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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ENSINO: QUEDA TAMBÉM NA QUANTIDADE



Notícias animadoras vêm do mercado de trabalho, alimentando expectativas de avanços na recuperação econômica. Após onze trimestres seguidos de queda, as contratações com carteira assinada subiram 0,2% (54 mil vagas), ao lado do emprego informal, com mais 468 mil pessoas ocupadas – com isso, a taxa de desemprego no segundo trimestre caiu de 13,6% para 12,8%. Além disso, a soma da renda dos trabalhadores subiu 1,3% de maio a julho em relação ao trimestre anterior, marcando a primeira elevação desde outubro de 2014.

São boas notícias para hoje, o presente de um país que se sente aliviado com as sinalizações, ainda que modestas, de que o pior já pode ter passado. 

Entretanto, uma má notícia turva a visão de um futuro a prazo relativamente curto. Pela primeira vez em 25 anos, registra queda no número de alunos da rede particular de ensino superior, que responde por 75% das matrículas nesse nível da educação. O que é pior: não houve migração para as universidades públicas, que se mantêm praticamente estável no patamar de 1,99 milhão de alunos no ano passado. Mas aqui há um sinal de alerta aceso: com 529,5 mil novas matrículas, houve queda de 4,8 mil ingressantes nos cursos de graduação, menos de 1,9% em relação a 2015. 

Esses dados revelam que apenas 18,1% dos jovens de 14 a 24 estavam na faculdade em 2015, percentual ainda mais distante da meta de 33% prevista no Plano Nacional de Educação. É indiscutível os efeitos deletérios desse cenário que compromete o futuro de milhares de jovens, que enfrentarão ainda mais despreparados as exigências do moderno mundo do trabalho. Efeitos deletérios que também não pouparão as empresas que, com uma recuperação mais firme, voltarão a se ter no gargalo da mão de obra qualificada um dos grandes obstáculos para os planos de expansão das organizações. É uma triste crônica anunciada, pois repete várias crises anteriores que, com seus apagões de mão de obra, parecem nada ou muito pouco ter ensinado a um país que não dá à educação o valor que merece. 



Luiz Gonzaga Bertelli - presidente do Conselho de Administração do CIEE




Educação Lúdica x Educação Séria: um dilema de muitos pais



Parece que quando os pais decidem procurar uma escola infantil, há um tipo de questionamento bastante comum, dentre tantos outros: “E agora, devo procurar uma escola com uma proposta mais lúdica ou outra mais séria de ensino?”. Ou então: “Nessa escola há atividade pedagógica o dia todo ou as crianças têm também algum tempo para brincar?”.

Pode parecer ironia, mas no fundo todas essas questões disfarçam algo muito enraizado em nossa cultura: fomos ensinados desde criança que aprender é sinônimo de dureza, de sofrimento. Portanto, quando se brinca não se aprende. E hora de estudar não é momento para brincadeira!

Precisamos esclarecer que brincadeira e ludicidade não se separam de aprendizagem e de ensino sério e consistente como se fossem água e óleo. Sim, há muitas metodologias pedagógicas diferentes, mas que alguém “atire a primeira pedra” em algum grande educador que tenha um dia divorciado aprendizagem de brincadeira.

Talvez não seja ao acaso que Michel De Montaigne – grande ensaísta e inspirador de toda a pedagogia moderna –  escreveu certa vez que “O mais visível sinal de sabedoria é uma alegria constante”.

Por isso tudo, segue uma dica valiosa: uma boa educação para seu filho é aquela que une aprendizado com ludicidade e brincadeira, justamente porque educação e felicidade são irmãs gêmeas, que sempre andam de mãos dadas!

Na Escola de Pais, um encontro que realizamos recentemente para estudar junto aos pais a primeira infância e seu papel fundamental no desenvolvimento do ser humano, estudamos esse e outros temas. Discutimos juntos, pais e educadores, propostas para a educação dos filhos e respostas mais seguras em relação à pedagogia moderna. Isso porque especialistas das mais diversas áreas são unânimes em apontar os primeiros três anos do bebê como a etapa a mais importante e decisiva na vida de um ser humano. Temos como base a pesquisa de diversos educadores, médicos e outros especialistas da infância no mundo todo. Moldamos de acordo com a realidade brasileira e conseguimos chegar no que chamamos de Pedagogia Florença, com foco na humanização da Primeira Infância.

Hoje, e falo em nome dos educadores, queremos cada vez mais ouvir os pais, trocar experiências, entender as necessidades e explicar a eles todas as informações necessárias sobre esse período tão importante na formação da criança. A participação dos pais na educação é fundamental para que o processo seja completo.




Roger Hansen - Doutor em Educação pela UFSC





Seu filho tem problemas respiratórios?



Pediatra dá algumas dicas especiais para driblar os sintomas em épocas de baixa humidade relativa do ar


Apesar do Inverno estar chegando ao fim, muitas cidades brasileiras ainda sofrem com a baixa umidade relativa do ar, e isso afeta principalmente pessoas com problemas respiratórios. A capital do país Brasília, por exemplo, já chegou a registrar 10% de humidade do ar, quando o nível aceitável é de 30% segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para piorar, quem tende a sofrer ainda mais com o problema são as crianças.

Mesmo com todo o sofrimento, algumas dicas básicas podem aliviar os sintomas. Segundo Dra. Priscilla Moraes, pediatra e alergista do Docway, apesar de muitos pais usarem umidificadores de ar para ajudar nessa tarefa, ele nem sempre é eficaz. “Se usado corretamente, ajuda. Caso contrário, piora. A umidade do ambiente, quando excessiva, aumenta a proliferação de fungos e ácaros”, explica.

Esse tipo de aparelho requer alguns cuidados especiais para ter eficácia. A médica aconselha usá-lo por períodos curtos. “Ele não pode ficar ligado a noite inteira. Além disso, a umidade do ar deve se manter em no máximo 60% para evitar a proliferação de fungos e ácaros no ambiente. O fluxo do vapor deve estar sempre voltado para o lado oposto da cama da criança. A manutenção e higienização devem ser realizadas com frequência”, detalha a especialista.

Outra opção caso os pais não tenham o umidificador do ar, é a utilização de uma tolha molhada no quarto dos pequenos. “O umidificador de ar pode ser substituído por uma toalha molhada ou por uma bacia com água próximas à cama”, explica. Ainda segundo a pediatra, existem coisas simples que podem ser feitas para evitar complicações como manter o ambiente limpo, arejado e com boa exposição solar.

Para completar, a Dra. Priscila Moraes sugere a higienização das narinas com soro fisiológico várias vezes ao dia. Além de limpar as vias respiratórias, o soro age como um fluidificante e descongestionante nasal. “É bom evitar, também, contato direto das crianças com pessoas que estejam com alguma doença infecciosa respiratória e aglomeração de pessoas. E por último, mas não menos importante, mantenha a vacinação dos pequenos em dia, assim eles estarão protegidos e livres de complicações”, finaliza.





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