável, no entanto, é preciso tomar atitudes necessárias para minimizar os seus impactos na saúde da mente e se reinventar perante às dificuldades.

Em um cenário de incertezas, a única certeza que temos é a de que tudo passa.

 


Marina Stech - psicóloga (CRP 18/05593) em Cuiabá/MT. Pós-graduanda em Terapia Cognitiva, atua com a abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental e auxilia pessoas através de sua página profissional no Instagram. (Terapeuta para adolescentes, adultos e casais).

Instagram: @psicologia_sensata

E-mail: psimarinastech@gmail.com 

 

A ressignificação do luto e da morte com a pandemia de Covid-19

A pandemia de Covid-19 promoveu transformações significativas em nossas relações sociais no trabalho, na família, na escola, entre outros espaços. Seus impactos chegaram até mesmo à forma como lidamos com o luto e a perda provocada por esta grave crise. As exigências sanitárias de isolamento social e quarentena impediram que as famílias que lidaram com a morte nesse período pudessem adotar os ritos e protocolos comuns até então. A celebração de Finados em 2020 torna-se, portanto, um momento de aceitar a ressignificação desse tema para os próximos anos.

Desde a chamada Gripe Espanhola no início do século 20, o mundo não encarava uma crise sanitária tão grave e global como esta. No fim de setembro, com sete meses de pandemia, eram mais de 1 milhão de mortos em todos os continentes. Apenas no Brasil, um país que só agora registra queda no número de óbitos, foram mais de 150 mil vítimas até meados de outubro. Mais de 150 mil famílias que não puderam se despedir de seus entes queridos, uma vez que as restrições chegaram aos velórios, com horário reduzido, limitação de número de pessoas e caixão lacrado.

O luto está envolvido em uma cerimônia social de passagem e despedida. Há valor simbólico grande e aspecto psicológico fundamental para a retomada do sentido da vida e para a superação da ausência. Uma pessoa partiu, mas permanecemos solidários uns aos outros graças a esse sentimento. Contudo, como em outros momentos trágicos da história recente da civilização, essas marcas deixarão memória profunda nas narrativas sociais e familiares. Na maioria das vezes são parecidas com a sensação de que algo não foi finalizado, de certa incompletude que precisa ser satisfeita.

Isso pode ocasionar perda de sensibilidade com relação à morte e todo o simbolismo que ela traz consigo. Tal situação já estava em curso na sociedade contemporânea com a mudança de estilo de vida, mas pode ser potencializada a partir da pandemia de Covid-19. Entretanto, pode levar a um impacto inesperadamente positivo: a crença de que o ser humano é invencível e a noção de morte como algo distante da realidade de muitas pessoas (já que vivenciaram poucas experiências de luto) podem dar lugar a uma mudança no sentido que cada um dá a sua vida, graças à proximidade e à evidência da fragilidade humana.

As mudanças na forma dos velórios e enterros são os principais pontos que reforçam essa significação. Do ponto de vista antropológico e cultural, trata-se de ritualidade cheia de sentido e significado, religioso ou não, que permite a elaboração do luto de maneira mais afetiva e efetiva. Agora, com o avanço do número de mortes pela Covid-19, percebe-se uma tentativa de racionalização do processo de morte, uma cujas vítimas não puderam sequer ser vistas. É uma ressignificação em um primeiro momento, mas pode levar a um prolongamento psicológico do processo de luto.

Assunto ainda tabu na sociedade, ficou claro nos últimos meses que a morte faz parte da vida, estejamos preparados ou não. Na ausência do velório e dos demais ritos que tradicionalmente utilizamos para nossos mortos, é preciso criar outras formas de despedida coletiva que envolvam a memória da pessoa falecida e que possam amenizar esse luto que precisa ser elaborado internamente. Só assim estamos prontos para aceitar a situação e encontrar forças para seguir em frente com os desafios e perigos que surgem continuamente em nossa frente.



 Padre Sérgio Baldin Júnior - Coordenador do Curso de Filosofia e Coordenador de Missão Institucional do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL.

www.unisal.br

  

Dia de Finados: O que significa e como é celebrado em diferentes culturas?

