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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Brasil promove principal evento de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita da América Latina



De 22 a 24 de novembro o Centro de Convenções Goiânia, em Goiás, reúne centenas de médicos do Brasil e do exterior para a 35a edição do maior evento de arritmias cardíacas da América Latina e um dos mais representativos do mundo, promovido pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).  São três dias de mais de 100 atividades em torno de discussões científicas capitaneadas por grandes nomes da cardiologia nacional e internacional de 10 países diferentes.

“É sem dúvida o mais importante congresso de atualização profissional que integra conteúdos científicos mais recentes para o tratamento das arritmias cardíacas, doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros e causa a morte de mais de 320 mil deles todos os anos”, relata o presidente do evento, o cardiologista Anis Rassi Jr.
Contando com formato dinâmico de apresentação multidisciplinar entre profissionais da área clínica, eletrofisiologia e estimulação cardíaca artificial, a programação do Congresso Brasileiro da SOBRAC tem entre seus destaques o simpósio conjunto com a Sociedade Latino Americana de Ritmo Cardíaco (LAHRS) sobre atualização em terapia de ressincronização cardíaca; simpósio Luso-Brasileiro sobre inovações no tratamento das arritmias cardíacas e na estimulação cardíaca artificial; o simpósio conjunto com a Sociedade Europeia do Rítmo Cardíaco (EHRA) sobre novas indicações e avanços na ablação por cateter; dois cursos interativos sobre mistérios da fibrilação atrial e os dilemas no manejo das arritmias cardíacas; mesas-redondas, conferências e debates abordando temas de interesse global como: doença de Chagas, CDI subcutâneo, síncope, arritmias na sala de emergência, arritmias geneticamente determinadas e manejo da fibrilação atrial após resultados de estudos randomizados recentes.
“A grade do evento compreende o contexto das arritmias cardíacas no mais amplo aspecto de suas ocorrências, em tipos e públicos acometidos, de bebês a idosos, considerando as práticas mais inovadoras de tratamento de acordo com as características da doença e perfil de paciente”, relata o presidente da SOBRAC e coordenador geral do Congresso, dr. José Carlos Moura Jorge.

Sobre as arritmias cardíacas:

Arritmia cardíaca é a alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações do ritmo cardíaco.  
As arritmias podem ser benignas e malignas. Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. 


Qual é o ritmo cardíaco adequado?

A frequência cardíaca é medida pelo número de pulsação do coração por uma unidade de tempo, geralmente em minutos, expressada por BPM (batimentos por minuto). A frequência cardíaca normal é de 50 bpm a 100 bpm. No entanto, quando os batimentos estão em 100 bpm em repouso, são considerados altos; abaixo de 50 por minuto, em situações de repouso, são considerados baixos. 


Quais são os tipos de arritmias cardíacas?

De forma geral, existem dois tipos de alteração do ritmo cardíaco: a taquicardia, quando o coração bate rápido demais, e bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Em ambas as situações, a pulsação pode também ser irregular, em descompasso, sendo sua pior consequência a morte súbita cardíaca (MSC). Para estas situações é imprescindível o tratamento. 


Qual a gravidade?

Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca e morte súbita; em outras circunstâncias, apenas sintomas. 


O que é a morte súbita?

A morte súbita cardíaca ocorre de forma instantânea, inesperada, causada pela perda da função do músculo cardíaco, em consequência às alterações do ritmo cardíaco. Geralmente, está associada a doenças como infarto do miocárdio, hipertensão arterial, valvopatias, cardiopatias congênitas e miocardiopatias (doença de Chagas; miocardiopatia hipertrófica, quando há um aumento no tamanho do músculo cardíaco e que causa arritmia; displasia arritmogênica do ventrículo direito, quando as células do músculo cardíaco são substituídas por células gordurosas, dentre outras). 


Quem está sujeito às arritmias cardíacas e à morte súbita?

De modo geral, pacientes com cardiopatia estrutural. Entretanto, qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca, independentemente de faixa etária, sexo ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e atletas. 


Quais os sintomas de uma arritmia cardíaca?

Os principais sintomas das arritmias cardíacas são cansaço, palpitações, desmaios, tontura, confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. 


Como é o diagnóstico da arritmia cardíaca?
Quando uma pessoa percebe que seu coração está batendo de forma inadequada, deve procurar um cardiologista para avaliação inicial. O médico fará um exame clínico detalhado e, se necessário, solicitará exames complementares. 


Qual tratamento de uma arritmia cardíaca?
Quem determinará o tratamento adequado é o médico especialista em arritmias. Os tratamentos mais comuns são: medicamentoso, por ablação por cateter ou ainda por Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI), como Marcapasso (MP), Cadioversor Desfibrilador Implantável (CDI) ou Ressincronizador. 


Como prevenir as arritmias cardíacas e a morte súbita?

Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, manter uma alimentação adequada, não ingerir ou não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos e não fazer uso de tabaco. Também é importante dar atenção à saúde emocional e evitar o estresse.

Embora toda atividade física e/ou esportiva traga benefícios à saúde, antes de iniciá-la deve-se ter orientação de um especialista. 

Por fim, é recomendado consultar-se regularmente com um cardiologista, pelo menos uma vez por ano, e prestar atenção aos sinais do seu coração: pulsações irregulares, batimentos cardíacos intensos e cansaço demasiado sem motivo aparente. 




Programação Oficial do 34º Congresso Brasileiro De Arritmias Cardíacas: http://bit.ly/2DIybsa

XXXV Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas
Data: 22 a 24 de novembro de 2018
Local: Centro de Convenções de Goiânia
Endereço: Rua 4, 1.400 - Setor Central, Goiânia (GO)

Bebês prematuros têm maior risco de apresentar crises epiléticas


Risco é 6 vezes maior para os prematuros quando comparados aos bebês que nascem após 37 semanas de gestação



Estamos no Novembro Roxo, mês eleito para falar sobre a prematuridade. 

