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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Natal com pets exige cuidados especiais



Em casa que tem pet, a decoração de Natal deve ser planejada com muita cautela para evitar acidentes e imprevistos nada agradáveis. Árvores repletas de bolas coloridas, luzes piscando, estrelas cheias de pontas, velas, guirlandas e enfeites pendurados ou com movimento chamam muito a atenção de cães e gatos, por isso, na hora de decorar a casa é preciso alguns cuidados para o bem-estar do animal e, principalmente, para que a festa não acabe em uma emergência veterinária.

Curiosos, os animais de companhia adoram brincar com tudo que veem pela frente, por isso, a família precisa estar atenta. “Os acidentes mais comuns são os traumas; a ingestão acidental de corpo estranho; e choques elétricos devido a mordedura”, explica o médico-veterinário Eduardo Nelson da Silva Pacheco, membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais (CTCPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Pacheco ressalta que os felinos, por sua natureza de caçadores, são os que mais sofrem por serem atraídos pelo brilho da decoração e pelas luzes do pisca-pisca.
A médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto, presidente da Comissão Técnica do Bem-estar Animal (CTBEA) do CRMV-SP, concorda e acrescenta que o risco de incêndio e de choques elétricos causados pela curiosidade é grande e as consequências podem ser realmente graves.

“É inevitável que o gato tente escalar, porque gosta de diferentes alturas e a árvore é um atrativo”, afirma Cristiane, destacando ainda que se o animal ingerir algum item natalino pode sofrer perfuração, cortes e até obstrução intestinal.


Atenção além da árvore de Natal

E não é só a árvore de Natal que pode ser alvo da travessura dos pets. Arranjos com velas e fitas, espalhados por aparadores e mesas pela casa, e festões pendurados por toda parte podem se tornar armadilhas.

De acordo com a presidente da CTBEA, principalmente no caso do gato, a curiosidade é que vai dizer se a vela é perigosa ou não, dependendo do quanto o animal é ativo. “Conhecendo o perfil do pet, a família vai saber o que é ou não perigoso e caso ele interaja de forma muito intensa às novidades, certamente, vai precisar de mais atenção ou mesmo será necessário excluir o item da decoração”, enfatiza.

Cristiane alerta para se evitar fitas e festões pendurados em casa com felinos ou filhotes de cães, pois atraem a atenção e podem causar sufocando ou enforcamentos, devido a tendência dos animais a fazerem movimentos circulares.

Os presentes deixados embaixo da árvore, tão cobiçados pelas crianças, também podem gerar incidentes. Eduardo Nelson da Silva Pacheco recomenda evitar colocar especialmente alimentos, pois isso pode despertar a curiosidade pelo olfato levando o pet a destruir o pacote e, sendo chocolate, sofrer intoxicação.

Cristiane Schilbach Pizzutto vai além e recomenda não colocar nenhum embrulho embaixo da área. “Presentes são muito atrativos, o animal vai cheirar, pegar, rasgar, vai revirar tudo e pode até mesmo sufocar com as embalagens.”


Festa tranquila

Diante de tantos riscos que podem se esconder por trás de luzes piscantes, enfeites e pacotes coloridos, como decorar a casa para o Natal sem colocar os pets em perigo e, ao mesmo tempo, tornar o ambiente agradável para todos os membros da família?

“É possível transformar o ambiente natalino em algo enriquecedor para seu animal”, garante a médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto, presidente da CTBEA do CRMV-SP, esclarecendo que existem alguns tipos de enfeites que devem ser deixados de lado.

Em primeiro lugar, a árvore deve ser fixada em uma base forte para que não tombe quando o gato resolver escalá-la. Nada de luzes, nem bolas de vidro, estrelas e enfeites de metal pontiagudos. “O animal não vai diferenciar o que é uma árvore para ele de uma árvore para a família. As pessoas têm de entrar em um acordo, se quiserem colocar luzinhas, pode, mas só na varanda ou do lado de fora da janela, protegidas do acesso do animal”, esclarece Cristiane.

A médica-veterinária lembra, ainda, que os tutores de felinos costumam manter várias prateleiras e plataformas pela casa. Elas podem até estar decoradas com festão, desde que não pendurados, mas bem presos para o gato se esfregar, se coçar, “eles gostam bastante desse tipo de contato, de demarcar o território. Aliás, as pessoas têm de entender que, às vezes, o gato vai demarcar a árvore de Natal, isso é natural”.


Interação total

Agora, se a ideia do tutor é que seu pet realmente interaja com a árvore de Natal, ele pode criar vários atrativos como, por exemplo, esconder brinquedos ou alimentos. No caso dos cães, as bolas penduradas podem ser do tipo dispenser de ração, de modo que o animal possa tirás-la da árvore, rolar e brincar.