 Para algumas nações a data remete à tristeza; para outras; alegria e orgulho à memória dos falecidos

 

A Igreja Católica celebra o 2 de novembro como o Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou Dia dos Mortos. A origem remete ao século II, quando alguns cristãos rezavam pelos falecidos e visitavam seus túmulos.

No século XIII, um decreto do abade de Cluny – que dirigia o maior mosteiro da Idade Média - determinou que os monges sob sua jurisdição lembrassem o dia dos mortos em 2 de novembro. Assim, ao longo dos séculos, o Dia de Finados entrou para o calendário civil de vários países.

Segundo a cultura de cada nação, a data ganha aspectos diferentes. “Para nós, ocidentais, representa um dia de lamentações e saudades. Porém, temos que guardar no coração as lembranças e os momentos felizes”, explica Odil Campos, médium e autor do livro A Terra e Seus Universos (ed. Flor de Lis, 216 págs.), que remete ao assunto.

Brasil

O ritual mais comum em nosso país é visitar os cemitérios, colocar velas, flores nos túmulos dos falecidos e fazer orações.

Missas também costumam ser celebradas nesses locais, mas em virtude da pandemia de Covid-19 e para evitar aglomerações, cada município adotou regras próprias. Assim, é importante verificar se haverá cerimônias nos cemitérios.

México

Esse é um dos países em que celebração deixa de lado a tristeza, é encarada de maneira alegre e festiva. As pessoas usam fantasias coloridas de caveiras, constroem altares dentro das casas e preparam as comidas e bebidas preferidas de quem já se foi.

A ideia é relembrar com orgulho a memória dos falecidos.

Espanha

Nesse país a celebração é feita em 1º de novembro. As pessoas costumam retornar para suas cidades de origem, visitar os cemitérios onde estão seus entes queridos usando roupas em tons coloridos, vibrantes e num clima mais festivo.

Flores são levadas aos túmulos à noite, junto com um doce chamado Osso dos Santos - feito de marzipã, ovos e calda de mel com água e açúcar. A iguaria é utilizada como sobremesa nessa data.

Japão

A data é lembrada em 15 de agosto e trata-se de um momento para prestar homenagens aos ancestrais. As celebrações duram três dias e incluem danças e comidas especiais.

Os japoneses também costumam retornar ao lar em que os antepassados da família viveram e limpar as lápides dos falecidos.

Guatemala

No interior desse país - que tem influência de povos indígenas - pipas gigantes são soltar ao ar, próximo aos túmulos dos mortos. Também há pratos típicos feitos somente neste dia do ano.

Índia

No período chamado Pitri Paksha – que compreende 16 dias lunares no calendário hindu – o hábito é prestar homenagem aos ancestrais, especialmente por meio de ofertas de alimentos. O culto é feito para honrar sete gerações passadas.

Austrália

“Os aborígines australianos possuem uma tradição muito interessante. Eles lamentam e choram quando a pessoa nasce, pois vem para resgatar seus carmas e cumprir seu destino. Quando a pessoa morre, eles festejam e ficam alegres, pois ela finalmente se libertou do sofrimento de se encontrar encarnada na Terra”, finaliza Campos, que também já publicou outros livros de estudos no segmento espírita e romances espiritualistas.


Editora Flor de

www.editoraflordelis.com.br

Para Odil Campos, autor do livro A Terra e Seus Universos, devemos guardar lembranças e momentos felizes dos entes que já faleceram


Imagens: Divulgação

Dez afirmações para elevar a autoestima das donas de casa

Dia 31 de outubro, além do Halloween, é comemorado o Dia da Dona de Casa. Poucas são as pessoas que valorizam quem cuida dos afazeres domésticos, um trabalho dobrado que nunca tem fim. Muitas vezes o desgaste físico e emocional é maior para essas mulheres.

Limpar tudo, esvaziar os armários, passar roupas, fazer compras e, quando se tem, cuidar dos filhos. Tarefas árduas e que na maioria das vezes não são notadas e muito menos valorizadas. Por coisa disso, a autoestima da dona de casa precisa ser trabalhada, para saber que ela importa e que esse trabalho é muito importante para a harmonia do lar e da família.

Abaixo, a escritora e filósofa, Patrícia Cândido, autora do livro Manifesto da Autoestima, da Luz da Serra Editora, traz dez afirmações para elevar a autoestima das donas de casa.