Apesar dos avanços da medicina neonatal, o número de partos que ocorrem antes que a gravidez complete 37 semanas ainda é alto. São cerca de 340 mil por ano, em todo o mundo. Uma das consequências de nascer antes do tempo previsto é o aumento do risco de apresentar crises epiléticas neonatais (CEN).

De acordo com estudos, peso abaixo de 1,5 kg é um importante fator preditor das crises epilépticas em prematuros, sendo a incidência seis vezes maior quando comparada aos bebês que nasceram a termo, ou seja, após 37 semanas de gestação.

Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, especialista Neurofisiologia e Eletroencefalografia, as crises epilépticas são mais comuns após o nascimento (período neonatal) do que em qualquer outra fase da vida. “Chamamos de período neonatal os primeiros 28 dias após o nascimento nos bebês nascidos a termo e até as 44 semanas de idade gestacional nos bebês prematuros (pré-termos)”, comenta. 

 

Cérebro de prematuro é mais vulnerável

A neuropediatra explica que o cérebro de um bebê prematuro é mais vulnerável. “Isso porque além de não ter a proteção do ambiente intrauterino, está mais sujeito a sofrer lesões que os bebês que nascem a termo, sem contar a imaturidade do cérebro, que é comum em todos os bebês recém-nascidos”, diz.

Algumas lesões cerebrais aumentam o risco de desenvolver as crises epiléticas neonatais. “Nos bebês prematuros, especialmente naqueles que nascem antes de 32 semanas de gestação, as crises epiléticas são mais frequentemente associadas a uma lesão cerebral aguda, como a hemorragia intraventricular. Nos demais, a causa mais comum é encefalopatia isquêmica hipóxica”, cita Dra. Andrea.

A encefalopatia isquêmica hipóxica é uma síndrome neurológica relacionada, na maioria dos casos, à asfixia perinatal ou a condições que cursem com hipoxemia (falta de oxigênio), isquemia (restrição da circulação sanguínea) ou acidose, antes ou durante o parto. Uma das consequências desta síndrome são as crises epiléticas.

 

Detecção precoce é crucial

O diagnóstico das crises epiléticas neonatais nos prematuros pode ser desafiador. “Isso acontece porque, em muitos casos, as convulsões acontecem sem sinais clínicos aparentes, porém podem ser detectadas no eletroencefalograma (EEG). Entretanto, mesmo no EEG, é preciso um profundo conhecimento, já que a atividade cerebral varia muito de acordo com a idade gestacional”, comenta Dra. Andrea.

“Os sinais das crises epiléticas nos recém-nascidos podem ser sutis, além do fato de que os bebês podem apresentar movimentos que imitam uma convulsão. Isso é agravado quando o bebê é prematuro, principalmente quando permanece sedado e sob ventilação mecânica, por exemplo. Esses aspectos podem mascarar os sintomas clínicos das crises epiléticas”, cita a especialista.

 

Monitoramento constante

Os recursos da medicina neonatal são imprescindíveis para os bebês prematuros. Além do acompanhamento do bebê por um neuropediatra na UTI neonatal, há necessidade de monitoramento da atividade cerebral por meio do EEG de forma constante.

“Infelizmente, a presença de atividade convulsiva ao nascimento está associada a problemas no neurodesenvolvimento, assim como a uma maior taxa de mortalidade. Entre algumas sequelas, podemos citar condições como paralisia cerebral, microcefalia, deficiência auditiva, visual, problemas cardíacos e epilepsia pós-natal”, explica Dra. Andrea.

 

Prevenção

A prevenção ainda está fortemente ligada à gestação. Ou seja, é preciso adotar todos os cuidados durante a gestação para evitar que o bebê nasça antes do tempo previsto. Felizmente, hoje cerca de 80% dos prematuros sobrevivem.

“Por outro lado, é preciso se preocupar com as sequelas ou morbidades associadas à prematuridade, como as crises epiléticas e demais lesões cerebrais. Por isso, o papel do neuropediatra é essencial, tanto na maternidade, quanto ao longo da vida, no acompanhamento do desenvolvimento dos prematuros”, encerra Dra. Andrea.


Queimaduras químicas afetam muito os olhos de crianças pequenas


Crianças com idades entre 1 e 2 anos correm um risco muito maior de queimadura química ocular do que anteriormente reconhecido, e os esforços efetivos de prevenção devem incluir considerações para essa faixa etária.



Crianças de um a dois anos estão em maior risco de queimar os olhos com produtos químicos, apesar da crença de que os adultos em idade laboral eram os mais expostos a esse tipo de lesão ocular grave, aponta uma nova  pesquisa de saúde pública.

“As descobertas, divulgadas no JAMA Ophthalmology, destacam a necessidade de educar o público sobre o que parece ser evitável e potencialmente causador de lesões permanentes. As fábricas e empresas onde os produtos químicos perigosos estão em uso possuem precauções contra incidentes, como óculos de segurança e tratamentos, como estações de lavagem de olhos. Acredita-se que este estudo seja o primeiro a salientar que as crianças estão realmente em risco”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Segundo os autores do estudo, “são lesões terríveis, que ocorrem com maior frequência nas crianças mais pequenas e são totalmente evitáveis. Essas crianças não lidam com produtos químicos no trabalho. Elas são prejudicadas principalmente porque entram em contato com produtos químicos, como produtos de limpeza domésticos, que são incorretamente armazenados".

“As queimaduras químicas dos olhos estão entre as lesões oculares mais críticas e graves porque continuam a queimar o olho após o contato e podem danificar as estruturas internas de forma irreparável’”, explica Eduardo de Lucca, oftalmologista do IMO.
Acredita-se que o estudo seja o primeiro a usar uma amostra nacional em todas as faixas etárias. Para sua pesquisa, os autores analisaram quatro anos de dados das amostras do Departamento de Emergência Nacional, que inclui informações de cerca de 30 milhões de visitas anuais de emergência de mais de 900 hospitais nos EUA. Entre 2010 e 2013, houve mais de 144 mil consultas de emergência relacionadas a queimaduras oculares químicas em todo o país. As lesões mais comumente ocorriam em casa, eram mais comuns entre aqueles na metade inferior da escala de renda e eram mais propensas de ocorrer no Sul.

