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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

O que é inteligência neuromuscular e quais são os seus ganhos à saúde

A inteligência neuromuscular é a ciência que estuda e trata de todas as propriedades do músculo esquelético e do músculo liso presentes em vários tecidos do nosso organismo, como, por exemplo, como eles se contraem, como eles aumentam de volume (hipertrofia), como eles se atrofiam (diminuem de volume), como são as suas reações às inflamações etc. 

Estas propriedades são trabalhadas nos tratamentos de reabilitação de pacientes com doenças neuromusculares degenerativas, de pacientes que sofreram acidentes e perderam movimentos, ou até mesmo na prevenção à sarcopenia. 

Este conhecimento é colocado à disposição de uma equipe multidisciplinar, que conta com especialistas nos ramos da neurologia, patologia neuromuscular, psiquiatria, psicologia, fisioterapia aquática, fisioterapia motora, fonoaudiologia, musicoterapia, educação física e terapia educacional. Cada profissional, dentro da sua especialidade, age da melhor forma conforme o tratamento proposto pelo patologista neuromuscular. 

O tratamento multidisciplinar promove uma melhora expressiva na qualidade de vida, na autonomia e no aumento da longevidade das pessoas que possuem doenças neuromusculares degenerativas. Importante ressaltar que muitos desses pacientes haviam sido desacreditados anteriormente em outros diagnósticos. 

Para desenhar cada tratamento, são necessários estudos fenotípicos e genotípicos de cada paciente. Sendo assim, é possível identificar a causa e a evolução das doenças, considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. 

Conheça alguns dos tratamentos que fazem parte da inteligência neuromuscular:

 

Atividade física: 

A atividade física provoca o estímulo através de um movimento voluntário. A partir disto, temos a ativação do neurônio motor superior, que ativa o neurônio motor inferior para o músculo contrair. Tudo começa e termina no sistema nervoso. Além dos diversos benefícios da atividade física, também podemos destacar a melhora grande na memória do aprendizado e na parte cognitiva. O que traz um benefício enorme no tratamento de doenças neuromusculares degenerativas.

 

Fisioterapia aquática: 

A fisioterapia aquática é indicada para pacientes que apresentam qualquer dificuldade na marcha, seja por sarcopenia muscular ou por desequilíbrios. Portanto, são executados exercícios proprioceptivos e outros para o fortalecimento muscular, proporcionando, consequentemente, ganho de confiança e autonomia.

 

Fisioterapia motora: 

Consiste em exercícios no solo que proporcionam o ganho de massa muscular através da inteligência neuromuscular, auxiliando no tratamento de doenças osteomusculares e melhorando o equilíbrio e a propriocepção de quem sofreu algum trauma ou tem alguma doença neuromuscular degenerativa.

 

Musicoterapia: 

A musicoterapia utiliza a música e instrumentos musicais como ferramentas terapêuticas, possibilitando o desenvolvimento por meio do potencial criativo de cada ser humano. É como permitir que o fluxo sonoro modifique padrões físicos e psíquicos de comportamento, atuando diretamente nos sistemas neurosensorial, rítmico e metabólico. 

Quando cantamos e tocamos algum instrumento, ativamos áreas cerebrais que controlam a fala, o movimento, a memória, dentre outros sentidos. Os sons e a música acessam 'mecanismos' orgânicos possíveis de 'reparos'. Portanto, conseguimos obter melhoras na fala, no movimento físico, na memória, na concentração, além do aumento dos sentidos que proporcionam bem-estar, amenizando aspectos de ansiedade e depressão. 

Não podemos deixar de ressaltar a importância do olhar humanizado do médico patologista neuromuscular e neurologista, assim como de toda a equipe multidisciplinar que cuidará dos pacientes. 

A valorização da dignidade humana, envolvendo uma relação de confiança, empatia, aliança e assistência, é de extrema importância para um tratamento eficaz.

Dessa forma, resgatamos a esperança e o gosto pela vida. 

 

Beny Schmidt - patologista neuromuscular, chefe do laboratório de patologia neuromuscular da UNIFESP e fundador do centro de reabilitação Brazilian Medical Partners


Alzheimer: 100 mil novos casos são diagnosticados por ano no Brasil

Saber reconhecer os sinais é fundamental para manejar a doença ainda em fase inicial e, assim, ter uma vida mais longa e mais saudável

 

Devido ao aumento progressivo da sobrevida e à alta prevalência na população acima de 60 anos, a doença de Alzheimer se tornou um problema sério de saúde pública. Atualmente, 55 milhões de pessoas possuem demência, sendo de 60% a 80% dos casos ocasionados pela enfermidade descoberta pelo psiquiatra alemão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só aqui no Brasil, há mais de 1,2 milhão.

O cenário, que já é alarmante, deve se agravar nos próximos anos. A Alzheimer’s Disease International prevê um crescimento exponencial de diagnósticos em todo o mundo, chegando a 74,4 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. “É importante que esses números não sejam recebidos com pânico, mas utilizados para alertar a população sobre o aumento da prevalência e reforçar os benefícios do diagnóstico precoce para controlar a evolução da doença”, ressalta a neurologista do Hcor, Dra. Rosemary Moreno. 

O diagnóstico é clínico e embasado em exames complementares. “Ao verificarmos dois ou mais déficits cognitivos, com piora progressiva e incapacitação, associados ou não a alterações comportamentais, solicitamos teste neuro-psicológico, exames de imagem cerebral, como ressonância magnética ou PET-CT, e análise de líquor com pesquisa de marcadores da doença e exclusão de outras patologias para fechar o diagnóstico”, explica. 