“É necessário que as bolas sejam seguras, rígidas, feitas de material especial. O que não pode é fazer adaptação com bolas natalinas comuns de plástico, porque uma simples mordida podem quebrá-las e causar danos ao pet”, ressalta Cristiane, lembrando que é preciso fornecer brinquedos adequados ao tamanho e à espécie do animal.

E na hora de montar a árvore, nada mais justo que os cães e gatos da casa estejam presentes e participem do momento com os tutores. “Se a família está disposta a fazer da árvore um item de enriquecimento ambiental, tudo é diversão, só tem que tomar cuidado com a forma com que o animal vai interagir para não ter acidentes”, conclui a presidente da CTBEA.

Natal com segurança
  • Não use bolas de vidro ou enfeites de metal pontiagudos;
  • Não enfeite a árvore de Natal com pisca-pisca, prefira colocar as luzes em varandas ou do lado de fora das janelas, onde os pets não tenham acesso;
  • Não deixe festões e fitas penduradas ao alcance de gatos e cães filhotes;
  • Evite enfeites muito pequenos, que possam ser engolidos pelos animais;
  • Certifique-se de que a árvore está bem fixada no chão e não há perigo de tombar quando o gato tentar subir;
  • Deixe o pet acompanhar a montagem da árvore, isso evita a surpresa de conhecê-la só depois de pronta, o que potencializa a curiosidade de cães e gatos.




CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 38 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

Como evitar que um cachorro seja atropelado?


Médico veterinário explica os cuidados necessários para evitar qualquer acidente


Há muitos casos de cachorros abandonados, como também há muitos tutores que deixam seus cachorros darem as famosas “voltinhas por aí”. Essa atitude implica em muitos riscos para a vida do animal, como brigas, doenças e até acidentes. A adoção de cães evita que mais animais sofram com atropelamentos que, em alguns casos, podem ser fatais.

Vai passear com o seu cachorro? Não esqueça de levar a coleira para que ele não escape. Mas, antes de soltá-lo, tenha certeza que ele não correrá para longe do seu alcance. Praticar a guarda responsável de animais pode salvar a vida do seu “aumiguinho.”

Seu cachorro é adestrado? Castrar cães é um cuidado importante, que também pode evitar o atropelamento e é a melhor escolha para quem quer garantir longevidade e qualidade de vida para seu pet. A castração do cachorro ajuda a deixá-lo mais tranquilo e reduz as chances de fuga, dentre outros benefícios que envolvem a sua saúde.

“Caso encontre um cão atropelado, ligue para uma clínica veterinária e peça ajuda para profissionais capacitados e que já estão acostumados a lidar com esse tipo de situação. Somente um veterinário poderá examinar, identificar e estabilizar a dor do cão atropelado. Quanto mais cedo ele receber o tratamento adequado, mais rápida será a recuperação!”, orienta o médico veterinário das rações Ciclos, Marcello Machado.


Incidência de animais peçonhentos aumenta no verão e requer cuidados, alerta CRMV-SP


Segundo a OMS, espécies são responsáveis pela segunda maior causa de envenenamento no Brasil


No verão, quando o clima é mais quente e úmido, a incidência de animais peçonhentos aumenta e exige mais cuidados para evitar acidentes e envenenamentos, conforme alerta o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). Por ano, a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1,8 milhão de novos casos no mundo.

As espécies que mais causam acidentes são: serpentes, escorpiões, aranhas, mariposas e suas larvas, abelhas, formigas e vespas, besouros, lacraias, peixes, águas-vivas e caravelas. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), são considerados peçonhentos os animais que possuem presas, ferrões, cerdas e espinhos capazes de envenenar as vítimas.

Para se ter uma ideia, as notificações do MS apontam que, em 2018, o estado de São Paulo registrou 44.399 acidentes, o que representa aproximadamente 41% do total da Região Sudeste, onde ocorreram 106.309 casos. No País, foram 265.546, dos quais 4.080 levaram ao óbito.

A OMS considera esse um grave problema de saúde pública, uma vez que os acidentes são a segunda maior causa de envenenamento no Brasil, atrás apenas dos provocados por medicamentos. Por isso, a organização incluiu esse tipo de ocorrência na lista das doenças tropicais negligenciadas.


Fatores naturais e os desequilíbrios

O médico-veterinário Marcello Nardi, presidente da Comissão Técnica de Médicos-veterinários de Animais Selvagens (CTMVAS) do CRMV-SP, explica porque os animais peçonhentos representam mais risco durante o verão. “O período que antecede essa estação é o da primavera, época de reprodução dos animais, que aumentam suas atividades.”

A movimentação tem relação com os fluxos da natureza. “Insetos e outros animais, para sobreviverem, migram em busca de alimentos e abrigos, favorecendo o aumento da população destes animais em locais em que eles não viveriam naturalmente, mais próximos ao homem”, diz a médica-veterinária Elma Pereira dos Santos Polegato, presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental (CTSA) do Conselho.