“As lesões eram mais comuns entre as crianças de um e dois anos. Crianças de um ano são duas vezes mais propensas a sofrerem queimaduras oculares do que as crianças de 2 anos. As lesões em jovens caem substancialmente depois que as crianças têm idade suficiente para entender os perigos; com um ano de idade são 13 vezes mais prováveis de queimar os olhos do que aos sete anos de idade”, diz o médico.
Os autores defendem que a chave para reduzir essas lesões é manter produtos de limpeza doméstica e outros produtos químicos - principalmente produtos em garrafas de pulverização - fora do alcance de crianças pequenas. Defendem também uma mudança simples no projeto das garrafas de spray, com a implementação de uma trava que as bloquearia, após cada uso, o que teria um impacto real.

“Essas lesões podem ocorrer em um instante. Deixar os produtos químicos domésticos e os limpadores inacessíveis para crianças pequenas é a melhor maneira de pôr fim a isso. Segundo os autores, os tipos mais comuns de lesões em crianças pequenas são causadas por agentes alcalinos - comumente encontrados em produtos de limpeza - e não de ácidos, como bateria e ácidos sulfúricos. Os agentes alcalinos tendem a causar mais danos porque as queimaduras continuam causando lesões por mais tempo nos olhos. Se alguém tiver contato com esses produtos químicos nos olhos  deve imediatamente lavá-los com água, algo que pode ser feito jogando a água da torneira sobre os olhos por muitos minutos”, destaca Eduardo de Lucca.

Enquanto as crianças de um ano e dois têm as maiores taxas de queimaduras oculares químicas por ano, individualmente, as pessoas em idade laboral ainda estão em alto risco. Os jovens de 20-29 anos têm as taxas mais altas, seguidas dos de 30-39 anos, 40-49 anos e 0-9 anos de idade. Isso mostra que ainda há margem para melhorias nos locais de trabalho.

As queimaduras oculares químicas são um problema considerável nos Estados Unidos. A pesquisa mostra que as estratégias de prevenção específicas para cada idade precisam ser postas em prática para manter as pessoas seguras contra lesões devastadoras.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

  

A crescente relevância e a importância dos fixers de reputação online



O que são fixers e como fazem a gestão de reputação digital?


Muitos comentaristas políticos e observadores notaram que esta é a era da pós-verdade. O termo foi associado pela primeira vez à política. A política pós-verdade, também conhecida como política pós-factual ou política pós-realidade, lida principalmente com emoções e não com fatos irrefutáveis. Aqueles que praticam a política de apelo às emoções negam, é claro, que não são factuais. É um pouco discutível se somos ou não atormentados pela política pós-verdade, porque políticos de todos os lados, representando todas as ideologias, estão habituados a usar fatos que lhes são convenientes, que promovem sua causa e podem ajudá-los a alcançar seus intentos. O que está além da disputa e, além de qualquer dúvida, é que estamos vivendo na era das notícias falsas.

Notícias falsas talvez não tenham atingido o seu auge, mas já são onipresentes e onipotentes. É cada vez mais difícil distinguir a verdade da falsidade e vice-versa. As pessoas estão constantemente se apaixonando por notícias falsas, e isso está em todo o espectro de todas as ideologias. Todo mundo está procurando, e também recebendo, notícias falsas que atendam às suas crenças e saciam seu viés de confirmação. É provável que as pessoas acreditem no que elas acham que é a verdade, de acordo com sua noção preconcebida ou ideologia, e, consequentemente, se contentem com as informações que aceitam como fatos, mesmo que sejam completamente falsas. Essa ameaça está corroendo o próprio tecido do acesso à informação, o compartilhamento de notícias e debates ou discussões factuais. Notícias falsas têm a capacidade de arruinar o discurso de uma forma que nunca foi possível antes.


A realidade volátil da reputação online

Reputação é essencialmente uma crença ou um conjunto de crenças. Reputação tem mais a ver com opiniões do que com fatos. Reputação implica em caráter, honra, notoriedade, influência, fama ou a falta dela, destaque, posição ou estatura, aceitabilidade e prestígio. Denota posição, autoridade, credibilidade ou confiabilidade, eminência ou estima. Mas a reputação ainda é apenas uma opinião. As pessoas acham algumas marcas respeitáveis. As pessoas consideram as celebridades como reputadas. As pessoas identificam certos produtos ou serviços como valiosos e, portanto, seus fornecedores como confiáveis. Essas observações ou inferências derivam de crenças e são baseadas em marketing consistente.

A reputação nunca foi mais vulnerável a ser maculada do que na era das notícias falsas. Uma notícia falsa que se tornou viral pode arruinar a reputação de um indivíduo, empresa ou marca, produto ou serviço, que levou anos e talvez décadas para se construir. A reputação online é volátil. Pode ser ganha durante meses e, em alguns casos, semanas, mas pode ser destruída em alguns dias, em casos raros, em minutos. É por isso que os serviços de fixers de reputação online estão em alta demanda. Já não é mais viável para empresas ou indivíduos esperar e suportar as consequências da reputação on-line difamada. Mesmo que a notícia que está sendo divulgada seja total ou parcialmente verdadeira, medidas devem ser tomadas para mitigar os danos e é isso que os fixers de reputação online podem fazer.


O papel dos fixers de reputação online

O termo fixer existe há muito tempo, mas principalmente em um sentido depreciativo. Fixers têm trabalhado em várias indústrias, em diferentes capacidades, com objetivos específicos. Existem fixers políticos, industriais, esportivos e até de relacionamentos. Além desses, há ainda aqueles que são fixers de reputação online multifacetados. Recentemente, o termo tornou-se uma palavra de ordem, por causa do desenrolar da saga envolvendo Cristiano Ronaldo e Kathryn Mayorga.