Ao perceber qualquer sintoma, é preciso procurar um médico. “As manifestações mais comuns são a apatia, o isolamento social e a depressão, mas as disfunções cognitivas da doença de Alzheimer são chamadas de ‘os 5 A’s’ (amnésia, afasia, anomia, agnosia e apraxia). Elas se apresentam como comprometimentos da memória, da compreensão da linguagem e incapacidade de reconhecer lugares, faces, objetos e suas funções e de realizar atos que foram aprendidos, como manusear talheres, vestir-se e caminhar”, esclarece. 

De acordo com a especialista, é conveniente que o paciente tenha ciência de seu diagnóstico. “Nas fases iniciais da doença, há uma maior efetividade das medicações disponíveis para tratamento e é neste momento que o paciente ainda pode ser capaz de compreender seu diagnóstico, expressar seus desejos e realizar planos financeiros e outros ajustes da vida junto com seus familiares”, orienta. 

Ainda que não exista prevenção para a doença de Alzheimer, a neurologista ressalta que o cérebro funciona melhor com coração e vasos sanguíneos sadios para nutrí-lo. “Por isso, é fundamental tratar fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, dislipidemia, tabagismo e etilismo, e outras condições que agravam a perda cognitiva por dificultar a socialização e reduzir o interesse globalmente, como surdez, baixa acuidade visual e isolamento social. Para exercitar o cérebro, invista em desafios e novos aprendizados constantes, como ler, estudar, raciocinar e adquirir novos conhecimentos”, indica a médica.


Hcor


Entenda a diferença entre tremor essencial e doença de Parkinson

Neurologista explica o porquê é tão comum confundir as doenças antes de um diagnóstico

 

Perceber os primeiros sinais de que algo está errado com o seu corpo pode abrir um leque para muitas suposições, principalmente quando se trata de sintomas relacionados à coordenação motora e à capacidade de autonomia. Mas, nem tudo é o que parece. O Tremor Essencial é um distúrbio de movimento cinco vezes mais comum do que a doença de Parkinson, por exemplo, e mesmo assim, ambos continuam sendo muito confundidos.

Para a Dra. Inara Taís de Almeida, neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, algumas doenças se tornam mais conhecidas do que outras e assim as pessoas acabam associando seus sintomas mais facilmente a elas.

“As doenças neurológicas podem causar desconforto e até um certo medo nos pacientes. É por isso, também, que se tornou muito natural chegarem ao consultório trazendo suposições sobre o seu diagnóstico, ainda mais agora em que vivemos na era da informação. No entanto, quando falamos de Parkinson e de Tremor Essencial a grande diferença está em como essas doenças agem no cérebro, fazendo com que uma seja degenerativa e progressiva enquanto a outra não. Distinguir isso, leva o profissional a condutas de tratamento específicas”, explicou.

O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que afeta a capacidade dos neurônios de produzirem dopamina suficiente para gerar uma boa transmissão das correntes nervosas ao corpo. É justamente a dopamina que ajuda na regulação dos movimentos voluntários. Sendo assim, gradativamente, o paciente começa a perceber alguns sintomas como: movimentos mais lentos, rigidez dos músculos, instabilidade postural, falhas na dicção e os famosos tremores. Ele atinge com maior frequência os homens a partir dos 60 anos, e, apesar da causa ainda ser desconhecida, é possível saber como ele age e o que se espera quanto a sua evolução.

Já para casos de Tremor Essencial os prognósticos ainda não são bem definidos. Isso porque, a medicina desconhece como ele afeta o cérebro. É uma doença que abrange todos os tipos de desordem capazes de gerar um distúrbio neurológico de movimento, podendo atingir tanto homens como mulheres na mesma proporção e se manifestar em qualquer fase da vida independente da idade. Alguns pacientes, por exemplo, sentem tremores tão leves que não interferem em sua rotina diária. Em compensação, outros começam com tremores sutis que evoluem em amplitude e frequência, impedindo atividades simples.

“Apesar das duas doenças afetarem os movimentos causando tremores nas mesmas partes do corpo como mãos, cabeça e membros inferiores, a principal diferença está em notar quando esses tremores acontecem. Enquanto na doença de Parkinson os tremores são mais frequentes e percebidos quando o paciente está em repouso, no Tremor Essencial a intensidade piora durante a movimentação do corpo”, esclareceu.

Outra particularidade entre os distúrbios é que o Parkinson acarreta doenças associadas como: depressão, insônia, disfunção da bexiga ou do intestino, diminuição do olfato e a progressão da incapacidade de controlar ou iniciar um movimento. Por outro lado, o Tremor Essencial pode piorar com o tempo, principalmente, após os 50 anos de idade, mas não é capaz de gerar outras doenças e nem de diminuir a expectativa de vida do portador.

O essencial em ambos os casos é sempre procurar por um neurologista, que indicará o tratamento mais assertivo conforme o diagnóstico, seja por meio de medicamentos, fisioterapia, estimulação cerebral ou cirurgia. 



Dra. Inara Taís de Almeida - Neurologista e Neuroimunologista de São Paulo, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. Graduação em Medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellowship clínico (especialização) em Neuroimunologia no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. Instagram: @inara.neuro

ISTs e gravidez: possíveis riscos para a saúde da mãe e do bebê

A lista de doenças sexualmente transmissíveis é grande, mas é possível evitar o contágio por meio de tratamento e acompanhamento médico  


IST é o nome dado para infecções sexualmente transmissíveis, cujos sintomas variam de acordo com o a doença apresentada. O termo, antes denominado DST (doença sexualmente transmissível), passou a ser adotado pois destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo não apresentando sintomas. Em geral, os sintomas incluem feridas na região genital, corrimento ou coceira. Na presença de algum desses sinais, é importante buscar o diagnóstico com um especialista e iniciar o tratamento adequado. Porém, quais os riscos dessas doenças durante a gestação?

