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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Cuidado com a insolação



A insolação é uma condição séria provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar.

O quadro de insolação merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para manutenção do equilíbrio do organismo.

É importante lembrar que a condição da insolação está bastante associada ao clima quente e seco, mas também pode ocorrer em ambientes úmidos.

É uma condição que pode ser fatal. O atendimento médico deve ser imediato, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, para evitar o óbito e outras complicações, como danos no cérebro, coração, rins e músculos.

Causas

Segundo a dermatologista Leontina da Conceição Margarido, delegada da Associação Paulista de Medicina (APM) e membro da Academia de Medicina de São Paulo, “a insolação pode ocorrer em qualquer tipo de pele, mas é pior nas pessoas com pele e olhos claros. Os ruivos são os mais susceptíveis às queimaduras e suas consequências”.

 O problema é causado basicamente por situações de exposição prolongada ao sol e ao calor. Normalmente acontece em ambientes muito quentes ou em situações que provoquem aumento rápido da temperatura corporal, como, por exemplo:
  • Passar muito tempo exposto ao sol sem protetor solar (na praia, no clube, na piscina etc).
  • Praticar atividades extenuantes, ou seja, que causam esgotamento, enfraquecimento físico.
  • Usar excesso de roupas, especialmente no calor.
  • Ficar sem se hidratar por muito tempo.

A prática regular de atividades físicas é uma orientação padrão dos médicos, especialmente por melhorar a qualidade de vida e prevenir uma série de doenças crônicas, como diabetes, câncer e hipertensão. No entanto, atividades exaustivas, que causam debilitação na pessoa, provocam o efeito inverso, contribuindo para insolação e, em casos mais graves, lesões de diversos tipos e até mesmo a morte.

Apesar de o ambiente externo ser mais propício ao aparecimento do problema, é fundamental ter cautela. Barraca ou guarda sol, por exemplo, não protegem dos raios solares, eles refletem no solo e acabam atingindo mesmo aqueles que estão na sombra.  “A proximidade com a água, areia e neve também aumentam a incidência de luz e intensificam a exposição à radiação”, alerta Leontina.


O que fazer

Ela causa sintomas que vão aparecendo aos poucos. Os primeiros sinais são:
  • dores de cabeça;
  • tontura;
  • náusea;
  • pele quente e seca;
  • pulso rápido;
  • temperatura elevada;
  • distúrbios visuais;
  • confusão mental.
Dependendo do tempo de exposição ao sol, os sintomas podem ser mais graves e podem incluir, entre outras coisas:
  • respiração rápida e difícil;
  • palidez (às vezes desmaio);
  • convulsão;
  • temperatura do corpo muito elevada;
  • extremidades arroxeadas;
  • fraqueza muscular;
  • coma;
  • morte.

A insolação provoca o aumento de, pelo menos, 25% das chances de desenvolver câncer de pele. Além disso, favorece o aparecimento de sardas, melasma, queimaduras e envelhecimento precoce.
“ É preciso estar atento às lesões que mudam de tamanho, de cor, começam a coçar, doer, arder. Feridas que demoram em cicatrizar ou não cicatrizam, são sinais de degeneração e que não pode ser ignoradas”, completa.

É essencial buscar ajuda médica imediata assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas de insolação.


Fatores de risco

Alguns fatores, hábitos, posturas, comportamentos e situações podem aumentar os riscos de insolação. Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão, e pessoas com imunidade baixa, como transplantados e portadores de HIV/Aids, devem ter cuidado especial com a insolação, uma vez que esta condição pode provocar efeitos colaterais graves com maior probabilidade nesse público.
  • Não beber líquidos adequadamente.
  • Ingerir muito álcool ou cafeína.
  • Pessoas que têm gastroenterites.
  • Pessoas que fazem uso de medicamentos para pressão alta, diuréticos, antidepressivos ou antipsicóticos.


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