Kathryn Mayorga acusou a sensação do futebol, Cristiano Ronaldo, de estuprá-la no dia 13 de junho de 2009. Esta notícia espalhou-se como um incêndio recentemente, mas ela havia ingressado com uma queixa policial na época, e todo o caso foi abafado. Kathryn recebeu uma quantia extrajudicial, não apenas para cortar o caso pela raiz, mas também para evitar que falassem sobre o incidente ou o que se seguiu. Cristiano Ronaldo contratou uma série de fixers, não necessariamente especializados em reputação online. Esses foram encarregados de silenciar a vítima e suprimir o caso para sempre.

Cristiano Ronaldo contratou advogados de alto nível, sendo um deles Carlos Osório de Castro, o principal deles. Castro associou-se a advogados em Las Vegas, desde que o incidente aconteceu em uma suíte do elegante hotel PalmsPlace. Castro, que atua no Porto, em Portugal, montou uma equipe de limpeza. Ele conseguiu um detetive particular para acompanhar Kathryn Mayorga e descobrir tudo sobre ela. O detetive era um ex-policial e usou suas conexões no Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas para sua pequisa.

Schillings, um escritório de advocacia com sede em Londres, especializado em gerenciamento de crises, entrou para a equipe. Lavely & Singer, outro escritório de advocacia com sede em Los Angeles, também foi incluído na equipe em constante expansão para consertar todo o fiasco. Lavely & Singer já representou nomes como Jennifer Aniston e Cameron Diaz no passado. Outro advogado chamado Richard Wright foi contratado em Las Vegas. A equipe posteriormente introduziu um perito forense e um perito médico.

O que aconteceu em 2009 agora é bem conhecido. O caso tinha sido abafado. Kathryn Mayorga recebeu menos de quatrocentos mil dólares para ficar quieta e nunca mais falar do incidente. Só que ela falou! Football Leaks publicou documentos secretos e divulgações que foram contra Cristiano Ronaldo. Agora o mundo já sabe toda a saga. No entanto, a rápida notícia que estava sendo relatado nos jornais, nas mídias eletrônicas, nas redes sociais e nas mídias sociais, parou abruptamente. O mundo não está mais ouvindo sobre o caso. Não há nenhum relatório, nenhuma atualização e nem mesmo um chilro. É isso que os analistas de reputação online conseguiram fazer em 2018. Todo o fiasco que irrompeu novamente foi administrado com firmeza. Ronaldo está de volta a marcar gols e ninguém sabe o que Kathryn está fazendo.


Os fixers de reputação online são soluções de problemas de última geração

Uma coisa é manter o equilíbrio e trabalhar apenas com os ataques esperados na reputação online. É um jogo completamente diferente para administrar uma crise. Interesses adquiridos ou não, quando toda a reputação está à beira de ser totalmente destruída, apenas fixers de reputação online podem ser úteis, para indivíduos célebres ou cidadãos comuns, marcas estabelecidas ou startups e qualquer entidade que tenha algo ou tudo a perder.




Fernando Uilherme Barbosa de Azevedo - Sócio da silicon-minds.com, empresa especializada em reputação online e marketing digital, Fernando Uilherme Barbosa de Azevedo é engenheiro eletrônico, elétrico e industrial, com formação em Web Development e Inovação no Vale do Silício. O autor tem sido destaque como especialista em sua área em muitos veículos de comunicação brasileiros e internacionais, como Forbes, The Entrepreneur e TechStars.

Silicon-minds.com

Chuva, alta velocidade e desgaste nos pneus são uma combinação perigosa


Mal tempo exige mais atenção e prudência dos motoristas para evitar a ocorrência de acidentes


Condições climáticas desfavoráveis podem comprometer a segurança no trânsito. A chuva, além de reduzir a visibilidade do motorista, interfere na aderência e estabilidade dos veículos. Por isso, os especialistas recomendam atenção redobrada aos motoristas durante os momentos de “tormenta” para evitar transtornos e acidentes. A pedido da Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito, especialistas dão dicas para os motoristas dirigirem com segurança na chuva.

Ordeli Savedra Gomes, Tenente Coronel da Brigada Militar em Porto Alegre e especialista em Legislação de Trânsito, afirma que é essencial que os condutores reduzam a velocidade e aumentem a distância entre os veículos em 50%, como recomendam os cursos de direção defensiva. “Levamos de três a quatro segundos para perceber uma situação de risco e, além disso, o tempo de frenagem é maior quando a pista está molhada. Daí a importância de manter uma boa distância entre os carros”, diz Gomes.

A pedagoga e especialista em trânsito Eliane Pietsak enfatiza que, no trânsito das grandes cidades, com uma grande frota de veículos e tráfego intenso, é cada vez mais difícil manter a distância. Contudo, em dias de chuva, essa medida preventiva precisa ser levada mais a sério. “Com uma distância maior entre os veículos dá tempo de frear em caso de emergência ou se algum obstáculo aparecer na pista. Além disso, a velocidade reduzida também é fundamental e evita que os condutores freiem bruscamente para parar o veículo”, recomenda.

Ordeli Gomes acrescenta que chuva não combina com velocidade alta. “O próprio Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 29, determina que a velocidade deve ser adequada às condições climáticas. Em algumas vias, já existem placas de regulamentação de velocidade que orientam os motoristas a andarem mais devagar nestas situações”, informa o Tenente Coronel.

Ele explica ainda que, além do grande volume de água, o óleo derramado e outras sujeiras deixadas pelos caminhões e demais veículos também contribuem para tornar a pista mais escorregadia. “A chuva acaba espalhando o óleo que estava concentrado em parte da via e esse é mais um fator que pode ocasionar acidentes”, alerta Gomes.


Aquaplanagem

A aquaplanagem – que é a perda de contato entre um automóvel e o asfalto em virtude do acúmulo de água sobre o solo – é um dos grandes perigos de dirigir na chuva. “Quando esse fenômeno ocorre, o motorista perde o controle do veículo e não consegue frear, o que pode causar um acidente grave. Os pneus gastos diminuem ainda mais a aderência do veículo, principalmente nas curvas”, destaca Ordeli Gomes.