Ao surgirem ISTs antes ou durante a gravidez, a saúde da mãe e do bebê podem ser afetadas, trazendo não apenas complicações no parto, como o nascimento prematuro, aborto, baixo peso ao nascer e atraso no desenvolvimento. Outra grande questão, para o público feminino, é a pertinência ou não que uma mulher com  DST engravide. Infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Andreia Maruzo Perejão afirma que são necessários exames e consultas para a investigação de doenças: “A mulher que planeja filhos deve verificar se apresenta alguma IST
para tratá-la antes de engravidar. Caso isso não aconteça, o acompanhamento pré-natal é de extrema importância, pois são realizados exames e as doenças identificadas poderão ser tratadas”.  

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021 pelo Ministério da Saúde e IBGE, apontou que cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter tido diagnóstico médico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ao longo de 12 meses, o que corresponde a 0,6% da população brasileira com 18 anos ou mais. Entre as principais ISTs que podem ser transmitidas a um feto, a infectologista do São Cristóvão Saúde destaca a hepatite B, a sífilis e o HIV. “Após o parto, o bebê será observado durante determinado período para identificar se adquiriu ou não o microorganismo da mãe. Além disso, outras medidas de prevenção após o nascimento de uma criança de mãe com hepatite B incluem vacina e imunoglobulina. No caso de HIV, antirretrovirais são administrados no bebê.  Atualmente, devido às medidas de prevenção, é pouco comum que aconteça a transmissão, mas, se constatada a infecção, a criança poderá ou não desenvolver doenças”, esclarece a especialista.
 

Como evitar ISTs durante a gravidez 

A camisinha segue sendo a melhor forma de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis. Muitos médicos têm recomendado o uso do preservativo também durante a gravidez para evitar a contaminação pelo zika vírus, pois há relatos de transmissão da doença por via sexual. 

É importante que a paciente seja sincera durante o acompanhamento médico e obstétrico e não se constranja ao tratar de tópicos como esses, pois os riscos existem, mas podem ser evitados. “Quanto antes você iniciar o tratamento, menores serão os riscos de complicações e mais protegido fica o seu filho”, finaliza Dra. Maruzo.  

 

Grupo São Cristóvão Saúde 


Especialistas falam sobre os cuidados com a saúde bucal durante o calor

As altas temperaturas registradas no verão são um convite para a ingestão mais frequente de pratos frios, bebidas geladas e, principalmente, sorvetes. Contudo, a alternância entre esses alimentos gelados e quentes pode provocar reações incômodas, sentidas especialmente por pessoas que têm hipersensibilidade nos dentes.

Driblar a sensação desagradável que ocorre nessas circunstâncias pode não ser tão simples, isso porque as causas da hipersensibilidade dentária podem ter origens diversas, como explica o Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Dentística do CROSP, Dr. Nívio Fernandes Dias. “Estamos passando por um momento em que as pessoas estão sofrendo o que chamamos de síndrome do envelhecimento precoce da boca. Essa síndrome acontece por questões comportamentais”.

O especialista explica que condições como boca seca, uso de antidepressivos (o que diminui a saliva), bruxismo (condição que range e causa desgaste nos dentes), o refluxo gastroesofágico e o estresse são fatores que fazem com que a boca envelheça precocemente. Um dos sintomas que evidenciam o envelhecimento da boca, causado por alguns desses motivos, é a hipersensibilidade dentária.

Dr. Nívio relata que a sensação provocada pela hipersensibilidade dentária não era comum há alguns anos, pelo fato de que as pessoas simplesmente permaneciam menos tempo com os dentes na boca.

Por isso, segundo ele, a hipersensibilidade dos dentes ainda é um tema que exige maior atenção dos Cirurgiões-Dentistas. “O problema é que se trata de um quadro relativamente novo, típico da vida moderna. Imagine que uma pessoa fitness, de manhã ingere um suco de limão, depois vai para a academia e toma um complemento vitamínico que tem pH ácido também e depois, para manter-se acordado, toma um energético. Tudo isso contribui para que, na hora de tomar um chopp no happy hour, o dente doa”. 

 

O uso do creme dental é eficiente?

O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do CROSP, Dr. Marcos Molarino, explica que o uso de dentifrício (cremes e géis dentais)  composto por diferentes substâncias químicas para facilitar a remoção ou desorganização da placa e possibilitar a administração de fluoreto à superfície dos dentes, e também dos dessensibilizantes dentários (produtos que agem na diminuição da sensibilidade dentária), ajudam muito nesses casos, quando usados diariamente.

O uso correto e contínuo do fio dental, segundo Dr. Marcos, também é aliado no combate à hipersensibilidade, pois impede as inflamações gengivais. “Em casos de gengivite recorrentes pode haver a perda óssea em torno das raízes, o que pode aumentar o risco de sensibilidade térmica”.            

O especialista esclarece, ainda, que em casos de perda óssea, fazer a cobertura da dentina exposta pode ser uma alternativa, assim como o uso dos dessensibilizantes clínicos aplicados pelo Cirurgião-Dentista. “Cada caso tem que ser avaliado. Dependendo, é importante também manter um constante retorno (a cada 3 até 6 meses de intervalo) ao Cirurgião-Dentista para profilaxia.  Em algumas situações, até mesmo uma cirurgia de reposicionamento gengival pode ser empregada”.     