Elma explica que essa movimentação é impulsionada pelas mudanças climáticas. Portanto, há influência, também, dos desequilíbrios ambientais, agravados pelo aquecimento do planeta, desmatamento e queimadas.
Conhecer, preservar e prevenir

Para Marcello Nardi, cuidar do meio ambiente é a melhor forma de prevenção. “Os animais peçonhentos também possuem funções ecológicas importantes e merecem respeito. A presença destes animais próximos ao homem são, muitas vezes, consequência das condições que nós mesmos proporcionamos”, destaca o presidente da CTMVAS, que ainda frisa que as espécies são protegidas por legislações que criminalizam maus-tratos ou agressão contra os animais.

“O homem deve entender que todas as espécies são necessárias para manter a vida na planeta”, enfatiza Elma Polegato.

Confira as dicas dos presidentes das comissões do CRMV-SP para evitar acidentes:
  1. Não desmate nem provoque queimadas. O verde é fundamental para a preservação de todas as formas de vida, importantes e necessárias para o equilíbrio ambiental;
  2. Mantenha a higiene nas residências;
  3. Utilize telas nas janelas e vede os ralos, portas, frestas e buracos nas paredes, bem como em assoalhos e forros;
  4. Mantenha limpos os quintais, jardins, terrenos baldios, praças e outros espaços comuns do meio urbano. Nunca descarte lixo nesses locais;
  5. Não acumule lixo, entulhos, materiais de construção ou outros objetos que não são mais usados. Os resíduos se tornam abrigo para animais peçonhentos, pragas e insetos;
  6. Examine calçados, roupas e peças de cama e banho antes de usá-las;
  7. Use botas e luvas nas atividades rurais, de jardinagem e nos passeios em trilhas, parques ecológicos e florestas;
  8. Deixe endereço e telefone de unidades de saúde de referência no município sempre em local de fácil acesso para agilizar o atendimento em caso de acidentes;
  9. Em caso de acidente, procure imediatamente o serviço de saúde. Não faça torniquetes nem use fórmulas caseiras;
  10. Nunca deixe de informar a ocorrência a um órgão de saúde, pois os acidentes com animais peçonhentos devem ser incluídos na Lista de Notificação Compulsória do Brasil;
  11. Compartilhe essas informações com o maior número possível de pessoas.




CRMV-SP  - tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 38 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.



Univali presta atendimento a casos suspeitos de câncer de pele


Ação ocorre neste sábado (7), de forma gratuita, no Campus Itajaí

Muitas pessoas ainda se expõem ao sol de forma inadequada, aumentando o risco de câncer de pele, que responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. Em sintonia com a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) realiza neste sábado (7), das 9h às 15h, na Unidade de Saúde Familiar e Comunitária (USFC), localizada no bloco F7 do Campus Itajaí, atendimentos gratuitos à comunidade para diagnóstico do câncer de pele.
A campanha nacional mobiliza dermatologistas de todo o Brasil, em postos de saúde, hospitais e universidades, com a realização de consultas simultâneas e atividades de educação em saúde. Na Univali, médicos dermatologistas que atuam como docentes da Universidade, acompanhados de alunos do curso de Medicina, bolsistas do curso de Enfermagem e equipe da USFC, realizarão exames preventivos e encaminhamento às pessoas com lesões suspeitas para tratamento.
A ação é alusiva ao movimento “Dezembro Laranja", mês de combate ao câncer da pele que visa disseminar o maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução dos casos da doença. A prevenção também está em foco na campanha, que reforça a importância do uso do protetor solar durante todos os dias do ano, independente da estação.

Câncer de pele
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

Sintomas
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas: lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Além de todos esses sinais e sintomas, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Isso pode incluir nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.



Mais informações: (47)3341-7788, Unidade de Saúde Familiar e Comunitária da Univali.

Brasil participa da campanha mundial pela universalização do acesso a serviços de saúde


FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) se une ao movimento UHC2030, uma coalizão global com mais de mil instituições em mais de 120 países, em campanha pela Cobertura Universal de Saúde


Atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para transformar o mundo, todos os Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) – incluindo o Brasil, no dia 23 de setembro, concordaram com uma Declaração Política sobre o avanço para a promoção de uma Cobertura Universal de Saúde. Com o tema “Mantenham a Promessa”, o movimento Universal Health Coverage (UHC) lança campanha para pedir aos líderes mundiais que não deixem ninguém para trás e que fortaleçam os sistemas de saúde para que sejam mais fortes e equitativos.

Dia 12 de dezembro, UHC Day (sigla em inglês para Dia da Cobertura Universal em Saúde) é a data para mobilização mundial por medidas que garantam a assistência médica a toda a população sem lhes gerar impactos financeiros. O projeto defende que, até 2030, todas as pessoas tenham acesso a serviços de saúde de qualidade sem sofrer dificuldades financeiras. No Brasil, a campanha é conduzida pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), único membro da UHC2030 no Brasil.

