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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Brasil está entre os países com as maiores taxas de morte por infecção generalizada

Entenda os riscos da Sepse, doença letal, que acontece dentro e fora dos hospitais e mata 240 mil brasileiros por ano


Entidades de saúde em todo o mundo discutem nesta semana sobre a sepse, doença potencialmente grave e caracterizada por um conjunto de manifestações críticas que se espalham pelo organismo, produzidas em resposta à evolução de um quadro infeccioso. O Brasil está entre os países com as maiores taxas de letalidade por sepse, também chamada de infecção generalizada.

Segundo dados do Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS), a estimativa de ocorrência do quadro no país chega a 670 mil casos por ano, sendo 240 mil de pacientes fatais em decorrência da doença, que durante sua manifestação pode levar a queda da pressão arterial, falência de órgãos, entre outros sintomas.

O debate do assunto visa conscientizar a sociedade sobre as medidas necessárias que podem garantir sua prevenção. A Global Sepsis Alliance (GSA) instituiu setembro como o dedicado à doença, chamando atenção para os riscos desta infecção tão perigosa

A sepse é causada por bactérias e vírus, por conta de uma disfunção, que fazem com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos, levando a uma condição potencialmente fatal.

Segundo a Dra. Niedja Curti, Gerente Médica do Hospital Municipal Evandro Freire/ CER-Ilha, gerenciado pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"), embora a probabilidade seja maior em casos de pacientes que já se encontram hospitalizados para tratamento de um quadro infeccioso, existe um grupo de pessoas ainda mais suscetível à sepse.

"Qualquer pessoa pode sofrer com a infecção generalizada, entretanto, alguns grupos são mais suscetíveis a desenvolverem casos críticos de infecções. Crianças com menos de um ano, bebês prematuros, idosos, pacientes que passaram por quimioterapia, usuários de corticosteróides, portadores do vírus HIV, pacientes com câncer, diabéticos ou aqueles com doenças crônicas, como insuficiência renal estão entre os com riscos maiores", alerta a especialista.

A médica reforça que as causas mais comuns que levam a essa disfunção são infecções nos pulmões, na pele e na região abdominal em órgãos como apêndice, intestino, rins, além de infecções urinárias ou meningite.

Como identificar a sepse?

De acordo com a Dra. Niedja, nosso organismo atua constantemente se defendendo de agentes externos, uma reação comum e que, em condições normais de saúde, pode ocorrer sem quaisquer sintomas.

"Quando o corpo não consegue fazer esse processo, a infecção faz com que o organismo lance mecanismos de defesa que prejudicam suas funções vitais", explica a médica.

Nesses casos, o paciente pode apresentar sintomas como queda de pressão arterial, diminuição na produção de urina, falta de ar, taquicardia, alteração de consciência, fraqueza extrema e vômito.

Prevenção e tratamentos

Segundo a médica, a cura da sepse está diretamente ligada ao status clínico do paciente e a expertise da equipe médica de atuação no caso. "É necessário que os profissionais tenham sensibilidade na detecção precoce dos sinais no paciente para uma rápida atuação", alerta.

Além disso, a disseminação de informação é fundamental para conscientizar os profissionais de saúde e a população sobre os riscos da sepse e sua gravidade. "A data é importante para fomentar a divulgação de medidas preventivas, tratamento e cuidados que contribuem para reduzir os índices de letalidade."

Segundo a especialista, é necessário estarmos atentos, pois a sepse não acontece apenas no ambiente hospitalar. "Como medida preventiva é importante não se automedicar, cultivar hábitos saudáveis e não fazer uso desnecessário de antibióticos", finaliza a médica.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Setembro Vermelho é um convite à observação mais atenta aos sinais do coração

Turbilhão emocional provocado pela pandemia de Covid-19 exigiu muito esforço, direto e indireto, do coração humano

 

No Setembro Vermelho, mês voltado aos cuidados com o coração, em meio a uma pandemia ainda se faz presente, sentimentos, emoções e hábitos desenvolvidos ao longo do período, em muitos casos acompanhados de ansiedade e depressão, este órgão pode estar sobrecarregado. O cardiologista André Gasparoto, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para os riscos de infarto relacionados ao estresse. 

O medo da Covid-19, durante meses afastou muita gente dos ambientes médicos. Paralelamente, as condições gerais de bem-estar emocional foram afetadas por outras inseguranças e isolamentos, gerando uma cadeia de eventos que comprometem a saúde como um todo. “Menos consultas médicas, menos exames de rotina, saúde mental comprometida, afastamento de pessoas queridas, menos exercícios físicos, menos controle de peso, menos alimentação saudável. Tudo isso pode sim levar o coração ao sofrimento e até ao infarto”, explica Gasparoto. 

Um estudo nacional, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em seis (6) capitais brasileiras, demonstrou aumento de mortes por doença cardiovascular em até 130% durante a pandemia. Os principais fatores para o aumento significativo destes dados foram o medo de procurar serviços de emergência, falta de serviço de emergência (especialmente no setor público) pela alta demanda de infecção pelo Coronavírus, falta de assistência básica em ambulatórios e consultórios.

Gasparoto, a seguir, tira as dúvidas comuns sobre a relação entre corações e mentes:

 

Emoções como raiva, estresse e ansiedade podem comprometer o funcionamento do coração?

Sim, é verdade. Alterações psicológicas possuem relações diretas e indiretas com o funcionamento adequado do coração.

Essas desordens possuem relação direta com o aumento da pressão arterial, com a frequência cardíaca e com insônia. Essas alterações podem estar ligadas ao aumento na probabilidade de infarto, arritmias e acidente vascular cerebral.