Quando se trata do uso de dentifrícios dessensibilizantes, Dr. Nívio tem uma posição cautelosa. “Qualquer questão de sensibilidade dental não pode ser considerada um fator normal. Todo paciente que tem hipersensibilidade, que é o termo adequado, precisa ter a causa investigada e tratada”.

O Cirurgião-Dentista diz que existem diversas marcas de cremes dentais disponíveis no mercado e que contêm vários produtos dessensibilizantes em suas composições, contudo, ele contraindica o uso deles para dentes sensíveis enquanto não houver um diagnóstico para saber o motivo pelo qual o dente está doendo, pois o uso prematuro irá mascarar o problema.

“Se eu tomar um chopp ou um sorvete, sentir dor e usar um creme dental para dentes sensíveis, é claro que em alguns dias eu não vou ter mais a sensibilidade. É como se eu tivesse uma dor de cabeça e tomasse um analgésico e a dor de cabeça passa sem eu saber o motivo pelo qual ela existe, ou seja, é um tratamento paliativo”.

Muitas vezes, os cremes dentais para dentes sensíveis surtem efeitos por um tempo e pode haver uma melhora, explica Dr. Nívio. “Isso acontece porque a dor pode estar relacionada à anatomia do dente, à escovação traumática ou ao uso de cremes dentais clareadores que, na verdade, não têm clareador, são apenas mais abrasivos em função do RDA mais alto (RDA é índice que mede o quão abrasivo é o creme dental). O uso desse produto somado à fricção das escovas irá remover o esmalte e expor a dentina, vai retrair a gengiva e provocar hipersensibilidade, ou seja, são vários fatores que levam à dor no momento de tomar um sorvete”. 

Vale lembrar que os cremes dentais disponíveis no mercado possuem um RDA entre 50 a 250. Os profissionais destacam que higiene bucal e as consultas periódicas ao Cirurgião-Dentista são fundamentais para manutenção da saúde e prevenção de doenças bucais.     



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br


Carnaval: especialista apresenta dicas para manter a saúde bucal durante a folia

Cuidados com a saúde bucal no carnaval aumentam o conforto nas comemorações/DIVULGAÇÃO

Coordenadora do curso de Odontologia da Anhanguera faz orientações para preservar o bem-estar durante as comemorações


Depois de dois anos sem as festas oficiais de carnaval, a volta dos trios elétricos e blocos de rua promete momentos de risadas, sorrisos e paqueras para os foliões por todo o Brasil. O período representa uma prova de resistência em nome da diversão, com chuva, sol e horas longe de casa. Os cuidados de prevenção com a saúde bucal ajudam a aumentar o conforto e o bem-estar durante os quatro dias de comemoração.

De acordo com a coordenadora de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professora Patrícia Capellato, um dos principais problemas desse evento é a desidratação. “A soma do calor intenso com a tendência a se alimentar mal e beber pouca água pode acarretar problemas como o mau hálito e deixar os indivíduos vulneráveis a infecções pela boca. É preciso estar preparado para não comprometer a celebração”, alerta a docente.

A dentista destaca cinco dicas para preservar a saúde bucal durante o carnaval:


Hidratação. A perda de água e sais minerais por meio da transpiração faz com que as pessoas cheguem à exaustão e desenvolvam a halitose. A melhor alternativa para combater o cansaço é a hidratação constante, antes, durante e depois da festa.


Alimentação. Grandes períodos de jejum podem gerar mau hálito. A ingestão de alimentos detergentes, como maçãs, peras, cenouras, pepino e chicletes sem açúcar, irão ajudar, temporariamente, na limpeza dos dentes na falta de uma escova, pois auxiliam na remoção de gordura e de placas bacterianas.


Viagens. Foliões que pretender visitar outras cidades para aproveitar o carnaval devem permanecer com os cuidados com a saúde da boca. É importante levar um kit básico com itens de higiene bucal, com escova portátil, pasta de dente e fio dental.


Proteção labial. Os lábios podem ficar bastante ressecados com a exposição ao sol e a possível desidratação. É necessário proteger a pele da boca com um hidratante labial para proteção contra raios solares.


Bebidas. O álcool contribui para a desidratação e reduz a produção de saliva, o que representa um risco para os dentes com a acidez bucal. Os refrigerantes e outras opções açucaradas compromete o esmalte bucal por meio da desmineralização e aumenta as chances do aparecimento de cáries. O consumo dever ser feito moderadamente, intercalado com goles proporcionais de água.

 

Anhanguera

www.anhanguera.com

 

Residência Médica e o plantão: Os benefícios e aprendizado para a vida profissional e pessoal

  A Residência Médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação, oferecida por instituições regulamentadas pelo Ministério da Educação (MEC) e regimento determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). É considerada o “padrão-ouro” na formação de médicos no Brasil.

Nela, o residente realiza treinamento, em serviço, sob a supervisão do preceptor, médico de elevada qualificação ética e profissional, mediador do processo de ensino-aprendizagem, das inter-relações entre estudantes, docentes, usuários, gestores e equipe multiprofissional, nos diferentes estágios previstos pela CNRM.

Os estágios em urgência e emergência, pronto-socorro e atendimento a pacientes internados constituem em estágios obrigatórios com base na Resolução CNRM nº 2/2006, devendo constituir 10% da carga horária anual.  São determinadas, no máximo,  24 “horas de plantão”, dentro da carga horária de 60 horas semanais.