A edição brasileira da campanha de conscientização ocorre até 12 de dezembro e é eminentemente digital. Por meio do hotsite oficial (http://uhc.femama.org.br), redes sociais e uma rede de 71 ONGs associadas, a FEMAMA divulgará conteúdos sobre a cobertura universal em saúde, fatos sobre ela e porque é possível. Também trará o debate nas mídias sociais: como o Brasil pode melhorar a #SaúdeParaTodos?


A Cobertura Universal em Saúde no Brasil

O Brasil destaca-se positivamente no cenário global por possuir uma rede de assistência à saúde prevista em constituição sem ônus para os usuários. Contudo, a FEMAMA discute o desafio do Brasil na melhora da gestão de recursos e políticas públicas, bem como ampliação da qualidade dos serviços realizados. É urgente repensar no aumento do aporte de recursos financeiros e de pessoal do SUS. Anualmente, cerca de 200 mil pessoas morrem, no país, em decorrência de atendimento da baixa qualidade e falta de acesso a serviços de saúde. Os dados são oriundos de pesquisa da Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade – projeto do jornal científico The Lancet, patrocinado pela Fundação Bill Melinda Gates.

De acordo com a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi, após 30 anos de implantação do SUS, o país ainda encontra-se aquém de conseguir prover um atendimento sistemático e de qualidade que cubra toda a cadeia de atenção à saúde. As doenças crônicas não comunicáveis exigem do sistema de saúde uma gestão mais completa e que cuide do paciente a longo prazo. A porta de entrada do usuário do SUS, rede de atenção primária, precisa urgentemente ser fortalecida com mais profissionais de saúde treinados e com condições de fazer o diagnóstico diferencial de sinais e sintomas que mereçam um atendimento mais especializado. No caso do câncer, a demora do diagnóstico definitivo, do tratamento adequado ou mesmo de cuidados de suporte psicológico fazem com que o sofrimento e perdas de vidas só aumentem para o usuário do SUS. “Esperar por tratamentos de câncer no Brasil leva tanto tempo que muitos pacientes desistem e aceitam seu diagnóstico como destino”, afirma.

Segundo ela, as crescentes taxas de mortalidade para os tipos mais prevalentes de câncer são decorrentes de: 1. Longo tempo de espera para diagnósticos, 2. Opções limitadas de tratamento para pacientes de câncer que dependem do sistema público de saúde; 3. Falta de acesso a abordagens multidisciplinares para o tratamento do câncer; 4. Falta de programas de prevenção e rastreamento para a maioria dos cânceres.

Em todo o Brasil, 70% da população dependemexclusivamente do SUS para assistência médica, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse número aumenta para 75%, quando se refere a idosos do País, de acordo com o Ministério da Saúde. Nos últimos três anos, mais de três milhões de usuários cancelaram ou não renovaram coberturas de serviços de planos de saúde, segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).




FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

Previna-se contra a osteoporose na menopausa



Se você tem tido fraturas com muita facilidade, fique atento: pode ser um indício de osteoporose. Segundo estimativa da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a doença acomete mais de 10 milhões de brasileiros. As projeções da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) revelam que o número anual de fraturas de quadril, relacionadas à osteoporose, (atualmente, 121.700 fraturas por ano) deverá atingir 140 mil pessoas, até 2020.

A doença causa a diminuição da massa óssea, resultando em ossos frágeis e porosos. O curioso é que a osteoporose não causa dor, ou seja, muitas pessoas só a descobrem quando há alguma fratura. Quem está mais propício ao problema é a mulher (apesar de que alguns homens também podem ser acometidos), sendo que o tipo mais comum da doença ocorre depois da menopausa, que é o último período menstrual, identificado após 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação). Acontece, em geral, entre os 45 e 55 anos.

Segundo a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa, e especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO; neste período, a queda do hormônio estrogênio leva a uma diminuição da densidade óssea (osteopenia/osteoporose), pois o estrogênio ajuda a preservar os ossos.


Mas como evitar a osteoporose?

Em primeiro lugar, de acordo com a ginecologista, conhecendo quais os fatores de risco. Dentre eles, destacam-se o tabagismo, a idade mais avançada, a dieta (alimentação rica em proteína e sal, e alimentação pobre em leite e derivados, principalmente na adolescência, quando o osso atinge o "pico de massa óssea"), baixo peso, medicações (o uso de alguns medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes, aumentam a chance de perda óssea) e doenças que interferem na absorção intestinal, como doença celíaca (intolerância ao glúten), por exemplo. Outra grande aliada da osteoporose é a falta de atividade física, incluindo exercícios aeróbicos e musculação.

“Para descobrir se você tem osteoporose é preciso fazer o exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso. O tratamento não é complicado, mas envolve uma série de cuidados como a reposição adequada dos níveis de cálcio (seja por dieta ou medicação), a reposição de vitamina D, além de medicações que vão atuar diretamente no osso, estimulando a formação óssea ou inibindo seu desgaste”, explica a Dra. Karina. Para quem faz uso de medicamentos que possam causar a osteoporose, fica o alerta: não deixe de fazer a prevenção, buscando periodicamente o acompanhamento médico. “Lembre-se de que os ossos são fundamentais para a sustentação do nosso corpo, além de servirem de proteção a muitos órgãos”.