Indiretamente, essas patologias, mesmo que transitórias, estão intimamente relacionadas a uma dieta pior, aumento de peso, piora dos níveis do colesterol e da glicemia capilar.


Quais sinais devem nos levar a consultar um cardiologista?

Existem alguns sinais que chamamos de “sinais de alerta”.

Dor no peito, falta de ar, palpitações frequentes, desmaio, dificuldade súbita em movimentar algum dos membros do corpo. Todos esses sintomas devem levar à procura imediata por auxílio médico, preferencialmente com um cardiologista.

 

Caminhar é mesmo um remédio para o coração?

Caminhar é um excelente remédio para o coração e para a saúde mental.

Além de ajudar no controle de peso, na pressão arterial, na redução de hábitos não saudáveis, ajuda a espairecer a mente.

O ideal é passar com um cardiologista antes de iniciar uma atividade física, para verificação do histórico clínica do paciente, exame físico e eventualmente exames complementares, para que a atividade física seja segura.

Também é importante reforçar que o sedentarismo é considerado quando não se realiza pelo menos 150 minutos de atividade física regular por semana. O sedentarismo é um dos piores males ao coração.

 

Quais são os exames básicos recomendados para um primeiro check-up no coração?

Os exames complementares em um check-up variam de acordo com doenças pré-existentes, alterações no exame físico e idade do paciente. Eles podem variar de um simples eletrocardiograma a exames invasivos, como o cateterismo cardíaco.

O melhor check-up é o individualizo, para atender às necessidades dos pacientes.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 


Reforço de vacina contra a covid-19: quem receberá e por que estão será administrado?

O Reino Unido está lançando seu muito discutido programa de reforço da vacina da covid-19. A partir da semana que começa em 20 de setembro de 2021, uma terceira dose será oferecida a todas as pessoas que foram priorizadas na primeira onda de distribuição da vacina no Reino Unido.

Isso inclui todos os residentes e funcionários de casas de repouso, os assistentes sociais e de linha de frente da saúde, com mais de 50 anos, e aqueles com mais de 16 anos que têm problemas de saúde subjacentes que os colocam em maior risco de covid-19 grave (junto com seus cuidadores) e adultos que vivem com pessoa imunossuprimida.

Qualquer pessoa que tomar a terceira dose precisará ter a segunda dose pelo menos seis meses antes e as pessoas serão priorizadas como na primeira onda do lançamento da vacina, como residentes de lares de idosos.


Por que estão sendo dados os reforços?

Porque existem preocupações de que alguns dos efeitos das duas primeiras doses possam ter passado para aqueles que receberam as vacinas há algum tempo. Os reforços podem resolver esse problema lembrando o sistema imunológico de estar pronto para lidar com uma infecção, afinal, eles aumentam a imunidade.

Não está claro se as pessoas que tomaram a vacina há mais de seis meses realmente precisam de reforço de imunidade. Há algumas evidências de que a proteção da vacina contra covid-19 enfraquece com o tempo, mas as vacinas são muito novas para ter certeza se isso continuará de forma a deixar as pessoas em risco. Portanto, o governo britânico está oferecendo reforços como precaução.

Seu medo é de que, se a imunidade daqueles que foram vacinados mais cedo diminuir e continuar diminuindo, muitos possam ficar doentes durante o inverno, quando a mistura em ambientes fechados e o risco de transmissão aumentam. Lembre-se de que aqueles que foram vacinados há mais tempo também são os mais vulneráveis ​​à Covid-19.

Além de custar vidas, se houvesse um aumento da doença neste grupo, isso poderia se combinar com outras pressões sazonais (como gripe e outras doenças virais) para sobrecarregar o sistema de saúde.


Que vacina as pessoas receberão?

Provavelmente Pfizer. O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização recomendou que ela seja dada a todos. Fez essa recomendação após revisar dados não publicados do Estudo Cov-Boost, que tem investigado os efeitos do uso de diferentes vacinas como reforços.

De acordo com o comitê, o estudo Cov-Boost mostrou que a injeção da Pfizer produz um bom reforço, independentemente da vacina usada anteriormente. Na verdade, pesquisas anteriores sugeriram que aumentar uma dose de Oxford / AstraZeneca com um Pfizer pode levar a uma resposta imunológica mais forte do que segui-la com outro AstraZeneca. Misturar fabricantes como este é seguro e possivelmente até vantajoso.

O estudo Cov-Boost revelou que meia dose da vacina da Moderna também tem um bom desempenho como reforço e, portanto, também pode ser oferecida. Se necessário, o comitê diz que a AstraZeneca também pode ser usada como booster, mas apenas em quem o recebeu anteriormente.

Pode haver um efeito indireto interessante dessas decisões. As vacinas Pfizer e Moderna precisam ser armazenadas em freezers, por isso a logística de distribuição é mais difícil do que para a vacina AstraZeneca, que só precisa de refrigeração.

Priorizar o uso dessas vacinas mais difíceis de distribuir para o programa de reforço do Reino Unido poderia liberar as doses mais fáceis de armazenar da AstraZeneca para serem enviadas ao exterior para locais onde é difícil manter temperaturas de congelamento. O Reino Unido está planejando doar cerca de 20 milhões de doses de vacinas para outros países até o final de 2021.


O lançamento de um programa de reforço é a coisa certa a fazer?