A Matriz de Competências em Cirurgia Vascular, aprovada pela CNRM, descreve em seus objetivos gerais: Formar e habilitar médicos, na área de Cirurgia Vascular, a adquirir as competências necessárias para realizar procedimentos diagnósticos, terapêuticos clínicos, cirúrgicos e endovasculares, no ensino, na pesquisa e assistência aos pacientes portadores de afecções circulatórias congênitas, adquiridas, degenerativas, “urgências traumáticas e não traumáticas”. E em seus objetivos específicos: Adquirir competências para abordar os acessos vasculares invasivos ou não, “atendimento ao trauma vascular e às emergências cirúrgicas e clínicas”.

É durante os processos de estágios e plantões, no atendimento de urgências e emergências, que atitudes, habilidades e competências necessárias à especialidade devem ser desenvolvidas para a adequada capacitação do médico residente, nos serviços de urgência e emergência, tais como: capacidade de manter-se alerta e estável, tomar decisões rápidas e adequadas, dentro de normativas das melhores práticas, atuar com segurança diante das mais diferentes intercorrências e adversidades, saber lidar com as limitações de recursos, ter boa comunicação com pacientes e familiares e trabalhar bem em equipe.

É no plantão, em pronto-socorro, que o médico-residente tem maior contato com pacientes que necessitam de atendimento de urgência/emergência. Deste modo, é importante ressaltar que, os eventos cardiovasculares são considerados a principal causa de morte na população brasileira, enquanto as causas externas, incluindo causas intencionais e não intencionais, sendo, portanto a principal causa de morte, nas primeiras quatro décadas de vida (p.ex. trauma).

Esses eventos críticos, comuns no atendimento às urgências e emergências, apresentam-se cada vez mais desafiadores, sendo o pronto-socorro considerado área crítica para o desenvolvimento dos médicos, tendo em vista a evolução da própria medicina e a expectativa da sociedade atual, que estabelece novos padrões de exigência, desfechos e tempos de resposta às demandas individuais.

Nesse contexto, os plantões médicos são idealizados para garantir pronto atendimento aos pacientes, internados ou que chegam à instituição, seja no pronto-socorro, unidades de emergência, UTI, enfermarias, garantindo atendimentos emergenciais e assistência contínua aos doentes. Desta forma, o enfrentamento das situações de urgência e emergência e de suas causas requer não apenas a assistência imediata, mas incluem ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e seus agravos, o tratamento contínuo das doenças crônicas, a reabilitação e os cuidados paliativos.

A responsabilidade estratégica do atendimento é de extrema importância e os setores de Urgência e Emergência, dentro dos sistemas de saúde, são locais de alta demanda e existe sobrecarga dos serviços disponibilizados para o atendimento da população. Por outro lado, há necessidade constante de atualização e educação continuada dos médicos plantonistas.

O médico residente, dentro de um programa de residência devidamente credenciado pela CNRM, não deve ser o responsável pela Assistência Médica em substituição ao preceptor (assistente), pois a atividade-fim do residente se relaciona ao processo de ensino e aprendizagem.

A maneira apropriada do treinamento e capacitação do médico residente, em regime de plantão, objetiva fornecer formação adequada com ganho de autonomia e independência para ofertar tratamento adequado à população. Certamente, essas atividades de alta complexidade exigem supervisão adequada de preceptor habilitado.

Além de capacitar o médico residente para o atendimento, nos diferentes níveis de gravidade do doente, presentes nos serviços de urgência e emergência (pronto-socorro), os programas de residência médica, também, devem primar pela capacitação técnica, humanização e alinhar conhecimentos legais, portarias e diretrizes de saúde vigentes, que são pilares essenciais para a formação profissional do médico.

 

Dra. Regina de Faria Bittencourt da Costa  - Cirurgiã vascular. Membro do Departamento de Educação Médica Continuada da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo. Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM) e Chefe da Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis.


Carnaval: especialista dá dicas para evitar que excessos acabem com a diversão

Exposição prolongada ao som alto, consumo de bebidas alcoólicas e pouca hidratação estão entre os principais fatores que podem afetar os ouvidos, garganta e nariz


Com a proximidade do Carnaval, as principais cidades do país já iniciaram a programação de festas e bloquinhos de rua, ainda em clima de retomada após longo período de restrições devido à pandemia de Covid-19. Vale lembrar, no entanto, que os excessos do período do ano mais aguardado pelos foliões podem sobrecarregar a garganta e os ouvidos.

A exposição ao som alto por longos períodos, elevação da voz, consumo exagerado de bebidas alcoólicas e, até mesmo, os choques térmicos são elementos que podem causar dores, inflamações e desconfortos durante ou após as festas.

Pensando nisso, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Domingos Hiroshi Tsuji orienta sobre alguns cuidados importantes para evitar esses problemas e garantir a diversão dos próximos dias. Confira!



1. Proteja seus ouvidos

O som muito alto pode danificar as células sensitivas do sistema auditivo e causar surdez e tinnitus (zumbido) temporários ou permanentes. Por isso, o médico recomenda evitar a exposição por muito tempo a músicas com volume alto como, por exemplo, acima de 85 decibéis. “Não ficar muito perto das caixas de som ajuda a reduzir o impacto, bem como realizar pausas ao longo do período, se afastando do barulho por alguns minutos”, frisa.



2. Proteja suas cordas vocais

De acordo com o Dr. Tsuji, falar alto causa traumatismo na delicada mucosa das pregas vocais, podendo gerar inflamações, hemorragias e até mesmo lesões agudas mais sérias, que podem evoluir para um sintoma crônico.

Dessa forma, o ideal durante as festas de Carnaval é realizar pausas vocais intermitentes de 15 minutos. “No sistema otorrinolaringológico, tudo está interligado. O excesso de som, que prejudica o aparelho auditivo, também nos leva a aumentar o tom de voz, forçando as cordas vocais. Por isso, o ideal é evitar a exposição por muito tempo a esse estímulo”, reforça o especialista.