Viajar de avião com conjuntivite exige cuidados


Médico explica que muitas vezes o paciente adquire a doença ainda durante o voo


Nesta época do ano, quem vai viajar por várias horas dentro de um avião geralmente se preocupa com as pernas e a circulação sanguínea – para evitar trombose. Mas o que muita gente desconhece é que esse ambiente é bastante nocivo para os olhos, podendo desencadear conjuntivite com certa facilidade. Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), qualquer passageiro com uma crise de conjuntivite durante um voo pode se transformar num pesadelo – tanto para ele mesmo, como para os demais.

“Em primeiro lugar, a maioria das companhias nem permite o embarque de um passageiro no auge de uma crise de conjuntivite, quando todos os sinais se evidenciam.  Mas pode acontecer de a pessoa ter contraído o vírus antes de embarcar e manifestar a doença apenas durante um voo longo. O tipo viral responde por mais de 90% dos casos e é altamente contagioso. Ainda que apenas duas ou três pessoas sentem-se perto do passageiro afetado pela doença, todos os objetos de uso comum são agentes de propagação. Sendo assim, muita gente pode apresentar um quadro de conjuntivite nos dias que seguem”, diz Neves.

O médico explica que, além do tipo viral, há outros tipos menos frequentes de conjuntivite que ainda assim incomodam bastante, como a bacteriana, a alérgica, a química e aquelas associadas a outras doenças, como as autoimunes. “O ambiente dentro de um avião pode estragar o começo e o fim das férias de qualquer um. Primeiramente, quase todo mundo vai bem apertado. Dificilmente, se uma pessoa tossir, por exemplo, quem está a seu lado não será afetado pelas gotículas espalhadas no ar. Além disso, tem a questão da pressurização e do ar-condicionado – que podem ressecar os olhos e causar irritações. Pessoas alérgicas costumam sofrer ainda mais nesses casos, podendo desenvolver conjuntivite alérgica como consequência do mal-estar geral”.

Entre os sintomas mais comuns da conjuntivite, Neves destaca: ardor ocular, sensação de areia nos olhos, coceira excessiva, maior sensibilidade à luz, febre, dor nas articulações e até mesmo dor de garganta e sintomas de gripe. Também pode haver inchaço na pálpebra e ainda lacrimejamento excessivo – resultando na formação anormal de remela e dificultando até mesmo abrir os olhos. “Quando o indivíduo contrai a doença ainda durante o voo, pode avisar a comissária e solicitar uma toalha limpa e água quente para fazer compressas e amenizar a dor. O ideal, também, seria encontrar uma poltrona mais afastada das pessoas, para evitar contato direto. Mas, como isso é difícil, é recomendável descansar os olhos, deixando-os fechados o máximo possível de tempo, lavar sempre muito bem as mãos e procurar não tocar diretamente o que for de uso comum. Assim que desembarcar, é recomendado usar o seguro-viagem e consultar um oftalmologista sem demora, a fim de iniciar o tratamento e aproveitar o restante da viagem”.

Mais do que lavar os olhos cuidadosamente, o médico ensina que lavar bem as mãos, várias vezes ao dia, é o que reduz as chances de contaminação – não só da conjuntivite, mas de outras doenças transmitidas por vírus. “O paciente deve evitar a todo custo coçar a região do olho afetado. Isso vai ajudar, inclusive, a evitar que o outro olho fique doente também. Outro cuidado importante é separar tudo de uso pessoal, como travesseiro, lençol, cobertor, toalha de rosto e de banho... E um alerta para quem usa lentes de contato: Esqueça! Usar lentes de contato enquanto o olho está inflamado ou infeccionado pode agravar muito mais o quadro. Portanto, quem usa lentes deve viajar com elas devidamente armazenadas no estojo e usar lágrimas artificiais e óculos de grau dentro do avião”.




Fonte: Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos e autor do livro Seus Olhos (CLA Editora). www.eyecare.com.br


Nutrição na prevenção de doenças cardiovasculares


De acordo com dados disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de mais de 17,3 milhões de pessoas por ano, sendo considerada como uma das principais causas de morte em todo o mundo. O termo é utilizado para designar um grupo de patologias interrelacionadas que atingem coração e vasos sanguíneos, como a doença coronariana, cerebrovascular e reumática, cardiopatia congênita, doença arterial periférica e tromboembolismo venoso.