Embora não esteja totalmente claro até que ponto a proteção da vacina diminui, sabemos que a imunidade a outros coronavírus tende a ser perdida depois de um tempo. Em algumas pessoas, pode durar apenas alguns meses. A proteção decrescente é definitivamente plausível.

Além disso, algumas pessoas da primeira onda de vacinações terão um sistema imunológico de baixo desempenho devido a doenças ou tratamento médico, o que pode ter reduzido a quantidade de proteção que as vacinas covid-19 ofereciam a elas. A resposta imunológica também diminui à medida que você envelhece, tornando as vacinas menos protetoras. Portanto, faz sentido dar um impulso àqueles que estão sendo priorizados.

No entanto, há boas evidências de que o corpo pode dar uma resposta forte e duradoura às vacinas. Em adultos saudáveis ​​normais, um ciclo completo da vacina (geralmente duas doses) deve ser suficiente. Pessoas mais jovens e geralmente saudáveis ​​que foram totalmente vacinadas podem até ficar doentes, mas é improvável que precisem de uma viagem de emergência ao hospital.

O coronavírus não estará sob controle até que todos no mundo estejam protegidos. Isso levanta a questão de se é correto dar reforços a pessoas que já foram vacinadas duplamente, quando os profissionais de saúde em muitos países nem mesmo receberam a primeira dose da vacina. Certamente, os reforços não devem ser dados onde não são realmente necessários.

Neste ponto da pandemia, pelo menos devemos oferecer reforços e aumentar o ritmo de distribuição de vacinas em todo o mundo. Deve ser possível fazer as duas coisas. Mas se não for, devemos priorizar aqueles que são mais vulneráveis.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Geriatria da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e médico especialista em Geriatria e Gerontologia.


Mutações de vírus: por que isso ocorre e qual a importância da vacinação?

De acordo com especialista, a falta de medidas preventivas acarreta em um ambiente propício para o desenvolvimento de novas cepas

Para aqueles que não se lembram bem de suas aulas de biologia na época da escola, os temidos vírus são microorganismos que têm uma composição muito simples, porém danosa. O próprio nome já indica isso: com origem no Latim, essas pequenas criaturas podem ser traduzidas como toxinas ou, até mesmo, veneno. Por serem acelulares, os vírus dependem de outras células vivas para replicação, uma vez que são incapazes de fazê-la sozinhos, acarretando na destruição celular dentro de um organismo. Mas, então, como evitá-los? A resposta está na palavra-chave do momento: vacina!

"As vacinas funcionam como um "antivírus" para os organismos. Em linhas gerais, a vacinação ensina ao sistema imunológico como criar resistência ao invasor (seja vírus ou bactéria). Funciona da seguinte forma: o antídoto pode conter o vírus morto ou enfraquecido, causando sintomas brandos e inofensivos ao indivíduo, obrigando o organismo a criar uma resposta imunológica e a ‘memória’ celular. Assim, caso o corpo seja infectado com o agente, já saberá como combatê-lo de maneira mais rápida e efetiva", explica Dr. Hugo Morales, infectologista e diretor médico da Laura , healthtech que utiliza a inteligência artificial para a gestão de cuidados dos pacientes.

Com a chegada da pandemia da Covid-19, no início de 2020, a população mundial se deparou - e segue se deparando - com um novo inimigo: a mutação viral. Isso porque o SARS-COV-2 nada mais é que uma variante da já conhecida família de coronavírus - agentes patogênicos bastante comuns em animais e humanos, causando doenças respiratórias em seres vivos. Já não é novidade que o índice de transmissão é elevado e ocorre de forma rápida, gerando diversos danos para a saúde global e podendo levar à morte. Até o momento, em todo mundo já foram registrados mais de 219 milhões de casos da doença e 4.5 milhões de mortes. Diante da gravidade da situação perante um parasita, até então desconhecido, os esforços de toda comunidade científica focaram no desenvolvimento de diversas vacinas para mitigar a transmissão e os casos graves.

"Para além das medidas de distanciamento social e cuidados como o uso de máscaras e foco na higienização, a vacinação em massa tem um papel muito importante na redução da chance de morrer pela infecção. Vale ressaltar que a vacina não impede que a pessoa se contamine com a doença, mas, sim, diminui drasticamente os casos graves e a taxa de letalidade", ressalta Morales.


Mas, então, por que novos vírus seguem aparecendo?

Quando um vírus entra em uma célula, ele realiza cópias dentro daquele corpo para poder se replicar. Contudo, é bastante comum que, durante esse processo, o agente cometa erros que são capazes de realizar mutações nos códigos genéticos, criando novas cepas e mais variações de si próprio. A maioria dessas mutações não beneficiam o próprio vírus, contudo algumas podem melhorar a capacidade de transmissão e a adaptação do vírus ao ser humano. "Isso, somado a demora na vacinação e a falta dos cuidados preventivos, torna a transmissão e criação de novas variantes cada vez mais propícios", comenta o infectologista.


O que fazer para evitar?

De acordo com o médico, os cuidados adotados anteriormente devem seguir a rigor, mesmo com a vacinação em andamento: evitar ao máximo aglomerações, uso de álcool em gel, máscaras cobrindo nariz e boca; evitar a transmissão e contaminação, distanciamento social e tomar todas as doses recomendadas da vacina.


Suspeito que estou com a doença. O que fazer?

Por se tratar de uma doença respiratória bastante semelhante a uma gripe - em casos mais brandos - é importante monitorar o caso. Em caso de sintomas, como dito acima, é importante isolar-se por, pelo menos, 10 dias de sintomas. O acompanhamento por um profissional de saúde é recomendado através de consultas presenciais e/ou remotas.