 

10 AFIRMAÇÕES PARA ELEVAR A AUTOESTIMA DA DONA DE CASA:

🖤 Tudo o que eu pego para fazer fica bem-feito, é próspero e transforma o mundo.
🖤 As pessoas se sentem bem por serem minhas amigas, elas dizem que eu as ajudo a prosperar.
🖤 Eu estou sempre bem-arrumada e bem-cuidada.
🖤 Minha postura é sempre leve, confiante e feliz!
🖤 Sou reconhecida como uma pessoa nobre, magnética, que deu certo na vida.
🖤 Tenho força e poder de realização.
🖤 Eu perdoo o meu passado e me aceito para promover as mudanças necessárias para seguir em frente.
🖤 Eu sou um ser incrível em muitos aspectos, eu me admiro.
🖤 Eu me sinto grata e autoconfiante, poderosa e próspera.
🖤 Estou bem, estamos bem, tudo em mim está bem. Eu, meu corpo e minha consciência aceitamos essa luz.
🖤 Eu mereço ser feliz, eu nasci para ser feliz, meu destino é ser feliz.

Ficha Técnica:
Título
: Manifesto da Autoestima
Subtítulo: desprograme toda a insegurança que o mundo te impõe
Autora: Patrícia Cândido
Editora: Luz da Serra Editora
ISBN: 978-65-88484-00-5
Preço: R$ 59,90
Páginas: 296
Formato: 16x23cm
Link de compra: 
Luz da Serra Editora ou Amazon


Sobre a autora: Patrícia Cândido é escritora best-seller internacional, com mais de 16 obras publicadas. Filósofa e pesquisadora na área da espiritualidade há quase 20 anos, é mentora e palestrante internacional, com mais de 120 mil alunos em seus treinamentos. CEO do Grupo Luz da Serra, a autora se orgulha muito de dizer que é cofundadora de uma empresa genuinamente espiritualista. Como conferencista, ministrou mais de 2 mil palestras e workshops presenciais, somando um público superior a 50 mil pessoas. Destaque no Canal Luz da Serra do YouTube, que conta com mais de 1,7 milhão de seguidores, ela aborda assuntos relacionados a bem-estar e espiritualidade que mudam a vida de milhares de pessoas diariamente. Patrícia é Embaixadora Mundial da Fitoenergética. Largamente reconhecida pela imprensa nacional, já colaborou com revistas como Negócios, Exame, Bons Fluidos e Glamour. Além de participar de programas como o Super Poderosas, da Band, e a Revista da Cidade, da TV Gazeta, já teve artigos publicados no Estadão, Catraca Livre e Mundo Positivo.

 

NOVEMBRO AZUL: A CONSCIENTIZAÇÃO COMEÇA POR VOCÊ

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no país, segundo o INCA


Depois de inúmeras ações para comemorar o Outubro Rosa, que chamou a atenção das mulheres para a prevenção do câncer de mama, agora é a vez dos homens se prevenirem. O Novembro Azul foi criado em prol da luta contra o câncer de próstata, para alertar a classe masculina sobre a importância de fazer o exame preventivo. Principalmente porque, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). De acordo com o Dr. Alexandre Fonseca, médico oncologista da Oncomed BH, “o aumento das taxas de incidência no país pode ser justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida”, afima.

O INCA ainda estimou em 2014 a ocorrência de 68.800 novos casos de câncer de próstata. Porém, mais alarmante ainda é a pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que entrevistou cinco mil homens em 2013, e revelou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue.

A importância de realizar o exame aumenta com o passar da idade. O câncer de próstata é o que mais acomete a terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Se não diagnosticado a tempo, alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. “Por isso, um mês dedicado a esclarecer e desmistificar essa doença é muito importante. E incitar os homens a fazerem os exames de prevenção com regularidade”, afirma o Dr. Alexandre Fonseca.