O desenvolvimento destas patologias pode resultar na interrupção ou diminuição do fluxo sanguíneo do organismo, impedindo a irrigação de tecidos importantes como por exemplo, o cérebro e o coração. Além de outras complicações, o quadro cardiovascular pode resultar inclusive em desfechos clínicos graves, como o infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Aspectos como dislipidemia aumentada, hipertensão, diabetes, tabagismo, alcoolismo e obesidade são considerados importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, demonstrando a relevância da adoção de um estilo de vida mais saudável, principalmente no que diz respeito a alimentação. Já é bem estabelecido que hábitos alimentares inadequados, marcados pelo alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados, geralmente ricos em açúcar, sal e gorduras, são extensamente prejudiciais a manutenção de uma boa saúde e associam-se diretamente com o risco elevado para patologias do sistema cardiovascular.

Diante da preocupação mundial com relação ao consumo alimentar e seu grande impacto na ocorrência de doenças cardiovasculares, as diretrizes nutricionais atuais alertam sobre a importância da mudança de hábitos da população. Um dos pontos principais acerca destas orientações remetem a ingestão controlada de gorduras, dando prioridade a fontes de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas (como o ômega 3), e restringindo a participação de gorduras saturadas e trans na dieta. A moderação do consumo de colesterol (presente nos alimentos de origem animal) também é relevante para a conservação de bons níveis de colesterol sanguíneos.

Deve-se ainda destinar a devida atenção ao consumo de carboidratos simples, que quando ingeridos em excesso, podem propiciar o aumento no ganho de peso e ainda alterar os níveis de triglicérides do sangue. Outro fator importante a ser considerado quando tratamos de doenças cardiovasculares é a redução do consumo de sódio, estreitamente relacionado com casos de hipertensão.

No geral, para colocar em prática estas recomendações, basta estar atento aos aspectos qualitativos da alimentação. A escolha de cortes mais magros de carne, inclusão de peixes na dieta, ingestão variada de frutas, verduras e legumes, preferência por grãos integrais em detrimento dos refinados e menor consumo de ultraprocessados são estratégias consideradas cardioprotetoras, sendo efetivas no controle do colesterol, manutenção de um peso adequado, redução da glicemia e preservação da saúde como um todo.     
  
Um plano alimentar diversificado e balanceado é responsável pelo fornecimento adequado do aporte de vitaminas, minerais e fibras que nosso corpo precisa. Junto a isso, o abandono de práticas como o tabagismo e alcoolismo, assim como a realização regular de atividades físicas são primordiais no combate a doenças cardiovasculares e melhoria da qualidade de vida.

Para alcançar sucesso em um plano alimentar é necessário ingerir alimentos que de fato fornecerão os nutrientes essenciais para o nosso organismo; não aqueles que só com cara boa.  Esses elementos devem estar presentes no solo, para a cultura adequada de legumes, verduras, entre outros.

A iniciativa Nutrientes Para Vida (NPV) tem como missão informar a população sobre a importância dfertilizantes adubação eficaz para o aumento da produção e a qualidade nutricional dos alimentos, com o objetivo de assegurar uma melhor nutrição e saúde humana.


TRATAMENTOS PARA INFERTILIDADE QUE FUNCIONAM



É um mito que relaxar ou "dar um tempo" superará a infertilidade. Trata-se de um problema médico que precisa ser diagnosticado e tratado como qualquer outra doença. Há mais de 3 milhões de bebês no mundo que nasceram por meio das técnicas de reprodução assistida. E com o aprimoramento dos laboratórios de embriologia, dos medicamentos e do conhecimento médico, as taxas de sucesso são cada dia maiores.

“Estudos mostram que aproximadamente 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldade para engravidar, e metade deles terá de recorrer a tratamentos de reprodução assistida”, afirma Arnaldo Cambiaghi, especialista em ginecologia e obstetrícia, com certificado de atuação na área de reprodução assistida, e responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

 
Sinais de alerta para o problema
 
A maioria dos casais deve procurar um médico após um ano tentando ter um bebê sem sucesso. Se a mulher tiver mais de 35 anos ou um ciclo menstrual irregular - e está tentando engravidar há seis meses – é melhor consultar o médico o mais rápido possível, o mesmo vale para o parceiro.
 
“No exercício de minha profissão convivo com casais, principalmente mulheres, que sofrem com a dificuldade em ter filhos. Eles se tornam infelizes, inconformados e frustrados. Não são poucos os casais atendidos no Centro de Reprodução Humana IPGO com dificuldade de engravidar devido, por exemplo, a doenças que poderiam ser previamente diagnosticadas e tratadas, além de maus hábitos ou um estilo de vida inadequado”, admite Cambiaghi.
 
Problemas comuns em homens

=Baixa contagem de espermatozoides
=Baixa motilidade dos espermatozoides
=Morfologia alterada
=Obstrução dos ductos seminais
=Varicocele
 

Principais razões para as mulheres

=Anovulação
=Obstrução tubária
=Alterações anatômicas no útero e ovários
=Endometriose
=Falência ovariana
 

Fertilidade natural

Muitas vezes, conhecer o período fértil é o principal desafio para quem deseja engravidar. Uma opção é tentar fazer um teste de ovulação em casa que consiga prever a ovulação. Outra opção é o controle ultrassonográfico do ciclo natural. Ficar atento a sinais como aumento da temperatura corporal, muco ovulatório, dor do meio; pode guiar o casal para aumentar a frequência das relações sexuais nos melhores dias.
 