"O mundo está cada vez mais digitalizado e a necessidade do distanciamento social veio para provar como a tecnologia pode ser essencial para os cuidados com a saúde, uma vez que as plataformas de teleatendimento são capazes de romper as barreiras físicas e trazer mais fluidez para o processo. Vale ressaltar que o teleatendimento não vem para substituir por completo as consultas presenciais, mas sim como um complemento e uma forma de facilitar o acesso e evitar visitas desnecessárias aos hospitais", finaliza Morales.


Brasil tem 3 milhões de crianças obesas; entenda a importância da alimentação no combate das DCNT'S

Para reforçar ações contra a obesidade infantil, que atinge milhões de crianças no Brasil, o instituto chega com a missão de prevenção à saúde e cuidado com a nutrição infantil, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e com os primeiros 1000 dias de vida.

Os números são alarmantes. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos são afetadas pela obesidade infantil. Com isso, estima-se que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS).

O Instituto Opy de Sáude, braço filantrópico da Opy Health, pontua a importância da educação alimentar para que Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT'S) como diabetes, acidente vascular cerebral, infarto, câncer, doenças respiratórias crônicas ou hipertensão arterial não afetem as pessoas ao longo da vida. Hoje, no Brasil, 74% de mortes ocorrem por Doenças Crônicas Não Transmissíveis e 17% delas são prematuras e poderiam ser evitadas.

Para enfatizar seu papel na prevenção à saúde, o Instituto Opy apoia ações de combate à obesidade infanto-juvenil através da promoção da saúde. A diretora-presidente do Instituto Opy, Flávia Antunes, alerta que os fatores comportamentais estão associados ao que é oferecido às crianças, influenciando negativamente no desenvolvimento alimentar. "20% dos nossos genes são influenciados por questões hereditárias, e todo o resto por fatores externos como alimentação, amamentação, medicamentos, quantidade de infecções, e prática de exercícios", explica Flávia. "Uma dieta rica em alimentos saudáveis faz com que a obesidade infantil e doenças associadas sejam evitadas", completa.

Com um mês de vida, o Instituto Opy de Saúde já mostra seu compromisso com o tema, apoiando o Projeto Experiências que alimentam do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN). O projeto tem objetivo de ampliar e difundir as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) em ambiente escolar de Primeiríssima Infância (zero a quarenta e oito meses), localizados em São Miguel Paulista. As ações do projeto buscam a promoção da saúde e prevenção de desvios nutricionais, além de desenvolver formação de educadores e recursos pedagógicos nos equipamentos de educação infantil. Serão envolvidos os profissionais dos Centros de Educação Infantil (CEI) e as famílias das crianças que frequentam esses Centros.

"O CREN tem um impacto grande na vida e saúde das crianças e famílias alcançadas. Esse trabalho de recuperação nutricional e educação é algo que deve ser replicado para mais regiões e até outros estados, e estamos orgulhosos de fazer parte dessa história", reforça a diretora-presidente, que lembra sobre a importância de manter uma alimentação saudável para assegurar uma boa saúde, especialmente nos primeiros 1000 dias de uma criança, período decisivo para o desenvolvimento a longo prazo. "O período dos primeiros 1000 dias de vida é conhecido como o 'intervalo de ouro', quando se formam e se programam as células do corpo, determinando a curto e a longo prazo a saúde e o bem-estar até a vida adulta", conclui.

 


Opy

Avenida Horácio Lafer, 355/92 - 04538-081, São Paulo - SP 3


Falta de organização financeira é uma das principais razões para empresas falirem

CEO da fintech iCertus, Fábio Ieger destaca o valor de ter finanças organizadas para o sucesso de um negócio


Para uma empresa atuar de forma plena, é necessário ter atenção em todos os setores, mas especialmente com o financeiro, que requer cuidados próprios para manter a saúde do negócio. É a partir desta área que toda a empresa vai se desenvolver, desde a gestão de colaboradores, os valores de serviços e produção, até os custos fixos. Com o caixa em dia, é possível crescer e faturar cada vez mais.

Fábio Ieger, CEO da fintech iCertus, ressalta a importância do planejamento financeiro para alcançar objetivos e ter uma empresa de sucesso. “Quando se trata de um negócio, é possível utilizar a analogia da carroça, sendo que alguns setores são responsáveis por fazê-la andar. Entre os setores que atuam como cavalos estão produção, compras e vendas, extremamente necessários para o desenvolvimento da empresa. O financeiro atua como o carroceiro, responsável por direcionar os cavalos para os lugares certos. É por esse motivo que a organização das finanças precisa receber atenção”, explica.

Os principais problemas de uma empresa costumam estar relacionados ao dinheiro. Muitas vezes o gestor não reconhece despesas ou mesmo não sabe o custo de um produto vendido, o que pode gerar um grande prejuízo a curto ou longo prazo.

Por essa razão, o primeiro passo para iniciar o processo da organização é a documentação de informações simples, como as compras realizadas, custo de matéria prima, pagamentos de funcionários e outros valores dos quais a empresa depende. Existem diversas ferramentas que podem ajudar a reunir esses dados para análise. “Atualmente é possível encontrar planilhas de controle e gestão financeira gratuitas na internet, o próprio Sebrae oferece esse tipo de conteúdo”, orienta o empresário.

A iCertus também possui um sistema próprio de gestão empresarial. Além da organização das finanças, também oferece controle de estoque, compras, vendas e até mesmo emissão de notas fiscais. Empresas que emitem até 20 notas mensais podem utilizar o software gratuitamente.