Eliane Pietsak alerta que quando ocorre a aquaplanagem, os motoristas precisam manter o controle emocional, não se desesperar e, sobretudo, não pisar nos freios. “O instinto do motorista, quando percebe que o carro está desgovernado, é frear. No entanto, para evitar acidentes, o correto é deixar o carro perder a velocidade lentamente e manter as mãos firmes na direção, para deixar o veículo em linha reta”, orienta.


Manutenção em dia

Além de pneus em bom estado, é imprescindível manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom funcionamento e os vidros limpos, desengordurados e desembaçados, para não comprometer ainda mais a visibilidade dos condutores. “A manutenção do veículo é uma questão de prevenção de acidente. Se a chuva for muito intensa e o limpador não der conta, o motorista deve procurar um lugar seguro para parar e se proteger”, informa Eliane Pietsak.



Cuidados para evitar o endividamento insustentável no final do ano

Comprar sem planejamento durante a Black Friday pode levar consumidor a se endividar


O dia 23 de novembro será mais uma Black Friday no Brasil. Os anúncios de descontos expressivos e a expectativa de receber o décimo-terceiro salário podem levar consumidores a caírem na tentação de comprar por impulso e contrair dívidas caras, principalmente no cartão de crédito.

A ausência de educação financeira no Brasil e a falta de planejamento são os principais motivos para o descontrole nos gastos. O mesmo acontece no momento de contratar crédito.

Segundo dados da Boa Vista SCPC, o índice de inadimplência do consumidor no País subiu 1% em outubro, na comparação com o mês anterior.

“É muito comum vermos brasileiros que não tem controle financeiro. Não sabem sequer quanto ganham e gastam mensalmente”, aponta Vargas Neto.

O CEO da Zen ressalta que o crédito é importante para estimular a economia e fomentar investimentos na empresa, em ativos como casa própria, veículo, que muitas vezes também é um instrumento de trabalho. Os bens de consumo por sua vez, devem ser adquiridos conforme necessidade e disponibilidade no orçamento familiar.

“O problema é que no Brasil temos o spread mais alto do mundo. Em países desenvolvidos, onde a taxa de juros é sustentável, a população usa esse importante meio para construção de patrimônio e expansão da economia. Mas para isso precisa de educação financeira e bons produtos financeiros, que são muito limitados no Brasil”, pontua.

Spread é a diferença entre a taxa básica de juros do Banco Central e o que é efetivamente cobrado pelas instituições financeiras.

O cartão de crédito é apontado como um dos maiores vilões e principal causa do endividamento dos brasileiros.

“O cartão de crédito é um excelente produto como meio de pagamento e benefícios. Porém, é um péssimo meio de financiamento. Os juros do cartão são os mais caros do mercado, muitas vezes passando 400% ao ano, tornando-se praticamente impossível de pagar. O pagamento mínimo do cartão é verdadeira receita para o desastre financeiro”, aponta Jorge Vargas Neto, CEO da fintech Zen.

Veja dicas para não ficar inadimplente:

Planejamento: é preciso fazer uma análise do que se ganha e listar os gastos que terá. Só depois disso deve ser definido o que pode ser adquirido no período. Lembrando que no começo do ano há contas que precisam ser pagas como o IPTU e o IPVA;

Controle de gastos: O ideal é ter uma reserva financeira de pelo menos seis meses, para se resguardar caso aconteça algum imprevisto como desemprego, doenças e outros gastos imprevistos;

Cartão de crédito:  Evite entrar no financiamento do cartão, parcelando a fatura ou pagando o mínimo. Se precisar de crédito existem meios muito mais sustentáveis como o crédito pessoal com garantia de imóveis.



Marketing digital: cinco estratégias para uma empresa ter sucesso na internet



 É preciso ter planejamento estratégico para uma divulgação eficaz na internet


A ascensão das redes sociais (bem como da internet) na relação entre empresas, lojas, marcas e consumidores mudou o cenário do marketing no Brasil e no mundo. Apesar disso, muitos empreendedores ainda não sabem como aplicar as estratégias de divulgação necessárias para um negócio bem sucedido; é o que apontou uma pesquisa realizada pela Web Estratégica – consultoria sobre negócios digitais, que diz: 56,4% das empresas investem apenas de 10% a 20% do orçamento de marketing nos canais digitais. 

A internet é um mercado latente para qualquer negócio expandir, mas é preciso ter visão, entender do mecanismo e ser arrojado. “Tempo é dinheiro, e toda mudança precisa começar agora. “O momento do planejamento estratégico é uma oportunidade para refletir e repensar os modelos atuais de marketing”, salientou o CEO & Founder da TurboMKT – Plataforma de Negócios Online, Edson Moreira. “As empresas precisam quebrar alguns paradigmas para aproveitar o potencial do digital nas estratégias de divulgação. Existem medidas simples que são fundamentais e precisam ser adotadas imediatamente”, completou. 

Especialista e palestrante no mercado digital, Moreira preparou algumas dicas e estratégias para ajudar os empreendedores que querem alavancar as vendas e ter um plano estratégico eficaz. E destaca ser fundamental seguir as etapas mencionadas e iniciar com o passo número 1, pois entender quem é o público alvo da empresa é a parte mais importante dessa jornada. “Feito isso, comece. Um plano de marketing simples executado de forma intensa é muito mais poderoso que um plano perfeito que fica na gaveta”, salientou. Então, saiba: 


1 - Conheça o seu público alvo: a importância de conhecer o público alvo com a maior precisão possível direciona a comunicação, ajusta as campanhas de divulgação e cria uma mensagem que é absorvida com muito mais naturalidade pela sua audiência. É recomendado investir um tempo com a equipe de trabalho e definir em detalhes quem é o público alvo. Isso inclui idade, gênero, dados demográficos, dores, desejos, hábitos etc. Quanto maior a riqueza de detalhes, melhor será a confecção da mensagem e os resultados das campanhas. 