3. Proteja seu nariz e garganta

O álcool, sobretudo em excesso, causa irritação e ressecamento da garganta. Dessa forma, a primeira orientação é evitar o consumo desenfreado de bebidas alcoólicas e aumentar a hidratação bebendo muita água.

“Aliado a uma alimentação desregrada, o álcool pode causar refluxos, gerando mal-estar e irritação na garganta”, destaca o médico, orientando que as pessoas também evitem consumir produtos muito gordurosos e condimentados.

Ele alerta ainda para o risco de choque térmico, situação causada principalmente pelo consumo de bebidas muito geladas quando o corpo está quente. O fator é comumente relacionado à inflamação da garganta e do sistema fonador e seus sintomas podem acabar com o clima de festa.

Além da bebida, o uso de substâncias ilícitas também oferece inúmeros riscos à saúde e deve ser evitado. O especialista do Hospital Paulista explica que alguns tipos de droga podem causar danos à mucosa nasal, gerando sangramento nasal, perda de olfato e, principalmente, problemas relacionados às mudanças comportamentais que levam a consequências graves e, até mesmo, fatais.



Outros cuidados

O médico ainda destaca a importância de evitar o compartilhamento de objetos, como copos, por exemplo, além de manter os cuidados básicos que diminuem os riscos de transmissão de doenças virais, como gripe, resfriados e/ou Covid-19.

Além disso, algumas DSTs podem ser transmitidas pelo beijo, como HPV (papiloma), herpes, gonorreia e sífilis. “Essa transmissão depende não só da imunidade individual, mas também da presença de feridas e lesões na mucosa oral. Portanto, é fundamental redobrar a atenção durante o Carnaval para garantir a diversão de forma segura e saudável”, finaliza Dr. Tsuji.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Feriado de Carnaval: dez dicas para aproveitar a folia com saúde e segurança

Náuseas, vômitos e fadiga estão entre as principais queixas de atendimento em saúde


O carnaval é uma das maiores manifestações culturais do Brasil. São quatro dias oficiais de muita festa e diversão, com programações que arrastam multidões pelas ruas das cidades de todo o País. 

É tradição cobrir o corpo com fantasia, muitas cores e brilho, mas para garantir que a celebração seja segura e saudável são indispensáveis outros cuidados, principalmente, os ligados à saúde e bem-estar dos brincantes. 

“É comum neste período do ano realizarmos atendimentos médicos de pessoas se queixando de náuseas, dor de cabeça, vômitos, mal-estar pelo consumo excessivo de bebida alcoólica, fadiga e diarreia”, afirma a médica Gisele Abud, que atua como diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP). 

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

Para se manter saudável, seguro e ficar longe dos riscos de mal-estar, a médica elencou uma lista de precauções, que considera fundamental, para pular o carnaval sem peso na consciência. 

1.   Opte por roupas leves e confortáveis;

2.   Antes da folia, faça uma alimentação leve e saudável;

3.   Consuma bastante água;

4.   Por ser verão, não esqueça do protetor solar;

5.   Use camisinha e fique protegido de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs);

6.   Se for viajar, confira se está com a vacinação em dia;

7.   Não esqueça do documento de identificação atualizado (RG ou CNH);

8.   Se ingerir bebida alcoólica, cuide do seu copo e não dirija;

9.   Fique próximo dos seus amigos;

10.               Não é não! Saiba ouvir e dizer não. Isso vale para abraço, toque, beijo etc.

Não importa se você vai pular carnaval na praia, na rua, no baile, na escola de samba, no clube, aproveite a festa de maneira responsável. 

“Estar com trajes confortáveis, ter feito uma boa alimentação com salada, grelhados e sucos, beber bastante água, principalmente porque estamos no verão, são as dicas chaves para que a diversão não traga prejuízos para sua saúde”, afirma a médica.

Para quem é portador de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares etc.), tem algum tipo de alergia ou usa prótese, a médica aconselha que a pessoa leve um aviso, para facilitar o atendimento em caso de emergência médica.

 

A profissional alertou também para a permanência dos cuidados relacionados a doenças respiratórias, como tosse, amigdalite e gripe, que neste período precisa de atenção, devido ao aparecimento contínuo de novas variantes da Covid-19. 

A médica finaliza recomendando atenção redobrada nas estradas. “É primordial usar cinto de segurança, não utilize o celular enquanto dirige, esteja descansado, e se a viagem for longa faça pausas para alimentação e outras necessidades do corpo”.


Atenção redobrada com as crianças no sol

Freepik
Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS orienta que pais fiquem bastante atentos especialmente com as crianças pequenas e bebês

 

Durante a temporada de praia é difícil convencer as crianças a não brincarem no sol. Porém alguns cuidados são importantes serem seguidos pelos pais com a orientação devida aos pequenos. A pele infantil é mais sensível e, assim como nos adultos, deve ser protegida diariamente. Queimaduras solares na infância aumentam muito a chance de desenvolver câncer de pele na idade adulta.

“Brincadeiras ao ar livre, principalmente no horário de maior incidência de radiação UVB (das 10h às 15h), devem ocorrer em áreas de sombra. As crianças devem estar protegidas com bonés ou chapéus e podem utilizar roupas de proteção solar. Nas áreas descobertas da pele deve ser utilizado protetor solar (preferencialmente FPS 50 ou maior) a partir dos 6 meses de idade”, explica a dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin.

O fator mínimo de proteção solar para todos os tons de pele é FPS 30. Crianças, pessoas com pele clara, olhos ou cabelos claros, indivíduos que têm história familiar ou já tiveram câncer de pele devem utilizar preferencialmente FPS 50 ou superior. Não esquecer que áreas como couro cabeludo, orelhas, mãos e pés também devem estar protegidos.