 

Ações da Oncomed BH

A Oncomed BH, clínica especializada na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, referência no estado de Minas Gerais, adere à causa do Novembro Azul e participa com iniciativas de valorização e conscientização da sociedade. Durante todo o mês, sua fachada será iluminada por refletores com a cor azul, chamando a atenção para a campanha. Várias ações internas serão conduzidas: criação do “Espaço Azul”, com o intuito de incentivar a produção de fotos para compartilhamento em redes sociais, a partir do uso da hashtag #selfieazul. A ideia é incentivar a prevenção da doença, reforçando a importância do autoexame e do diagnóstico precoce. Um folheto contendo informações sobre o câncer de próstata será distribuído na clínica, dando foco a importância da superação e informações sobre prevenção e estatísticas da doença.

            O médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Alexandre Fonseca, esclarece abaixo algumas dúvidas sobre o câncer de próstata:

 

Dúvidas básicas:

O que é o câncer de próstata?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Câncer, também conhecido como neoplasia, é uma doença na qual ocorre um crescimento exacerbado e desordenado de algumas células. No caso do câncer de próstata, essas células são originariamente da próstata, e podem invadir os tecidos e órgãos e espalhar-se para outras partes do corpo, o que denominamos metástases.

 

Como se desenvolve?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Habitualmente o câncer de próstata é uma doença indolente, de crescimento lento, acometendo, em geral, homens com idade acima de 50 anos. Embora não seja conhecida sua causa, é sabido que fatores genéticos estão envolvidos, sendo que homens com parentesco de 1° grau de neoplasia de próstata apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.

 

O que o paciente sente?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Na fase inicial, os pacientes não apresentam sintomas. Grande parte dos pacientes permanecerá assintomática ou terão sintomas urinários (dificuldade para urinar e aumento da frequência urinária), posteriormente podendo evoluir para quadro de obstrução urinária, dor no reto ou óssea, fraqueza e desânimo.

 

Como se faz o diagnóstico?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O diagnóstico de certeza é feito com a biópsia da próstata. Os pacientes que apresentarem no sangue aumento do antígeno prostático específico (PSA em inglês) e/ou alteração no toque retal são candidatos à realização de ultra-sonografia transretal com biópsia da próstata para verificar a presença da doença na próstata.

 

Como se trata?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O tratamento do câncer da próstata é multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, radioterapia, uso de hormônios ou quimioterapia. A escolha do tratamento ideal é feita dependendo do estágio da doença e das características de cada paciente.

 

Qual é o prognóstico?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O prognóstico no câncer de próstata está relacionado com o estágio da doença ao diagnóstico, o tipo de câncer (existem alguns tipos mais agressivos que outros) e o estado geral do paciente.

 

Existe maneira de fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Sim. O exame de toque retal associado ao exame de sangue (PSA) a partir dos 50 anos permite o diagnóstico precoce. Em pacientes com fatores de risco para doença, como exemplo o histórico familiar, esses exames devem se iniciar aos 45 anos. 

 

Existe cura para o câncer de próstata?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Sim, em vários casos, quando a doença é diagnosticada em fase inicial e o tratamento é adequado.

 

Deve-se operar ou não?

Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Se a neoplasia de próstata é diagnosticada em estágios iniciais, a cirurgia é uma das opções terapêuticas, assim como a radioterapia e a braquiterapia.


Trabalhar como Papai Noel pode ocasionar problemas nas costas

Além de dores e incômodos, o Bom Velhinho que descuidar da ergonomia está sujeito a desenvolver lombalgias e hérnias de disco


Ele faz a alegria da criançada e proporciona em sua figura carismática muitos sorrisos, sonhos e magia. O Papai Noel -  tradicional e querido personagem idolatrada no mundo inteiro e que teve origem como símbolo natalino na Alemanha -  também sofre com problemas e dores nas costas. O Bom Velhinho precisa se cuidar durante a rotina de trabalho que geralmente é de 30 dias seguidos, por pelo menos 6 horas diárias.

Segundo o fisioterapeuta Giuliano Martins, diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna, proprietário do ITC Vertebral Ribeirão e ITC Vertebral Curitiba e perito do trabalho, alguns grupos de pessoas que interpretam o personagem podem estar mais sujeitos a danos. ”Como a função exige pegar crianças no colo, posar para fotos, ficar sentado o dia todo e muito mais, os profissionais podem sofrer sobrecargas e desenvolverem desde lombalgias até torções de colunas e hérnias discais. Se forem obesos, o que é bem comum na hora da escolha para a representação do papel, o risco é ainda maior”, frisa.