2 - Faça um planejamento das campanhas de marketing: uma vez que você conhece o público alvo, é necessário estabelecer o objetivo das campanhas de marketing. Esses objetivos podem ser vários: reconhecimento a marca, tráfego no website, curtidas na página do Facebook, criação de uma lista de e-mails, cadastro em um evento online ou presencial, compras do produto etc. “Esse planejamento deve ser feito com objetivos, metas mensuráveis e um plano de ação para o acompanhamento das campanhas. O mercado digital flutua bastante e está sempre suscetível a mudanças. É muito importante que a equipe de marketing esteja atenta a essas mudanças e reaja rápido a fim de otimizar os recursos que forem utilizados nas campanhas. Em outras palavras, é preciso estar atento à direção do vento, sua intensidade e ajustar as velas sempre!”, aconselhou Moreira. 


3 - Defina um processo interno para o andamento das campanhas de marketing: assim que as campanhas de marketing de resposta direta estiverem em andamento, é necessário definir um processo que siga algumas etapas muito importantes, sendo geração de tráfego, coleta dos dados, análise e otimização. 


4 - Use o poder de distribuição da internet para escalar o seu negócio: tão importante quanto levar a mensagem da empresa para a audiência, é a frequência com que você faz isso. Se as campanhas estiverem atingindo as pessoas corretas, de acordo com as metas e os objetivos, é importante adicionar mais um ingrediente nessa fórmula para escalar os resultados: a frequência. ”Mesmo considerando os excelentes resultados conquistados ao implementar os três passos acima, para manter esses resultados você não pode subestimar esse ingrediente: a frequência”, comentou o especialista. 


5 - Estabeleça metas de divulgação e cumpra: se você consegue divulgar informações sobre a empresa, sobre o produto, ou até mesmo informações sobre o mercado para manter a audiência da empresa ativa, faça isso de maneira consistente. Estabeleça uma agenda, pode ser algo como uma vez na semana ou uma vez ao dia, mas seja consistente. Isso engajará as pessoas e elas mesmas passarão a compartilhar as informações, aumentando frequentemente e consideravelmente o número de impactados pela mensagem. 
Comece hoje mesmo, as condições perfeitas nunca existirão; várias empresas reconhecem o poder do marketing de resposta direta, acompanham o trabalho de outros negócios, mas ficam travadas pensando em tudo o que precisam fazer para começar. Isso é uma crença limitante. Para começar, basta simplesmente começar!


Os negócios de impacto e a agenda do meio ambiente



Na primeira semana pós-eleições, o presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que uniria sob um único ministério as pastas do Meio Ambiente e da Agricultura. A proposta foi recebida com críticas por especialistas e manifestações contrárias das organizações de defesa do meio ambiente. O governo eleito, aparentemente, recuou.  

Enquanto paira dúvida sobre o formato da administração executiva federal nessa frente, a discussão é oportuna e merece também uma análise jurídico-econômica sob a ótica dos negócios de impacto. A Constituição Federal foi pioneira ao estabelecer no capítulo dedicado ao Meio Ambiente o direito do cidadão ao ecossistema ecologicamente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

A lógica desenvolvida até hoje em normas, doutrina e jurisprudência se deu sob o ângulo do dano ambiental (potencial ou realizado) decorrente da atividade produtiva ou extrativista, e a partir disso, meios de avaliar, mitigar, prevenir o risco e indenizar o prejuízo sofrido, além de punir os responsáveis. E esses investimentos para a solução de problemas sociais e ambientais foram, historicamente, conferidos à administração pública ou à filantropia, com pouco ou nenhum envolvimento da iniciativa privada.

Na última década, no entanto, surgiu um segmento da nova economia no qual os negócios agregam a seus produtos e serviços soluções para os mais diversos desafios socioambientais. A empresa passa a utilizar as ferramentas que possui não apenas para evitar o dano ambiental potencial, mas também para promover um benefício real àqueles envolvidos em sua cadeia de valor, os recursos naturais empregados e o ambiente à sua volta.

Os negócios de impacto, via de regra, desenvolvem um mercado a partir de uma necessidade existente. As políticas ambientais são catalisadoras do surgimento e da escala desses empreendimentos, inclusive nos campos da agricultura - pelas agritechs, por exemplo - e da economia regenerativa.

Vê-se um crescimento em todo o mundo, e também no Brasil, de empresas que integram o propósito de gerar um impacto socioambiental positivo por meio de suas atividades lucrativas, utilizando métodos verificáveis para mensurar o impacto das suas atividades e dando transparência a esses dados aos seus clientes e investidores. É uma mudança significativa de perspectiva, com o sucesso sendo medido não apenas pelo êxito econômico, mas também pelo impacto positivo gerado na atividade – agregando este novo valor à companhia.

A adoção do impacto positivo ao modelo de negócio atende ao chamado constitucional de preservação coletiva do equilíbrio do ecossistema do planeta e aumenta a chance de alcance do benefício para as futuras gerações, pois repercute na perenidade do próprio negócio.

É fato que a pauta do Meio Ambiente é mais ampla que a da Agricultura e a intersecção existente entre elas não seria suficiente para justificar a fusão proposta. As políticas do governo federal para o meio ambiente muitas vezes servem de suporte para a realização efetiva dos impactos positivos buscados pelos negócios, e misturá-las aos legítimos interesses do estímulo à agropecuária nacional, bem como à regulação do setor, pode afetar negativamente todo um novo e promissor segmento econômico.







Rachel Avellar Sotomaior Karam - advogada, sócia do escritório TESK Advogados e coordenadora do Grupo Jurídico B, do Sistema B.




A Lei Áurea representou mesmo o fim da escravidão?


Nesta terça-feira, 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil. A data foi instituída com o intuito de proporcionar uma reflexão sobre a inserção do negro em nossa sociedade, sendo estabelecido o dia da morte do líder Zumbi dos Palmares como data comemorativa. Mas, o grande questionamento é se a Lei Áurea decretada em 1888, realmente representou o fim da escravidão no Brasil e a mudança de vida para os antigos escravos.

