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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Modelos alternativos de trabalho: como garantir resultados em meio à liberdade?


A integração entre trabalho e prazer tem sido uma meta cada vez mais comum entre os profissionais. Nesse sentido, horários flexíveis, home office e ambientes descontraídos tem feito sucesso, atraindo cada vez mais adeptos. Boa parte das empresas com esse tipo de abertura são as já nascidas no século XXI, em especial as ligadas à tecnologia e comunicação.

Ver a empresa como um local para desenvolver projetos e atingir determinados resultados, para muitos, não passa impreterivelmente por um lugar onde se veste roupa social e se fica disponível das 9h às 18h (pelo menos), com uma hora de almoço. 

A nova legislação trabalhista reconhece isso e, por esse motivo, flexibilizou as regras por meio do que batizou como “trabalho intermitente”. Apesar de ainda haver exigências, como carteira assinada, essa nova modalidade de trabalho deve continuar crescendo.

Muito desse estilo depende da atividade principal da empresa. Aquelas cujas entregas não requerem necessariamente atendimento aos clientes durante todo o expediente, costumam se adaptar mais facilmente a um modo flexível nos horários. Com mais liberdade, muitos afirmam conquistar resultados mais expressivos.

Contudo, não podemos achar que empresas que disponibilizam vídeo game, mesa de sinuca e até piscina de bolinha são parques temáticos para adultos. O momento de descontração serve apenas para que as pessoas relaxem por um período e produzam de forma mais assertiva depois.

Ter horários flexíveis ou fazer home office também não significa trabalhar menos tempo. É evidente que quem trabalha de casa não perde horas no deslocamento, o que já te torna um grande ganho, em especial nas grandes cidades. No entanto, a modalidade requer um espaço destinado especialmente ao trabalho e muita disciplina para resistir às tentações que estão sempre ao alcance da mão. 

O fato é que esse tipo de empresa, que permite modelos de trabalho menos convencionais, não determina como métrica que você seja pontual, batendo o seu cartão de ponto religiosamente todos os dias no mesmo horário. Ao contrário, elas avaliam a competência de seus colaboradores pelo nível de entrega. Ou seja, quem não fizer muito bem a sua parte, certamente não deve permanecer por muito tempo. 

Algumas são direcionadas aos indicadores mais financeiros, como número de clientes, faturamento, lucro. Tanto é que, em alguns casos, oferecem remuneração meritocrática, de acordo com os resultados numéricos. Já outras, elencam a produtividade como métrica, estabelecendo um terminado tempo para cada projeto e avaliando a qualidade dele.

Em todos os casos, o nível de exigência na entrega e nos resultados gerados a partir do trabalho são grandes. E, muitas vezes isso quer dizer até mais horas de trabalho. A grande diferença está no fato de que quem tem essa possibilidade, pode resolver coisas pessoais em horário comercial mesmo que tenha que varar a madrugada para concluir suas tarefas. 

Em suma, esse tipo de trabalho demanda não apenas que a empresa seja flexível, tendo atividades que se adequem a essa alternativa, mas principalmente que o colaborador tenha perfil para ser o gestor do próprio tempo. A liberdade e a flexibilidade jamais poderão servir de desculpas para projetos não entregues ou mal feitos, e muito menos para resultados e metas não alcançadas. Cabe colocar tudo na balança e ponderar.




Marcos Guglielmi - treinador de empresários, empresário e sócio fundador da ActionCOACH São Paulo.

Foro privilegiado: o monstro cresceu!


No último dia 12 de junho, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar à primeira instância da Justiça de Mato Grosso um inquérito contra o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ao reconhecer que o foro por prerrogativa de função somente alcança os supostos fatos criminosos praticados no exercício da função.

Acusado de participar de esquema de compra de vaga no Tribunal de Contas de Mato Grosso em 2009, quando era governador do estado, o Ministro Maggi foi denunciado por corrupção no início de maio pela Procuradoria-Geral da República.

O Ministro Luiz Fux, relator do caso, asseverou que “a razão de decidir do julgamento [AP 937] se aplica indistintamente em relação a qualquer hipótese de prerrogativa de função”. Ele foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio e Rosa Weber.

Extrai-se claramente do excerto acima transcrito que todos os ocupantes de cargos que tenham prerrogativa de foro estão sujeitos ao regramento fixado na decisão proferida na Ação Penal (AP) 937, que tinha como pano de fundo Deputados Federais e Senadores.

A decisão da primeira turma demonstra uma tendência perigosa e irreversível do Supremo Tribunal Federal, que novamente sinaliza pelo sim do foro por prerrogativa de funções para os crimes não atrelados a função que estão a exercer.

Para acabar com essa celeuma toda o Supremo, que possui uma composição pródiga no exercício do famigerado e perigoso ativismos, deveria discutir e colocar em votação as duas propostas de Súmulas Vinculantes sugerida pelo Ministro Toffoli.