Uma sugestão é alinhar os exercícios à ocupação. “O mais indicado é que eles pratiquem atividade física (musculação, natação ou pilates) durante o ano todo para aguentarem a maratona. Uma musculatura fortalecida faz a diferença, assim como se levantar por 10 minutos a cada uma hora sentado”, orienta Martins.

O fisioterapeuta defende ainda a prática da ergonomia correta. “É importante ficar atento ao “trono” utilizado durante o trabalho. Uma concepção saudável é que ele possa ficar com a coluna totalmente apoiada e que o material seja bem confortável. Outra dica é sempre dobrar os joelhos e contrair o abdômen ao pegar as crianças”, finaliza Martins.


 Personagem

José Franklin Winstom de Andrade, de 69 anos, incorpora a imagem de Papai Noel há 26 anos. São 6 horas diárias, das 9h às 16h, onde ele entra num mundo de magia e encantamento com as crianças e os adultos.

Winstom conta que se prepara para o período com bastante descanso e uma boa alimentação.  O Bom Velhinho afirma que faz alongamentos e mesmo assim sente dores nas costas. “São 24 dias sem folga e ainda realizo serviços de Papai Noel para algumas famílias. É uma rotina puxada. Acabo tendo muitas dores, mas vale a pena“ comenta.

 



ITC Vertebral (Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral)
Avenida Presidente Vargas, 2121 sala 2401
Edifício Times Square
Telefone (16) 3623 3248
Site :
www.itcvertebralribeirao.com.br


90% dos casos de câncer de próstata têm cura na fase inicial, orienta médico oncologista da Unifesp

  O professor da Unifesp, Ramon Andrade de Mello, ressalta a importância do diagnóstico precoce


Considerada uma doença da terceira idade, o câncer de próstata ocorre em 75% dos casos no mundo a partir de 65 anos de idade. "Entretanto, o seu rastreamento deve ser feito a partir dos 45 anos por todos os homens. Para os pacientes negros ou com histórico familiar da doença, os exames precisam ser realizados a partir dos 40 anos de idade", recomenda o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) apontam o registro de 65.840 novos casos em 2020, colocando este tumor como o segundo em mortalidade. O aumento do diagnóstico e a melhoria na qualidade dos sistemas de informação no país são fatores que contribuíram para o crescimento nas taxas de incidência no Brasil.

O oncologista explica que o exame que avalia a quantidade do antígeno prostático específico, conhecido como PSA, faz parte de uma primeira avaliação com o especialista: "O toque retal é outro procedimento, ainda muito estigmatizado pelos homens. Mas é preciso lembrar que o exame é rápido e fundamental para o diagnóstico. Ele permite que o médico perceba se há nódulos ou tecidos endurecidos".

Ramon de Mello lembra que dificuldade ou urinar mais vezes durante o dia ou à noite podem ser sintomas dessa doença: "É importante ressaltar que alguns pacientes sequer apresentam qualquer mudança na fase inicial. Por isso, a recomendação de exames periódicos como forma de prevenção".




Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).  O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).


DIA DO INVENTOR: AS CRIAÇÕES DE HENRY FORD E SEU LEGADO DE INOVAÇÃO

O Dia do Inventor é comemorado nesta quarta-feira, 4 de novembro. E se há alguém que pode receber este título na indústria automobilística, essa pessoa é Henry Ford, fundador da Ford Mortor Company.

Sua herança inventiva percorreu os 112 anos de história da marca, com a criação de carros, tecnologias e tendências revolucionárias – começando pelo lendário Modelo T e a linha de montagem, que mudaram os rumos da mobilidade e da indústria automotiva.

Relembre, então, algumas das mais curiosas inovações da Ford e de seu fundador:

 

Quadriciclo


A primeira criação de Henry Ford foi o quadriciclo, em 1896. Ele era feito com quatro rodas de bicicleta e um motor de 4 cavalos. Tinha como volante uma cana do leme, usada para manobrar o leme de um barco. A caixa de câmbio possuía apenas duas marchas para frente, sem a ré.