Efetivamente a Lei Aurea representou o fim de mais de 300 anos de trabalho servil e de opressão dos negros no Brasil, contudo, a efetivação da liberdade não resultou em mudança substancial na vida dos antigos escravos – apesar dos negros terem deixado a condição de trabalhador escravo para a de trabalhador livre, passando a ser explorado pelo capital, transformando-se em trabalhadores subalternizados em relação aos não negros – não houve uma transformação significativa no sentido de mobilidade ascendente ou de melhoria nas condições materiais de existência, ao contrário, muitos dos antigos escravos foram deixados à própria sorte, ao Deus dará, e em muitos casos sem condição de sobrevivência e de acesso a novas oportunidades de trabalho, em razão de também não terem tido acesso, principalmente, à educação.

De fato, os ex-escravos, foram discriminados e criminalizados pela cor e pela raça, somando-se à população pobre nas grandes cidades, aumentando o número de desocupados, trabalhadores temporários, lumpens, mendigos e, dessa forma, considerados "vadios" e "vagabundos". Embora o destino dos antigos escravos tenha variado bastante, de maneira geral, a partir mesmo da campanha e do projeto de Abolição, não houve uma orientação destinada a integrar os negros às novas realidades e regras de uma sociedade baseada no trabalho assalariado. Assim, essa população continua sofrendo com a desigualdade racial, social e econômica, com a criminalização do seu espaço de moradia e sem a presença efetiva do Estado. Portanto, a liberdade não se constituiu em consecução, garantia de efetivação dos direitos de cidadania.

O destino dos escravos libertos variou de acordo com a região do país. No Nordeste, transformaram-se, em regra, em dependentes dos grandes proprietários. No Maranhão representou uma exceção, pois os libertos abandonaram as fazendas e se instalaram nas terras desocupadas como posseiros. No Vale do Paraíba, os antigos escravos viraram parceiros nas fazendas de café em decadência e mais tarde pequenos sitiantes ou peões no trato do gado. No Oeste Paulista, a fuga em massa foi característica dos últimos anos que antecederam a Abolição. Nos centros urbanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, a situação variou. Enquanto em São Paulo os empregos estáveis foram ocupados pelos trabalhadores imigrantes, relegando-se os ex-escravos aos serviços irregulares e mal pagos, no Rio de Janeiro o quadro não foi diferente. A inserção dos negros na sociedade brasileira não se deu no primeiro momento de maneira efetiva e ainda está em vias de se realizar, até os dias atuais os negros lutam para que sejam reconhecidos e valorizados como protagonistas de nossa história.

Após 130 anos de Abolição, os negros ainda hoje sofrem os impactos da escravidão e da forma como ocorreu a sua libertação, pois apesar de se verem livres dos açoites e dos grilhões, não tiveram efetivamente meios de reparação de danos ou projetos para sua integração, dessa forma, a abolição da escravatura não eliminou o problema do negro na sociedade brasileira – embora esta questão tem desaparecido do imaginário coletivo, principalmente com a instituição da República, com o silenciamento e a invisibilização da questão racial – muito pelo contrário, ampliou-se ainda mais a sua condição de miséria e desamparo.

Por este aspecto, acredito que a desigualdade e a própria violência sofrem uma influência direta do preconceito. De fato, a sobrevivência do preconceito e do próprio racismo na sociedade brasileira pós abolição até os dias atuais, decorre da construção de uma memória coletiva utilizada como fonte de preservação do poder, traduzidas em um significativo conjunto de valores, crenças e práticas transmitidas ao longo do tempo, construídas biológica e socialmente, através das quais se construíram e criminalizam a imagem dos negros estigmatizando-os, como subalternos, não confiáveis, passíveis de serem marginais, incapazes, entre outros adjetivos pejorativos.

Devo ressaltar, no entanto, que os estigmas de origem e tribal de que os negros foram vítimas ao longo da história, tem se transformado substancialmente em razão das legislações vigentes, como das próprias Políticas de Ação Afirmativa, que estão transformando alguns hábitos e costumes que estruturavam e estruturam a sociedade brasileira.






Reinaldo da Silva Guimarães - professor do curso de Serviço Social da Anhanguera de Niterói e autor do livro Afrocidadanização: ações afirmativas e trajetórias de vida no Rio de Janeiro.




Amarras da verdade que aprisionam


A importância do Congresso Nacional


O artigo 48 da Constituição confere ao Congresso Nacional a atribuição de dispor sobre todas as matérias de competência da União. Nada mais natural do que uma Assembleia Nacional Constituinte invocar para o parlamento mais poderes, já que viveu a experiência de um Congresso esvaziado durante toda a ditadura.

Apesar de ter se posicionado contra a eleição indireta na Campanha Diretas Já, a mesma Constituinte, que garantiu a eleição direta para presidente da República e o plebiscito para que o povo decidisse pelo regime de governo presidencialista, reservou ao parlamento poderes para controlar qualquer tendência ditatorial do governante executivo.

O povo brasileiro vem, há trinta anos, praticando, nos processos eleitorais, um descuido com a dinâmica de governo, descuidando da composição do parlamento. Centra forças e energias nos processos eleitorais majoritários ignorando que o governante estará limitado pela composição do parlamento.

Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto popular, nordestino, acompanhado do mineiro Itamar Franco, caiu dois anos e meio depois pelo impeachement promovido pelo Congresso. Itamar Franco, o vice, assumiu e implantou o plano Real que foi a alavanca para, na sequência, a eleição de Fernando Henrique Cardoso.

O presidente FHC, intelectual paulista, acompanhado de Marco Maciel, um político tradicional nordestino, manobrou bem as composições com o Congresso chegando a obter sucesso na proposição da reeleição e na aprovação de múltiplas reformas constitucionais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pernambucano radicado em São Paulo, intelectual orgânico que emergiu do movimento sindical do ABC Paulista, também conduziu muito bem, durante seu governo, as negociações com o Congresso, pois tinha a seu lado o mineiro José Alencar, crítico da política de juros adotada pelo governo, mas muito fiel a Lula. Uma dupla que facilitava o trânsito no Congresso e manteve a oposição isolada nos oito anos de mandato de Lula.