Segundo Fábio, a principal dificuldade dos gestores é o hábito de reconhecer e registrar valores nessas plataformas. “Não existe estudo de gestão financeira desde a escola e isso também impacta os hábitos de cada pessoa. Então é necessário buscar esse conhecimento e as ferramentas necessárias para mudar esses costumes, independentemente de ser pessoa física ou jurídica”, recomenda o CEO.

Para os pequenos empresários, uma das dicas de Fábio é diferenciar o lucro dos negócios do próprio salário porque, ao misturar os valores, o empreendedor pode acabar utilizando o dinheiro da empresa para fins pessoais. Além disso, ele ressalta a importância de um fluxo de caixa saudável e uma reserva para emergências.

Em casos de necessidade, também é possível optar por empréstimos com juros mais baixos, mas o especialista recomenda cautela. “É necessário saber onde o valor será aplicado, seja uma dívida, compra de insumos ou na organização, afinal essas informações são importantes para os credores. O crédito também pode ser utilizado para fazer investimentos na empresa, para que ela possa permanecer atuando de forma saudável”, ele finaliza.

Além de ferramentas tecnológicas para gestão de empresas, a iCertus oferece linhas de crédito especiais para empreendedores, com antecipação de recebíveis com uma das menores taxas de juros do mercado, que iniciam em 0,5% ao mês.

 


iCertus

https://www.icertus.com.br/

ig @icertus

 

Uso da internet atingiu 81% da população em 2020

Pesquisa mostra que o Brasil tem 152 milhões de usuários; crescimento de uso doméstico requer atenção com segurança digital


A quantidade da população brasileira que utiliza a internet aumentou em 2020, passando de 74% da população em 2019 para 81% no ano passado, o que representa 152 milhões de usuários acima de 10 anos. O crescimento do uso da rede de computadores foi maior nas classes econômicas mais baixas e impulsionado pela pandemia. Os dados são da pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, divulgada em agosto deste ano. 

O levantamento mostra um aumento da proporção de usuários de internet na comparação com 2019, com mais força entre os moradores das áreas rurais – de 53% em 2019 para 70% em 2020; entre os habitantes com 60 anos ou mais (de 34% para 50%); no meio daqueles com Ensino Fundamental (de 60% para 73%); e entre as mulheres (de 73% para 85%). A pesquisa também revelou que o acesso tecnológico teve aumento, principalmente, nas residências das classes C e D/E. Na classe C, passou de 80% para 91%. E nas classes D/E de 50% para 64%. Porém, as classes mais altas, com maior escolaridade e mais jovens, ainda é a faixa com maior acesso à internet.

Segundo o estudo, houve um crescimento na quantidade de computadores nos domicílios: a porcentagem saltou de 39% em 2019 para 45% da população em 2020. O coordenador de Data Center e Administração de Redes do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Elton Vinicius Rauh, comenta que a alta no número de equipamentos é consequência da necessidade de realizar algumas atividades em casa durante o ano de pandemia, em 2020. “Como diversas empresas migraram para o home office, houve uma procura maior por notebooks e computadores. Além disso, as crianças começaram a estudar em casa. Então, muitos pais precisaram se adaptar a essa nova realidade”, explica.  

Segundo Elton, com um número maior de usuários e conectividade mais expressiva, é preciso estar atento às questões de segurança digital. “É sempre importante reforçar que é necessário cuidado no momento de acessar informações na internet. Os usuários devem evitar salvar suas senhas no computador. Além disso, a orientação é trocá-las periodicamente”, destaca. Ter atenção aos downloads e aos falsos e-mails e anexos também são recomendações do coordenador. “Verificar se o site é realmente confiável para que seus dados não fiquem desprotegidos. Atualizar o antivírus é um auxílio na segurança do computador também”, garante. 

Com o maior acesso à internet entre crianças e adolescentes, recomenda-se que os pais também fiquem atentos ao uso da tecnologia pelos filhos. “Os pais precisam orientá-los sobre os riscos da divulgação de informações pessoais na internet. Também para que tenham cuidado com os sites que podem estar sendo acessados. Depende disso a proteção e segurança do aparelho. E lembrar de dialogar com a criança sobre os conteúdos e sobre com quem estão tendo contato na internet”, comenta. 

 


ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

 www.ici.curitiba.org.br

 

Em registro raro, brasileiros fotografam aurora boreal e erupção vulcânica na Islândia

Uma das combinações mais raras entre os fenômenos naturais: a aurora boreal e uma erupção vulcânica na mesma região
Marco Brotto


Um grupo de brasileiros teve a sorte de presenciar a olho nu uma das combinações mais raras entre os fenômenos naturais: a aurora boreal e uma erupção vulcânica na mesma região. A explosão do vulcão perto do Monte Fagradalsfjall, a 40 quilômetros da capital, surpreendeu turistas brasileiros pela primeira vez após a liberação da fronteira da Islândia desde o início da pandemia de Covid-19. 

A expedição, comandada por Marco Brotto, conhecido como O Caçador de Aurora Boreal, teve a chance de registrar o espetáculo durante meia hora. “Foi impressionante ver o rio de lava e na sequência a aurora boreal, dois fenômenos raros da natureza e que aconteceram ao mesmo tempo no mesmo lugar. Uma experiência deslumbrante e totalmente atípica”, conta Brotto, que junto com o grupo não deixou passar a oportunidade e sobrevoaram a cratera com helicópteros. 