 

“Tin Goose”, o avião

Isso mesmo, a Ford já fabricou aviões! Apelidado de “Tin Goose”, o Ford Tri-Motor surgiu em 1925 e foi um dos primeiros aviões usados pelas linhas comerciais americanas. Combinado com a reputação da marca, aplicação de técnicas da linha de montagem e investimento na Ford Airlines, ele ainda ajudou na criação da indústria de aviões comerciais. E, para acelerar ainda mais o desenvolvimento do setor, a Ford ofereceu 35 patentes do avião livres de royalties, incluindo a sua patente para o sistema de rádio navegação.

 

Carro de Soja


Quadriciclo, avião e... carro de Soja! O Soybean Car surgiu em 1941, fruto da experiência em agricultura de Henry Ford e seu amor pelo negócio automotivo. Com a escassez de metal na época, ele criou um carro de plástico feito de soja, linhaça e outros componentes naturais. Para provar a resistência do produto, Henry fez uma demonstração batendo na carroceria com uma marreta. Além disso, o carro era quase 500 kg mais leve que os modelos tradicionais de aço.

 

“Vovô” do GPS


Em 1964, mesmo ano de lançamento do épico Mustang, a Ford mostrou o que seria uma das primeiras versões do atual GPS. Esse sistema de navegação foi apresentado com o carro-conceito Aurora e era um mapa que se ajustava automaticamente de acordo com a localização do automóvel. O GPS de veículo só surgiria quase 30 anos depois.

 

Cinto de segurança inflável



 

Inovação mundial da Ford apresentada em 2011, o cinto funciona como um airbag em caso de colisão, ampliando a área de retenção sobre o tórax do passageiro para evitar lesões e aumentar a segurança.

 



 

FORD BRASIL

http://www.ford.com.br


Instalação elétrica dos enfeites de Natal requer cuidado

 SIL orienta sobre os cuidados essenciais e quais os fios e cabos elétricos mais indicados para garantir a segurança das instalações elétricas natalinas

 

Ao mesmo tempo em que aumenta a oferta de enfeites de Natal e as casas e o comércio ficam mais bonitos e incrementados a cada ano, vão se tornando comuns as notícias de acidentes provocados pelas decorações desta época. Para que a instalação elétrica dos enfeites seja segura, alguns cuidados básicos são essenciais. 

O primeiro passo para se obter uma boa instalação elétrica natalina é com relação à qualidade dos produtos instalados. Tome o cuidado de adquirir artigos de fabricantes confiáveis, cujo nome e endereço de contato constem da embalagem, além de informações, em português, que auxiliem o consumidor na instalação e utilização do produto. 

De acordo com Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da SIL, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, “o consumidor deve adquirir somente condutores elétricos que tenham na embalagem o selo de certificação da Marca de Conformidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), uma garantia de que o mesmo foi produzido dentro das normas vigentes”. 

Para uma instalação correta e isenta de riscos é necessário também que as emendas dos condutores sejam bem feitas, o que significa que devem ser bem isoladas. “O consumidor deve adquirir fita isolante certificada pelo Inmetro e jamais utilizar fita crepe ou fita adesiva de uso geral para isolação elétrica”, alerta o executivo da SIL.      

Caso seja utilizada extensão elétrica e a conexão seja feita em ambiente externo, todas as tomadas e plugues devem ser isolados com fita isolante, para garantir que não haja penetração de água, seja pelo sereno, chuva ou até mesmo pela lavagem da área externa.

Produtos elétricos do lado externo das construções, obrigatoriamente, devem possuir o dispositivo Diferencial Residual (DR), além do disjuntor. O DR garante que caso ocorra uma fuga de corrente superior a 30 mA, a energia elétrica será desligada com o objetivo de preservar vidas, pois essa fuga de corrente pode significar uma criança recebendo essa descarga elétrica.

Atualmente, muitos produtos à venda para decoração natalina utilizam LED em vez de lâmpada, que é mais seguro, possui maior vida útil e consome menos energia elétrica.

 

O cabo adequado para cada caso

É sabido que energia elétrica e água não convivem em harmonia, portanto é necessário que “não” haja contato entre a água e o cobre dos condutores elétricos. Nestas situações, opte por um cabo que, além de isolado, também possua cobertura, conhecida como capa. Um exemplo é o Cabo Silflex PP, fabricado pela SIL. Já os Cordões Flexíveis Paralelo e Torcido, muito utilizados para ligações elétricas dos enfeites de Natal, são apenas isolados, por isso indicados apenas para ambientes internos.