A primeira proposta aplica a decisão do STF a todas as prerrogativas de foro para membros de todos os poderes e do Ministério Público e diz que ela só se aplica aos casos de "crimes cometidos no exercício e em razão do cargo ou da função pública". Os demais casos ficariam a cargo da primeira instância. O segundo verbete declara inconstitucionais quaisquer regras de constituições estaduais que tratem de prerrogativas de foro não previstas na Constituição Federal.

Supondo que os verbetes fossem aprovados, e em um exercício hipotético, vamos imaginar que o Ministro Barroso cometesse um crime doloso não atrelado a sua condição de magistrado da Suprema Corte. Quem o julgaria seria um juiz de primeira instância do local do suposto crime. Não há como fugir da seguinte indagação: Estará o magistrado psicologicamente preparado para julgar e eventualmente condenar um Ministro do STF? Ministro este que pode julgá-lo, administrativamente, na condição de integrante no Conselho Nacional de Justiça podendo impor-lhe a pena de demissão?

Novamente a força midiática comanda a vontade do STF que pressionado reinterpreta indevidamente a Constituição Federal. Está se criando a falsa ideia no imaginário popular que a prerrogativa de foro é um privilégio conferido ao ocupante do cargo, que leva inevitavelmente à impunidade. Uma mentira que não pode ser compactuada pelos operadores do direito.

Uma questão que merece ser novamente levantada. Estão as varas criminais federais e estaduais preparadas para receber essa enormidade de processos de uma só vez? Tal decisão não estaria gerando um retrocesso na impunidade ao invés de um progresso? Corremos o risco de uma enxurrada de prescrições, gerando mais impunidade. Saindo, dessa forma, o tiro pela culatra. Não teria sido melhor deixar o monstro quietinho?





Marcelo Gurjão Aith - especialista em Direito Público e Criminal

Você acha difícil tomar decisões, especialmente no seu trabalho? O Business Coaching pode te ajudar


Ao longo de nossa vida temos que tomar as mais variadas decisões. Algumas não tão importantes, rotineiras, já outras que podem mudar nossa vida drasticamente e, por conseguinte, a de outras pessoas.

No ambiente corporativo ocorre a mesma coisa – o profissional precisa tomar grandes decisões e parte desse processo tem a ver com antever as consequências que elas trarão para a empresa. Optar por algum caminho pode não ser tarefa fácil, muito pelo contrário, pode ser bem árduo. Se você já se encontrou perdido, com dificuldade para fazer escolhas importantes, saiba que é possível mudar seu mindset e tornar o processo muito mais fácil.

Para decidir os rumos do negócio, por exemplo, você precisará tentar equilibrar razão e emoção. É importante que todas as alternativas sejam avaliadas, levando em consideração tudo o que pode ser feito. Toda decisão deve ser um ato consciente a partir do mapeamento sobre o que trará de ganhos e perdas.

 Essa é a fase de coleta de informações, então reúna o máximo que conseguir e não aja por impulso – é aí que a razão deve falar mais alto, então avalie bem suas ideias e as absorva. Pense nas dificuldades que você pode enfrentar e as consequências para a empresa, isso irá ajudar a preparar um plano B caso algum imprevisto ocorra.

Agora que você criou um mapa mental com todas as opções, avaliou e tomou a decisão que precisava, elimine o que você tem certeza que não quer. Escolha entre as alternativas restantes e esteja pronto para assumir os riscos. Não tenha medo das decisões que precisa tomar. Se você já analisou e ponderou as consequências, chegou a hora de agir. Pode ser que você erre, mas se equivocar é normal: assuma seus erros, caso eles ocorram, e aprenda com eles.

A insegurança e o medo normalmente são sentimentos fortes em pessoas que possuem certa resistência em tomar decisões difíceis e criam uma barreira justamente na hora de encarar o desafio de frente. Mas não escolher também é uma escolha e, da mesma forma, você será responsabilizado. Talvez você precise de uma ajuda extra nesse processo e é aí que entra o coaching.

O coaching utiliza diversas ferramentas quem podem ajudar a entender melhor a mente e ampliar a visão do colaborador. A partir disso, o processo desenvolve mecanismos para reduzir a dificuldade na hora da tomada de decisão. No mais, o Business Coaching auxilia o coachee a ter mais autoconsciência de suas ações e consequências delas, autodisciplina, empatia e motivação para alcançar metas e objetivos, além de desenvolver as habilidades sociais que são tão necessárias para gestores.

O mercado demanda que os cargos de liderança sejam ocupados por pessoas interessadas em renovar habilidades e comportamentos para que elas tomem as decisões mais acertadas, que priorizem os funcionários e a empresa de um modo geral. O coaching, portanto, tem papel fundamental para quem quer se manter atualizado e deseja aumentar sua performance no trabalho. Mais do que desenvolvimento profissional, o coaching é também desenvolvimento pessoal.






Cris Santos é fundadora e diretora da BrainFit, Master Coach pela SLAC (Sociedade Latino-Americana de Coaching), Headhunter, especialista em DISC, motivadores pela TTI Success Insights e Assessment comportamental pela SLAC. É também palestrante e professora, formada em educação física pela FEC DO ABC, com MBA em Gestão de Pessoas pela FMU e formação em Business Communication no Australian College

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