Tratamentos

 
Problemas de ovulação?

Existem medicações que podem ajudar a paciente que não "ovula" normalmente, pois eles, de alguma forma, estimulam o hormônio folículo estimulante (FSH), responsável pelo crescimento do folículo.  Entre os medicamentos de menor custo estão o citrato de clomifeno e o letrozol. Apesar de atuarem de maneira diferente, levam a um aumento do FSH que tem por objetivo estimular a ovulação. Normalmente, a resposta é com 1-3 folículos, mas é necessário o acompanhamento ultrassonográfico para evitar gestações múltiplas nas pacientes hiperrespondedoras. As taxas de sucesso por ciclo não são altas, entretanto, após 3-4 ciclos de tratamento podem chegar próximo dos 40%.


Hormônios injetáveis

Há uma grande variedade de medicamentos para esse fim, e eles funcionam igualmente bem.  O manejo destas medicações é mais difícil e devem ser utilizados apenas pro profissionais especializados na área da reprodução assistida.
 

Procedimentos cirúrgicos

Vários fatores podem causar obstrução tubária, ou alterações uterinas levando à infertilidade, como endometriose, infecções pélvicas, cirurgias anteriores. A videolaparoscopia é um tipo de cirurgia menos invasiva e muito frequentemente realizada nas pacientes com este tipo de diagnóstico.



Inseminação Intrauterina (IUI)


Cambiaghi explica o procedimento: “A inseminação intrauterina é a introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de se obter gestação. A inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina. A mulher pode precisar tomar medicamentos para desencadear a ovulação”. A IUI é mais barata e mais simples que a fertilização in vitro, mas as taxas de gravidez são muito mais baixas. A inseminação também pode ser uma alternativa para mulheres férteis que desejam uma produção independente, para casais homoafetivos femininos, para casais com sorodiscordantes ou com problemas masculinos graves. Em todos estes casos o tratamento deve ser realizado com sêmen de doador.


 
Fertilização in Vitro (FIV)

Esta opção oferece esperança quando outros tratamentos de infertilidade não funcionaram ou não foram indicados. O encontro do óvulo com o espermatozoide ocorre “in vitro”, no laboratório. A ovulação deve ser hiperestimulada, os óvulos são coletados por meio de procedimento cirúrgico e, depois, os embriões são transferidos ao útero em estágio de divisão. A FIV tem taxas de sucesso superiores, porém, tem um alto valor.


O que é ICSI?

É uma técnica em que um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, no laboratório. A injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) ajuda quando a contagem de esperma de um homem é muito baixa ou não se move bem.

 
FIV com um óvulo doado

É uma opção para mulheres com baixa qualidade oocitária, mulheres que já atingiram a menopausa, com baixa reserva ou falhas em ciclos anteriores. As doadoras de óvulos são pacientes jovens com menos de 35 anos e que passaram por uma seleção realizada pela clinica de reprodução.  Isso envolve combinar espermatozoides com óvulos doados de outra mulher. Se o procedimento funcionar, a paciente engravidará de uma criança que é biologicamente relacionada ao seu parceiro, mas não a ela.

 
Riscos de fertilização in vitro

Para aumentar as chances de sucesso, o médico pode transferir dois a quatro embriões por vez. Mas isso significa que a paciente pode engravidar de gêmeos, trigêmeos ou até quádruplos. Carregar mais de um bebê aumenta o risco de aborto espontâneo, anemia, pressão alta, parto prematuro e outras complicações. Tornou-se mais comum transferir um embrião de cada vez para evitar esses riscos à saúde.
Riscos menos frequentes são os de sangramento, infecção pélvica e hisperestimulação ovariana.

  


Embriões doados

para casais com falha de implantação ou problemas masculinos e femininos concomitantes pode se considerar o uso de embriões de doadores. Estes vêm de casais que terminaram o próprio processo e tiveram embriões excedentes. Neste caso, o bebê não terá relação biológica com os pais.


O que saber sobre útero de substituição (“barriga solidária / barriga de aluguel”)

Quem escolhe essa opção, precisa que outra mulher concorde em ceder temporariamente o útero para um determinado casal.  A fertilização in vitro é realizada com óvulos e sêmen dos pais biológicos e o embrião é transferido para o útero da barriga solidaria.  O bebê será filho biológico da paciente e do parceiro dela. “No Brasil, ao contrário de países como Estados Unidos, é proibido o pagamento pelo útero de substituição. Segundo a norma do CFM (Conselho Federal de Medicina), de 2017, somente podem realizar este ato familiares com até o quarto grau consanguíneo, ou seja, em primeiro grau: mãe ou filha; segundo grau: avó ou irmã; em terceiro grau: tia ou sobrinha; e, por fim, em quarto grau: prima”, enfatiza o médico. Outros casos fora desta regra devem passar pela consulta e liberação do CRM.