Marco Brotto, o caçador de Aurora Boreal
Marco Brotto

O grupo de brasileiros viajou para a Islândia após o país liberar a entrada de turistas mediante a comprovação da vacinação por imunizantes aprovados pela Organização Mundial de Saúde. A próxima expedição comandada por Marco Brotto para ver a aurora boreal na Islândia acontece em novembro. Mais informações em auroraboreal.com.br.


Dia Mundial do Turismo: especialista aponta tendências do setor para o pós-pandemia

Regina Costa, professora do curso de Turismo da Cruzeiro do Sul Virtual, destaca os principais desafios para essa retomada

 

No mês de setembro, no dia 27, é celebrado o Dia Mundial do Turismo, uma das mais importantes atividades econômicas da atualidade. Entretanto, devido ao cenário de pandemia, o Turismo foi um dos setores mais prejudicados, seja no Brasil ou no mundo, com bloqueio e restrições de pessoas, isolamentos, fechamento de fronteiras, entre outras medidas necessárias a fim de conter a Covid-19. Diante desse contexto de adaptações e incertezas, quais são as perspectivas para o Turismo no pós-pandemia?

Segundo Regina Costa, professora do curso de Turismo da Cruzeiro do Sul Virtual, a tendência é que o setor retome lentamente as atividades. “Com o início da vacinação mundial e o relaxamento da quarentena, alguns países estão liberando as suas fronteiras e o turismo doméstico começa a respirar com um pouco mais de tranquilidade, tendo um aumento na procura de viagens nacionais”, indica.

Quanto ao planejamento de viagens com foco em segurança, a especialista destaca que as viagens mais curtas e próximas do local de origem, terão prioridade neste período. Regina aponta que as pessoas vão priorizar locais com menor procura ou em baixa temporada, como forma de evitar aglomerações.

“Um outro aspecto muito importante, diz respeito aos protocolos que estão sendo adotados por alguns países, como a exigência dos comprovantes de vacinação, seja ela de dose única ou de duas doses. Esta exigência representa uma estratégia relevante para minimizar o risco de contaminação entre as pessoas e que deve ser levado em consideração no momento de planejar uma viagem”.

Para Regina, no pós-pandemia, a readequação nas estruturas físicas dos hotéis, serviços oferecidos, oferta de tecnologia de ponta, segurança sanitária, serão fatores relevantes e que merecem atenção dos empreendedores do setor. “Todas essas adaptações são reflexo da mudança no comportamento dos consumidores, tanto no que diz respeito às viagens internacionais como ao turismo doméstico. A mudança de padrões e as exigências dos viajantes/consumidores são nítidas e o turismo em geral precisa seguir essa linha”, analisa.

A especialista aponta que o Turismo levará um tempo para se recuperar e chegar aos mesmos patamares que alçou em 2019, quando representou um crescimento de 2,6%, segundo dados do Governo Federal. O gasto previsto com as adequações serão necessários e irão representar desequilíbrios para alguns empreendedores menores que já estão fragilizados frente à crise decorrente da pandemia. Porém, o setor exige esta adequação para que este mesmo empreendedor consiga permanecer suas atividades.

As novas mudanças exigidas, sejam eles comportamentais ou na estrutura de seus serviços, serão essenciais para atender as expectativas dos viajantes. A especialista analisa e destaca os principais desafios do setor no pós-pandemia:

  • Segurança sanitária: os consumidores estão mais criteriosos e buscando experiências que tragam segurança sanitária, portanto este será um elemento primordial no momento da escolha e pequenos detalhes farão toda a diferença;
  • Tecnologia: fator essencial para o viajante que busca praticidade na hora de fazer o autocheck-in ou autocheck-out, por exemplo, permitindo maior agilidade ao dar entrada e saída nos hotéis ou até mesmo nos aeroportos. Assim, esta praticidade diminui o volume de pessoas a serem atendidas. Um outro elemento importante diz respeito ao home office que permite trabalhar onde estiver, desta forma, os recursos tecnológicos também são considerados facilitadores na hora da escolha;
  • Esporte, lazer e bem-estar: muito viajantes buscam por experiências e atividades ao ar livre. Neste sentido, as redes hoteleiras devem estar preparadas para atender os anseios destes viajantes, oferecendo opções de lazer, esporte que venham de encontro as suas expectativas;
  • Estruturas físicas: também são pontos bastante procurados na escolha de uma experiência hoteleira ou um pacote de turismo. Os espaços abertos estão ganhando destaque, bem como espaços que não exijam higienização complexas ou demorada vem sendo priorizados na escolha. A diminuição de objetos de decoração, uso de almofadas, jornais ou revistas, que normalmente seriam compartilhados, fazem parte de novas tendências que vieram para ficar;
  • Fluxo de viajantes para um mesmo destino: com a escolha por destinos mais próximos, o turismo rural, ecoturismo e o turismo de aventura estão em alta. Já os pacotes para cruzeiros marítimos estão sendo oferecidos, mas de acordo com os protocolos de segurança, o passageiro deverá apresentar no ato do embarque o teste de Covid-19 realizado no período de 1 a 3 dias antes do embarque e todos os protocolos continuarão sendo exigidos durante a viagem. Cabe a cada país definir quais as regras e protocolos a serem seguidos.

 


Cruzeiro do Sul Virtual

www.cruzeirodosulvirtual.com.br 

Nosso Jeito de Ensinar


Time de donos: o futuro chegou

Liderança por contexto, e não por controle. Essa foi a frase que mais me marcou na minha última leitura “A Regra é não ter regras” do CEO da Netflix. Uma liderança que alinha ao invés de controlar é uma liderança que traz contexto, verdade e oportunidade de construir em conjunto. Mas será isso mesmo o que as pessoas buscam?