Para o sistema de som, a SIL oferece o Cabo de Som Bicolor e o Cabo Cristal Polarizado. São produtos específicos para sinal de áudio e não devem ser utilizados para a transmissão de energia elétrica, pois não são submetidos aos mesmos ensaios de segurança e resistência de isolamento dos cabos de energia.

 

 


SIL Fios e Cabos Elétricos

Tels.: (11) 3377.3333 – SAC 0800 55 0008

www.sil.com.br


Utilizar 13° salário para pagar dívidas é erro capital!

Receber o dinheiro do 13° salário e utilizá-lo para pagar dívidas. Esse é o objetivo da maioria da população brasileira e, por trás dessa medida compreensível, está um grande erro, pois, ao sair imediatamente pagando o que se deve, se esquece de um princípio fundamental da educação financeira: planejamento para se atingir objetivos.

Eu sei que essa é a recomendação da maioria das pessoas e que o dinheiro extra é um grande alívio para a população, mas tratá-lo de maneira impulsiva só mostrará que não se aprendeu nada com o endividamento e que, possivelmente, se retornará a este problema em um curto período de tempo.

Então, ao receber o dinheiro, o que se deve fazer? O primeiro passo é fazer um diagnóstico de sua situação financeira. É certo que não dará para fazer isso de forma ampla, que seria anotando por um mês todos os gastos, mas dá para saber qual sua situação financeira. Se realmente for de endividamento, ainda é necessário saber se está sob controle ou se já está descontrolado, ocasionando a inadimplência.

Mas, qual a diferença? Funciona da seguinte forma: inadimplência ocorre depois que o consumidor se compromete com o pagamento de algum valor em uma data, contudo, não consegue realizar dentro do prazo. Em função disso, ocorrem cobranças, tendo até o risco de o consumidor ter seu nome em lista de devedores de alguns órgãos, como Serasa e SPC. Nesse caso, é interessante que, dentro de um planejamento, se utilize o dinheiro extra para esse pagamento.

Mas as ações vão muito além, já que a situação é muito arriscada, podendo refletir em diversos pontos do seu cotidiano, como relação familiar e profissional. Assim, é necessário fazer uma ação de guerra, repensando toda a vida financeira para não agravar cada vez mais a situação.

O inadimplente tem que tomar a ação mais difícil, que é negociar os valores com os credores. É importante ter em mente que as pessoas querem receber esse valor. A partir daí, é a hora de buscar um consenso. Nunca esquecendo que o valor definido terá que caber dentro do orçamento mensal. Fora isso, é necessário readequar o padrão de vida para que, no futuro, o problema não se repita.

Já no grupo dos endividados, também estão os inadimplentes, mas abrange um número muito maior de pessoas. Nele, ainda estão as pessoas que compram um produto e parcelam, quem financia carro ou casa, pega dinheiro emprestado e tem que pagar parcelas desse empréstimo, dentre outros. Em resumo, essas são as pessoas que já se comprometeram com um valor a ser pago.

Se estes compromissos estiverem sob controle, recomendo que o décimo terceiro seja utilizado para sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazos, no qual pode estar o de quitar as dívidas. Para quem está endividado, mas não inadimplente, a obrigação é honrar com seus compromissos e, para que isso ocorra, os valores devem estar no orçamento mensal.

Pagando tudo dentro do prazo e, se possível, adiantando o pagamento dos valores e eliminando as dívidas o mais rápido possível, essa pessoa nunca terá problema.

Sendo assim, é fundamental a educação financeira, descobrindo a maneira correta de tratar o dinheiro. Além disso, para quem já está endividado, os seguintes passos são essenciais:

  • Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir;
  • Fazer um diagnóstico financeiro, ou seja, saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais;
  • Relacionar, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo, sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;
  • Com os números em mãos, saber quanto poderá poupar por mês para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida;
  • Aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. É importante consultar um especialista;

Ter em mente que só se deve pagar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar.





Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da Abefin e autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.


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