Quando Dilma assumiu, vinha de um susto eleitoral. Ninguém esperava que com os níveis de aprovação de Lula sua sucessora tivesse tanta dificuldade eleitoral. No governo Dilma, as coisas inverteram. Ela, invocando sua mineiridade e o “Che” adquirido nos tempos gaúchos, acompanhada desde o início de Michel Temer, que já fora comandante no legislativo, encontrou resistências e que culminou na traição durante o segundo mandato e no impeachement.

No Brasil, vale o que diz o Congresso. Agora que terminaram as eleições, a verdade começa a se revelar. O Congresso Nacional extremamente fragmentado se definirá e dirá ao presidente o que fazer. No cabo de força entre os poderes executivo e legislativo, prevalece a Constituição e a Constituição diz que quem manda é o Congresso.

Cabe ao eleitor exigir atitude do parlamentar em quem votou ou do partido de sua preferência, como melhor meio de controlar as ações de governo.






 Wagner Dias Ferreira - Advogado e Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG.








Como se proteger dos cibercriminosos durante a Black Friday


Fuja das armadilhas! Conheça os hábitos que devem ser seguidos para garantir uma compra segura na internet e evitar prejuízos


A Black Friday chega à sua 9ª edição brasileira em 2018 já consolidada como uma das principais ações promocionais do calendário varejista do país. O sucesso da data, famosa nos Estados Unidos por anteceder o feriado de Ação de Graças, vem sendo impulsionado pela crescente expectativa dos brasileiros aliada à adesão cada vez maior dos lojistas, com descontos atraentes e facilidades de pagamento. E os resultados não poderiam ser outros: adesão da grande maioria do mercado varejista, e expectativa por descontos significativos por parte dos consumidores.

Para escapar do estresse e participar deste grande momento de vendas, muitos consumidores vêm preferindo realizar suas compras pela internet, seja por sites ou aplicativos diretamente nos smartphones. Porém, junto com a série de benefícios que o universo on-line proporciona, vêm os riscos. As chances de cair em armadilhas e fraudes durante as compras pela web são bem maiores do que em uma loja física.

E entre os principais motivos para as dores de cabeça estão as brechas de segurança encontradas nos sistemas dos próprios usuários aliado à falta de cuidado ao entrar nos sites ou em clicar em e-mails maliciosos – exemplos de "phishing" – que servem para que os cibercriminosos deem golpes naqueles consumidores mais desatentos ou inexperientes.

"Entender como essas fraudes funcionam e, acima de tudo, se prevenir adequadamente destes crimes são questões essenciais para evitar prejuízos que podem estragar a experiência do consumidor em uma época tão proveitosa para as compras", afirma o especialista em cibersegurança Wolmer Godoi, CTO da CIPHER.

De acordo com o especialista, para se precaver, é importante, primeiramente, informar-se sobre como os ataques mais recentes e modernos vêm sendo desenvolvidos pelos criminosos, bem como conhecer quais são os principais prejuízos a que as pessoas estão expostas ao comprarem pela internet sem um cuidado adequado. "Com um só golpe o consumidor pode perder muito dinheiro", ressalta Godoi.

Além de refletir sobre os comportamentos e hábitos mais frequentes na web, outro aspecto mencionado pelo especialista da CIPHER para garantir uma compra segura é fazer um checklist com as ações que devem ser tomadas para acabar com as brechas de segurança no computador ou smartphone como, por exemplo, manter sempre o equipamento atualizado ou não usar redes de Wi-Fi desconhecidas.

Confira outras dicas do especialista:
  1. Procure o máximo de informações sobre o site onde você quer comprar: "Pesquisar sobre a loja virtual onde você vai comprar é um passo imprescindível. Em sites como Reclame Aqui e Procon é possível buscar a reputação dos e-commerces e ver se há reclamações de consumidores, como, por exemplo, em atrasos na entrega, no uso indevido de dados e até em ofertas falsas, além de quais tipos de respostas aquelas empresas deram para a reclamação.";
  2. Verifique se o site que você está acessando tem o mínimo de segurança: "É importante que o usuário observe, ao efetuar a compra on-line, se o site tem protocolo de segurança e certificado HTTPS válido. Estes detalhes são vistos no próprio navegador, a partir da imagem de um cadeado na barra de navegação e do endereço da página. Além disso, uma outra dica é que, antes de clicar em algum endereço, o consumidor passe o mouse no banner da mensagem ou botão para ver no canto da tela se o link direciona para o endereço oficial da loja";
  3. Não use software pirata: "Utilizar softwares ou aplicativos piratas no seu computador ou smartphone pode facilitar ações de criminosos para acessar os dados pessoais e financeiros";
  4. Utilize uma solução de antivírus paga: "As soluções de antivírus pagas costumam investir mais e lançar vacinas com maior velocidade e frequência do que as soluções gratuitas";
  5. Suspeite de promoções que chegam pelo WhatsApp: "Ser um dos aplicativos de mensagens mais famosos do mundo traz o peso de também ser um alvo fácil dos criminosos. Isso significa que frequentemente links falsos de grandes lojas são divulgados em mensagens para roubar dados pessoais e senhas de cartões de crédito. Por isso, antes de clicar nos links que receber, verifique se a promoção existe na loja ou se a página existe em uma busca no próprio Google".






Wolmer Godoi – Engenheiro de Computação com MBA em Governança de TI, atua com segurança de informação há mais de 18 anos. Ministrou palestras em eventos de Segurança de Informação pelo Brasil afora. Já ocupou posições como Security Officer e VP em empresas de relevância nacional. Atualmente exerce suas atividades na CIPHER como Chief Technology Officer (CTO), além de buscar compreender como a Tecnologia da Informação pode apoiar nas relações humanas e na construção de uma sociedade mais justa e sustentável




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