E o bebê? Qual o risco de queimadura mesmo na sombra?

Os bebês possuem pele mais sensível e delicada do que as crianças maiores e os adultos, além de uma área de superfície corporal proporcionalmente maior, o que aumenta a chance e a gravidade das queimaduras solares. Segundo a médica Cíntia Cristina Pessin, mesmo na sombra, queimaduras podem ocorrer (principalmente na praia) por reflexão da radiação UVB na superfície (como areia ou água). Assim, a recomendação é evitar que o bebê permaneça na praia ou piscina (mesmo à sombra) nos horários de maior incidência de radiação UVB (das 10h às 15h).

Bebês de até 6 meses de idade não devem ser expostos diretamente ao sol e devem utilizar medidas de proteção física (como roupas e chapéu). A partir dos 6 meses de idade o filtro solar pode ser utilizado, mas deve ser mineral (também chamado de filtro solar físico ou inorgânico). Ou seja, é importante que seja verificado na embalagem se o filtro solar pode ser utilizado por crianças e a partir de qual idade.

Os filtros solares mais frequentemente encontrados e comercializados (filtros orgânicos) devem ser utilizados somente a partir dos 12 anos. Se um bebê ou criança pequena sofrer queimadura solar, principalmente se surgirem bolhas ou febre, deve ser realizado atendimento médico urgentemente.

 

Marcelo Matusiak


Carnaval e viroses: dicas para evitar contaminação e tratamento em adultos e crianças

 Banho de mar em água contaminada também pode ocasionar viroses

O Carnaval está chegando e, neste período, as viagens para lugares quentes são propícias. Também é neste período que aumentam o número de diagnósticos de viroses. As viroses de verão, geralmente são as respiratórias e as gastrointestinais, aquelas que fazem mal ao sistema digestivo e causam diarreia e enjoo. Elas são causadas, principalmente, pelo enterovírus que causa uma inflamação e é transmissível pelo contato com superfícies, águas e alimentos.

"Durante a estação mais quente do ano, as pessoas tendem a cuidar menos da saúde, como, por exemplo, ter uma alimentação desequilibrada e uma rotina mais bagunçada. Essas mudanças podem enfraquecer o organismo, deixando ele mais suscetível à doenças", afirma a infectologista, Viviane França de Macedo, do Eco Medical Center,

Para prevenção das gastroenterites a recomendação é higienização das mãos antes do consumo dos alimentos. "Se for comer fora das preferência aos alimentos cozidos, evitando alimentos crus. Já os líquidos, preferir latas e garrafas lacradas ao comprar fora de casa", orienta.

Entre os sintomas de virose estão a dor abdominal, diarreia - que pode ser mais líquida e pastosa - ou até mesmo o aumento da frequência da evacuação.

 

Banho de mar em água contaminada também pode ocasionar viroses 

O descarte incorreto do esgoto no mar pode ocasionar a transmissão de agentes infecciosos, viroses e até hepatite A. Isso porque estas são doenças que podem ser contraídas na água com alto índice de micro-organismos.
A infectologista Viviane França de Macedo, do Eco Medical Center, explica que praias impróprias para banho apresentam riscos à saúde. "A população deve estar atenta a sinalização dos órgãos ambientais estaduais sobre a balneabilidade das praias. Não havendo sinalização, o ideal é procurar informação no site dos órgãos públicos antes de entrar no mar", orienta.

Outra dica da infectologista é olhar no entorno a existência de rios, canais e esgoto a céu aberto que desembocam no mar próximo aos locais de banho, porque podem conter agentes infecciosos que podem trazer doenças.

 

Viroses em crianças

A pediatra Fabiana de Cássia Bernieri, do Eco Medical Center, chama atenção, primeiramente, da contaminação por objetos ou alimentos contaminados. Ela também chama a atenção para a água contaminada e também alimentos vendidos na praia sem a higiene adequada no preparo.

"A chave do sucesso é hidratação constante e cuidado no consumo de alimentos. Crianças pequenas, especialmente, não entendem a necessidade de tomar água, perdem líquido na transpiração e também não sentem tanta sede. É fundamental mantê-las hidratadas até mesmo para evitar possíveis perdas de líquidos que venham a ocorrer em casos de virose", orienta.

Diferentemente dos adultos, a orientação da pediatra é, ao primeiro sinal de febre, dor de estômago, vômito ou diarréia, levar o pequeno para avaliação médica para um diagnóstico correto.

"A criança come algo e começa a passar mal. São casos em que não pedimos para os pais esperarem, pois nesta época do ano sabemos que tem muito vírus circulando e o diagnóstico correto é imprescindível para a recuperação da criança", ressalta a pediatra.

Entre as orientações da especialista estão evitar oferecer à criança alimentos processados e fast food, evitar de comprar sucos e comida na rua, evitar comer alimentos mal cozidos e sempre optar por alimentos mais saudáveis e, por último, sempre que possível cozinhar em casa e levar sanduíches e lanchinhos saudáveis feitos em casa para a praia.
 

Tratamentos

O principal tratamento para as viroses é o sintomático e inclui uma boa hidratação para repor líquidos perdidos por vômitos e diarreias

Isso porque, apesar de comuns, não existem remédios específicos para os vírus que causam esse tipo de infecção. Eles são considerados autolimitados, ou seja, têm um período de sobrevivência no organismo que pode variar de três a sete dias.