Minha experiência com equipe demonstra que poucos realmente gostam da autonomia em 100%, ou melhor, poucos se adaptam a esse tipo de gestão. Por muitas vezes, afirmamos que não gostamos de rotina e repetição. Mas, na prática, é extremamente desconfortável ter problemas o tempo todo para resolver, ter que tomar decisões e se responsabilizar pelas consequências. Sem falar em ter que manter a motivação e consistência para assegurar a produtividade necessária.

Portanto, dizer que quer autonomia e está disposto a desenvolver todas as skills necessárias para lidar com o peso da responsabilidade recebida são desafios quase opostos.

No limite, ter autonomia é sobre tomar risco. E tomada de decisão e consequência nem sempre estão em linha com as metas pré-definidas que temos no dia a dia de uma empresa. É pela aversão a riscos que muitos têm preguiça de empreender. Evitam conversas difíceis, têm baixa entrega no trabalho, tudo intimamente relacionado à nossa capacidade de se arriscar.

De um lado temos o que dizemos, do outro o que fazemos. E liderar é sobre lidar com todas as facetas humanas, as ditas e as não ditas. Um tanto quanto filosófico, eu sei, mas é importante ter isso em mente para seguirmos por aqui.

Percebo que quando entrei no mercado formal de trabalho, há cerca de oito anos, a escola que a liderança da época possuía era a de muito controle e pouca autonomia. Times limitados aos “to do’s”. Muito microgerenciamento de tarefas, baixa capacidade de adaptação, e de tomar decisões. Um time executor. Com o passar do tempo, vieram as novas necessidades e nova geração de liderança. Além da entrada dos millennials no mundo corporativo, muita coisa tem mudado. Não trabalhamos mais por “to do’s”, mas sim quando temos significado e pertencimento com aquilo que nos foi proposto. Um time missionário.

Por isso, saímos do fazer para o porquê fazer. E os novos líderes foram permitindo as equipes a autonomia com contexto. Foi aí que o até então time executor passou a ser um time de donos.

O dono precisa ter entendimento do negócio, informações e dados, para definir até onde está disposto a arriscar. O dono quer construção de longo prazo. Legado e perpetuidade daquilo que se dedicou. Quer crescimento, participação na visão de futuro do negócio. E acredito que somente com esse valor instaurado na cultura do time, a autonomia vale a pena.

Para ter um time de donos, é preciso deixar a equipe livre para tomar decisões, arcando com a responsabilidade das suas escolhas. Buscar pessoas que estejam dispostas a colocar a pele em jogo. Questionar, tomar risco e mudar o que for preciso, sem tirar o foco do objetivo maior.

Se você ainda está em dúvida se essa liberdade toda funciona em equipe, te convido a imaginar o mundo daqui alguns anos no seguinte formato: total acesso a dados, tecnologia em escala global, machine learning e muita sofisticação na tomada de decisão. As equipes vencedoras serão as que dependem de um visionário ou de um time inteiro de donos? Sem dúvidas, prefiro apostar nos donos. Várias cabeças pensantes se preocupando com o negócio, ao invés do siga o mestre sem questionar.

A verdade é que o futuro chegou. E se adaptar a ele inclui uma revisão dos nossos valores, comportamentos e hábitos. Empresas e times que não se comprometerem com a humildade da adaptação, a coragem da tomada de decisão ágil e o mindset aberto para errar e aprender já estão em déficit com o novo mundo. Liberdade com responsabilidade. Contexto com confiança. É lá que queremos chegar.

 


Isabelle Araujo - Diretora de Operações da TotalPass, empresa de benefício corporativo para a prática de atitivdade física.

 

MILHARES DE BRASILEIROS PODEM SE LEGALIZAR NOS EUA

Após aprovação de projeto, brasileiros podem ficar de forma legalizada na terra do tio Sam. Especialista em processos migratórios, Arleth Bandera, fala sobre o assunto

 

O projeto do congressista da Califórnia, Alex Padilla, visa deixar os milhares de imigrantes, não só os ilegais, mas também aqueles que possuem visto de estudante, de turista, de trabalho, entre outros, de forma legalizada nos EUA.

Liderado pelo senador, seu primeiro projeto de lei no Congresso, tem como alvo os 5 milhões de trabalhadores sem status legal nos EUA, que trabalham no transporte público, saúde, agricultura e outros serviços que não pararam durante o lockdown. Considerados serviços essenciais, o “essencial work” tem como objetivo beneficiar todos os indocumentados que trabalharam na linha de frente durante a pandemia do Covid-19. O projeto de lei visa conceder o status de Residência Legal, mais conhecido como Green Card.

"Esses heróis arriscaram a saúde e suas vidas para manter nossas comunidades seguras e nossa economia em movimento e conquistaram um caminho para a cidadania. Meus pais imigraram do México para os Estados Unidos. Meu pai trabalhava como cozinheiro e minha mãe costumava limpar casas, trabalhos que hoje seriam considerados essenciais”, argumenta Alex Padilla, congressista da Califórnia.

Com esse documento o imigrante passa a contar com os mesmos direitos de um cidadão americano. Pode trabalhar em qualquer local do País, fazer cursos com preços mais em conta, além claro, de ficar de forma legalizada. Mas fique de olho, o cartão que garante a residência na terra do tio Sam, não permite que indivíduo permaneça mais de um ano fora do país.