COMO MELHORAR AS CHANCES

Dicas sobre como escolher uma clínica de fertilidade

O ideal é fazer muitas perguntas sobre os procedimentos e custos. Verificar se oferecem as técnicas mais recentes e envolvem tanto a paciente quando o parceiro nas decisões. Não se deve decidir tendo-se com base apenas números. O tratamento da infertilidade é um processo em longo prazo e a paciente deve se sentir confortável com a escolha que fizer.



Maneiras naturais de aumentar as chances

Algumas mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença. Se a paciente e parceiro fumarem, melhor parar. Fumar reduz a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres e diminui as taxas de gravidez. Em um estudo, os homens que abandonaram o hábito do tabaco viram a contagem de espermatozoides subir 800%. Além disso, é preciso checar a dieta. É o mais saudável possível? O ideal é perguntar ao médico sobre suplementos. Algumas vitaminas e minerais podem melhorar as chances de engravidar.

“A alimentação, aquilo que comemos todos os dias, pode ser um detalhe que, a princípio, tem pouca importância, mas pode estar diretamente relacionada ao sucesso de uma gestação”, explica Cambiaghi.

Em parceria com a nutricionista Debora de Souza Rosa, Cambiaghi escreveu o livro “Fertilidade e Alimentação” que demonstra a influência dos alimentos não só na fertilidade, propriamente dita, mas também em sua ausência. Para baixá-lo gratuitamente é só clicar em http://www.ebookdietadafertilidade.com.br/

Acupuntura ajuda?

Ela é promissora para muitas condições. Agora, alguns casais estão tentando esta forma da medicina tradicional chinesa para lidar com a infertilidade. A pesquisa sugere que pode melhorar a qualidade do esperma e o fluxo sanguíneo para o útero, ajudar a corrigir a ovulação irregular e aumentar as taxas de sucesso da fertilização in vitro quando associada aos tratamentos convencionais.

“Para definirmos o melhor tratamento é importante uma avaliação completa do casal para saber se devemos começar por algo mais simples ou se seria indicado ir direto para o de alta complexidade. Isso se justifica, pois, qualquer tratamento, por mais simples que seja, envolve desgaste emocional e frustração se o resultado for negativo. Assim, é necessária uma pesquisa mínima da fertilidade antes da indicação de um determinado tratamento para que não se insista em uma opção com baixa chance de sucesso”, encerra Cambiaghi.
 




Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi - responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ginecologista obstetra com certificado em reprodução assistida. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.  

Dezembro laranja: 5 curiosidades sobre o câncer de pele


O câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos do Brasil e acomete, em média, mais de 165 mil brasileiros todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença se for diagnosticada em estágios iniciais tem 100% de cura, de acordo com dados do Hospital do Câncer de Barretos. 

Desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Dezembro Laranja - ação que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção, além do incentivo para diagnóstico precoce e tratamento.

Listamos 5 curiosidades da doença:


1.  Nem todos os filtros solares te protegem

Alguns filtro solares não excluem totalmente os riscos da exposição ao sol. De acordo com especialistas, muitos produtos não oferecem a proteção completa de raios UV-B e UV-A. O ideal é verificar o rótulo do protetor, se confere a proteção na pele, e aplicá-lo a cada duas horas para manter a proteção do sol.


2. Doença que afeta mais homens 

Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O melanoma é considerado o mais perigoso e mata 70% mais homens do que mulheres, mesmo os dois sexos desenvolvendo a doença de forma similar. A predominância é maior nos homens pelo fato de ignorarem avisos de proteção relacionados à protetor solar e bonés  é na região do tronco. 


3. Medicina Nuclear ajuda no tratamento 

Para o tratamento, existem métodos utilizados em Medicina Nuclear que  detecta lesões do melanoma antes das alterações anatômicas e permitem tratamento mais eficaz da doença. “Poucos sabem, mas a medicina nuclear já é aplicada no Brasil e possui diversos exames.”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Dr. George Barberio Coura Filho – médico responsável da Dimen SP (www.dimen.com.br). Atualmente, a Medicina Nuclear já conta com dois exames que identificam as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou seja, antes que elas estejam visíveis.


4. A cura para doença existe 

A cura a partir dos exames vai depender muito do tipo de câncer que a pessoa possui. Porém, é sempre recomendado fazer um diagnóstico precoce em casos de sintomas. Em alguns casos a cura chega a ser de 100%. A dica principal é buscar ajuda de um especialista logo que algo anormal seja notado.


5. Raios solares envelhecem mais a pele 

O excesso de exposição solar, e principalmente a falta de proteção solar, é a principal causadora do envelhecimento da pele. Com a exposição excessiva, aparecem então, manchas, sardas, flacidez, pele áspera, aumento das rugas e, em alguns casos, câncer de pele.



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