O recomendado como tratamento para viroses é o repouso e, principalmente, a hidratação. Isso porque entre os principais sintomas da doença está a perda de líquido, seja por diarreia ou vômito. Além disso, deve-se consumir alimentos considerados leves, com menor índice de gordura e açúcar, para não sobrecarregar o organismo.

Quando o assunto é hidratação, o mais recomendado é o consumo de sucos naturais, água e água de coco. Já bebidas como café, chá e refrigerantes devem ser evitadas, pois são consideradas diuréticas, ou seja, elas ajudam a perder líquido.

Uma outra opção para se manter hidratado é o soro caseiro. Para fazer são necessários apenas três ingredientes: água filtrada, açúcar e sal. Veja como é simples fazer:

Em um recipiente limpo, dissolva uma colher de sopa de açúcar (20 g) e uma de chá de sal (3,5 g) em um litro de água filtrada ou fervida. Deve-se consumir aos poucos, com intervalos de 20 minutos.

Além do repouso e da hidratação, é possível amenizar os sintomas com medicações específicas para febre, dor e enjoo. Mas atenção, se o quadro de desidratação persistir, é necessário buscar auxílio médico.


Síndrome de Asperger: crença sobre inteligência acima da média pode se tornar um peso

18 de fevereiro é marcado como Dia Internacional da Síndrome de Asperger chama a atenção para a integração de pessoas com a condição na sociedade


O Dia Internacional da Síndrome de Asperger, 18 de fevereiro, chama a atenção para um transtorno pouco visto pela população, mas associado popularmente à “genialidade” devido ao considerável número de celebridades que possuem esse diagnóstico, como Steven Spielberg, além de Tim Burton, Elon Musk, Anthony Hopkins. De acordo com a psicóloga Luciene Bandeira, diretora de saúde mental da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, apesar de a literatura apontar casos de excepcionalidade por quem tem essa condição, ainda não há necessariamente uma relação entre a síndrome e uma inteligência acima da média, e tal crença pode se tornar um peso para aqueles que possuem o diagnóstico e não alcançam desempenhos excepcionais. 

Considera-se síndrome de Asperger o transtorno do espectro autista que não traz tantos prejuízos para a vida do paciente e que não há atraso importante na fala, mas outros sintomas do autismo ocorrem, como o isolamento ou dificuldade de se relacionar com pessoas, falas inapropriadas e retração social. “Para se caracterizar Asperger é necessário ter interesses restritos e estereotipados, com a presença de hiper foco. O distúrbio no desenvolvimento neurológico é caracterizado por excentricidade, constrangimento motor, dificuldades nas relações sociais, interesses limitados e repetitividade do comportamento. É importante informar que a síndrome é uma condição e não uma doença, portanto, não há cura, mas sim tratamento para amenizar os sintomas”, explica a psicóloga. 

Assim como nos casos de autismo ou de qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento, a intervenção precoce é crucial. Logo que se percebem sinais atípicos, os responsáveis pela criança devem buscar, junto de profissionais de saúde, a possibilidade de um diagnóstico. O tratamento inclui a educação dos responsáveis, treinamento das habilidades sociais, fonoaudiologia, Análise Comportamental Aplicada (ABA), integração sensorial/terapia ocupacional, fisioterapia, psicomotricidade e, em alguns casos, pode ser utilizado algum tipo de medicação para sintomas associados (como ansiedade ou desatenção). “A abordagem da síndrome é interdisciplinar e individualizada, uma vez que cada criança tem suas características próprias. Encontrar profissionais de confiança para auxiliar nas decisões importantes que a família precisará tomar é de grande ajuda. A parceria entre família, equipe de saúde e escola potencializa os resultados”, complementa Luciene.  

 

Conexa

Como driblar o cansaço no carnaval

O carnaval está chegando e a expectativa é grande para muitos foliões. O período é de festa e diversão, mas é preciso ficar atento com os exageros que podem levar a um desgaste excessivo do corpo e da mente.

Nos dias de folia, muitas pessoas dormem pouco, ingerem bebida alcoólica em excesso, gastam muita energia e se alimentam de forma inadequada.

Toda essa combinação pode resultar em queda da imunidade e levar a problemas de saúde. 

De acordo com neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura, os maus hábitos e mudanças bruscas nesta época podem provocar irritabilidade, déficit de atenção, mau humor, além da baixa imunidade, que pode causar gripes, resfriados e infecções no geral. “É indispensável garantir qualidade do sono para que ocorra uma reparação das funções do organismo na maratona do carnaval. O corpo precisa de um descanso e o ideal é dormir entre sete e oito horas em um ambiente silencioso e escuro”, comenta. Ele recomenda ainda tomar um banho morno para refrescar e, principalmente, relaxar antes de dormir. 

Para quem não abre mão da festa madrugada afora e só conseguirá descansar durante o dia, a dica é escurecer o ambiente e privilegiar o silêncio para que o descanso não seja interrompido por algum ruído externo. 

Yonekura, que é especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), também recomenda refeições saudáveis durante o carnaval e, antes de deitar, é preciso evitar refeições pesadas, que podem dificultar a digestão e piorar o sono. 

Outra dica do neurologista para evitar ressaca e dor de cabeça no dia seguinte da folia, é repor o líquido que o corpo perdeu com a intensa atividade física, com o calor e até mesmo com as bebidas alcoólicas. “A água e o suco natural são grandes aliados do folião para repor os líquidos e sais minerais perdidos”. 

É preciso lembrar que a rotina volta ao normal na quarta-feira de cinzas e as olheiras e o cansaço precisam ficar para trás. E para quem não conseguiu dar uma pausa para cuidar do corpo e organismo, pode sentir os efeitos do pós-carnaval por dias e até semanas.


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