Para conseguir esse documento, várias pessoas entram em contato com especialistas em processos migratórios, que é caso da Arleth Bandera, brasileira que mora no Vale do Silício, Califórnia e CEO da Eagle Intercâmbio, primeira e única agência de intercâmbio feita 100% de brasileiros. “Aqui na Eagle trabalhamos com vários processos migratórios, como o green card. Esse projeto do Alex Padilla ajudará milhares de imigrantes a permanecerem de forma legalizada nos EUA e acredito que será uma grande vitória para muitos, que contribuem com a economia local e poderão se tornar cidadãos” – resume.  

Ainda segundo a especialista em processos migratórios, a procura pelo processo de Green Card, aumentou 50% em comparação com o ano passado e com esse novo projeto a tendência é aumentar ainda mais nos próximos meses. “O processo deve ser feito por uma equipe especializada, já que envolve o levantamento dos documentos, preenchimento de formulários até as sessões com o departamento de imigração.”, conclui Arleth Bandera.  

Para saber mais detalhes sobre o projeto de lei, se você se enquadra nos milhares de beneficiários e quer prosseguir com a solicitação do Green Card, acesse: www.eagleintercambio.com

 


Eagle intercâmbio

www.eagleintercambio.com

 

Projeto de Lei em apreciação pode retroceder o avanço da medicina reprodutiva no Brasil

Segundo especialista, o PL 1.184/2003 pode acabar com o sonho de ser pais de milhares de brasileiros

 

No último mês, a Reprodução Assistida brasileira tem vivenciado um intenso debate pela apreciação na Câmara Federal, do Projeto de Lei 1.184, concebido ainda no ano de 2003. Face à mudança da sociedade que antigamente a primeira gravidez ocorria antes dos 30 anos e hoje a formação dos casais é múltipla e tardia, habitualmente com menos de dois filhos, destacam-se pontos, como a aplicação da técnica somente para mulheres ou casais heterossexuais, a proibição da “barriga solidária”, a fertilização de no máximo 2 óvulos por procedimento, a obrigatoriedade da implantação de embriões no mesmo momento de sua formação, com a consequente proibição da criopreservação, a obrigatoriedade de que o doador de gameta só o possa fazer para uma pessoa, a quebra do anonimato na doação por vontade da pessoa nascida por esta técnica, a proibição da biópsia embrionária, além da reclusão para os profissionais da saúde em caso de descumprimento da norma. 

“É preciso entender que só o envelhecimento já traz uma natural dificuldade na concepção espontânea, sobretudo para as mulheres, face à perda da qualidade de seus óvulos. Logo a capacidade reprodutiva não é um “dom divino”, como muitas vezes abordado, mas, sim, uma necessidade de saúde pública. Devemos considerar que a Reprodução Assistida não envolve só bases biológicas, mas considerações éticas e morais, que são necessárias para a proteção dos genitores, de seus descendentes e todas as pessoas envolvidas”, explica Eduardo Motta é médico e fundador da Huntington Medicina Reprodutiva. 

Após os 35 anos, as mulheres necessitam e se beneficiam deste tipo de serviço, pois a taxa de infertilidade cresce exponencialmente e, nestes casos, de cada três embriões formados, dois deles jamais conseguirão se desenvolver, pois irão apresentar alterações no correto número de cromossomos. Ao longo do envelhecimento, a ovulação apresenta uma maior incidência de erros, pois a meiose é imperfeita, logo a proporção da metade genética materna se dá incorretamente. Fertilizar dois óvulos em uma mulher de 35 anos determina uma menor taxa de sucesso e corrobora com maiores complicações, frente à necessidade do aumento no número de procedimentos, compensatórios desta limitação. Sendo que, segundo especialistas, apenas a observação visual não consegue equacionar este fato, além do possível maior número de nascidos malformados. 

De acordo com Eduardo Motta, “ao se limitar o reconhecimento do melhor embrião através da biópsia, o PL acaba determinando que este tem que ser colocado em um útero “a fresco”, possivelmente não ideal, o que pode levar a uma perda de embriões viáveis, que teriam melhor perspectiva se corretamente transferidos em condições propícias. Neste caso, alguém poderia argumentar que a lei induz ao aborto”. O especialista ainda completa “Nossa sociedade é formada não apenas por casais heterossexuais, mas pela pluralidade de conceitos, assim como mulheres que nasceram com malformações uterinas ou possam ter algum impedimento de saúde para a concepção”. 

Segundo os dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), do Ministério da Saúde, em 2017, houve o congelamento de mais de 75 mil embriões, aumento de 13% em relação a 2016. Se for considerado que são feitos 35 mil tratamentos/ano e partindo do princípio de que 2 embriões já foram implantados, este número reflete a produção extra de menos de 2 embriões por casal que teriam uma segunda chance sem necessidade de novos ciclos. Além disso, a maioria destes embriões se referem àqueles com a indicação da biópsia embrionária, quando o congelamento é obrigatório. Logo foram criopreservados enquanto aguardavam o resultado, já o SisEmbrio não diferencia os normais guardados dos anormais descartados. 

“O debate deve agregar aos vários setores de nossa sociedade e reconhecer a diversidade para que o equilíbrio das posições prevaleça. Neste cenário ideal, é possível formular diretrizes de uma população crescente e agora agravada pela pandemia. Inclusive é importante reconhecer que o planejamento familiar não diz respeito apenas às políticas de contenção e, sim, de dar o direito a cada lar brasileiro determinar suas reais necessidades reprodutivas”, conclui o médico.


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